Os dias passaram rapidamente e o fim do ano se aproxima junto à final de Quadribol Lufa-Lufa x Sonserina. A Grifinória realmente estava fora das competições este ano. Não havia dado mais tempo suficiente para treinarem e jogarem depois do castigo de Dumbledore.

Harry e Gina resolveram não contar de imediato sobre o namoro, mas logo, logo resolveriam isso.

Rony e Ana se davam bem a cada dia e percebiam algo diferente entre eles. Já Draco e Hermione ainda estavam juntos, porém com alguns desentendimentos.

– Já lhe disse Draco! Não dê ouvidos a ela! – Falava Hermione irritada pelo campo rumo à estufa para Herbologia.

– Ah, Hermione! Vem cá, espera! – Corria Draco para alcançar a garota. – Não estava dando ouvidos a ninguém! Estava apenas tentando fazê-la entender...

– NÃO tem que dar satisfações! Eu vi como ela se insinuava para você! Aquela Pansy Parkinson... – Hermione bufou alto parando no meio do caminho.

– Hermione, me ouça! Ela não passa de uma oportunista. Já namoramos, mas isso é passado! Estou com você agora não é mesmo?!

Hermione respira fundo e abaixa a cabeça. Seus olhos já estavam marejados de lágrimas.

– Ôow, o que é isso, hein?! – Fala Draco baixinho levantando seu queixo e olhando-a amoroso.

Hermione o encara e dá um leve sorriso tímido.

– Agora sim... – Fala Draco abraçando-a. – Ficou com ciúmes, Srta. Granger? – Pergunta divertido em seguida.

– Rum, claro que não! – Disse Hermione.

Draco a beija carinhosamente no que ela retribui.

Entrando na estufa...

– Estão atrasados Srta Granger e Sr. Malfoy! – Exclama a professora Sprount. – Menos cinco pontos de cada casa.

Eles se entreolham e sorriram faceiros.

Os dias já haviam começado a ficar frios.

Era novembro e o inverno batia a porta com seus flocos de neve e chuva. As corujas não mais saiam em seus passeios e caçadas e permaneciam preguiçosas no corujal da Escola. A paisagem mudara do laranja outonal para o branco infinito do inverno. As árvores, agora cintilantes com a neve, abrigavam seres que preferiam ficar escondidos em suas tocas, casas, ninhos (...). O Lago Negro, com suas frias e misteriosas águas, estava ainda mais gélido (...)

Todos almoçavam agora, no grande salão agasalhados e com luvas. Conversavam animados sobre a partida que começaria em alguns minutos.

– Atenção! – falou em alto e bom som o diretor. – Aconselho irem andando e se acomodando no campo de Quadribol. Os jogadores já partiram para o vestiário. – Dumbledore estava animado.

Imediatamente começaram as gritarias e agitações. Monitores para lá e para cá tentando manter a ordem das casas enquanto todos caminhavam ou corriam rumo às arquibancadas, ansiosos por esta acirrada partida.

As arquibancadas estavam novamente lotadas com todos os alunos. Azul, prata, verde e amarelo, enchia toda a atmosfera e gritos de torcida ecoavam pela paisagem.

– ESTÃO PRONTOS? –gritou Madame Hooch para os jogadores que estavam montados em suas vassouras a metros do chão.

Todos assentiram.

– CAPITÃES, CUMPRIMENTEM-SE!

E assim fizeram.

Todos faziam um tremendo barulho naquela tarde fria, porém sem chuva nesta grande e tão esperada final.

– QUE COMECEM O JOGO!

Lino inicia sua animada narração:

– E o jogo começa! Sonserina com a posse da goles! NÃO! Já tentaram o primeiro arremesso em três minutos de jogo! Vamos lá Lufada! O capitão da Sonserina está com a goles. Passa para o Fill que segue a velocidade da luz para a vara da lufa-Lufa...! AI CÉUS!!! SEGUE ELE ALGUÉM! – Grita esganiçado o Lino.

– Mas não será possível, Sr. Jordan?! – Falou o professor Flitwick e Minerva juntos franzindo o cenho para o garoto.

–Ah, me desculpem! É que é tão emocionante! – E continua – O batedor da Lufa- Lufa dá uma pancada em cheio na vassoura do Fill que se desequilibra e fica pendurado na vassoura!

– AHHHHHHHHHHHHHH! – Gritaram todos das arquibancadas.

– FILL! SAIA JÁ DAÍ E MONTE NESSA SUA VASSOURA DE UMA VEZ! – Berrava o Barão Sangrento, diretor da Sonserina.

– E enquanto Fill tenta montar novamente, a goles agora na posse da Lufa-Lufa, finalmente...

– Ah, cale a boca menino! – Falou irritado o Barão Sangrento que sempre vivia irritado.

Lino pigarreou tentando engolir uma boa resposta para o Barão e continuou na narração:

– Mas Lufa-Lufa continua com a posse da goles! Gill agora com a bola, passa para Matt que arremessa para Count que esbarra no Jeremias da Sonserina, mas não deixa a goles cair e... GOOOOOOOOOOOOOL da Lufa-Lufa! Dez pontos a zero! E a torcida se anima! – Fala Lino com um sorriso de orelha a orelha.

Lufa-Lufa vai vencer!

Esta partida vai vencer!

Com uma lufada faz o gol

E com outra, terminou!

– É isso aí Lufa-Lufa! – Pulava Lino empolgado até que alguém lhe dá um belo empurrão que o faz deixar cair o microfone. – AAU! MAS ORA ESSA... – Começa a xingar enquanto abaixa para pegar o microfone que fez um tremendo barulho irritante ao cair, deixando toda a arquibancada zonza e pondo aos mãos para tapar os ouvidos. – Me desculpem! Me desculpem! Mas parece que um certo BARÃO não sabe perder... AAAU! EI!

– Parem já com isso vocês! Lino apenas NARRE! – falou a professora Minerva.

– Nossa! Perdi muita coisa! Os apanhadores pelo visto já estão seguindo o pomo! A Leen e o Draco Malfoy! A Leen está na frente enquanto o pomo se desvia de tudo! Ah, balaços errantes por todos os lados! Um atinge a Leen que perde o rumo da vassoura. Draco passa na frente e estende a mão para o pomo...! NÃAAAO!!!! LEEN VOLTA! VOLTAAA! O pomo dá uma descida brusca. Leen o vê e retoma sua caçada. Draco se perde lá em cima. Parece que está procurando nossa apanhadora... Matt está próximo da vara! Vai arremessar... PUTZ! A PANSY ATRAPALHA!

Os alunos nas arquibancadas se agitam e começam a gritar freneticamente coisas ininteligíveis! Uns urravam, gritavam coisas sem sentido, cantavam gritos de guerra, xingavam, pulavam, bufavam, puxavam os cabelos, batiam no colega da frente sem mais nem menos (...) Estavam em completo desespero. Até que os alunos da Sonserina unem-se em um coro.

A Sonserina ninguém barra!

Vamos ganhar é de lavada!

Num piscar nós acertamos,

E num voo conquistamos!

A Lufa-Lufa canta em revanche:

Lufa-Lufa já ganhou

E a Sonserina não se tocou!

Caiam fora seus maricas

Que esta partida já está vencida!

– E parece que o jogo também está acirrado nas arquibancadas! – Grita Lino divertido. – Ah, não acredito nisso! A Pansy consegue marcar o primeiro ponto para a Sonserina depois de uma hora de jogo! Dez pontos para a Sonserina!

A torcida verde e prata vibra enquanto a amarela vaia longamente.

– Acho que está empatado nas arquibancadas também! – Fala Lino observando também os alunos. – AHA! O Count atrapalha a Pansy e passa a bola para o Fill que dribla todos da Sonserina. Chega peeeeeerto da vara e... ÊPA! ALGUÉM SEGURA O BRAÇO DELE! É O JEREMIAS! Jeremias faz um baita arremesso para seu colega mais próximo da vara da Lufa-Lufa... NÃAAAAAO!

– Lino! Você não é da torcida! – Fala Minerva esganiçada.

– Gol... Vinte a dez para Sonserina! – falou Lino desanimado. Mas logo se recupera – O POMOOO!!! – Gritou com um enorme brilho em seus olhos. Lino parecia estar louco, obsecado por essa vitória da Lufa-Lufa. Já que seu time, a Grifinória, não fez parte dos campeonatos, para Sonserina que não ia torcer. – O Draco passa na frente, mas a Leen não fica para trás! Esbarram-se nas vassouras. Estão tentando derrubar um ao outro! LEEN VOCÊ CONSEGUE DERRUBAR ELE!

– MENOS 15 PONTOS PARA GRIFINÓRIA SR. JORDAN! – Berra Minerva em meio à agitação.

– Os balaços continuam de um lado para o outro! Balaços ridículos. A Leen se estica na vassoura. Draco vê e tenta fazer o mesmo, mas ele se desequilibraaaa! – E riu abertamente. – AAAU! Olha só esse Barão professora Minerva! Leen se encosta mais em sua vassoura e... LUFA-LUFA VENCEU!!! MAIS 150 PONTOS! 160 A 20! E A SONSERINA FICA PARA TRÁS NESSA PARTIDAÇA! - Ao dizer isso, Lino joga o microfone de lado e vai se encontrar com os demais amigos amontoados ao redor do time para cantar mais esta vitória.

É claro que a Sonserina não se conformou, mas já estavam preocupados demais com as broncas que teriam do Barão Sangrento.