O Deus Sem Nome e o Galho de Álamo escrita por Luiza


Capítulo 7
Minha estimulante conversa com um cavalo


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo é meio chatinho, além de minúsculo. É no próximo que as coisas ficam boas :D



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Andando um pouco mais pela varanda da casa, que Will e Joonie chamavam de Casa Grande, uma pequena mesa circular encontrava-se em um canto. Sentados à mesinha, estavam dois homens, um em uma cadeira de rodas, com um cobertor sobre as pernas e um casaco de tweed e eu outro, baixinho e gordinho, com cabelos pretos encaracolados e olhos vermelhos, como se estivesse em uma eterna ressaca. Usava uma camisa havaiana com estampa de leopardo e tomava diet coke de uma latinha. Os dois estavam jogando cartas, e eu reconheci o jogo como pinochle, que os monitores de Hogwarts adoravam, mas ninguém suportava.

Will pigarreou quando nos aproximamos e ‘’Cabelinho” olhou para ele, com desinteresse.

–Ah, Greenwood- disse, chamando Will pelo sobrenome- e você deve ser a Marilyn Lancaster, não é?

–Humm, não... na verdade é Melrose Leonards. Ou só Rose.

–Senhor- corrigiu ele

–Senhor- acrescentei a contragosto.

Cabelinho fez um gesto de ‘’tanto faz’’ com as mãos e voltou a examinar as cartas.

–Muito bem Só Rose- disse o outro- suponho que lhe devemos algumas explicações.

–Se vai me contar que meu pai é um deus grego, esta atrasado- falei- já me disseram.

Ele olhou para Joonie e Will.

–Nossa, vocês são rápidos.

–É- disse Will- talvez um pouco.

–Bem, eu adoraria ficar para o papo, mesmo- começou Joonie- mas tenho luta greco-romana com o chalé de Ares agora. Desejem-me sorte.

–Boa sorte- disseram os três- Vai precisar, Joodie- acrescentou Cabelinho- Sabe Quíron, eu não sei porque você coloca o chalé de Ares com o de Éolo, eles são massacrados! Ah, é... Eu não me importo!- e começou a rir da própria piada.

–Sr. D- repreendeu o homem-que-agora-tinha-um-nome-Quíron.

Ele e Cabelinho (vulgo Sr. D) voltaram ao jogo. Sabe, eu nunca gostei de ser o centro das atenções, mas eu queria explicações! Bem... mais explicações. Pigarreei, e Sr. D tirou os olhos das cartas, parecendo ter lembrado de nossa existência, e as largou na mesa, desistindo do jogo.

–Ah, é- resmungou-, você tem mais alguma pergunta, Ray?

–Sim, muitas! E é Rose, R-O-S-E!

Quíron também largou as cartas para prestar atenção, e fez um gesto para a cadeira, onde me sentei com Will á minha frente.

–O que quer saber?- perguntou ele, e eu demorei um pouquinho para responder, porque não sabia se podia falar sobre isso.

–Eu queria saber se... se existem outros como eu. Bruxos-semideuses, eu quero dizer.

–Não, Rose, não existem outros. Esse foi um acordo muito antigo entre os deuses e o Ministério da Magia. Os dois mundos não poderiam se encontrar.

–E porque não?

–Porque a criança de um bruxo com um deus costumava causar problemas, e acabava nos expondo. Á todos nós. Eram muito poderosos.

Comecei a me sentir mal. Então eu era uma causadora de problemas. Não era nem para eu estar viva. Minha mãe cometeu o erro de se apaixonar por um deus idiota, e agora a culpada era eu.

–Não precisa se sentir assim, sabe- disse Quíron, lendo meus pensamentos- Vamos treinar você o melhor que pudermos você vai ver. E, além do mais, Will estava te acompanhando e protegendo em Hogwarts.

Foi só aí que eu me toquei que Will passara dois anos em Hogwarts sem ter um pingo de sangue bruxo. Nenhuma magica que seria útil na escola. Aturou dois anos de gente dizendo que ele era um aborto, tudo isso para me proteger.

Nota mental: Ser completa e eternamente grata e comprar muitas... latinhas para Will.

É, ele estava comendo a lata de diet coke do Sr. D.

–Mais alguma pergunta Rory?- a essa altura eu já havia percebido que ele não iria acertar meu nome, então deixei para lá.

–Sim, na verdade- falei- é D de quê, exatamente?

Sr. D me fuzilou com o olhar, se levantou da cadeira e foi embora.

–Entenda- disse Quíron- Os nomes são coisas poderosas. Não devemos ficar usando-os a todo momento.

E então ele se levantou da cadeira, mas não ficou de pé. Quero dizer, ele estava de pé, mas não de um jeito normal... Não aquele dia já era muito estranho para uma coisa sem graça como ‘’ficar de pé’’. A cadeira sumiu, deixando em seu lugar quatro patas de cavalo. Quíron havia se transformado em um misto estranho de homem da cintura para cima e corcel branco no lugar das pernas.

–Claro- eu disse- ele é um centauro.

–Então, Will, porque não mostra à Rose o resto do Acampamento?



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Notas finais do capítulo

então, mereço reviews?/Lu