O Deus Sem Nome e o Galho de Álamo escrita por Luiza


Capítulo 22
E no final, tudo acaba bem


Notas iniciais do capítulo

Buaaa! Nosso último capitulo aqui. Junto com ele, eu já vou postar o primeiro do próximo "livro" para ficar como em PJO mesmo.
Mas, e aí gente o que aconteceu? Não gostaram do último capítulo? Porque pararam de comentar? Às duas pessoinhas lindas e abençoadas por Afrodite (ou seja: lindas), Death s Daughter e Nic Chase, muito obrigada, eu amo os reviews de vocês, agradeço o carinho.
ANTES DE COMEÇARMOS, UM AVISO MUITO IMPORTANTE MESMO: NOS REVIEWS DESSE ÚLTIMO CAPÍTULO, E NO PRIMEITO DO PRÓXIMO "LIVRO" EU VOU DEIXAR ABERTO PARA QUE VOCÊS FAÇAM QUALQUER PERGUNTA QUE QUEIRAM. QUALQUER DÚVIDA, QUALQUER COISA MESMO (só não vou responder o que é spoiler, né). ESPERANDO SUAS PERGUNTAS!
Aí vai o último (não chora, Luiza, parô), e espero que gostem :D



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Parabéns, Rose”. Se eu tivesse que fazer uma lista das frases mais ouvidas por mim nos últimos seis dias, essa estaria no topo, junto com “Béééé” e “Ela não fez tudo sozinha, nós ajudamos também!”. Mas acontece que agora era dia vinte e sete de julho, o que significa que é o dia (rufem os tambores) do meu aniversario de treze anos, o que multiplica os Parabéns por dez ao quadrado (N/A: Lê-se 100).

Meus melhores amigos e meus irmãos nunca deixariam essa data tão especial passar em branco, então chamaram o Acampamento inteiro para a Casa Grande para o evento maligno e sombrio também conhecido por festa surpresa. Eu não gosto de surpresas, ou de coisas inesperadas, porque você NUNCA SABE O QUE É! Qual foi a conclusão que eu tirei da minha festa surpresa? Que ninguém naquele lugar sabe guardar um segredo. É sério, eu já sabia de todo o esquema desde que eles começaram com isso, mas quando Will me disse que Quíron queria falar comigo na Casa Grande, e quando todos saíram de seus esconderijos e começaram com aquela música super irritante chamada parabéns para você, eu fingi que não sabia de nada.

Eu fiquei até impressionada em como eles haviam decorado tudo, feito um bolo, enchido balões e encomendado uma faixa onde lia-se: Feliz aniversario Rory Lancaster!

Uma dica para você: Não deixa o Sr. D encomendar suas faixas de aniversario. Jamais.

Will e Tanner foram os primeiros a me abraçar, obviamente. Nós passamos todos esses dias juntos, sem se separar para quase nada. Até jantávamos juntos. Havíamos feito da mesa de Ártemis a nossa mesa, e aos poucos Joonie e até meus irmãos começaram a sentar-se conosco.

–Parabéns, Rose!- disse Tanner enquanto me abraçava- Eu queria te dar um cérebro de presente, mas estava em falta.

Fingi uma risada.

–Mas é claro que estava. Seus irmãos compraram todos, mas não sabiam como usá-los. É realmente uma pena, eu esperava que eles conseguissem ler até o próximo verão.

Ele revirou os olhos, mas estava sorrindo.

–Você é muito insuportável, sabia?- perguntou.

–Sabia- respondi, dando de ombros- Mas você me atura mesmo assim, não tem porque parar agora.

Joonie também me abraçou, seus cabelos pretos cacheados e sua mecha amarelo-canário atrapalhando minha visão.

–Feliz aniversário, rabugenta- então sussurrou em meu ouvido- Minha bruxa favorita de todos os tempos.

Pois é, é isso mesmo que vocês leram. A Joonie sabe, assim como todo o chalé de Apolo. Logo depois que voltamos eu reunira todos e contara a eles a verdade, assim não precisaria ficar me escondendo. Eu tinha certeza absoluta de que o Ministro Bailey me odiava, mas eu não ligava nem um pouco.

–Agora aos presentes!- anunciou Will.

–Ah, é. Eu primeiro- disse Tanner.

–E porque você acha que tem esse direito, Adams?

Ele deu de ombros.

–Porque sou seu bocó favorito?

Fingi ponderar a possibilidade durante alguns segundos.

–Justo. Pode ser.

Mas ele não teve a chance de ser o primeiro, pois um grupo de seis pessoas loiras entrou esbaforido pela porta da casa. Deuses, como eu não percebi que eles não estavam lá?

–Carta para a aniversariante!- exclamou Dylan, andando até mim e me dando um abraço- Parabéns, maninha.

Agradeci e peguei a carta de sua mão. Era um envelope de pergaminho como os que eu costumava usar, com um selo dourado na forma de um ômega. A abri e li.


Rose,

Feliz aniversario, filha. Sinto muito não poder estar aí, mas Zeus disse que eu sou muito preguiçoso, e que tenho que dirigir o Carro do Sol por pelo menos três semanas, sem pular nenhum dia. Eu até pensei em fugir, mas ele viu que eu estava saindo e me mandou ir trabalhar.

Sua tia, Ártemis, me mandou dizer que você é a minha “cria” mais útil que já existiu, e que a sua mãe deve ser a melhor pessoa da terra, para ter feito uma criança tão descente, mesmo que eu fosse o pai. Eu ainda não decido se ela estava tentando te elogiar ou me criticar, mas vamos ficar com a primeira opção.

Hermes continua dizendo que você é hilária, e que só faltou você chamar Zeus de Fabulosa (o que eu não acharia aconselhável, a não ser que você queira morrer eletrocutada). Acho que ele quer que você tenha um programa na TV Hefesto, mas você deve estudar primeiro, para não acabar que nem ele.

Afrodite não para de falar de você um minuto, o que até me deixaria irritado se não fosse tão legal. Ela disse que tem grandes planos para você, mas eu não gostei muito disso. Talvez eu devesse falar com sua tia e reservar um lugar na caçada, ou algo assim.

Bom, nos vemos em breve, eu acho, e espero que goste dos presentes.

Feliz aniversario, Filha.

Do seu pai, Apolo.

P.S: Que história é essa de que a sua mãe está gravida??? Como assim?


Sorri. Mesmo com todos os anos que passei sem conhecê-lo, eu gostava do meu pai. Ele havia me explicado todo o esforço que fez para que pudesse ficar comigo e com a minha mãe, e eu o achava engraçado. Um tanto quanto egomaníaco, mas engraçado. Virei o envelope de cabeça para baixo, e um pingente dourado caiu em minha mão.

Era a miniatura de uma lira, o símbolo de Apolo, e eu o pendurei em minha corrente de couro com apenas uma conta de argila. Uma miniatura do Galho de Álamo com um nome escrito logo em baixo. Tyler.

Eu tinha muitos pesadelos com a luta com Dárion, assim como com Tyler. Aquele garoto fazia muita falta, e fora um golpe duro para todos nós. Era uma pena que ninguém do Acampamento houvesse chegado a conhecê-lo, mas todos ouviram falar dele.

Alguns segundos em que eu fiquei apenas segurando minha corrente foram cortados por exclamações. Uma majestosa coruja das torres entrara na casa pela janela e veio voando em minha direção, pousando em meu ombro. Havia um pequeno pedaço de pergaminho em seu bico. Achei que fosse ser útil. Feliz aniversário, Rose.

Mais presentes foram trocados, e mais parabéns foram ouvidos enquanto escurecia lá fora. Enquanto todos comiam bolo e conversavam, eu me afastei um pouco e fui me sentar em um canto do grande escritório/sala de estar, ao lado de um menino que devia ter a minha idade.

–Parabéns- disse ele- Ah, sim, pelo aniversario também.

Eu ri, e olhei em sua direção. Tinha cabelos tão negros quanto breu, o que deixava sua pele clara ainda mais pálida, e seu olhos podiam ser tanto verdes, quanto azuis, quanto castanhos, eu não saberia dizer.

–Obrigada- falei. Ele me estendeu sua mão.

–Sou Jake. Harris.

Apertei-a.

–Rose Leonards.

–Ah, jura?- perguntou ele em um tom sarcástico- Não me diga!

–Ei, eu sou a dona do sarcasmo por aqui, e não me lembro de ter dado permissão de uso!

–Claro, tudo bem. Me desculpe, senhorita.

Uma menina tão pálida quanto ele, e com os mesmos olhos e cabelos se aproximou e sentou ao seu lado. Acho que era mais velha, talvez um, dois anos. Ela sorriu para mim e também estendeu a mão.

–Oi, Rose. Acho que você não me conhece. Prazer, Leona Harris. E feliz aniversario.

–Então vocês são irmãos mesmo?-perguntei enquanto a cumprimentava- E obrigada.

–Ah, sim- respondeu-me Jake- Parece que Hades tinha mesmo uma queda pela nossa mãe.

Assenti sorrindo. Então eles eram os filhos de Hades. A maioria das pessoas no Acampamento os evitavam, por serem filhos do Deus do Mundo Inferior e tudo o mais, mas eles ma pareciam muito legais.

–Jake, temos que ir- murmurou Leona, pegando na mão do irmão- Foi um prazer, Rose. Nos vemos por aí.

–Claro. O prazer foi todo meu- acenei para eles, e voltei para o resto do pessoal, que conversava animadamente.

Eu sabia que não seria daquele jeito para sempre. Sabia que Dárion não deixaria barato para mim, e nem para os outros. Em breve, ele voltaria, e nós teríamos que nos preparar mas, naquele momento, eu não queria pensar nisso. Eu simplesmente fingiria que estava tudo bem, fingiria que os pesadelos horríveis que eu vinha tendo não existiam, e fingiria que sou só mais uma campista curtindo o meu verão. Eu estava em casa, com meus amigos e era isso que importava.

Naquele momento, tudo estava bem.


FIM DO LIVRO UM.


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Notas finais do capítulo

Snif. Me digam o que acharam, e perguntem o que quiserem! /Lu



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