Red Day escrita por Wercton Greyjoy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^ É a primeira vez que faço uma historia sobre o gênero...



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Se fechasse os olhos poderia se lembrar dela nitidamente. Aquele sorriso de quem fez alguma travessura, uma risada sinistra que fazia o seu coração derreter.... Se lembrava dela correndo e sua voz ecoar pelos campos verdejantes... Ela sorria... Aquele sorriso brilhante...

A lâmina cortou sua pele, primeiramente pareceu que nenhum corte havia sido efetuado, logo após surgiu um vermelho por onde a lâmina havia passado e depois gotículas de sangue saindo da pequena brecha que se abrirá na sua pele. Não é suficiente pensou Batorlomeu após cortar levemente a superfice de seu pulso esquerdo. Ele ainda ouvia a risada de Giulia refletir na sua mente... Tão bela, tão derretedora e ao mesmo tempo tão trágica...

A segunda foi mais profunda e estranhamente sentiu uma sensação diferente invadir deu peito... Ainda escutava a risada de Giulia e sem querer as memorias de quando se beijavam surgiam e sem sua permissão lhe roubava lagrimas. Lagrimas e sangue, refletiu ele amargamente. Um vazio, era assim como seu coração estava, se ainda tivesse algum...

O sangue do segundo corte escorria na sua mão como vermes, lagrimas escorria-lhe na face, pingavam no piso. Lagrimas e sangue misturavam-se no solo triscando no seu pé descalço. Ao terminio do corte largou a lâmina rapidamente no chão e não conseguiu evitar um grunhido de dor, logo se ajoelhando, molhando seus joelhos de sangue. Suas mãos trêmulas tentavam estancar o sangue do pulso esquerdo, inutilmente.

Lentamente o sangue escorria por entre os dedos de sua mão direita... Era uma dor tão intensa. Encostou-se na parede e respirou forte mordendo o lábio para não gritar. Só a um jeito de parar a dor... Ele sabia, era isso que ele estava tentando, então por que o receio? Giulia esta morta! Disse ele para si mesmo. Ele havia visto com seus próprios olhos o sorriso se desmanchar no rosto dela... Tudo por causa de uma bala perdida, atirada ao vento, por que teve que acerta-la? Por que não a mim?

Sangue saiu de seus labios e ele não aguentou, enquanto tentava futilmente estancar o sangue ele gritou. Suas respirações ficaram mais fortes... Morrer... O que irá vim para mim depois disso? Morrerei no mesmo dia da morte da única pessoa que me fazia sorrir nesse caos... Um medo lhe passou na mente. Não, não, não... Por favor... O medo da morte lhe inundou o coração, desespero... A ideia de deixar de existir era assustadora... A dor... O sangue... Era assim que morreria?

Então sentiu algo vibrar enquanto ofegava fortemente... Meu celular! Largou a mão esquerda e com a mão direita pegou o celular no seu bolso. O sangue escorria mais rápido... Sentia aos poucos a vida lhe fugir do corpo... Sem ver direito quem ligava ele atendeu pondo o celular na sua orelha.

–Bartolomeu? -Perguntou uma voz feminina...

–Kat?

–Sim, sim. -Dizia ela como se chorasse. -Ela acordou Bartolomeu, ela acordou.

–Ela... -Pronunciou sua voz fraca sem entender.

–Giulia, ela esta viva! -Se assustou com aquilo e o celular caiu no chão. A sua visão ficou turva e novamente ele soltou um grito de dor misturado com um de agunia. Seu pulso salpicava e quando ele tentou pegar o celular com a mão cortada acabou empurrando para mais longe...

Ali, caído sobre as poças de sangue, ele chorava entre os gritos de dor... Era tão dolorido... Giulia... Guilia! Tentou gritar ele, todavia sua voz lhe falhou. Sentiu um choque repentino nos pulsos. Só havia uma coisa a ser feita... Não, Deus tenha piedade de mim seu infeliz... O único sorriso do meu mundo ainda vive, esta a minha espera... Eu imploro... Não me deixe morrer aqui... É tudo que te peço...

Socou o chão ao perceber que não havia mais volta. Suas calças e sua camisa estava encharcada pelas poças de sangue no chão... Em estado de fúria ele viu a lâmina prateada, tingida de vermelho rubro, caída no chão.

–Nãooo... -A voz lhe falhou de novo. Até falar doia e sem pensar muito ele pegou a lâmina e enfiou na sua ferida abrindo-a. Sangue jorrava pintando o chão... Em cima de uma árvore ele viu uma garota sorridente jogar uma maçã na sua cabeça e elevar as mão para o alto gritando "headshot" e sorrindo como ninguem jamais sorrirá... Seu corpo não conseguia mais se mover e caído no chão vermelho ele sorriu, um sorriso sem sentindo.

Corria pelos bosques, ela era rápida, porém ele era mais. Sua visão ficou mais turva. Por favor faça-me voltar no tempo... Era um príncipe e uma princesa a brincar e derrepentemente eram duas crianças sujas de lama. Nada mais doía... Já não sentia nada... Apenas sua vida fluir como seu sangue fluía de seu corpo... Tão leve, tão fácil... Giulia, eu te amo tanto... A última coisa que viu foi uma garota com cabelos cor-de-fogo correndo e sorrindo... Um sorriso tão radiante que fazia inveja ao próprio sol... Ela estava cada vez mais distante... Não vá, por favor, fique...



"A morte não é nada para nós

pois quando existimos

não existe a morte

e quando ela passa a existir

não existimos mais."

Epicuro


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Notas finais do capítulo

Review? ;-; Diz que sim *---------*