Ella - A Verdade Por Trás Da História escrita por Ayelli


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Está aí, espero que gostem!
Bjokas♥



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Assim que tomou o rumo da casa de Amaril, Angus tratou de explicar a Ana o que faria:

- Ouça, Ana, vamos à casa de Amaril agora e... – não conseguiu concluir porque Ana o interrompeu.

- Pare o carro! Eu não vou voltar para lá, você não entende? Tudo começou lá! Eu não vou voltar para aquele porão! – Angus parou o carro, não sem antes travar as portas para que Ana não fugisse antes de ouvi-lo.

- Preste atenção, mocinha, há muito mais coisas nessa história que você sequer imagina. Além do mais, essa história não começou “lá”, começou muito tempo antes, eu diria que alguns séculos antes.

- Você acreditou mesmo em toda essa história de vampiros e KGB? Você deve ser tão louco quanto eles! – Entre lágrimas, medo e raiva, Ana pensava que já não teria mais como fugir, imaginava que seria melhor se entregar, que a matassem e que tudo aquilo acabasse logo.

- É mais complicado que isso – disse Angus tentando escolher bem as palavras para tentar acalmá-la para que pudesse ouvir e compreender o que estava ouvindo ou, pelo menos, que pudesse se sentir um pouco mais segura – Eu conheci o seu avô, seu pai, eu conheço Pedro, Amaril, Carlos, o motorista, e todos nós, na verdade, sempre estivemos por perto, cuidando de você e te protegendo. Eu porque fiz essa promessa a seu avô. Entre nós você não precisa se sentir insegura ou ter medo, porque aqui todos dariam a própria vida para te proteger.

Ana ouviu cada palavra, não que aquelas explicações lhe deixassem menos confusa, mas pelo menos ela sentia firmeza e sinceridade em sua voz.

- E também temos George, que em breve chegará para se reunir a nós e tentarmos resolver todo esse problema de uma vez! Agora nos precisamos que você mantenha a calma porque podemos precisar da sua ajuda em algum momento, tudo bem? – Ana concordou com um aceno de cabeça, sentindo-se melhor – Certo! Você saberá de tudo assim que estivermos todos reunidos – deu partida no carro e seguiram.

Na casa de Amaril, Haig abriu a porta da frente para sair e deu de cara com Angus, que colocava quase que ao mesmo tempo a mão na maçaneta para entrar, logo atrás  estava Ana que ao olhar para dentro viu apenas a figura de Pedro, lembrando-se do quanto se sentira segura em sua casa e num impulso, numa sensação de alívio momentâneo pulou em seus braços.

Nesse momento, tão próxima dele e sentindo seu perfume, lembrou-se do dia em que o conhecera em frente à lareira e da forte atração que sentira, afrouxando um pouco o abraço, apenas o suficiente para poder olhar-lhe nos olhos, não se conteve e o beijou.

A sensação de alívio não pertencia somente a ela, Haig mal podia acreditar que ela estava bem a sua frente, sã e salva. Sem conseguir resistir e nem mesmo sem a menor vontade de tentar, correspondeu ao beijo.

 Angus entrou desviando-se do casal e os demais, Kuzma, Évenice e Amaril se entreolharam e já iam deixando a sala silenciosamente quando em meio ao abraço, as mãos de Ana desceram até a base das costas de Haig e ela sentiu a arma que estava em sua cintura. Foi como se tivesse levado um choque elétrico que a trouxesse de volta à realidade instantaneamente, empurrando-o e afastando-se dele com um olhar assustado.

- Ana, eu...

- Não se aproxime, eu... eu não sei o que deu em mim, eu não sei quem é você, aliás, eu não sei quem são “vocês” todos. Eu passei minha vida inteira cercada de gente que eu não conhecia de verdade e...

- Calma Ana, nós vamos te contar tudo – disse Amaril tentando passar tranquilidade – Nós queríamos apenas que George chegasse, porque, de nós, ele é o que já esteve mais próximo de você, pensamos que talvez assim possa ser mais fácil para você compreender e confiar.

- George? O esquisitão que me vigiava na nossa casa em Riga? Claro! Confio muito nele! – Ana estava sendo irônica - Minha mãe me falou sobre alguém chamado Haig durante o naufrágio, certamente vocês devem conhecê-lo, ela disse que eu deveria procurá-lo quando chegasse aqui. Algum de vocês podem me dizer por quê? Por que eu deveria encontrá-lo? Ele faz parte dessa loucura toda de vampiros e agentes secretos e...

 Ana deu uma risada alta, parecia meio histérica, depois começou a chorar enquanto continuava falando.

- Sim porque tem que ter alguém que “bata” bem das ideias por aqui. Ah, meu Deus! Eu quero minha vida de volta! Eu quero que todos vocês desapareçam, eu quero acordar agora! – Era um choro desesperado, ela encostou-se à parede e se deixou escorregar até sentar no chão.

Ninguém estava esperando, mas nesse momento, Doroty que já deveria estar rumo à Mora, entrou acompanhada por Carlos que olhou para Haig dando de ombros do tipo “desculpa, mas você a conhece!”.

- A luta é de todos nós, não consigo mais ficar sentada me beneficiando de uma situação mais confortável enquanto vocês se arriscam. – dizendo isso, foi até Ana que a abraçou.

- Doroty, me diz que isso tudo é um pesadelo, por favor!

- Infelizmente, querida, estamos todos juntos nesse pesadelo, nenhum de nós está a salvo, eu, você, Haig, Amaril, Évenice, Angus, Carlos, Kuzma e até mesmo George e Affonso que deverão chegar a qualquer momento, somos como uma grande família e temos que ficar juntos agora, mais do que nunca. Confie em nós, não queremos lhe fazer mal, vamos cuidar uns dos outros e você também é nossa família, sempre foi!

Ana sentiu tanto conforto naquele abraço, lembrou-se de sua mãe, era assim que ela a abraçava, e ficou muito claro que pelo menos em Doroty ela poderia confiar plenamente. As duas se levantaram. Amaril sugeriu que passassem à sala de estar, que era maior e onde todos poderiam acomodar-se de maneira que aquela “reunião” pudesse começar logo, afinal, não sabiam o que esperar de Alexsander. Se a agência já tivesse sido informada, eles deveriam sair da casa assim que possível.

Todos se sentaram, mas ninguém sabia direito como e por onde começar, eles não sabiam se começavam revelando quem era Haig ou se revelavam primeiro as origens da garota. No fundo, todos desejavam que George estivesse presente porque ele era a pessoa mais indicada para isso, sempre sabia o que dizer e como usar as palavras.

De repente, ouviram um barulho nos fundos. Haig empunhou sua arma, assim como Kuzma e Carlos. Angus já havia desaparecido pelo interior da casa, se deslocado para o andar de cima, procurando uma forma de visualizar a parte dos fundos. Ouviram então um pedido de socorro.

- Oh, meu Deus! É Affonso! – exclamou Amaril.

Angus o havia pegado quando entrava um pouco à frente de George pelos fundos, usando a entrada de serviços e estava prestes a arrancar-lhe a cabeça quando George os alcançou a tempo e gritou seu nome.

- Angus, não!

Reconhecendo a voz do amigo, Angus largou Affonso desculpando-se ao mesmo tempo em que todos chegavam juntos à cozinha, respirando de alívio ao visualizar “quem” eram os invasores.

- Ah, meu velho, que hora mais propícia! – exclamou Haig enquanto ia em direção ao amigo para dar-lhe um abraço.

- Parece que estão com problemas! – olhando por cima do ombro de Haig, avistou Ana – Ora, ora se não é minha velha amiga! Como está? – diante de Ana estendeu-lhe a mão, ela apenas a olhou e disse:

- Que ótimo! Chegou quem faltava, será que agora podemos enfim dar início à... – riu – Blood Line Convention? – ela estava assustada, era verdade, mas não havia alternativa, encontrava-se numa situação que se encaixava perfeitamente em um ditado que diz: “se ficar o bicho pega e se correr o bicho come”.

Na sala, foi George quem começou a falar, assim como era esperado.

- Bom, mocinha, você já é adulta o suficiente, então não espere que eu a trate como uma garotinha mimada, vou tratá-la como a mulher inteligente que é, sem muitos rodeios, mesmo porque, não temos tempo para enfeitar história alguma. Então você pode escolher entre encolher-se num canto e chorar de medo ou partir para luta junto com a gente para defender-se e tentar garantir a sobrevivência, assim como temos feito. Problemas sempre existiram, a agência é apenas mais um.

Enquanto George expunha todo o passado da família de Ana desde os ancestrais de seu avô e a família de Haig, a origem dos vampiros e como eles evoluíram, a agência etc., Alexsander pensava em uma maneira de acabar com todos eles de uma só vez.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e obrigada pelo apoio de todos!♥



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