Runescape escrita por outono


Capítulo 2
Capítulo 2 – Libria Falcons




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– O que você estava fazendo nas Terras Selvagens sem armadura? – Perguntou Julienly para a ladra. As três estavam sentadas em volta de uma pequena fogueira.
– Ora, eu que te pergunto! O que você está fazendo nas Terras Selvagens sem armadura? -
– Eu não preciso de proteção! Eu sou uma evocadora, pessoa capaz de convocar espíritos do mundo espiritual. Julienly WidHeart, prazer. – Disse a menina loira com uma certa prepotência.
– Uau! Então você é uma Evocacionista? -
– Evocadora! – Disse a menina irritada.
– E você? Quem é você? – A menina misteriosa indicou a com roupa tão pesada que, na verdade era uma espécie de armadura.
– Não devia se apresentar primeiro!? -
– Acho que seu nome é... Luana. Liana... -
– Lisye! Lisye Chorster. Ufh... Estou em treinamento. Eu uso combate corpo a corpo, então preciso dessa armadura para minha proteção. -
– Eu sou Libria. Libria Falcons. – Ao apresentar-se, Libria levantou-se e colocou as mãos na cintura.
– Mas então... O que estava fazendo nas Terras Selvagens sem armadura? – Perguntou Julienly, impaciente.
– Eu estava procurando um Altar Rúnico...
– Altar Rúnico? – Julienly parecia interessada.
– Sim! Um lugar onde um ser humano normal pode obter pequenas pedras que lhe permitem o uso de magia. Pelo o que eu sei, há apenas 4 deles: Água, fogo, terra e ar. Cada Templo é responsável pela magia de seus respectivos elementos. Claro que a magia é limitada, mas...
– Ah! Eu já ouvi falar desse lugar! – Subitamente, Lisye levantou – Se quiser, posso lhe mostrar onde é, eu conheço bem o mapa dessa região, as Terras Selvagens pode ser um pouco... -
– Sério!? Seria muito bom, pois para falar a verdade... Eu não sei onde eu estou. Estou perdida a três dias.
– Três dias!? –
“Essa garota estava andando sozinha por aqui? E sem nenhum tipo de arma ou armadura! Ela poderia morrer a qualquer momento!” – Pensou Julienly.
– E afinal, o que é Terras Selvagens de que tanto falam? -
– Eu não acredito... Você não tinha a mínima noção por onde estava caminhando, garota! Aqui são terras dominadas pelo mal. Não há regras. É onde habitam os mais temíveis monstros. É vista também como o maior campo de Batalha de Runescape. Todos os mais habilidosos guerreiros penetram nessa terra em busca de adversários cada vez mais fortes. – Lisye voltou a sentar próxima a fogueira. As Terras Selvagens, além de ser perigosa, tinha um clima gélido.
– Hum. Então é por isso que estão aqui?
– Não exatamente... Mas, voltando ao assunto, que tipo de pedra mágica você pretende criar?
– Nenhuma! - Eu apenas quero estudar o local. Eu não preciso de pedras para usufruir de magia! –
– O que?! – Julienly pareceu surpresa – Não me diga que...
– Sim, pois o fato é que eu sou uma meia elfa -
– Meia elfa?! – Julienly
– Exatamente. Eu fugi de Isafdar, meu pai é um humano e minha mãe... bem, ela é uma elfa.-
– Eu não acredito que estou conhecendo uma elfa! - Lisye sorriu.
– Meia-Elfa!-
– Mas o que isso implica em você não precisar de runas? – Julienly a interrogou.
– A verdade, é que apenas elfos e meio-elfos podem praticar magia sem essas tais pedras. Ninguém sabe explicar exatamente o porquê dessa capacidade. Mas no início, apenas a raça dos elfos tinha o controle da magia. Eu fugi para buscar mais respostas. Eu ainda não consigo controlar a minha magia por completo... Talvez seja porque eu seja metade elfa.
– Eu não acredito em sua história... Como ninguém tinha esse conhecimento até agora?
– Não acredita é? Veja isso! – Libria levantou-se e apontou para o céu, logo, a ponta de seu dedo indicador faiscou e pronunciando “Firework!” Libria liberou feixes de fogo para o céu infinito. Uma... duas... três vezes. Pequenas bolas incandescentes foram de encontro das estrelas. E quando finalmente, perderam velocidade, as três pequenas chamas se explodiram em brilho e cor. Libria, confiante continuava apontando para o céu. Lisye olhava para cima, admirada. - Uau! Isso foi incrível! –
Julienly olhava, frenética, para todos os lados. – Isso pode atrair mais monstros, sua idiota! -
– O que? Por que monstros?
– Você não ouviu a minha descrição sobre esse lugar? – Lisye voltou a se preocupar.
– Não lembro. -

De repente, um grupo de trolls surgiu. Criaturas feitas de pedra o que os tornavam de difícil derrota. Alguns farejavam o ar como se estivessem confirmando se era dali que vinha o cheiro forte de pólvora. Outros tinham os olhares focados: Sabiam que iriam atacar e era agora!
– Trolls!! – Julienly começou a correr – ... São muitos! Corram!

Libria começou a rir enquanto corria. Lisye e Julienly não sabiam o porquê. Mas não tentaram entender pois estavam preocupadas em se salvar. Os Trolls avançavam em bando, eram tantos que a terra tremulava com a corrida. A fúria daquelas criaturas parecia exagerada.
“Afinal, o que fizemos para eles?!” Julienly não sabia porque um bando de trolls as perseguiam. Somos um almoço? Invasores de território? Mas eles pareciam famintos...
Trolls eram criaturas violentas. Viviam em bando, porém praticavam lutas entre si. Eram uma sociedade de monstros impulsivos e, um tanto ignorantes.
– Falta pouco! – Gritou Lisye para as outras.
– Pouco para quê? – Libria perguntou.
– A fronteira! Se preparem para pular!

No horizonte, uma linha regular podia ser vista. A medida que chegavam mais perto, pôde-se notar que tratava-se, na verdade, de um muro baixo construído com pedras rudimentares. Faltavam poucos metros para que alcançassem o outro lado... Machados, lanças e até pedras começaram a ser lançados.
– Cuidado! – Julienly desviou de uma pedra, que inevitavelmente, atingiu Libria na cabeça, fazendo com que ela e seu chapéu caíssem imediatamente.
– Levanta! Não dá tempo para desmaiar! Libria! – Julienly a arrastava pelo braço. Sem o chapéu, as orelhas pontudas de Libria podiam ser vistas. “Então... Você é mesmo uma meia-elfa!”.

Lisye estava tão preocupada em correr que percebeu a ausência das outras quando estava a apenas um metro da fronteira. Ela se virou e notou que Libria havia caído. “Eu não acredito!” E assim correu de volta para ajudar as outras garotas.
Os Trolls estavam cada vez mais perto. Continuavam jogando suas armas e o que podiam jogar. Libria, ainda tonta pelo impacto da pedra, estava sendo levantada agora por Julienly e Lisye.
– Anda logo, sua....! – Julienly apelou para a violência e desferiu inúmeras bofetadas em Libria, o que não pareceu adiantar muito. – A gente vai morrer! É hoje que a gente morre! Lisye! Me ajuda! -
– Vamos continuar arrastando ela! – Lisye a puxou pelo braço – Puxa! Ela é pesada demais!
– Então, tente carregá-la! – Sugeriu Julienly, mas então, subitamente, Libria como se estivesse despertado de um pesadelo, abriu os olhos e, ainda sentada no chão, disse:
– Meu chapéu! Cadê?
– Pega essa droga e corre! – Julienly a estendeu o estranho chapéu. Libria o acomodou, escondendo novamente suas orelhas élficas.
– O que é aquilo!? – Libria apontou para o bando de Trolls que agora estavam assustadoramente próximos. A terra tremia com a chegada das feras.
– Não interessa, corre!

Todas as três correram como nunca. Lisye foi a primeira a pular sobre a fronteira. Julienly em seguida. E como se não bastasse, Libria ainda não tinha atravessado, quando um dos Trolls arremessou um machado em direção a ela. Se não fosse por alguns centímetros, ela teria morrido: Ela ultrapassou o muro e uma barreira púrpura impediu com que o machado lhe atingisse. A fronteira era marcada por um pequeno muro. Porém, uma estranha parede estendeu-se para o céu, como se impedisse qualquer coisa ruim de passar por ali.
– Uaaau! O que foi isso!? – Libria encantou-se com a parede invisível que as separou dos Trolls.
– Ah! Essa é a barreira Elemental. Esses muro que acabamos de pular são feitos de runas de defesa, Varock se associou as outras cidades que fazem fronteira com as Terras Selvagens para construir essa magnífica forma de proteção. Nenhum monstro ou, como você viu, armas de monstros podem ultrapassar essa parede. – Contou Lisye.

Do outro lado, os Trolls pareciam frustrados. Alguns, estavam tão próximo que era como se estivesse olhando para um espelho, que ao invés de refletir sua imagem, refletia a figura de uma criatura grotesca e imunda, usando roupas rudimentares.
– Essa barreira é mesmo impressionante. Ao contrário da magia contida em runas, a magia desse muro é infinita. Ainda não consigo entender como puderam encontrar uma maneira de magia infinita. Custou muito caro e foi preciso unir os magos mais poderosos do mundo! – Continuou Lisye a explicação.
– Magos! – Disse Libria empolgada
– Sim... São poucos atualmente que podem ser considerados verdadeiros magos.
– Preciso conhecer um... - Espera... E o Altar!? Precisamos voltar... – Libria atreveu-se a ultrapassar a barreira.
– Não! Está louca? - Julienly a puxou pelo cabelo - Os Trolls continuam na espreita. - Não podemos voltar até que eles sumam de vista. -
– Aliás, não recomendo voltar até que fiquemos mais fortes. O altar que Libria procura fica no interior das Terras Selvagens. Nunca conseguiríamos chegar lá com vida. Há centenas de exércitos de diferentes criaturas... Não existem apenas Trolls. Demônios maiores do que atacou Libria costumam andar em bando também. -
– O que? Eu não fui atacada por nenhum demônio! -
– Vai me dizer que já esqueceu?! Você correu feito doida em nossa direção e por sorte fomos eu e Lisye que conseguimos matá-lo! -
– Vocês estão falando daquele demônio que vocês destruíram? Eu não estava fugindo dele. Eu estava com fome, senti cheiro de peixe e comecei a correr até que encontrei o acampamento de vocês.
– ... -
– Você se finge de idiota ou é o que aparenta? -
– Aliás, obrigado pela comida. -
– E é por isso que você agradece? Você roubou nosso jantar! Arhh... Agora que eu lembrei, estou morrendo de fome! – A barriga de Julienly roncou tão alto que o ruído pareceu ter vindo dos Trolls, que já caminhavam para longe, voltando para seus territórios.
– Hum... Eu também estou com fome. Vamos para a taverna de Varock! Eu pago! – Libria se pronunciou.
– Você tem dinheiro? -
– Não importa... Vamos lá! –


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Notas finais do capítulo

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