Mulher América escrita por Lady Snow


Capítulo 11
Capítulo 11- A proposta.


Notas iniciais do capítulo

N/A: E aaaaaê meus queridos! Tudo tranquilo?
Bem, mais um pouco e estou de férias! Õ e aí as postagens serão mais seguidas (espero eu, hihi).
Quero agradecer todos os 14 leitores lindos e quero vê-los todos comentando, nem que seja um "posta logo!" )): tá? *u* s2
Ah, no próximo capítulo é que realmente começa a história e tudo começa a ficar mais emocionante (pelo menos, é o que eu tenho planejado, mas não vem ao caso...)
UMA ÓTIMA LEITURA E BOA SEMANA! :***



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Steve tinha tomado a decisão, e seus homens estavam dispostos à correr o mesmo risco que seu Capitão para salvarem seus companheiros de batalha. Partiram pouco tempo depois, preparados e motivados à derrotar a H.I.D.R.A. O plano consistia em Rogers infiltrar-se na sede e libertar os soldados que estavam presos junto de alguns soldados, já Rick fora escalado como vigia, uma vez que precisava de se aperfeiçoar em campo, já que suas estratégias não seriam totalmente necessárias na hora do combate.


Enquanto isso, Chris alongava-se e fazia alguns exercícios pelo ginásio todas as manhãs, e agora tinham começado com aulas teóricas também, aprendiam sobre armas, explosivos, como lidar com eles, criavam situações para exercitar a cabeça e não somente os braços, como vinham fazendo. Até porque, muitas vezes a inteligência tem muito mais valor do que a força.


Naquela manhã, dois furgões tinham chegado à base, um era de carregamento de suprimentos que incluía algumas cartas, uma destinada aos superiores e outra destinada a Chris. Sim, era a carta de Rick que havia chegado. O outro furgão... Bem, o outro furgão vinha Nick Fury.


Estavam no meio de uma lição sobre mísseis mais atuais, porém, ninguém prestava a mínima atenção no que era dito, ou simplesmente preferiam conversar sobre alguma banalidade devido à chatisse da aula, e sequer o instrutor, que era o próprio coronel, estava ligando para isso, mas quando a conversa saiu do controle aumentando o volume de ruídos, o velho senhor quase teve um acesso de fúria, mas antes que ela fosse consumada, um dos guardas bateu à porta.


– Senhor. Com licença, há uma carta para ser entregue. - Os rapazes olharam esperançosos para a porta, podia ser qualquer um, e no meio dessa expectativa, o coração de Chris acelerava, teria finalmente chegado sua resposta? Suas suspeitas se confirmaram com as seguintes falas.


– Entregue logo, tenho muito o que explicar para esses cabeças-ocas.


– Christine Wright, é sua. - Se pudesse, ela teria pulado, gritado, estourado bombas como as das explicações, mas tudo que fez foi agir com indiferença e pegar a carta. Poucos fitaram-na com a expectativa de ser algo importante, mas nada aconteceu. Apenas um pedido.


– Senhor, eu posso me retirar? - O coronel assentiu, limpando com a mão a camada de suor que formara-se em sua testa enrugada.


– Sim, pode. Aliás, todos estão liberados, vão, para fora. Sim, por hoje chega. - Com burburinhos e exclamações de alívio, os soldados fizeram briga para quem saía primeiro, e depois de muitos empurrões e palavras torpes, todos saíram. Chris saiu correndo até o banco onde conversara com Rick pela última vez, passou os dedos agora calejados pelo papel, temendo ler o que se seguiria escrito em uma inocente folha de papel. Seus pensamentos eram turvos demais, turbilhões de hipóteses rondavam sua mente, umas boas, outras nem tanto, e sempre havia aquelas que sequer cogitaria algum dia. Estremeceu e afastou esses pensamentos aterrorizantes. Com todo cuidado abriu a carta e desdobrou o papel, seu coração falhou uma batida ao olhar a caligrafia um pouco desleixada do rapaz. Como quem não queria perder nenhum detalhe, varreu a carta com os olhos o mais calma possível.


Olá menina-de-fogo!

Nossa, que pena que tem de viver nessa chatice! Imagino o quanto devem estar pegando pesado com os treinamentos, sinto muito por isso...

O Capitão é boa pessoa, faz o que tem que fazer, manda o que tem que mandar, e eu até já posso chamá-lo de "amigo". Eu estou bem, garanto-lhe, eu apenas... Ganhei algumas experiências, por assim dizer. Ok, eu ganhei uma bela de uma cicatriz, bem grande! Adoro ela, sim, isso é estranho. Ficamos dias sem comer muito e beber água fartamente, o território era horrível e desagradável, tivemos de ficar escondidos em um bosque pantanoso e abafado. Era um inferno, um soldado inimigo veio com uma adaga para cima de mim, mas só conseguiu me dar a cicatriz e... Bom, não vem ao caso. Ainda estou vivo, como combinado. E você, como vai?

A missão é sigilosa sim, mas não se preocupe, é porque preferimos não dar muito sinais de localização e assim as cartas não sejam extraviadas e parem em mãos erradas, nos deixando em perigo. Eu estou indo em outra missão agora, e dessa vez, não sei se vou voltar e...


A letra pareceu corrida na última frase. A carta acabou. Desesperada ela olhou todos os centímetros do papel, não havia mais nenhuma informação, nenhuma pista. Deus, o que teria acontecido? Seu coração parecia querer saltar do peito, tinha de fazer alguma coisa. Será que tinham sofrido um ataque surpresa e ele tivera de sair correndo? E por que enviara a carta pela metade? Isso estava muito estranho. Que nova missão era essa? Correu para seu quarto quando uma ideia invadiu sua cabeça. Escondeu a carta em uma mochila, pegou algumas roupas limpas, um boné e escondeu embaixo da cama, então espreitou até a cabana onde os superiores realizavam reuniões, a porta estava entreaberta e ela agachou-se certifcada de que ninguém mais estaria ali.


– ... Mas isso é um absurdo! Como o Capitão resolve fazer isso agora? É tempo de guerra! Ele não vê os riscos que corre? - Reconhecia aquela voz petulante, era do coronel.


– Senhor, são dos nossos! É necessário que se faça. - Retrucou a voz do treinador. Um suspiro tedioso vindo de uma terceira pessoa.


– Eu apoio o Capitão. E apoio o treinador, afinal, o que diríamos para um país inteiro? Que cem homens foram perdidos pelo inimigo e que não levantamos o traseiro para fazer algo? Se não der certo, ao menos temos alguma desculpa que possa servir de conforto e que seja cabível e aceitável ao acontecido. - Chris arregalou os olhos, tinha visto os dois furgões chegarem pela manhã, mas como tivera de entrar logo na sala para as lições, não teve tempo de descobrir quem e o quê tinham chegado. Aquela voz fria, cortante e dura era inconfundível, se não era Nick Fury, talvez então fosse um clone dele. Sua tese confirmou-se quando ela olhou do canto da janela que estava ao seu lado para dentro, e lá estava o homem moreno de vestes negras e seu tapa-olho inseparável. Seus lábios curvaram-se em um sorriso, ele dissera-lhe que voltaria para buscá-la, e então, finalmente chegara o dia? Teria pulado e gritado de felicidade se não estivesse ali para obter qualquer pista sobre a nova missão em que Rick estava fazendo parte. E aparentemente, era disso que estavam falando. Entretanto, ela ainda não conseguia compreender o que se passava, então, silenciosa como uma sombra, continuou espreitando pela porta ouvindo a discussão.


– Então, quem acha que deve-se deixar o Rogers com aqueles mesmos soldados e buscar os outros? - Um longo minuto de silêncio se fez. Queria saber se tinha sido aprovada ou negada a moção, mas não tardou para que soubesse a resposta.


– Então, certo. Deixaremos o Rogers resgatar os soldados e como mínima forma de ajuda, mandaremos suprimentos e uns dois caixotes de armas novas. Reunião encerrada. - A garota pôde ouvir o barulho de cadeiras sendo arrastadas e alguns murmúrios trocados um com os outros, e quando percebeu que poderia ser descoberta espionando, correu dali o mais rápido que conseguiu. Enquanto corria, pensou em tudo o que ouviu. Ao que tinha entendido, haviam soldados presos e Rogers estava disposto à salvá-los. Mas foi pensando nesses soldados, que ela parou de correr abruptamente. Não tinha visto para onde direcionava-se na corrida e nem quão rápida tinha sido, mas deparou-se estacada de frente para o portão que separava o campus do bosque de simulações. Soldados presos... A carta não-terminada de Richard. Oh céus, se Deus existia, que ele fosse piedoso o suficiente para que os soldados à quem se referiram não estivesse com Rick incluso. Mas fazia todo sentido! A carta não tinha sido terminada, a missão que não revelou nada, os soldados presos e Rogers indo atrás. Só podia ter sido isso! E a carta podia ter sido enviada acidentalmente, ou ainda, como forma de mostrar que Rick tinha sido um dos raptados.


Não, ela não iria deixar assim! Deu meia-volta e foi até a cozinha, surrupiou alguns alimentos e água e levou até seu quarto o mais naturalmente possível, guardou na mochila e determinada, foi atrás de Fury. Se ele a tiraria dali, que pelo menos a levasse para onde Richard se encontrava. Tinha de ter certeza que ele ainda estava vivo, e só acreditaria quando visse com seus próprios olhos.


Encontrou o homem sozinho olhando fixamente para o horizonte perto da quadra, parecia sumberso em seus próprios pensamentos, alheio ao que estava à sua volta.


– Senhor Fury. - Disse ela sem hesitar. Nem um susto, nenhuma surpresa. Apenas... Indiferença. Da parte de ambos.


– Wright. - Respondeu ele sem se dar ao trabalho de virar-se para encará-la.


– Há quanto tempo, não? - Disse ela sem muita emoção.


– Não faz diferença. Pelo menos, para mim. - Maldita frieza. Ao inferno com aquela pompa de superior! Pensou ela.


– Não importa. - Retrucou ela tentando esconder os primeiros sinais de irritação.


– Vá direto ao ponto, garota. Odeio enrolações. - Fury não abandonava o tom frio, e isso a irritava.


– Não ligo para o que odeia, Fury. - Dessa vez, ele virou-se, e ela cantou vitória internamente ao finalmente conseguir a atenção total dele. Ele cuspiu o palito de dente que pendia no canto de sua boca. Lábios que estavam sempre apertados em uma linha reta firme.


– Então, diga logo o que quer.


– Preciso de sua ajuda. - Ela admitiu bem curta e direta.


– Já não tem o suficiente? - Respondeu ele, recheando sua voz com certa indignação.


– Nunca é o suficiente. E dessa vez, é algo sério. - Respondeu ela seriamente.


– Acha mesmo que concederei qualquer pedido seu? - Ele disse levemente debochado com um sorriso de escárnio.


– Creio que não, senhor, se ela não estiver em sua lista de interesse, talvez não conceda mesmo. - Chris falou com astúcia.

– Pela última vez: desembuche. - Ele cuspiu no chão. Nojento. Pensou ela encarando o cuspe com desprezo.


– Fiquei sabendo da missão do Rogers, há pouco tempo ele recrutou alguns nossos. - Disse ela casualmente, recostando-se no tronco de uma árvore que erguia-se ao seu lado, retorcendo-se bruta e forte até parecer encostar no céu alaranjado enquanto ela fitava o sol que aos poucos escondia-se e dava lugar a lua.


– Sim. E o que há de mais? - Frio. Sempre frio.


– Não fui escolhida, embora eu seja uma excelente soldado e isso é inegável. - Não queria ser arrogante, mas ela sabia perfeitamente disso, o olhar de seu treinador de uns tempos pra cá revelavam isso, e ela sentia-se contente uma vez na vida por algo que fizera.


– E irrelevante. - Ela ignorou o comentário subestimador dele.


– Quero participar dessa próxima. - Ele franziu o cenho, formaram-se sulcos em sua testa, os olhos castanhos duvidosos.


– E como sabe que há uma próxima? - Ela não pôde evitar ficar com o rosto levemente corado, mas como já era o fim da tarde, talvez fosse imperceptível devido a coloração laranja e amarelo do céu. - Espionou. - Disse ele afirmativamente, ela não respondeu. Ele continuou: - Perspicaz, e um pouco... Estúpido. Podia ser pega em flagrante, garota. - Chris ignorou mais uma vez, respondendo à seu modo.


– De qualquer forma, eu quero ir. - Disse com firmeza.


– E o que te faz pensar que eu farei esse favor? E pra que quer ir? - Querendo ou não, ele estava curioso, e não era necessário ser um excelente observador para perceber isso.


– Questões pessoais, caro Fury. E porque nessa missão, eu posso ser morta, e você finalmente se verá livre de mim. - Respondeu, orgulhosa de suas respostas. Estava agindo melhor do que ela própria poderia imaginar.


– É um supersoldado, Wright, as chances de ser morta são mínimas e sabe disso. - Falou ele com descaso.


– Que seja. Eu posso ser morta, mesmo sendo uma supersoldado, eu ainda sou uma mortal, embora um pouco mais resistente que os outros. No entanto, sabe que se eu levar um tiro, ou explodirem uma bomba, eu posso morrer como qualquer um.


Ele pareceu pensativo, Chris sentiu-se orgulhosa dos argumentos que usara, eles com certeza eram bons, pois haviam feito Fury calar-se e mais uma vez, emergir-se em seus pensamentos, fossem eles quais fossem.


– Pensarei no seu caso. - Disse por fim.


– Não demore, os furgões logo irão embora.


– Eu utilizarei o tempo que me for necessário, Wright. A interessada é você, então contenha-se. - Chris podia jurar que ele tinha rosnado aquela frase, fora um tanto ríspido para quem estava habituado a ser frio como uma geleira.


– Tem certeza de que a interessada sou eu, senhor Fury? É um jogo de interesses, no qual você também joga e tem o seu próprio interesse. Tenha uma boa noite. - Disse ela com mais uma pitada de zombaria, e com isso, retirou-se lentamente, enquanto Fury pensava em qual decisão tomaria. Alternando entre os prós e contras daquela proposta, afinal, ele não desejava o mal da garota, mas queria a segurança nacional, e o Capitão América já dava conta do recado sozinho. Tinha pouco tempo para pensar, mas uma resposta diferente rondava sua cabeça. E se, de repente, ele tivesse outros planos para ela? Confira nos próximos capítulos.


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Notas finais do capítulo

N/A: Mereço reviews? *-* se merecer, mande, por favor! Sua opinião é o que vale!