Doce Culpa:

Tem horas que não sabemos o que estamos fazendo. Que não temos ideia do que iremos fazer. Mas sabemos que está errado, que aquilo não devia estar acontecendo.

Não era a primeira vez que eu fazia merda, nem a segunda. Mas aquilo tudo era tão errado e excitante, a ideia, não minto, me seduzia profundamente. De corpo e alma, talvez um pouco mais de corpo, eu queria fazer aquilo. Mas como sempre a culpa chega, me enche, invade, e dai. Nada, como se um toque bastasse, ele não basta.

De leve, me toque, e mais uma vez, e de novo. Suave promove suspiros e culpa, muita culpa. Devagar, faça de novo, até que eu não possa mais me segurar. Me olhe, sim desse jeito. E me toque de novo. Parece tão certo que deve estar errado, tão certo que chega ser pecado existir algo assim. Você sussurando Roza com seu sotaque russo era o que eu mais queria.

Mas aquilo me invade, e a vontade é de ficar mais um pouco, só ali, sabendo que você esta do meu lado, me deixa louca.

culpa, o que é a culpa comparado a isso?

Provocar:

Eu gosto de provocar, sempre gostei, é praticamente da minha natureza.

 Ver sua cara quando sente o toque, como você se contorce levemente, e seu olhar. Como eu adoro ver como eu estou  te deixando louco. Como eu adoro chegar perto e ouvir sua respiração, ela está desregulada. E eu adoro isso.

 É por isso que eu adoro provocar, morder os lábios, olhar profundamente, tocar acidentalmente em você. E abrir um sorriso, quase erótico, seu olhar de reprovação? Só me faz querer sorrir mais.

Você diz que eu sou a menina do capeta, e eu rio baixinho.

 Porque,

eu adoro provocar.