Assassins Creed: Liberdade escrita por O Mentor


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Apenas um gostinho do que está por vir. Neste prólogo, ficaremos conhecendo aonde está concentrada a força dos Templários no século XIX e um pouco dos planos dessa Ordem.
Espero comentários!



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Paris, França

Outubro de 1806



As estrelas eram a única coisa que brilhavam por sobre a capital francesa durante aquela noite fria. As águas do la Seine (Rio Sena) corriam calmamente, enquanto poucos homens se aventuravam a sair pelas ruas, com medo dos ladrões e deliquentes que vagavam pela periferia por esse horário. Os poucos fora de casa enchiam a cara em tavernas ou então se deliciavam com as maravilhas femininas em algum bordel ou prostíbulo.

Alguns lampiões estavam acesos em uma rua afastada do centro, produzindo uma penumbra assustadora. A rua larga era ladeada de becos escuros, onde apenas eram ouvidos latidos de cachorros ou, ocasionalmente, o som de homens sozinhos gritando por dinheiro roubado.

Apesar do perigo que o local oferecia, dois homens ricamente vestidos se encontravam na escuridão da calçada.

– Bonsoir (Boa-noite), Brunot. Como foi seu dia hoje? - perguntou um deles, o que estava mais próximo da luz. De sua fisionomia apenas era visível o corpo gordo, que deixava claro que era alguém da nobreza ou da corte imperial. Os trajes refinados, de coloração vermelha e decorados com rendas douradas, apenas confirmavam que era alguém rico e potencialmente influente.

O segundo homem, chamado Brunot, estava completamente envolto nas sombras. Sua silhueta apenas mostrava o corpo magro e em forma, talvez de algum militar. Quando falou, sua voz era firme, dura e fria, sem qualquer sinal da amizade e suavidade presentes na voz do outro.

– Não quero enrolações, Maurice. Hoje de manhã eu te mandei pegar um documento na mesa de Monsieur Napoléon. Onde está? Espero que tenha conseguido, bâtard (bastardo), ou vai ter o pescoço enfiado numa guilhotina.

Não era possível ver direito, mas Maurice estremeceu nas sombras. Ele sabia do temperamento agressivo de Brunot e tinha consciência de que morreria mesmo se tivesse falhado em pegar o documento. Se tivesse um rasgo no papel, ele provavelmente perderia um braço. Porém, para sua sorte, conseguira pegá-lo completamente intacto, ainda lacrado pelo selo pessoal de Napoléon Bonaparte, imperador da França. Pegá-lo havia sido especialmente dificil. Muitos guardas tiveram de ser subornados e alguns até mesmo mortos. Por sorte, o imperador não estava em Versalhes naquela tarde. Fora resolver assuntos de guerra, o que deixou sua sala pessoal livre para um de seus conselheiros mais fieis roubar um arquivo de tamanha importância.

– Obviamente eu o peguei, Maître (Mestre). Não foi fácil, o senhor sabe. Três homens tiveram até mesmo que perder a vida. Mas aí está. - após entrega-la com cuidado para Brunot, ele hesitou por um momento - Posso saber do que se trata, Maître?

Brunot levou algum tempo antes de responder:

– Uma carta pessoal de nosso querido imperador para nossos aliados na Espanha. Não sei o que fala, mas posso afirmar que será algo interessante. Provavelmente, envolve planos de guerra ou algo do tipo.

Maurice se desanimou. Quase perdera a vida para pegar um pedaço de papel que atualizava espanhóis sobre planos de guerra. Esse tipo de carta existia às centenas no escritório de Napoléon, principalemente por esses tempos, onde a França estava quase com a Europa toda em seu poder e única coisa maior que a vontade do imperador de conquistar era a sua habilidade de fazê-lo. Um dos melhores estrategistas de todos os tempos, diziam os franceses. Sucessor dos antigos romanos. No entanto, algumas coisas não iam bem para o lado de Napoleón. Embora todo o seu sucesso na guerra, ele sabia que não ia conseguir conquistar a Europa sozinho. Precisaria de uma ajuda especial. E sem que Maurice soubesse, era exatamente sobre isso que a carta falava.

– Só sobre isso? - o gordo perguntou, hesitante. Sabia que seu companheiro não gostava de receber perguntas demais.

– Sim, apenas sobre isso. - Brunot respondeu, inacreditavelmente calmo.

Maurice pensou por um momento se deveria fazer mais perguntas ou não. Optou por fazer apenas mais uma, após ver que seu superior não estava irritado.

– Nossos aliados na Espanha... O que eles tem a ver com a guerra contra a Prússia?

– Nada, na verdade. Não tem nada contra nossos amis (amigos) prussianos.

– Então... Por que estão sendo contatados por Napoleón?

Brunot soltou uma risada antes de responder:

– Sabe, Maurice... Você deveria saber que existem coisas maiores que guerres (guerras) entre nações ou impérios. Nós buscamos mais que isso.

O gordo ficou confuso por um momento. Por que seu superior havia pedido uma carta de planos de guerra se... Não estava interessado na guerra?

– Não entendi, Monsieur (Senhor).

– Não precisa mesmo. Acho que você já sabe demais, Maurice.

O gordo levou um segundo para entender a frase.

– Não, Monsieur. Você... Você não...

– Descanse no enfer (inferno). - E após isso, o som de uma pistola sendo disparada ecoou pelo beco. O corpo sem vida de Maurice caiu no chão, deixando suas vestes ricamente decoradas mais vermelhas. Mas este era o vermelho do sangue.

Brunot saiu lentamente do beco, apreciando o sabor daquela morte. Não sentia remorso ou sequer pena ao matar. Era até prazeroso. Pegou a carta de Napoleón e quebrou o lacre. Dentro, após a escrita, havia algo que Maurice não chegara a ver e nunca mais chegaria: o selo de uma cruz. Uma cruz que há 600 anos atrás, uma facção havia usado como símbolo em sua busca por conquistar a Terra Santa. E o nome da facção era a Ordem dos Cavaleiros Templários.



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Notas finais do capítulo

E então, curtiram o capítulo?
Espero o review de vocês.
Até mais!
Database:
http://animusdatabaseliberdade.blogspot.com.br/



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