Breathe escrita por xDarkDreamX


Capítulo 3
Capítulo 3 - Flash Back


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-san!
Gostaria de agradecer à vocês que estão lendo a fanfic! Isso me deixa muito feliz. Obrigada pelos elogios e em forma de agradecimento, eu já estou postando esse novo capitulo! ^^

CAPÍTULO REESCRITO EM 24/08/2016.



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— Aquela desastrada só pode ser louca mesmo. –Inuyasha revirou os olhos. –Vai cair uma tempestade e ela ainda quis ir embora sozinha.

Sango abraçou o próprio corpo quando uma rajada de vento bateu contra o grupo. –O que será que aconteceu? Ela não parecia bem.

Rin suspirou e segurou os cabelos devido aos ventos. –Não faço ideia, mas vamos conversar com ela amanhã.

— Então é melhor voltarmos para a casa do Inuyasha, não quero pegar chuva. –Miroku disse e os outros concordaram.

Seguiram para a casa dos Taisho às pressas.

Já distante dali, Kagome caminhava perdida em pensamentos por ruas já desertas, escondendo-se na touca de sua jaqueta-moletom. Passou por um parque resolveu entrar, ignorando os pensamentos de que poderia ser perigoso caso resolvesse cair raios.

Fora uma má ideia se juntar àquele grupo. Uma péssima ideia, aliás. Suspirou frustrada enquanto se arrependia amargamente de ter caído na teia de Kaede, pois só agora lhe parecia óbvio que a professora de biologia pudesse ter investigado sua vida antes da transferência e tivesse, de caso pensado, falado sobre o festival do colégio e a ideia de montar uma banda. Claro, agora era óbvio. Deveria ter pensado nisso antes, como fora burra!

Mas agora só podia se lamentar, e se recordar dos bons e maus momentos de sua vida.

Principalmente por estar andando por aquele parque que as memórias mais nostálgicas vieram à tona.

Impossível não se lembrar do período em que a barriga de sua mãe já estava grande, grávida de sete meses do segundo filho, seu irmãozinho Souta. Ela e seu pai brincavam no gramado de um parque de sua antiga cidade enquanto Nodoka organizava a toalha e o piquenique. Kagome tinha cerca de quatro anos na época.

Lembrava-se da noite em seus pais pareciam desesperados e felizes ao mesmo tempo, não entendia o que significava o fato de seu pai estar correndo com uma bolsa azul e o telefone em mãos em puro nervosismo. Nem mesmo entendera quando sua mãe fazia caretas de dor e mesmo assim mantinha um sorriso no rosto. Apenas sabia que saíram de casa apressados e foram para o hospital, onde ela ficou com seu avô enquanto seus pais estavam em uma sala estranha. Acordara no colo de seu pai, com ele a chamando para conhecer seu irmão.

Souta era tão pequeno e lindo quando nascera.

Lágrimas lhe vieram aos olhos com as lembranças felizes. E mais delas vieram a seguir.

 

Não demorou para que ela estivesse chorando e se sentindo culpada por não ter mais aquela felicidade em sua vida. Todas as boas memórias já se encontravam mortas no passado, deixando-a abandonada e infeliz.

 

E ninguém conseguiria entender o motivo por trás de seus sorrisos forçados, falsos sorrisos. Ela não tinha mais motivos para ficar distribuindo sorrisos, e sabia que era uma fraca por isso. Mas sentia que tudo fora sua culpa e não conseguia lidar com a situação. Então por isso se culpava, deixava que aqueles pensamentos horríveis dominassem sua mente.

 

Que pessoa poderia suspeitar que quem sempre carrega um sorriso nos lábios seria alguém tão triste?

 

Soltara uma risada amargurada ao ver o quão sua vida era irônica. Vinha fugindo há meses da música, do contato com as pessoas... Para num único dia, pronto, voltar a fazer essas coisas.

 

E aquilo lhe embrulhava o estômago. Vozes gritavam em sua mente que ela estava sendo egoísta, tentando escapar da realidade e que aquelas pessoas que conhecera hoje fariam o mesmo que as outras. Gritavam que a culpa de sua infelicidade era dela e somente dela.

 

Que se não fosse por ela, e pela música, seu irmão ainda estaria rindo e brigando consigo.

Ela sentiu os primeiros pingos de chuva caírem. Não demorou muito para que os pingos engrossassem, e Kagome ficasse completamente encharcada. Mas mesmo assim ela não queria ir embora e encontrar sua casa vazia, sem ninguém lá para esperá-la e ouvi-la dizer um "estou em casa". Sabia que ninguém diria "bem-vinda".

De fato a Higurashi só queria que a chuva lavasse a sua alma. Queria parar de sentir os ombros tão pesados e seu corpo tão entorpecido. Vivia dessa forma há meses, sentia-se sufocada, presa numa jaula mental.

 

A chuva era fria e calma, num ritmo só dela.

 

Sentia sua pele ficando gelada e empalidecendo, seus lábios tremiam. Decidiu que se ficasse ali por mais tempo provavelmente pegaria um resfriado e então seria pior para si, então era a hora de ir embora.

 

Ergueu a cabeça e fechou os olhos castanhos, sentindo os pingos baterem contra seu rosto. Uma última lágrima escorreu por seu olho esquerdo antes que ela finalmente começasse a sair dali a passos largos.

 

"Irmã, vamos brincar de esconde-esconde?"

 

Um nó se formou em sua garganta ao ouvir a voz de seu irmão em sua mente. Parecia proposital que aquela música tivesse sido tocada apenas para que ela se recordasse de tudo.

 

Tentou apressar o passo, sentindo seus olhos arderem. Não podia chorar, não iria chorar. Ah, mas o quanto queria!

 

Muitas vezes eu fecho meus olhos

E eu posso ver teu sorriso

Você chegando até minha mão

E eu estou desperta do meu sonho...

E todas as noites

Eu minto ao despertar

Pensando talvez que você me ama

Como eu sempre te amei

Mas como você pode me amar

Como eu te amei quando

Você não pôde sequer olhar diretamente nos meus olhos

Aquela música a embalava, como se fosse uma canção de ninar. Sentia sono, sentia-se fraca, queria adormecer de uma vez. Talvez já fosse o efeito de uma febre, mas sabia que deveria chegar em casa a qualquer custo.

 

Por mais que ninguém estivesse lá para recebê-la.

 

Caminhou pisando em poças d'água sem se importar, já estava toda ensopada de qualquer forma. A chuva não dava sinais de trégua tão cedo, e talvez aquilo fosse bom para si. Gostava de chuva. Mas, por outro lado, era geralmente em dias chuvosos que ela tinha suas recaídas. 

 

Chegara em casa meia hora depois, molhando toda a entrada e o caminho até seu quarto. Tudo estava tão silencioso que chegava a ser solitário, mas já havia se acostumado.

 

Seus pais não deram falta de si, nem ao menos ligaram para ela. Mesmo com todo aquele temporal, não se importaram com ela. Aquilo já era mais que normal, mas ainda lhe causava dor.

 Sentou-se encostava à porta de seu cômodo pessoal, pensando em tudo e nada ao mesmo tempo. Não tinha forças para continuar se movendo, embora soubesse que ela deveria levantar e ir tomar um banho quente. Mas não conseguia, somente não conseguia.

 

Encolheu-se, abraçando o próprio corpo com seus braços frios.

 

Aquela vozinha irritante voltara a incomodá-la, dizendo que Kagome era uma inútil e que deveria morrer o quanto antes, pois assim a vida de todos seria melhor. Ignorou-a e, pensando unicamente no bem-estar de seu irmão e o quanto ele odiaria vê-la naquele estado até deprimente, reuniu forças para se por de pé e arrastar até o banheiro.

 

Abriu as torneiras da banheira e a esperou encher antes de começar a se despir. Já nua ela entrou na forma oval de porcelana e se acomodou confortavelmente.

 

De forma inevitável ela voltara a pensar em tudo o que acontecera num único dia.

“Consegui quebrar duas promessas que havia feito à mim mesma: contato com outras pessoas e me envolver com música novamente. Como sou uma imprestável. É óbvio que irei me ferir novamente com essas pessoas, mas algo me diz que não. Só não sei se vale à pena tentar."

 Ela saiu da banheira e se enrolou na toalha. Abriu a porta e se secou, pegou uma blusa branca larga e leve, um short de malha e se vestiu.

 Jogou-se na cama, aconchegando-se no edredom. Não pôde descansar muito até que um espirro a fizesse quase dar um pulo.

Murmurara um palavrão, revirando os olhos e se cobrindo ainda mais. Menos de dois minutos depois seu celular começava a tocar, fazendo-a suspirar exausta. Espalmara pela cama, procurando o aparelho que tocava incessantemente. Atendeu um pouco rouca.

— Alô?

— Oi, Kagome? Sou eu, Ayame.

 

A Higurashi franziu o cenho e se sentou no colchão, intrigada com a repentina ligação. - Oi Ayame. Algum problema?

 

— Você poderia me confirmar uma coisa?

 

Sim, claro.

 

A menina do outro lado da linha ficou em silêncio por alguns segundos. - Sabe o que é, na minha rua acabou de se mudar uma família... Eu queria saber se é a sua.

 

— Hã... Você  por acaso mora no condomínio Shikon?

 

— Sim! Ufa, então é mesmo a sua família.—A ruiva soava muito aliviada.

 

— Por que a pergunta, Ayame? -A morena coçou os olhos, bocejando. 

 Er... Será que você pode abrir a porta da sua casa e me deixar entrar?

Kagome levantou num pulo e correu para as escadas, nem perdeu tempo descendo degrau por degrau, colocou a mão sobre o corrimão, fez um impulso e pulou para o andar de baixo, correndo para a porta e abrindo-a, encontrando Ayame com o celular na mão.

— Você foi rápida. –A ruiva disse surpresa.

 

— Claro, está chovendo. Vamos, entre. -A outra abriu passagem. 

— Sinto muito por te incomodar, mas eu esqueci a minha chave com o meu pai e acabei ficando trancada para fora de casa... -Ayame se desculpara. 

— Que nada... Vem, você vai tomar um banho e eu vou pegar uma roupa minha para você.

— Obrigada, Kagome.

A ruiva seguiu a jovem de cabelos negros pelas escadas e para o quarto dela. Kagome lhe apontou a porta do banheiro e ela entrou.

Kagome escolheu algumas peças e colocou sobre a cama. Logo, Ayame saiu do banheiro com um roupão. Se vestiu e agradeceu a garota novamente.

— Obrigada mesmo, Kagome. –Ayame sorriu.

— Não tem de quê, Ayame.

Ela estava sendo gentil como sempre fora. Mas seu sorriso não era o mesmo. Não era verdadeiro. Tudo o que ela queria, era se jogar na cama e chorar.

Um celular tocou, era o da florista. A ruiva atendeu.

— Alô? Pai? Ah, eu percebi que deixei a minha chave com você. Não, eu não estou na chuva, fique tranqüilo. Eu estou na casa da nova vizinha, ela é uma amiga da escola. Sim, eu já a agradeci, você já vem pra casa? Ok eu espero por você.

Ela desligou a ligação em seguida.

— Seu pai está vindo lhe buscar Ayame? –Kagome indagara devido às palavras da moça..

— Sim. Ele pediu para eu agradecê-la por ele.

— Que nada.

As duas conversaram mais um pouco e o pai de Ayame chegou com um guarda-chuva. Cumprimentou Kagome e a agradeceu, se despediu e foi para a casa da frente com a filha. Kagome fechou a porta e voltou ao seu quarto. Estava com uma dor de cabeça imensa. Jogou-se na cama e tentou dormir. Não conseguiu. Por quê? Aquilo era bem óbvio para ela. Ela tinha acabado de ter uma recaída. Sempre ficava daquele jeito.

Fechou os olhos em mais uma tentativa de pegar no sono. Lembrou dos bons momentos com seu irmão, dos sorrisos que ele tirava dela, dos sorrisos que ela tirava dele. Os pais que eram mais felizes, que nunca discutiam. Eles eram uma família completamente feliz. Mas aquela família perfeita quebrou-se, em um milhão de pedaços. Um dia seus pais começaram a discutir, logo, estavam discutindo várias vezes na semana. Ela achava que eram motivos fúteis, assim como seu irmão. Mas mesmo assim eles permaneciam quietos, apenas um com o outro afastando os pensamentos ruins. Eles eram unidos e podiam brigar, mas eram unidos. Os dias foram passando. As coisas não melhoravam, pelo contrário, apenas pioravam. Isso incomodava Kagome cada vez mais. Certa vez, quando chegava do colégio mais cedo, ouviu uma briga entre os pais. Ela escutou. Arrependeu-se por ter ouvido aquilo. E como se arrependeu. Perdeu a vontade para tudo, mas seus pais nem perceberam. Estavam “ocupados” demais discutindo, para prestar atenção na filha mais velha. Ela estava mal, não tinha mais vontade para sorrir. Não tinha coragem para encarar os próximos minutos de sua vida. Ficava ali. Num cantinho qualquer do porão. Escondida pela escuridão, enquanto chorava baixinho. O que tinha acontecido com sua família feliz? Por que ela tinha tornado-se turbulenta? Viu uma fraca luz vinda em sua direção. Logo sentiu dois braços pequenos e acolhedores lhe envolverem. “Souta”. Ela sussurrou. Eles ficaram assim por algum tempo, não precisavam dizer nada. Um precisava do outro, isso era eminente. Sentiu seu ombro molhado, ele também chorava. Ambos compartilhavam aquela dor em silêncio, em meio à escuridão. Eles se entendiam mais que qualquer um. Sabiam o que o outro passava, sabiam das dores de um do outro. Eles não demonstravam sua dor, e aquilo apenas os dois sabiam. Um contava ao outro o que sentia, eles eram o diário do outro.

Sorriu ao lembrar-se de como o irmão a fazia feliz. Que apesar de todos os problemas, ele estava ao seu lado. Sua vida tinha toda a razão por ter ele ao seu lado. Razão que foi destruída aquele dia.

Aquele dia que fazia com que ela tivesse pesadelos terríveis. Fazia que ela ficasse em choque por lembrar-se de tudo. A dor era imensa. Incalculável.

Por que tudo aquilo tinha que ter acontecido? Por quê? Sua dor apenas aumentou.

Flash Back

Aquele dia tinha tudo para ser maravilhoso. Seus pais, finalmente, estavam parando de discutir. Ela teria uma apresentação na escola onde tocaria violão e cantaria diante de todo os alunos e pais presente. Sua família iria para vê-la, pois agora tudo estava dando certo. Tinha tudo para ser perfeito, para tudo voltar a ser feliz. Não foi o que aconteceu, não, pelo contrário. Foi completamente o oposto de felicidade ou perfeição.

Acordara pela manhã com um mau pressentimento. Foi ao quarto de Souta, e após encarar o irmão por alguns minutos, acariciara o cabelo do mais novo que acordou e a abraçou embora ainda estivesse sonolento. 

— Irmã.. Você vai fazer essa apresentação mesmo? - Perguntara coçando os olhos.

—Sim, Souta, a música que eu compus foi feita para você e eu quero que você a ouça. –Retribuíra o abraço do menor.

—Mas irmã... Acho que eu prefiro que você a cante só pra mim. -Cruzou os braços e fez bico. -Além do mais, não gosto do seu colégio.

— Você realmente não gosta de dividir o que é seu, hein? -Falara em tom zombeteiro, soltando risadas em seguida –Vai dar tudo certo, eu te garanto!

— Tá bom, eu vou. -Souta sorriu  -Amo você, irmã.

Eu também Souta... Eu também. –Ela respondeu sorrindo.”

Após isso Kagome se dera conta de que já precisava ir para a escola e aguardar seu número de apresentação, seus pais e irmão iriam logo em seguida. Despediu-se dele e seguiu o caminho do colégio, encontrando alguns de seus colegas pelo caminho. Ignorou os olhares que lhe eram direcionados e continuara andando.

 

Resolveu esperar seu namorado no local em que eles haviam combinado, na esquina do recinto escolar. Estranhou a demora do mesmo e resolveu ligar para Houjou. Não precisou completar a ligação, pois vira o próprio nos portões do colégio. E não estava sozinho.

 

O rapaz de cabelos castanhos estava junto de uma de suas colegas, sua futura ex-melhor amiga. De mãos dadas e sorrindo feito um bobo apaixonado. Logo em seguida eles trocaram um selinho e aquilo fez seu coração doer como nunca. Sentiu como se levasse um murro na boca do estômago e quase caiu de joelhos no chão, os olhos se enchendo de lágrimas. Mas se recompondo e inflando o peito, foi em direção ao seu em breve ex-namorado.

 

Aplaudiu o casalzinho, sorrindo de forma irônica. - Que cena mais linda que eu vejo.

 

Houjou deu um pulo ao ver a morena ali parada em frente à eles. Sorriu forçadamente. - Oi amor, eu estava conversando com a Eri sobre a sua apresentação.

 

— O-Oi Ka-chan! Estávamos falando como você vai mostrar a todo mundo quem é a poderosa da escola! -A menina de cabelos curtos negros e lisos tremia.

 

A Higurashi revirou os olhos. -É, eu vi que vocês estavam conversando. Se beijar também faz parte da conversa sobre mim? -Arqueara uma sobrancelha, sorrindo debochada.

 

Por dentro estava desmoronando.

 

— V-Você viu? -O rapaz arregalou os olhos.

 

— Eu e todos esses pais e alunos, inclusive. -Cruzara os braços, forçando-se a não deixar que as lágrimas invadissem seus olhos outra vez. - Se você não queria mais ficar comigo, poderia ter dito na minha cara. Mas vejo que preferiu me mostrar de outra forma, não?

 

— Não é bem isso, amor. -Tentava se explicar.

 

Kagome passou a cerrar os punhos, arqueando ambas as sobrancelhas conforme seu rosto adquiria uma expressão mista entre tristeza, raiva e decepção.

 

— Eu confiei em você, Houjou. Mas você não passa de um rato, um covarde, um lixo! -Seu tom de voz fora aumentando. -E você, Eri, achei que ainda fosse minha amiga. Acontece que eu fui tola o bastante para acreditar que diferente de Yuka, você não me trairia. É, você não fez igual à ela, fez pior.

 

O rapaz se aproximou da (ex)namorada e segurou-a pelo braço. -Amor, vamos conversar...

 

— Não! -Afastou-se de maneira brusca. -Não há absolutamente nada para conversarmos à respeito, Houjou. Nosso namoro está acabado!

 

A jovem de cabelos longos e morenos passou a sair dali em passos rápidos, segurando as lágrimas que insistiam e se formar em seus orbes castanhos.Não iria cantar e nem tocar mais nada naquele dia, aquela cena fora o suficiente para arruinar seu coração.

 

No meio da rua ouvira seu nome sendo chamado e, quando olhara para frente só teve tempo de ver seu irmão pulando em seu colo.

 

— Ele é um idiota, irmã! Não ligue pra ele!

 

As lágrimas escaparam de seus olhos e Kagome abraçou o irmão com força, ignorando o fato de que ainda estavam no meio da rua. -Eu sei. -Sussurrara chorosa.

 

Envolvida no abraço do irmão, a jovem só percebeu tarde demais. Ouvira gritos a chamarem desesperadamente, e ao fitar à sua esquerda vira um caminhão praticamente em cima dela e de Souta.

 

Não pôde fazer mais nada além de arregalar os olhos e em seguida tudo se apagou.

 

Flash Back End

 

 Após isso Kagome acordara no hospital, com todo o seu corpo doendo. Descobrira que Souta entrara em coma e que não iria acordar tão cedo, e isso a deixou em estado de choque por semanas. 

 

A Higurashi passou a acreditar que o motivo para tudo aquilo fora ela ter se inscrito para as apresentações do festival escolar.

 

E aquela culpa não iria desaparecer de seus ombros tão facilmente...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado minna-san! ^^
Até o próximo! ^^

CAPÍTULO REESCRITO EM 24/08/2016.