Recomeçar escrita por Amizitah


Capítulo 18
Capítulo 18 - Pequeno prejuízo.


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Awn, foi mal gente pelo capítulo estar pequeno, mas eu tenho que fazer isso, e tenho que admitir que eu chorei baldes aqui enquanto imaginava cena na minha cabeça T.T
Mas lembrem-se, se depender de mim, nem tudo continuará tão lindo e pacifico como esta... - Risada cruel -
Bjks!! Espero por Reviews >.
Ami ~



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Acordei no meio da noite por causa de uma alfinetada que senti no meu braço. Só sabia que era noite por causa do breu do quarto e o silêncio no lado de fora. Levantei-me do futôn um pouco grogue de sono, e no escuro do quarto, tateei as paredes até encontrar o interruptor, ligando a luz que faz meus olhos doerem por um segundo até que eu me acostumasse completamente.

Já começava a em direção à minha mochila para procurar minhas roupas até que meu estômago me obriga a parar com um ronco longo e alto. Toco minha barriga de forma instintiva, soltando um resmungo ao senti-la maior que o normal.

– Estou gorda, fora de forma e ainda tem essa maldita fome que vem parecendo aumentar todo o santo dia – Reclamei enquanto dava meia volta e abria a porta do quarto.

Dei de cara com um corredor vazio e frio com o ar da noite que me deu uma estranha sensação de estar sozinha naquela pousada, mas me senti mais aliviada quando vi que ele estava iluminado por luminárias simples que davam um tom amarelado às paredes.

Ainda com um pouco de sono, caminhei com os pés descalços até as escadas e delas até a cozinha que para a minha alegria, não ficava muito longe. Sem pensar duas vezes fui em direção aos armários atrás de cereais e se tivesse sorte, uma tigela grande suficiente para evitar minha fome pelas próximas cinco horas.

Não precisei procurar muito para achar cereais já que estavam numa prateleira bastante visível na cozinha, mas para a minha falta de sorte, ele estava num lugar mais alto que eu poderia alcançar. Sem desistir de saciar minha fome assustadora, peguei um dos bancos na bancada da cozinha e coloquei de frente para as prateleiras, dando um rápido salto para cima do banco com facilidade. O banco de madeira não facilitou muito as coisas para mim, pois assim que subi nele, senti que ele estava bambo, fazendo que minhas pernas tremessem em cima dele na tentativa de parar no lugar, mas graças a uma prateleira ao meu alcance eu consegui me segurar e ficar equilibrada. Sentindo meu estômago protestar sonoramente dentro de mim, levei meus olhos e minha atenção até a caixa de cereais acima de mim, sorrindo em desafio para o objeto inanimado.

– Eu vou te pegar nem que seja a ultima coisa que eu faça... – Murmurei enquanto esticava uma das mãos na direção dele, e um resmungo vazou entre meus lábios quando meus dedos não o alcançam por causa de um centímetro de diferença.

Juntei minhas sobrancelhas e com cuidado, me coloquei na ponta dos pés de modo lento para que a cadeira não começasse a balançar descontroladamente e fiz outra tentativa. Um sorriso de satisfação surgiu no meu rosto quando toco a caixa de papelão, e faltando apenas um pequeno impulso para agarrá-lo em minhas mãos, me inclinei mais para cima e dei um leve salto, pegando a caixa com toda a minha mão. Mas eu acabo esquecendo que a cadeira bamba não estava a fim de cooperar com minha fome.

– Droga! - Sinto meu coração pular para a garganta assim que a cadeira balança e perco o equilíbrio em cima dela, pestes a cair de costas no chão.

Tudo aconteceu muito rápido.

Quando pensei que iria me estatelar no chão, apenas ouço o barulho da caixa e cereais quicando no chão até cair e o meu coração que não parava de bater, prestes a sair do peito, mas todo meu corpo parece relaxar quando sinto um par de braços me evolvendo por trás, segurando meu corpo que estava caído no peito de certa pessoa.

– Graças a Deus... Achei que não chegaria a tempo – A voz hiper aliviada do grisalho surgiu no espaço da cozinha.

Virei meu rosto para trás e olhei o rosto tão aliviado quanto a voz dele com estranhamento.

– Kakashi? De onde você apareceu?

Antes de dar sua resposta, ele me tira de uma vez daquele banco assassino e me pousa no chão de frente para ele.

– Eu ouvi a porta do seu quarto abrir, então eu vim ver se tinha algum problema – Esclareceu com a voz amena, mas então para quando vê o meu rosto de espanto ao ver o rosto dele daquela forma.

– Kakashi... Isso em seus olhos... – Apontei com o indicador para as marcas escurecidas abaixo dos olhos dele, chocada – São olheiras?

– Provavelmente... – Concordou, abrindo um sorriso envergonhado, mas continuo chocada.

– O que foi que aconteceu com você para você não ter dormido? Não me diga que escondeu uma ferida durante todo esse tempo! – Mesmo sem ter uma resposta, já lancei um olhar de pura reprovação para ele e então ele revelou as palmas das mãos, balançando-as para os lados em negação.

– Eu estou ótimo Mitsue, não precisa desconfiar de mim – Ele sorriu, mas logo ele desapareceu por baixo da máscara que ainda usava – É que... Uma coisa bastante... Repentina aconteceu comigo, e eu não consigo mais tirar isso da cabeça...

Curvei as sobrancelhas, desconfiada com as pausas exageradas entre as frases ditas com tanto cuidado.

– O que aconteceu? – Fui direta. A ultima coisa que queria era um segredo.

– É-É que... – Kakashi engoliu em seco, como se falar aquilo fosse a coisa mais complicada do mundo – A-a Senhora e eu... Nós descobrimos oque tem deixado você tão esquisita nos últimos dias.

Cruzei os braços, com cem por cento de minhas suspeitas depositadas nele e em suas palavras estranhamente hesitantes.

– Seja direto Kakashi. O que diabos está acontecendo comigo?

Ele desviou o olhar algumas vezes antes de olhar em mim, e então tentou continuar sem muito sucesso.

– Mitsue... Você está...

– PELO AMOR DE DEUS, QUE CARA LERDO DO CARAMBA! – Arisu irrompeu pela porta com o cenho completamente franzido e se aproximou de mim, apontando o indicador para a minha barriga de forma acusatória – Você está grávida, droga!

Encarei Arisu com a boca aberta e como se todo meu sangue tivesse sido drenado, senti todo meu ser congelar.

– C-Como? – Perguntei em voz baixa, crente que eu ouvi alguma coisa errada.

Ela colocou uma mão na cintura enquanto apertava a ponte do nariz com a outra, e então voltou a olhar para mim.

– Olha, vou tentar ser mais clara que eu já fui. – Ela apontou uma das mãos para o Kakashi e falou de forma pausada – Esse tarado filho da mãe plantou um o clone do mal dele em você! Agora você está condenada a dar a luz a um ser parecido com... Isso!

Sem que eu precisasse pensar, minhas duas mãos já cobriam os lábios e parte do nariz com os olhos saltando ao rosto e – com certeza – com o rosto perigosamente mais pálido que já era.

– Meu Deus... – Murmurei com a voz abafada pelas mãos e deixei minhas costas se encostarem a parede atrás de mim.

Arisu se aproximou de mim e colocou a mão no meu ombro, concordando alguma coisa com a cabeça.

– Acho que sou capaz de entender seu choque... Estar grávida do Kakashi não deve ser nada legal...

Tentando abar com toda a graça da Arisu, Kakashi a puxou para longe de mim e lhe deu uma boa encarada de advertência antes de se aproximar de mim e me envolver com seus braços.

Encostou meu rosto em seu peito, completamente abalada com a ideia de ter um ser vivo dentro de mim. E então em pouco tempo, as lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, caindo na camisa do grisalho que ao sentir meu primeiro soluço, me apertou mais para ele, me fazendo desaparecer em seu abraço. Ele beijou meu ombro bom, tentando me acalmar enquanto eu chorava sem previsão que aquilo logo acabaria.

– Um bebê... – Falei numa voz rouca de emoção – Eu realmente vou ter um bebê...?

– Sim – Kakashi concordou num fio de voz e então completou, sentindo sua garganta falhar – O nosso bebê.

Mais um soluço surgiu quando ele disse isso, e então apertei sua camisa enquanto meus joelhos perdiam a força e ficavam moles. Como se ele também estivesse perdendo as forças, Kakashi se abaixou devagar comigo até ficarmos de joelhos no chão, ainda abraçados.

Arisu tinha mil e uma tiradas incríveis na cabeça para jogar em cima do grisalho naquela situação, mas até mesmo ela se emocionou com a noticia e foi obrigada a desviar o olhar, calada.

Kakashi finalmente se mexeu depois de uns três minutos daquele jeito e me afastou com um cuidado exagerado até que pudesse olhar para mim com seu único olho aberto, avermelhado e marejado.

Não dissemos nada um por outro, como aquelas frases super bonitas que os casais dos filmes diziam quando chegavam nestes momentos. Nós apenas nos olhávamos, ambos sem palavras, ambos emocionados o suficiente para dizer qualquer coisa um ao outro, mas ambos entendiam oque se passava conosco melhor que ninguém e eu só podia encontrar uma palavra para descrever aquilo de modo simples e seguro.

Eu me sentia, completa e inteiramente... Feliz.


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