Capitulo 19

Pov: Rose

- EI… EI! – Gritou Kirova pondo-se de pé.

Por instinto calamos a boca e olhamos para ela, assustados, Dimitri estava vermelho de raiva e de vergonha, por ser apanhado a discutir como uma criança. Meu coração batia rápido e forte no peito pelo esforço.

- Vocês estão loucos? E você, Dimitri, parece uma criança discutindo por algo que a mãe não lhe deu – em resposta Dimitri abaixou a cabeça e murmurou umas desculpas. Ele realmente parecia uma criança – E você Rose, o que deu em você? Dimitri está certo, o que você fez foi errado, mas ele também tem que concordar que o que você fez foi para ajuda-lo, pois se assim não fosse ele estaria morto, e eu agradeço, pois não temos muitos como eles – continuo.

Enquanto ela falava ele levantou a cabeça chocado dela estar a concordar comigo, comum sorriso bobo no rosto, mostrei-lhe a língua num ato muito infantil, A guardiã Petrov que nunca perdia nada de vista deu-me um olhar torto.

- Desculpe – murmurei de novo, mas para ela.

- Me diga guardião Belikov o que foi que o médico disse sobre Rose? – Continuou a diretora.

- Medico? – Perguntei espantada.

Não me lembro de nenhum médico, nem mesmo como cheguei a este quarto de hotel. Como certeza Dimitri me trouxera para aqui depois de me levar ao hospital, isso também explicaria os pontos na cabeça, Dimitri nunca saberia fazer aquilo, pelo menos eu acho, afinal ele é uma caixinha de surpresas.

- O médico disse que Rose, recuperaria mais rápido se tivesse umas férias, sabe não se preocupar com nada – explicou.

- O que acha disso Rose? – A diretora pediu a minha opinião.

            - Eu acho que isso é um absurdo, não posso ficar mais tempo longe da escola! Como me iria formar depois? E principalmente ser guardiã da Lissa. – Exaltei-me.

- Rose…

- Rose nada, esse médico é louco, estou perfeitamente bem e amanha, estarei em aula

Peguei o saco que Dimitri trouxe com as roupas e fui para o quarto vestir-me, o que será que ele escolheu para mim.

Era uma camisola cinzenta com babados, bem bonitinha e as calças jeans justas e da mesma cor, até que ele tinha bom gosto e ainda era da minha marca favorita e para finalizar um casaco preto curtinho. Tive que calçar os saltos de ontem, pois não fazia sentido comprar outros quando se tem uns.

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 Como não tinha maquilhagem, foi ao natural mesmo, afinal com ou sem maquilhagem eu era bonita. E não, não sou convencida, apenas me olho ao espelho.

Saí do quarto e encontrei-os no mesmo sítio.

- Finalmente – gracejou Kirova.

Fiz-lhe uma careta descrente.

- O quê?

- Estava a ver que nunca mais saias daquele quarto, vamos chegar atrasados.

- Onde estão as minhas roupas? – Perguntei olhando em volta.

- Onde achas que elas estão? No Lixo é claro – respondeu Dmitri, pegando-me no braço e arrastando-me para fora do quarto.

- O quê? Por quê?

Exaltei-me puxando-o meu braço do seu aperto, mas rapidamente, ele pegou-o de volta, arrastando-me escadas a baixo.

- Estavam todas rasgadas e ensanguentadas, o que você iria fazer com aquilo?

- Tens razão, era a minha camisola preferida, meu último namorado me ofereceu.

            Com um suspiro resignado, deixei que ele me leva-se até uma carinha preta, sentei-me no banco de trás e Dimitri sentou-se ao meu lado, meu corpo estava todo dolorido de ontem e só agora é que percebi o quanto os meus músculos estavam a protestar.

Soltei um gemido baixo.

- Estas bem? – Sussurrou Dimitri.

- Melhor impossível – falou. Sarcástica.

- Só estou tentando ser simpático – respondeu suavemente.

Virei a cabeça, para a janela, olhando a rua.

- Talvez você queira oferecer-me os seus serviços de massagista.

- E talvez eu aceite ser o seu massagista – respondeu sedutor.

Sorri um pouco pela sua resposta.

            Durante o resto do caminho, foi todo o mundo em silêncio, até chegar-mos a um aeroporto onde um jatinho da escola nos esperava. Bem que podíamos ir de carro nem era tão longe, porque um jato. Pst… gentinha rica, que se acha demais.