Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 53
Livro III - Com Ele: A cúmplice.


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui....
Quanto as minhas outras fic's eu posto no resto da semana.
Boa leitura!
p.s.: meninas eu leio todos os comentários, mas infelizmente não tenho tempo pra responder... No entendo vou arrumar um tempo pra isto, porque adoro dar a vcs a atenção que merecem e estou muito mal por não poder ultimamente. Desculpem! Beijos!



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–Está pronta? – suspiro encarando o espelho ao ouvir sua voz da porta de meu quarto.

–Sim, vou apenas pegar minha bolsa. – o encaro através do reflexo do espelho e me volto para cama, onde deixei minha bolsa. – suspiro. – Não pode encontrar tempo mais uma vez? – i sinto se aproximar.

–Não, Elena. Sinto muito. – para bem atrás de mim. -Como vocês estão? – me inclino para pegar a bolsa e viro para o encarar. Está muito elegante, lindo.

–A doutora Nelson disse que bem. – solta um meio riso.

–E ela conseguiu ver o sexo desta vez? – pergunta estendendo a mão para acariciar meu ventre.

–Não. Acho que ela anda precisando de uns óculos. – sorrimos enquanto recebo seu carinho. Ele ergue seus olhos para mim, me encara por uns segundos e depois se afasta.

–Vamos? – assinto, mas quando dou um passo para agarrar o braço que ele me ofereceu, sinto todo o mundo ao meu redor girar. É muito rápido. Apenas sinto as mãos fortes de Damon ao meu redor, me impedindo de ir ao chão.

–Ei! Tudo bem? – ele soa preocupado. Quando abro meus olhos e consigo o encarar, tem a testa franzida e uma expressão apreensiva.

–Eu não sei, de repente eu me senti tonta. – explico enquanto me agarro em seus braços, ele faz que com eu sente de maneira gentil na cama.

–Você está gelada e bem pálida.

–Deve ter sido uma queda de pressão. – sinto seus dedos percorrerem minha pele da testa e pescoço, sua outra mão continua firme em minha cintura.

–Você não precisa ir.

–Estou bem, só preciso de uns segundos...

–É apenas uma reunião boba com...

–Quero ir. Devo acompanhar meu marido nestes eventos. – ele me olha confuso, enquanto uso meu tom mais enfático.

–Tem certeza? – ergue as sobrancelhas. Eu tomo uma respiração profunda e tento me focar em ficar de pé. Meu estômago está embrulhando, mas eu não me importo. Eu vou com ele.

–Sim. – digo olhando em seus olhos e aproveito sua distração para ficar de pé e me afastar de seu toque. -Vamos? – ele me encara incerto ainda sentado na cama, mas depois se põe de pé e volta a me oferecer o braço.

–Ok.

A casa de Jon O’Connel é um exagero. Ele certamente se orgulha de ter uma das maiores propriedades na cidade como sua. Neste ponto eu sempre admirei meu marido, ele não é do tipo esbanjador. Jon é um dos acionistas minoritários da Salvatore, um dos poucos a quem Damon considera como amigo. Ele tem uma esposa dedicada e duas filhas. April e Margareth. A mais velha, April é amiga de infância e colega de quarto de Sofia na universidade. Ela já apareceu lá em casa uma vez ou outra para trabalhos. É uma jovem muito espirituosa, usando de adjetivos eufemistas. Sofia parece não suportar ela às vezes.

Esta dita reunião como Damon gosta de chamar é uma das mais esperadas na sociedade. Lembro bem de como Rebekah estava empolgada por mais de um mês na expectativa dela anos atrás. Ligava quase todos os dias pro Damon, só para lembrá-lo de não marcar nada pro dia. Era um acontecimento.

–Só pode ser brincadeira... – escuto Damon rosnar ao meu lado pouco tempo depois de adentrar-mos no salão. Eu busco o alvo se sua queixa e dou de cara com Elijah Mikaelson, sorridente, vindo em nossa direção.

–Senhor e senhora Salvatore. Que prazer. – ele sorri estendendo a mão pro meu marido.

–Você não deveria ter morrido ou desaparecido? – Damon ignora o gesto e agrava o tom de voz.

–Bem que você queria. – Elijah volta sua atenção para mim -Elena... – ele se curva num gesto medieval e busca minha mão.

–Não toque na minha esposa. – Damon rosna. Elijah o encara risonho enquanto eu puxo minha mão de volta.

–Senhor Mikaelson. – começo – Não confunda falta de provas com proposta de amizade. Se você ainda está por aí solto pelas ruas é pura e exclusivamente culpa da falha jurisdição de nosso país que não nos permite usar todas as provas que temos contra você. Então um canalha continua a solta. – escuto Damon prender um riso ao meu lado, ele se aproxima e deposita suas mãos na base de minha coluna.

–Está ainda mais linda. Como você consegue? – o descarado fala ignorando o que eu disse.

–Não me provoque Mikaelson. Tenho bons advogados ao meu lado, o que me permite sem medo quebrar sua cara no meio deste evento sem ter que sofrer maiores consequências. – Damon fala e sorri, depois vira e me encara. – Neste ponto eu gosto da jurisdição. – sorrio.

–Temos que ir, Elijah. Tenha uma boa noite! – falo e ele apenas força um riso após encarar Damon mortalmente.

–Igualmente. – responde e Damon me puxa pra longe dele.

–Descarado. – rosna quando nos colocamos distantes o bastante. Sinto toda a tensão se esvair do meu corpo.

–Não caia nas provocações dele, Damon.

–Desde que ele mantenha as patas longe de você. – seu olhar está me colocando em chamas, não sei por quanto tempo ficamos assim, parados, nos encarando.

–Damon! – somos trazidos de volta.

–Jonatah. – é o anfitrião –Como sempre é um prazer. A casa está magnífica este ano.

–Ora, um elogio do senhor Salvatore. Certamente ganhei minha noite. – ele se volta pra mim após apertar a mão de Damon.

–Já conhece minha esposa? – Damon fala.

–Oh, sim. Senhora Salvatore. – ele segura e beija minha mão e sinto a mão de Damon em minhas costas vibrar.

–Senhor O’connel. – respondo sorridente.

–Jon. Continua muito bonita. – ele sorri pra mim.

–Obrigada! E sua esposa?

–Evelliyn está em algum lugar dando ordens. – Damon solta uma gargalhada, um tanto “anti Damon” e eu o encaro.

–Claro que sim.- ele fala.

–É o que elas fazem. – afirma Jon.

–Você aprendeu bem, hein? – brinco.

–Digamos que eu já vi muita coisa. – Damon responde olhando dentro de meus olhos. Oh, eu não quero jogar com ele esta noite.

–Claro que sim. – digo e volto minha atenção para o outro lado.

–Bem, sintam-se a vontade.

–Obrigado! – ele sorri e se afasta de nós.

–O que foi isso? – pergunto assim que ele se afasta.

–Isso o quê? – pergunta contendo um riso.

–Não quero jogos, Damon. – ele sorri. Fica diante de mim e segura minha cintura, um de suas mãos vai subindo até ele agarrar minha nuca e me prender mais a si. Então seu hálito está em minha face e sinto minha garganta secar.

–Tenho adorado você fazer questão de me acompanhar nestas coisas. – ele fala com voz rouca.

–Mesmo? – engulo em seco, embora eu não queira demonstrar vulnerabilidade é exatamente o que estou fazendo.

–Sim, Elena. – ele fala meu nome de uma forma que me faz vibrar. – Por que quando estamos assim, somos obrigados a fingir o quanto estamos felizes... – eu não consigo parar de olhar para sua boca, então ele se inclina e fala bem junto ao meu ouvido, me fazendo fechar os olhos. – E eu posso fazer isto, - beija de leve meu pescoço, - e isso, - meu queixo. E sinto meu corpo inteiro vibrar. Ele se afasta e eu abro os olhos, encontrando os seus. – e isto. – diz e me beija na boca, primeiro de maneira casta, mas quando suspiro e sua língua encontra a minha... Esqueço até onde estou.

–Vocês poderiam achar um quarto. – me sobressalto com a voz de Alaric e vejo Damon revirar os olhos, totalmente contrariado.

–Que time impecável, amigo. – ele praticamente rosna, enquanto eu tento me recompor, encontro o olhar de Alaric e lhe dou um agradecimento silencioso, ele apenas sorri. -Onde está sua noiva?

–Trabalhando. Olá, Elena!

–Olá!

–Eu encontrei com o desagradável Mikaelson. – Damon bufa.

–Também tivemos o desprazer. – ele diz. – Você pode fazer companhia a Elena por uns minutos? Preciso falar com Jonatah a sós. – o encaro confusa, mas é Ric quem fala por mim.

–Problemas? – Damon acena negativo.

–Ele quer me mostrar algo. – dá de ombros e me encara - Não devo demorar. – assinto. – Você está bem? – me pergunta meio curioso.

–Sim. – assenti e se afasta depois de dar uns tapas no ombro de Alaric. – suspiro.

–Vocês iam transar mesmo no meio de um evento? – bato em seu ombro e ele sorri.

–Damon estava tirando proveito da situação. – explico.

–E você não pode evitar. – reviro os olhos. – Ele me pareceu preocupado com você.

–Senti um mal estar antes de vir pra cá e ele está um pouco apreensivo.

–Como estão estas semanas comparadas as duas primeiras?

–Alaric, você me chamaria de maluca se eu dissesse que quero Damon fora da Salvatore. – ele arregala os olhos pra mim. – Não de uma maneira definitiva. – ele continua tentando me entender – Queria que a metade do fardo que ele leva fosse pra cima de outra pessoa.

–Você sabe que Damon é o único que consegue fazer o que faz. E ele também.

–Sim, mas... Ele precisa de um tempo. O médico dele está preocupado. – puxo ele para um canto mais reservado.

–E você também. – ele diz me encarando.

–Claro que sim. – Ric sorri - Alaric ele quer por um marca passo no Damon. – os olhos dele saltam.

–O quê?

–Pois é.

–Damon nunca... – interrompo.

–Nunca aceitaria tal coisa. Eu sei. – ele suspira -Acontece que o doutor disse que não verá alternativa. Ele não se cuida e tem forçado bastante as atividades cardiovasculares. Ele praticamente me falou que meu marido é uma bomba relógio ambulante. – tento baixar o tom de voz quando percebo que estou praticamente gritando -Eu tenho andado de olho no Damon desde então, mas eu não posso ficar vinte e quatro horas no pé dele e o médico me falou que ele faltou mais duas consultas este mês.

–Que homem mais teimoso.

–Eu preciso da sua ajuda. – ele bufa.

–E como você acha que eu vou poder ajudar você nisto?

–Alaric ele te escuta. – me olha como se eu tivesse contado uma piada ruim -Bem ao menos ele dá ouvidos uma vez ou outra, é muito melhor do que eu jamais consegui.

–Agora conta outra piada. Porque você não pede isto pra Sofia? Damon parece ter muito mais medo dela.

–Eu pensei nisso.

–Vai por mim, é a melhor opção. Vocês duas podem se unir e enfiar isso na cabeça dele.

–É mais difícil do que eu pensava.

–Você que quis assim.

–Eu sei.

–E eu avisei...

–Eu sei... – sorrimos.

Ficamos conversando até Damon voltar. Tivemos a sorte de não encontrar mais com Elijah e o resto da noite estava tranquila. Quando eu digo estava quero dizer exatamente que não continuou assim. Pois posso jurar que a filha mais velha dos anfitriões da festa resolveu exagerar na receptividade e estava dando em cima do meu marido.

–Você engordou Elena. Esse é um dos sintomas chatos da gravidez. Você também parece cansada. – a voz dela me irrita, o que ela insinua me irrita.

–A noite está sendo bem longa, pra falar verdade estou esperando Damon voltar com seu pai para pedir que voltemos pra casa.

–Tão cedo? – assinto, e ela faz bico -A noite está apenas começando. Seria tão triste...

–O que seria triste? – é a voz de Jon. Meu marido está com ele, assim como sua esposa.

–Damon, você voltou. – April fala correndo para entrelaçar o braço no de meu marido, Damon sorri para ela, despreocupado. -Papai não lhe deixa em paz, não é?

–Hora April... – reclama Elizabeth com a filha.

–O que mamãe?

–Comporte-se! – ela dá de ombros pra mãe e volta a comer Damon com os olhos. No entanto Damon está olhando pra mim quando encontro seu olhar.

–Então... O que é triste? – insiste Jon.

–Elena disse que quer ir para casa e eu estava tentando convencê-la do contrário.

–Quer ir embora? – Damon me pergunta.

–Sim, eu estou cansada. – ele franze o cenho.

–Elena, você está grávida e não doente. Isso é o comportamento de uma velha rabugenta! – sinto um calafrio.

–April! – a mãe dela intervém e forço um sorriso.

–Tem certeza de que Damon é o mais velho do casal? Ele me parece bem mais espirituoso... – diz passando a mão no braço de Damon que parece desconfortável e se afasta vindo se por ao meu lado.

–As aparências enganam. Gravidez não é doença, mas também não é brincadeira. – ele diz abraçando minha cintura, se colocando atrás de mim e beijando meu ombro. – April observa tudo. – Receio que devamos ir.

–Quando poderei vê-lo outra vez? – a garota pergunta ao meu marido.

–Bem, você pode ir visitar a Sofia sempre que quiser. Sempre fez isso. Continua sendo bem vinda em minha casa. Certo, querida?

–Claro! – digo.

–Eu só não tinha certeza se Elena concordaria.

–De maneira alguma querida. Damon tem toda razão. Pode ir nos visitar sempre que quiser. – eu acaricio as mãos de Damon em minha cintura e busco seu olhar - Querido, por favor...

–Ah sim... Bem, a festa estava maravilhosa.

–Obrigado por virem. – Jon diz estendendo a mão.

–Muito obrigado senhor Salvatore. – diz a esposa.

–Senhora O’connel. Jon. – Damon cumprimenta-a com um beijo na mão.

–Até breve. – ela diz.

–Eu não ganho um cumprimento de despedida? – April pergunta com voz toda manhosa.

–April. – Damon fala e beija sua mão, sem nunca tirar a outra de minha cintura.

–Tchau Elena! – ela me diz, risonha e vitoriosa.

–Boa noite. Obrigada por tudo. – respondo aos três. Quero sair daqui.

–Boa noite! – eles respondem e nos vamos.

Damon pega nossos casacos na saída da festa e depois me guia até onde deixou o carro. É um tanto distante, mas pelo menos ele não está preso e poderemos sair sem problemas.

–Está tudo bem? – ele me pergunta ao abrir a porta do carro pra mim. Eu o encaro. A noite está fria, mas meu casaco me protege bem. Cruzo meus braços.

–Vamos deixar uma coisa bem clara Damon. Não vou permitir. – ele me olha fingindo confusão.

–Do que está falando? – bufo.

–Você fica deixando a filha dos O’connel dar em cima de você, descaradamente. Até a mãe dela percebeu. Não vai me expor a este ridículo. – digo e me inclino pra entrar no carro, mas ele me impede.

–Ei! Você ficou maluca? April é uma criança, quem você pensa que eu sou? – me solto de seu toque.

–Vai dizer que você não percebeu?

–Elena, por Deus! Ela é uma menina.

–Atirada, sem nenhum respeito. – ele se afasta parecendo ainda mais confuso, mas então um riso corta seus lábios.

–Você ficou com ciúmes dela? – bufo.

–Não! Mas estou com muita raiva de você por ter deixado ela falar comigo daquela forma.

–Ela só falava bobagem e você soube se defender bem. Além do mais eu falei sim.

–Pare de defendê-la!

–Não estou defendendo ela.

–Não?

–Não! – respiro fundo e ouço ele soltar sua respiração.

–Ainda por cima dar a ela carta branca para ir a nossa casa.

–Ela é amiga de Sofia.

–Sua filha já te contou como elas tem se dado ultimamente? A garota deu em cima do Heitor.

–E agora você acha que ela está dando em cima de mim?

–Segundo a Sofia ela sempre teve uma queda por você. – ele sorri incrédulo.

–É isso que você e minha filha fazem quando eu não estou por perto? Fofocam sobre quem dá ou deu em cima de mim?

–Ai! Dane-se! – me rendo, pois é uma causa perdida e não vou dar a ele a satisfação. Ameaço entrar no carro mais uma vez e ele me segura novamente, me prende bem perto. Estamos olhos nos olhos.

–Ei! Elena eu sou um homem adulto. – ele suaviza a voz -Estou me submetendo a um verdadeiro inferno na terra para manter você ao meu lado. – ele faz um carinho ao subir a mão até minha nuca -Acha mesmo que eu jogaria tudo pro alto por conta de um capricho juvenil? Não quero nada com esta garota.

–Menos mal. – digo e me livro de suas mãos. - Não quero ser exposta ao ridículo de ter um marido que não sabe o seu lugar.

–Não sabe o seu lugar...O que você quis dizer com isso? – ele engrossa a voz e prende meu braço de novo, desta vez doi um pouco.

–Damon, me solta! – ele faz de imediato e eu recuo.

–Por que você insiste em me atacar com insinuações?

–Não estou insinuando nada. Eu disse. Seria muito desagradável estar com alguém que não consegue perceber que já passou da idade pra joguinhos com adolescentes oferecidas. – ele solta uma gargalhada.

–Não é o que April acha. – fala esnobe - Ao que parece ela não só me vê qualificado pros seus joguinhos como já começou a jogar. Fazendo minha esposa se sentir insegura diante dela... – bufo eu não estou insegura, ele não para - E ter uma crise de ciúmes sem noção que nos faz discutir enquanto ela se diverte nos espionando dos jardins de sua mansão. – ele fala sugestivo e eu começo a procurara ao redor. Ele dá um passo a frente e prende minha face com as mãos me imobilizando, só consigo olhar pra ele -Será que agora daria pra você tirar esta satisfação dela e voltar a jogar o seu jogo? – ele pergunta, me olhando firme - Onde nós dois fingimos ser o casal do ano enquanto que, na realidade, mal nos tocamos ou falamos sem brigar? – ele acaricia minha face - Então você pode apenas ficar aí, suavizar sua respiração, tentar não passar mal e me deixar te beijar com toda a vontade que estou desde que vi o quanto você está linda esta noite. – fala e morde os lábios devagar. É aí que percebo como eu estava hipnotizada olhando pra esta parte de seu rosto -O que vai ser? – ele sussurra.

–Onde? – pergunto engolindo em seco. Ele me faz virar e sussurra pra mim a direção, tento de todas as maneiras disfarçar enquanto percebo do que ele fala. Lá está April, nos vigiando através de um muro de plantas.

–Você vê?

–Sim! – volto a encará-lo.

–O que vai ser? – repete. E então eu agarro sua nuca e o puxo para um beijo. Sinto a porta do carro se fechar as minhas costas e isso me faz gemer. É quando Damon investe sem restrição sua língua contra a minha. Tudo está quente, doce e delicioso. Eu não consigo sentir o chão aos meus pés quando percebo que estamos indo longe demais e tento me afastar.

–Ah! – gemo - Não... – ele desce beijos por meus pescoço, fazendo meus olhos revirarem. Meu corpo está em chamas. Malditos hormônios.

–Deixa! – ele ofega entre os beijos.

–Estamos no meio de um estacionamento e temos plateia. – reluto e ele me aperta mais.

–O show é pra plateia. – diz ao mordiscar meu queixo, sinto minhas pernas bambas e ele me segura com mais força.

–Damon... – salpica beijos no meu ombro, sua respiração me causa arrepios - Ai! Para com isso...

–Seu corpo está gritando outra coisa, Elena. Você está mais sensível. – ele diz me encarando e me beija novamente. É um beijo divino. Mas não deve acontecer.

–Damon, para! – digo e volto a o empurrar.

–Eu vou... – ele diz e beija-me uma última vez com delicadeza, em seguida se afasta -Pronto! Agora me deixe abrir a porta do carro pra você. E tudo volta ao normal. – fala com respiração agitada - Ou seria anormal? – ele abre a porta do carro e me deixa entrar. Depois que a fecha ele dá a volta. -Acho que nossa plateia não gostou do show. – fala ao entrar e de dentro do carro não consigo mais encontrar a garota.

–Me leva pra casa. – peço e ele me olha meio perdido.

–Tudo bem?

–Sim. – ele começa a dirigir.

–Porque foi mesmo que você resolveu me deixar dirigir hoje?

–Assim você não seria tentando a beber escondido como das outras vezes que trouxemos o Mason. Não que isso um dia tenha sido um problema pra você, dirigir bêbado. Mas eu supus que você não ia querer arriscar a vida do bebê e a minha. – o ouço sorrir.

Acho que depois eu peguei no sono, porque acordei me sobressaltando quando Damon abriu a porta do carro do meu lado.

–Vem aqui. – ele diz e se abaixa pra me pegar no colo.

–Não precisa. – falo afastando sua mão.

–Não seja infantil. – ele reclama me ignorando e me puxando pros seus braços. Não vou negar que foi uma boa ideia, mal consigo manter os olhos abertos. O cheiro dele está divino e me aconchego em seus braços. -Boa noite! – é a última coisa que escuto após sentir seus lábios em minha testa e o colchão em minhas costas.

.........

Eu acordei bem disposta e com um belo café da manhã me esperando. Eu também acordei com uma camisola e bem aconchegada em minha cama. Damon cuidou de mim a noite passada e isso me fez sorrir. Na bandeja tinha um bilhete dele me pedindo para repor as energias.

Depois de acabar com minha refeição e me sentir muito melhor. Levantei pra um banho e depois resolvi ligar pra minha nova aliada.

–Mas que vadia! – Rosna Sofia quando eu termino de lhe contar o que houve na noite passada.

–Liguei pra você porque preciso de ajuda numa intervenção.

–O que o Damon fez desta vez? – sorrio.

–Ele está apenas sendo teimoso. Alaric acha que é preciso um tratamento de choque.

–Tem certeza de que quer trabalhar comigo? O bebê pode vir a precisar de um pai...

–É exatamente por ele precisar de um que eu tenho certeza.

–O que é tão sério? – respiro fundo. É tarde demais pra voltar atrás agora, e eu preciso de mais ajuda.

–Eu vou te contar, mas antes preciso que você me diga que pode e vai me ajudar.

–Você ainda duvida? Do que precisa?

–Vou te contar uma coisa... Sobre um contrato.

–Problemas na empresa? – bufo.

–Não exatamente...


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Notas finais do capítulo

Até mais! :)



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