Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 47
Por ele: a sorte nunca está à nossa favor.


Notas iniciais do capítulo

Sorte de você que eu não curto carnaval e decidi aproveitar o feriado kkkkk
Boa leitura!



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–Elena... – estou começando a ficar nervoso. Primeiro ela sofreu um mal estar durante o dia e agora estou do lado de fora de seu banheiro a ouvindo vomitar sem parar e isso é inquietante, porque estou de mãos atadas. – Elena, se você não me responder eu vou acabar colocando essa porta abaixo.

–Eu já vou sair.

–Você está bem? – mais uma vez ela não responde e quando tomo fôlego pra falar novamente ela abre a porta. Pálida como cera – O que foi?

–Acho que comi alguma coisa que me fez mal.

–Acho melhor eu te levar ao médico e...

–Não, Damon. Vou ficar bem. Foi um dia cansativo. Eu só preciso descansar. – ela fala se deitando na cama e cobrindo-se com os lençois.

–Você tem certeza? – ela assenti e eu deito devagar ao seu lado. – Está tão pálida. – quando toco sua face eu congelo automaticamente. - Elena, você está gelada. – ela suspira. - Vou levar você no médico. – me movo pra levantar e ela segura meu braço, me impedindo.

–Não! – eu já disse que está tudo bem. Foi um dia difícil Damon. Só fica aqui comigo, ok? Por favor. – seu olhar melancólico é algo ao qual nunca conseguirei lutar.

–Tudo bem, mas se você sentir qualquer coisa, por favor...

–Eu falo. Vai ficar tudo bem. Foi só um mal estar no estômago. Você sabe que eu tenho dessas coisas, não é a primeira vez.

–É. – deito a puxo pra meu peito onde ela se acomoda, está trêmula. Eu tento aquecê-la e acalmá-la. – Da última vez foi no meu antigo apartamento. Algo totalmente compreensível, se você contar com o fato de que estávamos certados de fotografias minhas com Rose. – ela sorri.

–Não seja tão malvado. Ela é sua noiva, afinal. O que só indica como você tem um estômago mais forte que o meu.

–Au! Foi um elogio? – ela se aninha em meus braços.

–Da mais alta conta. – ficamos assim em silêncio, com nosso clima totalmente quebrado por seu mal estar. Depois de um tempo ela suspira, como se algo a estivesse incomodando. Eu sei exatamente o que é.

–Olha, amor... Eu sei que você acha que eu estou prestes a estragar as coisas entre nós de novo, mas eu não estou.

–Ai, não. Não vamos começar a falar disso outra vez. Não quero lembrar porque a minutos atrás estava com raiva de você.

–Mas Elena...

–Não, Damon! Eu não quero falar disso agora. Por favor. Já sabe o que eu penso sobre isso.

–Eu só quero que você entenda o meu lado. – ela bufa e senta na cama me encarando incrédula.

–Ah e você alguma vez já tentou entender o meu? Por que sinceramente, em todos estes anos eu não vi este ponto ser atingido entre nós. Eu sempre que tenho que entender quando você se zanga, quando você diz bobagem e me machuca, quando você me julga, quando você não acredita em mim, quando você quer se afastar, quando quer ficar comigo, etc., etc., etc.. Já chega, não? Um pouco de altruísmo para comigo cairia bem, afinal. – ela soltou sua respiração com força e saiu da cama. Nossa! O que foi que eu fiz?

–Espera aí, Elena... – tento acompanhar, ela vai direto pra cozinha e se serve com água, tentado ao máximo fazer barulho com tudo o que toca. – Eu sei que tudo isso é difícil pra você e...

–Você transa com ela?

–O quê?

–Você transa com ela, não transa? – isso não vai por uma boa direção. – Você está fingindo esse namoro, noivado, o que for, a meses. Você transou com ela? – droga!

–Eu...

–Ai, meu Deus! – ela nem espera eu terminar e faz uma cara de nojo, largando o copo no balcão e passando por mim feito uma bala. – Como você quer que eu fique bem com uma coisa dessas, Damon?

–Elena... – eu tento a seguir, ela está de volta a sala, de um lado pro outro.

–Aquela vadia tentou te matar! – ela grita. – Quase conseguiu isso. E você, você está lá, fingindo ser o projeto de marido perfeito. Dormindo com ela enquanto sussurra no meu ouvido que me ama. Você vê o quanto tudo isso é uma droga? – ela está histérica.

–Ei! – eu chego perto dela, a prendo pelos ombros e faço me encarar. – Você sabe o que eu sinto por você.

–Uma ova, Damon.

–Elena...

–Não. – ela se solta, estende os braços pra evitar que me aproxime e fecha os olhos soltando um longo suspiro antes de enfiar as mãos em seus cabelos e quase arrancar metade deles - Nem continua. – fala e senta no sofá, eu apenas a observo - Essa noite está muito maluca e... Por favor. Só me deixa tentar digerir isso.

–Quer que eu saia? – ela apenas assente. – Tá, eu sei que tudo isso é uma droga mesmo, mas eu não quero deixar você aqui sozinha e... A pouco você...

–Eu vou ficar bem Damon. Eu só quero ficar sozinha, por favor.

–Você tem certeza?

–No momento, olhar pra você não está sendo de muita ajuda, por que estou imaginando você e ela em cima da sua cama, na sua casa. E eu estou aqui, no meio desse momento, sozinha, sentindo sua falta, querendo estar com você. E você...

–Elena...

–Por favor. Eu não quero ouvir nada do gênero: eu não sinto nada. É você que eu amo. Eu só quero que você saia. – é uma batalha vencida. E eu não posso tirar a razão dela. Isso tudo é uma droga mesmo. Eu estraguei tudo outra vez, pra variar...

–Tudo bem. Vou deixar você sozinha. – me inclino para beijá-la, mas obviamente ela se esquiva e me pede novamente pra sair, procuro minhas chaves e saio.

Eu nunca vou parar de estragar as coisas...

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Alguns dias depois...

–Tá, você me deixou bem curiosa, me ligando com todo segredo. Eu tive que passar a perna no Jeremy. Ele está completamente paranoico e quase não me deixa me mexer. Eu estou agradecendo muito, porque minha médica disse que eu estou passando bem pelo primeiro trimestre e que logo vou me ver livre daqueles enjoos horrorosos, e isso é muito bom. Eu já sinto isso sabe? Não há nada melhor do que manter sua comida no lugar e se sentir saciada. Meu apetite está voltando. E... E eu estou tagarelando enquanto você me chamou aqui pra falar alguma coisa muito séria. Não é? – Bonnie me olha envergonhada enquanto eu tento me centrar. A conversa com minha mãe foi bem leve, ela sempre soube me tranquilizar, mas eu ainda me sinto completamente desesperada.

–Eu estou grávida. – a boca de Bonnie se abre e os olhos arregalam.

–Oi?! – ela fecha os olhos e sacode a cabeça, depois solta um sorriso meio engraçadinho, estilo Bonnie, e bufa confusa. – Você o quê?

–Eu abri o exame a algumas horas, fiquei paralisada, por que fazia dois dias que ele estava na mesa de centro e eu não queria abrir. Daí eu vi o resultado, liguei pra minha mãe em plena crise de choro e depois te chamei aqui.

–Uau! E... Quer dizer... Uau! É do Damon? – eu nem imagino a cara que fiz pra ela, mas pela forma que ela ficou, foi bem feia. –Desculpa! Mas e aí? Ai... – ela está toda perdida e eu só penso que quero chorar e chorar. A ocasião não poderia ser menos propícia. –Espera... primeiro, as primeiras reações normais. – ela suspira e me abre um sorriso todo bobo. – Lena!!! Que coisa maravilhosa! – e me abraça. Estou tremendo e tentando não chorar. – A gente ficava imaginando um futuro onde íamos sentar e conversar sobre nossa gravidez, lembra? – eu a aperto mais.

–É queríamos que fosse de uma vez. Mas eu nunca imaginei que... – eu respiro contra o choro. – Isso... – começo a chorar. – Ah Bonn, não é a hora certa. – ela me aconchega mais e tenta me acalmar. Pede pra eu desabafar, e depois de uns minutos encharcando minha amiga de lágrimas, eu consigo me soltar dela e lhe dar espaço. Ela levanta e vai até a cozinha de me trazer uma água que é muito bem vinda. Tomo um belo gole e tento respirar normalmente. Driblando os soluços.

–Lena, eu sei que você e Damon estão passando por uma fase ruim. Mas de verdade, quando foi que vocês estiveram numa fase boa? – dou risada.

–Acho que nunca.

–Exatamente!

–Eu não sei se eu quero contar pra ele.

–Ai! Nem começa.

–Bonnie, depois da nossa última briga eu não sei se quero meter essa criança no meio dessa loucura que está a vida do Damon. A minha já um caos completo. Estou a dias ignorando e fugindo do Elijah, meu chefe está sendo ultra generoso com minha falta de atenção no trabalho. As coisas que eu consegui construir pra mim estão fugindo do meu controle totalmente e agora... – ela me olha com compaixão. – Isso devia ser um momento único. Como está sendo com você e Jer. Está tudo errado Bonn.

–Fala pra ele. Quem sabe essa não é a luz que falta pra ele acordar e desistir desse plano imbecil.

–Minha mãe disse a mesma coisa.

–Elena você está grávida de um filho dele. A coisa mudou de figura totalmente. Damon ama você, lá do jeito meio torto e obcecado dele. Ele te ama e isso é algo que ninguém pode negar.

–Não é suficiente. Nunca foi.

–Mas será agora. Ele não vai levar o casamento adiante se ele souber disso. Ele não faria isso com você.

–Eu estou com medo. Eu não falo com ele a dias e eu sequer sei como falar eu...

–Você liga pra ele, chama ele aqui. Ele vem, você oferece uma bebida, diz que precisam conversar, que tem algo sério pra contar. Ele vai ficar mais curioso ainda, vai pedir pra você dizer e você fala. Nada mais simples. Só não vá tentar fazer nada de especial como eu fiz com Jeremy, por que eu quase entrei em pânico quando ele desmaiou. – sorrio.

–Meu medo não é esse, acredite. Ele pode ficar bravo. Isso dá uma virada nos planos dele. Pode achar que eu fiz de caso pensado e...

–Elena! – ela me para com um grito. – Para de ser medrosa. Você não é assim. Liga pra ele. – suspiro. – Melhor ainda, vai lá, na Salvatore, agora mesmo. – o quê?

–Não! Ficou maluca?

–Não. Olha você quer dar um basta nessa coisa de vingança, e quer parar de fingir. Você me contou toda a verdade uns três dias atrás por que não estava mais aguentando. O mesmo com sua mãe. E você sabe que nós duas temos razão em brigar com você, não somente por se oferecer pra ajudar como também por estar agora toda arrependida e só se lamentando do pior. Você não é assim. Você vai levantar desse sofá, tomar um bom banho, por uma roupa devastadora e vai até aquela empresa, por as cartas na mesa e colocar o Damon na parede. Ele tem que decidir o que é mais importante pra ele.

–E se a vingança for mais importante que eu? Que nós? – acaricio minha barriga, já pensando no bebê.

–Então ele simplesmente não te merece e nem nunca mereceu. Agora vai! – será? Hesito e fico a encarando, depois encaro o envelope com o resultado do teste. – Anda logo Elena! Não faça eu te forçar. Não posso me esforçar. – sorrio.

–Você tem razão. Você e a mamãe. Vou contar pra ele.

–Isso! – fico lá, sentada sorrindo pra ela e ela me encarando. – Anda! – fala e me empurra pra fora do sofá sorrindo.

–Já estou indo.

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–Damon, Sofia está aqui pra te ver. – Caroline fala na linha.

–Pode pedir pra ela esperar? Estou no meio de uma conferência.

–Desculpa, Damon, eu tentei avisar, mas ela quase não me deixou te avisar. Ela está muito nervosa. – reviro os olhos, as últimas semanas tem sido horríveis. A briga com a Elena nos últimos dias também não aliviou nada, e o constante e recente inferno entre Rose e Sofia me tiram o sono. Minha casa está um completo pandemônio.

–Tudo bem Caroline, deixe ela entrar. – desligo e aviso ao meu sócio ser um problema familiar. Desligo o computador a tempo de ver minha filha, adolescente rebelde, invadir minha sala como um furacão.

–Me diz que é mentira! Que é outro tipo de provação dela. Por que, por Deus Damon, se for verdade... – ergo a mão e ela para.

–Primeiro, não me chame de Damon. Segundo, eu não sei do que você está falando. Terceiro, sem alterar a voz no meu trabalho.

–Que se foda seu trabalho! – ela grita, mas o quê...?

–Sofia! – levanto e caminho até ela, não acredito que fez isso. Fecho a porta no escritório.

–Se arrependimento matasse... – ela rosna e anda de um lado pro outro enquanto eu volto pra minha mesa - Eu não entendo o que você faz com ela. Ela é uma bruxa. Meu Deus! Ela nem se esforça.

–Para de gritar, por favor.

–Eu não vou para de gritar! – suspiro, que gênio... - Você obviamente não leu as manchetes do jornal de hoje, né? – a encaro confuso - Se você ligar a TV, ou pegar qualquer revista nas bancas das ruas de Nova York você vai entender minha crise.

–Do que você está falando? – ela bufa e retira de sua mochila um jornal e me passa.

–Veja você mesmo, papai. – ela fala no tom mais irônico do mundo e eu agarro o papel de sua mão, suspirando. Deus me dê paciência... Abro a folha e quase sofro uma crise com o que eu leio. Encaro Sofia atônito.

–Pois é. Papai...

A droga da manchete declara minha morte interna de razão. Eu mal consigo reler as palavras.

“ROSE DELAMARIC ANUNCIA A CHEGADA DE UM NOVO HERDEIRO PARA O IMPÉRIO DA SALVATORE TECNOLOGY”

–Você engravidou a Rose? Sério? – ela grita, mas não é sua voz que me faz levantar o olhar, é a outra voz.

–Você o quê? – Oh não, meu Deus!

Elena está parada na porta, ela a fecha devagar fica me encarando. Mas que droga!

–Pois é Elena. Você também não viu? Tá em todos os lados. Eu não acredito nisso. Pai!

–Sofia, só... Pare de gritar.

–Você engravidou a Rose? – Elena pergunta e eu levanto erguendo meus braços.

–Isso é uma manchete de jornal. Eu não sei de nada disso.

–Há! Então isso seria impossível? – Briga Sofia.

–Com toda certeza não. – Elena fala com uma acidez na voz que me faz arrepiar.

–Escutem, vocês duas. Eu não sei de nada disso. Ro não me disse nada e...

–Ro? – Elena ofega e me dá as costas.

–Olha. Calma, tá bem? Vocês duas. Eu não sei por que eles publicaram isso. Ou mesmo por que...

–Muito simples. Você transou com ela. Engravidou ela. E ela não perdeu tempo e foi anunciar pros jornais antes mesmo de te contar, porque é a única coisa que importa pra ela: mídia, dinheiro. E você deu a ela tudo o que ela precisava. Agora não tem como você voltar atrás nesta ideia idiota de casamento com ela. E olha que eu tinha esperança que você acordasse pra vida pai. Ai se tinha. – Sofia está histérica pelo escritório enquanto me passa um sermão, mas é Elena que me preocupa, ela sequer abre a boca, seus olhos estão marejados, ela está pálida e a ponto de chorar.

–Sofia... – eu tento e ela me encara.

–O que é? – grita e me olha impaciente, enquanto eu aceno com a cabeça pra Elena e ela a encara e entende o que eu quero dizer. – Elena? Tá tudo bem? – Elena não responde. Eu caminho até chegar mais perto dela, mas ela recua, acordando do seu transe.

–Eu não devia estar no meio disso. É coisa de família, eu... – ela tenta centrar, mas está quase aos prantos. – Me desculpem, seu vou deixar vocês conversarem.

–Não Lena. Você está pálida e...

–Tudo bem Sofia. Vocês precisam conversar em paz.

–Mas você veio falar com meu pai, certo? Era algo importante?

–Nada tão importante quanto esse assunto.

–Elena... – eu tento.

–Com licença, vocês dois. – ela sai antes que eu possa tentar impedir.

–Isso é maravilhoso. Agora sim eu perdi as esperanças de vez. – bufa Sofia - Aposto que ela veio falar com você sobre vocês dois. Ela te ama demais e você sabe. – ela continua os gritos - O confuso é que eu sei que você também a ama e mesmo assim... eu só espero nunca ter que ouvir que você fez tudo isso por mim. Pra me dar minha mãe e meu pai juntos, porque eu não pedi nada disso e...

–Já chega Sofia! – eu grito e ela para, arregalando os olhos. – Eu sou o adulto aqui. Eu sou seu pai. Me respeite. Modere seu tom. Minha vida pessoal diz respeito apenas a mim e eu não lhe devo satisfação de meus atos. O que faço, ou com quem decido ficar, são assuntos meus.

–Ótimo. – ela dá de ombros. – Me desculpe se eu amo você e quero que seja feliz. Obviamente o que eu julgo que seja sua felicidade não é a mesma coisa que você. Boa sorte! – ela começa a caminhar pra porta. -Vou passar o fim de semana na casa de Heitor. Não me espere para a festa de comemoração. Eu não suporto o teatrinho. – e sai batendo na porta.

Mas que diabos! – meu celular toca e eu corro pra atender, pode ser ela.

–Elena!?

–Bem que você queria... – diz Alaric.

–Já leu as manchetes, não é?

–Que droga é essa?

–Não faço ideia.

–É mentira, não é?

–Eu não sou tão idiota assim Ric. Sei me prevenir.

–Então por que ela fez isso?

–Teste final.

–Pra você e Elena...

–Se eu ficar aborrecido com ela, e for tirar satisfação ela vai afirmar as suspeitas de que eu estou a enganando. Mas se eu aparecer com outro discurso...

–Você não tá falando sério.

–É um teste. E eu estou feliz em saber que ela me submeteu a um. Significa que estou a ponto de enganá-la. Ela já viu eu brigar com Sofia para defendê-la. Ela só precisa disso e não vai suspeitar de nada. Achará que eu estou caído de amores por ela.

–Damon, se a Elena...

–Ela já sabe.

–O quê?

–Acabou de sair daqui. Ela e Sofia.

–Ela estava aí?

–Sim.

–O que ela foi fazer aí? Te matar? Por que eu mataria...

–Eu não sei. Sofia estava histérica quando a Elena apareceu. Na verdade ela descobriu pelos gritos da Sofia.

–E?

–E nada. Ela saiu. Disse que era assunto entre família. Ela seguiu o jogo.

–E você não está preocupado com o fato dela achar que a possibilidade é válida? Afinal, não foi por descobrir que você dormia com Rose que vocês brigaram feio?

–A possibilidade não é válida. E cedo ou tarde Rose vai desmentir a farsa e Elena ficará bem.

–Damon! – ele grita do outro lado.

–O que foi?

–Você não vai falar com ela?

–E precisa?

–Tá de brincadeira?

–Rose não está grávida Ric. Ela só quer testar nossa reação. Elena está fazendo muito bem seu papel magoada e desiludida.

–Você está ficando maluco? É a Elena, Damon. Por Deus!

–Não começa. Eu preciso desligar. Estou no meio do trabalho.

–Você é um idiota.

–Bom dia pra você também. – desligo.

Tudo bem Rose. Dois podem jogar este jogo. Eu farei meu melhor papel. E você estará perdida.

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–Isso só pode ser mentira, Lena.- Bonnie tenta argumentar, mas está tão consternada quanto eu.

–Você acha? – bufo - A filha dele estava lá surtando e ele todo calmo e comedido, nem fazendo questão de negar e chamando a noiva de Ro.- ofego, estou tremendo.

–Calma! Você não pode ficar tão nervosa.- ela diz me oferecendo mais água. Enquanto ela mesma toma mais um gole de seu copo.

–Acabou Bonnie. Ele não podia ter feito isso. Não podia ter sido tão descuidado a ponto de deixar isso acontecer. Não com ela. Não assim.

–Calma, Lena, por favor. Olha, você está de cabeça quente. Eu tenho certeza que tudo isso... que...

–Não. Não tem jeito. Eu cheguei no meu limite com Damon. – falo deixando o copo na mesa e ficando de pé - Eu não posso perdoar isso.

–Pode ser mentira dela. Aquela mulher é uma mentirosa.

–É como Sofia disse. Isso é uma vitória pra ela. Claro que ela não hesitaria em contar pros quatro cantos do mundo algo assim. É claro que ela tem certeza. Eu fui uma idiota. Nunca deveria ter aceitado esta situação. Eu fui burra. – ela suspira.

–E agora? O que você vai fazer? Vai contar pra ele?- nego com a cabeça.

–Vou fazer o que eu deveria ter feito desde a morte do papai. Vou voltar para a fazenda e ficar por lá. – ela arregala os olhos - Vou ter meu filho longe dessa coisa toda. Dessa loucura. Longe dele.

–Elena...

–Não, Bonnie. Eu não vou voltar atrás.- enxugo as lágrimas que teimam sair de meus olhos.

Não vou voltar atrás.


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Notas finais do capítulo

Beijos!