Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 40
Por Ele: A mais de 100°


Notas iniciais do capítulo

Enquanto eu não consigo atualizar minhas outras fics, vocês não se importam de eu atualizar esta, certo?
Boa leitura!



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Enquanto Kol fazia o caminho até o restaurante, o carro de Damon vinha logo atrás de nós.

-Esse lugar é novo na cidade? – Kol me pergunta alheio ao desconforto de estar indo provavelmente pro mesmo lugar onde estará Damon.

-Sim.

-Você está bem?

-Estou sim.- meu celular toca.

-Elena Gilbert, não ouse dar o bolo outra vez. – é Bonnie.

-Já estou a caminho.

-Acho bom mesmo. – ela desliga. Poucos minutos depois estamos de frente pro local. Claro é mesmo onde Damon irá se encontrar com sua ex.

Desço do carro e logo em seguida vejo Damon e Sofia saltar do outro. Kol e Heitor foram estacionar. Ficamos os três parados na frente do lugar.

-Rebekah marcou com você aqui pai?- Sofia indaga.

-Sim. – ele diz morticamente e perece irritado e desconfortável.

-Que coincidência não Elena? – comenta risonha pra mim.

-Verdade! – falo sem muita empolgação. Torcendo pra que Damon perceba que não é só ele que está irritado com esta ‘coincidência’.

Kol volta primeiro.

-Vamos entrar? – ele pergunta.

-Vamos, você vem ? – pergunto a Sofia.

-Vai indo eu já chego. – ela responde.

-Com licença. – falo para os dois e agarro o braço de Kol, então entramos.

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Acho que ela faz pra me provocar. E isso me irrita ao extremo. Reviro os olhos e noto minha filha sorrir.

-O que é? – ela apenas balança a cabeça em negativa.

-Se orgulho matasse pai... – eu ia perguntar o que ela queria dizer, mas o namorado voltou a tempo.

-Vamos logo entrar. – falo irritado e eles me seguem. Me dirijo até a recepção. – Com licença... – falo com a moça. – Minha reserva está no nome da senhorita Clarison, Rebekah Clarison.

-Perfeitamente senhor. – ela responde cortês.

-Estamos na mesa do senhor Donavan. – Sofia explica para ela.

-Eu já entendi senhorita, por aqui. – ela começa a nos guiar e eu imediatamente avisto as companhias de minha filha esta noite. Bonnie e Jeremy, Tyler, Elena e Kol e, é claro, Mattew. A recepcionista para diante da mesa deles e eu imediatamente e inevitavelmente encaro Elena,lado a lado com Kol, ela se remexe, como se de repente o ar tivesse ficado pesado. – Mas alguma coisa senhor? – a moça me pergunta pra mim.

-Bem, como lhe pedi gostaria que me indicasse minha mesa. – desta vez ela fica confusa.

-É esta mesma senhor. – bufo.

-Deve haver algum engano. – sorrio.

-Não. Esta é a mesa da senhorita Clarisson e do senhor Donavan, lugar para dez. – Sofia me olha perplexa e toma seu lugar na mesa, só pode ser brincadeira.

-Está tudo bem Andreia, pode ir. – Donavan fala e acena para que eu sente. – Fique a vontade Damon. – ele diz com sutileza e de repente percebo que é a primeira vez que estou frente a frente com esse ex de Elena. Hesito um pouco e finalmente sento. -É um prazer conhecer você. – ele diz e sorri faceiro.

-Igualmente. – falo simplesmente e cumprimento os demais na mesa. – Faz um tempo que não a vejo Bonnie, não tive tempo para parabenizar você pelo casamento e nem você Jeremy. Parabéns!

-Obrigada Damon. – Bonnie fala meio sem jeito e Jeremy faz o mesmo.

-Como tem passado Tyler? – pergunto ao rapaz que apenas acena positivamente. É um clima muito chato, com toda certeza.

-Boa noite! – é a voz familiar de Rebekah que me faz ficar logo de pé.

-Que bom que você veio. – ela diz e me recebe com um abraço.

-Estou meio confuso. – falo só para ela ouvir.

-Já vai ficar tudo claro. – ela diz e então se volta para Sofia, que lhe apresenta Heitor rapidamente, depois ela cumprimenta Elena, que faz questão de apresentar seu acompanhante ou seja lá o que Kol é, e por fim, Donavan se levanta e apresenta a Rebekah a Bonnie, Jeremy e Tyler.

-Bem, todos já foram devidamente apresentados achamos. – Donavan fala. Rebekah senta ao seu lado na mesa.

-Rebekah o que está havendo? – estou impaciente.- Você disse que era um assunto sério.

-Bem, é um assunto sério. Matt e eu temos um comunicado.

-Queríamos que nossas famílias estivessem aqui, conosco nesta noite. – Matt fala. – E bem, fora minha irmã que não pode estar conosco hoje, vocês são minha família. – fala se referindo a Elena e seus amigos.

-E você e Sofia, são a única que ainda me resta. – Rebekah fala pra mim.

-Vocês tem toda nossa atenção, estamos bem confusos. Pra que tudo isso? – minha filha se mete, provando que impaciência é uma característica consanguínea em nossa família.

-Eu começo. – diz Matt. – Como eu disse a vocês, nesta noite você iriam conhecer minha namorada.

-E como eu falei pra você. – Rebekah diz pra mim – Eu ia anunciar uma decisão importante.

-Vocês podem falar de uma vez? – Agora foi Bonnie.

-Bem, eu acho que pela maioria interessada presente, é minha as honras ou o que for. –diz Mattew. – Rebekah e eu vamos nos casar mês que vêm.

-O quê? – Elena e eu gritamos juntos chamando a atenção de todos ao redor do lugar, e claro, todos de nossa mesa.

-Casar? – pergunto atordoado.

-Como assim Matt? – Elena rebate.

-Que pergunta Elena...- ele responde.

-Uau cara, isso é repentino. – diz Jeremy, as mulheres na mesa estão caladas e Rebekah me olha.

-Isso é ridículo! – eu levanto da mesa.

-Damon! – ouço minha ex mulher vindo atrás de mim.

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Damon saiu irritadíssimo da mesa, Matt não esboçou reação alguma ao ver sua namorada ir atrás do ex marido e eu estou totalmente deslocada.

-Dessa vez ele enfarta. – diz Sofia.

-Matt. Como assim você vai casar com Rebekah? – pergunto.

-Ora Elena, me casando. Nos conhecemos, nos apaixonamos, nos amamos e queremos estar juntos.

-Como foi... Isso... Você está doido?

-Por que?

-Ela é ex do Damon.

-Você também é.

-Isso está ficando estranho. – rosna Kol.

-Concordo. – resmunga Tyler.

-Fiquem quietos. – Bonnie pede e Matt respira fundo.

-Gente eu realmente acho que estou no lado errado, então se me derem licença... – Sofia fala e arrasta Heitor para o encalço do pai e ex madrasta.

-Matt!? – insisto indignada.

-Sua reação está sendo exagerada. – ele se defende.

-Concordo. – diz Kol.

-Eu vou pro bar. – fala Tyler.

-Eu vou com você. – arrisca Jeremy.

-Nem mais um passo Jeremy Sammer. – avisa Bonnie.

-Amor, é evidente que eles precisam conversar a sós. Vem com a gente cara? – pergunta a Kol, que me encara e dá de ombros. É realmente melhor.

-Vou com vocês.- ele diz.

-Eu vou ficar e ouvir esta conversa. – Bonnie fala e Matt e eu reviramos os olhos. – Não adianta, quero saber.

Os meninos se rendem e saem e finalmente estamos apenas Bonn, Matt e eu como quando cheguei a esta cidade.

-Explica isso garoto. – Bonnie começou. Matt respirou fundo.

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-Nos conhecemos no restaurante onde ele trabalhava em Los Angeles. Logo depois que eu voltei daquele meu curso em Paris. O chefe do restaurante onde ele estava trabalhando estava recebendo boa críticas e quando eu fui verificar, lá estava ele.

-Então você foi pega pelo estômago desta vez? – pergunto indo de um lado pro outro do hall do restaurante.

-Vamos esperar vocês terminarem isto lá no carro. – Sofia fala e segura a mão do namorado. – Foi bom te rever Bekah, estranhamente você e Elena tem o mesmo bom gosto pra homem. Acho Matt tão gato quanto o papai.

Não sei como olho pra ela, mas sei que foi pior do que como Heitor a olhou. Rebekah sorri e Sofia dá de ombros arrastando Heitor para fora do restaurante.

-Você e o ex da Elena?

-É esse o problema? O fato de eu estar com um ex dela? E o fato de eu estar feliz, não importa?

-Não foi isso que eu quis dizer.

-O que você quis dizer então Damon?

-Isso é tudo muito... Pelo amor de Deus, você vai casar com o ex da minha ex. É até esquisito de falar. – ela sorri.

-Gosto dele. Foi do nada. Quando descobrimos quem éramos, ou melhor, com quem namorávamos tudo parecia uma peça do destino e acredite, isso quase nos fez terminar, por que era muito bizarro.- ela começa a tagarelar...

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-A gente ficava se perguntando que brincadeira do destino era aquela Lena, mas no fim não deu mais pra fugir. Eu gosto muito dela. – Matt continuava explicando a mim e a Bonnie – E a gente levou nosso relacionamento em segredo, por que achamos melhor assim. Mas agora queremos estar juntos.

-Nossa Matt isso é uma baita história. – Bonnie fala.

-Vocês querem o que então, nos reunindo aqui esta noite? – pergunto – Permissão não é.

-Não Lena. Apenas vocês são nossa família e quisemos partilhar. Rebekah não tem mais ninguém, só Damon e Sofia. Achou justo ter eles aqui hoje e eu também.

-Bem, não tenho nada a dizer se é isso que você quer...

Bonnie apenas concorda.

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-Você é livre para ficar com quem quiser Rebekah. Só espero não estar precipitando as coisas. – digo pra ela que apenas suspira.

-Talvez eu tenha precipitado tudo com você.

-Tomara que agora não seja isso.

-Damon... Eu gosto muito de você.

-Eu sei. Vou torcer para que dê certo. Segundo a Elena e seus amigos ele é um bom rapaz.

-Eu sei que é estranho, mas aconteceu.

-Fique relaxada. Você merece estar bem. E se é com ele...

-Obrigada!

-Eu tenho que ir. Não acho que o clima estará bom pra mim naquela mesa. Elena está de namorado novo e bem...

-Tudo bem. Me desculpe. Eu posso te ver amanhã?

-Claro. Tchau!

-Tchau! – me aproximo e beijo sua testa.

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-Bem, somos suas amigas e vamos ficar felizes se você estiver. – Bonnie simplifica.

-É isso mesmo Matt. – sorrio.

-Ela está voltando. – ele diz e noto que Damon não está, nem Sofia e Heitor. Nossa! Ele deve ter ficado muito chateado. Ciúmes dela talvez?

-Desculpem. – ela diz ao voltar e senta ao lado de Matt.

-E Damon? – Matt pergunta.

-Ele não quis ficar, tinha coisas a fazer. Mas vou ver ele amanhã. – ela explica.

-Bem eu vou chamar aqueles três no bar. – Bonnie fala e vai em busca de Kol, Jer e Ty.

Ficamos nos encarando meio sem jeito até os meninos voltarem. O jantar foi normal e até nos divertimos. Embora eu tentasse não conseguia parar de pensar o que tanto aborreceu Damon. Bem, de qualquer forma nada que venha dele me diz respeito agora.

Algumas semanas depois...

-Sofia vai com calma.

-Estou calma. – é quase como estar num filme de terror. Sofia realmente não leva jeito na direção.

-Você tem que prestar mais atenção.

-Você vai ver o Kol hoje?

-Vamos sair pra jantar.

-Ainda não acredito no noivado da Rebekah com seu ex.

-Seu pai me pareceu bem chateado.

-Nem ficou tanto. O problema era você e o Kol lá. Ele não lida bem ainda com esse namoro de vocês.

-Bem, não é bem um namoro ainda. – ela me olha e para o carro no acostamento.

-Você está ou não com ele?

-Estou. Até levei ele pra casa de meus pais semana passada comigo e Bonnie. Não foi lá grande coisa, ele sempre foi amigo de minha família, os pais dele também.

-Então é um namoro. – ela afirma.

-Seu pai namorou uma ou duas garotas neste meio tempo.

-Acho que ele está namorando também. – a olho de imediato e ela sorri. – É brincadeira. Bem, ele está bem amigo de uma garota que ele conheceu na festa da Meredith.

-Hayley. – digo e reviro os olhos. – Ela é meio nova pra ele não?

-Ai Elena, você também é. – ela sorri. – Mas não fique com ciúmes não é só uma divertida amizade.

-É assim que começa tudo.

-Nossa você está mal humorada hoje.

-Volta pra estrada, ainda tenho que te deixar em casa antes que ele volte da Salvatore e você hoje está bem distraída.

Ela volta a estrada e continua com mais atenção. Quer dizer que ele anda saindo com a colega da Katherine... Boa sorte pra ela.

-Esse ano eu não vou querer uma festa grande e você me deu um bolo nos dois últimos aniversários, agora eu me recuso, você terá que ir. Vou fechar uma boate e receber os amigos pra uma balada. Leva o Kol.

-Vou pensar.

-Ai Elena, vai lá, vai ser legal.

-Vamos ver isso... Agora presta atenção.

Quando termino de tentar ensinar Sofia a dirigir, deixo ela em casa e ao chegar no meu apartamento vejo um homem a minha espera.

-Robert! – falo chamando sua atenção, ele se levanta e nos abraçamos.

-Vim falar com você. Tem uns minutos?

-Claro, vamos subir. Você deu uma sumida. – começo a puxar assunto enquanto vamos até os elevadores.

-Eu estive reunindo o que eu precisava.

-Conseguiu?

-Acho que sim. – entramos no elevador e ficamos quietos até chegar no meu andar.

-Você quer beber alguma coisa? – ofereço enquanto ele senta no meu sofá.

-Não obrigada. Quero ser breve e não tomar seu tempo.

Vou até a cozinha e pego uma água pra mim.

-E então? – pergunto me sentando diante dele.

-Estou pronto pra contar tudo ao Damon. Só preciso bolar uma aproximação.

-Bem, acho que não me diz mais respeito. Definitivamente eu e Damon não temos mais nada e o que ele descobrir ou não a esta altura do campeonato não me importa nem um pouco.

-Vocês estão assim tão separados?

-Definitivamente separados. Cansei Bob, de verdade.

-Entendo. – fala cabisbaixo. – É uma pena, eu contava ao menos com você para uma aproximação, mas vejo que será difícil.

-Não posso mais te ajudar com isso. Mas você pode procurar o advogado e amigo dele.

-Eu pensei no senhor Saltzman mesmo.

-Garanto que ele vai te ajudar.

-Bem Elena, não quero mais tomar seu tempo. - diz já se levantando.

-Eu te acompanho até lá embaixo.

-Não precisa você acabou de chegar deve estar cansada e...

-Bobagem, eu preciso de um capuccino também e o da esquina é ótimo.

-Sendo assim...

Ele sorri e voltamos para o térreo, ele me acompanhou até o café e na volta ele me deixou na porta do prédio outra vez.

-Foi bom te rever. – disse.

-Também Elena. Sinto muito por você e meu... Ah... Damon.

-Tudo bem. – o abraço.

-Tchau!

-Tchau Robert. Boa sorte com Ric. – ele se afasta, beija meu rosto e entra no seu carro.

-Nossa você me surpreende! – eu pulo com a voz.

-Que susto Damon! O que você faz aqui?

-Vim falar com você. Na verdade vim saber o que está havendo entre você e o Kol, mas agora vi que talvez ele seja mais um.

-Você já vai chegar me ofendendo. Péssimo passo. – ele olha pro lado e bagunça os cabelos. – Não tem mais nada a ver com minha vida, e não tem por que saber sobre mim e Kol ou qualquer outra pessoa. Não seja ridículo. – dou meia volta e ele segura meu braço.

-Vocês estão juntos ou não Elena? – me pergunta impaciente.

-Me solta! – rosno e ele se afasta. – Não te interessa!

-Você continua encontrando este cara, eu lembro dele. O que vocês tem afinal? Se falam desde aquela época. – ele é inacreditável, eu sorrio, mas estou querendo gritar.

-Você é ridículo e me faz perder tempo. Não tenho nada pra te falar. Por que você não volta pra sua peguete de faculdade? – ele cerra os olhos pra mim.

-Brilhante! Você está com ciúmes da Hayley?

-Não estou com ciúmes de ninguém, não seja estúpido. Você é que é o sem noção que sente ciúmes até das ex esposas.

-Do que está falando?

-Nem vem Damon, você saiu daquele jantar por que não suportou a ideia de sua ex estar noivando. Sentiu ciúmes dela, como sempre sentia. Até mesmo quando estava comigo.

-Deixa de falar besteira, minha saída daquele restaurante não teve nada a ver com ela.

-Ah não? Então o que foi? – ele bagunça o cabelo com mais exasperação desta vez, eu cruzo meus braços.

-Você acha que estava sendo fácil pra mim ficar vendo você e o Kol bancando o casal feliz a noite inteira? Já não foi o suficiente pra você na festa na casa do Ric? – ele está ofegante, por que acabou de gritar.

-Não ouse começar a dar seus escândalos Damon. Quer me convencer que estava...

-É, eu estava morrendo de ciúmes de vocês dois ok? Estava colocando em prática toda a minha terapia e fazendo o possível pra não avançar nele toda vez que ele tocava em você, ou te abraçava ou... Droga Elena, eu...

-Você o que? Hein!? Fala! – ele solta a respiração com força e fecha os olhos.

-Não foi assim que eu imaginei esta conversa.

-O que você veio fazer aqui Damon?

-Eu não sei eu... – sorrio amarga.

-Quer saber, eu cansei. Cansei que suas crises, sua posse, seu senso territorial. Eu estou com Kol agora. Você deixou claro que nossa relação tinha que ficar no passado e eu aceitei isso. Eu não quero ter mais nada a ver com você. Pode ficar com quem você quiser. Rose, Hayley. Até se você cismar que quer a Rebekah de volta você pode ter. – ele me olha com fúria. – Mas não quero que venha pra cima de mim, feito um cão que não quer seu osso e nem deixa ninguém pegar ele. Você não vai me enterrar debaixo da terra. – estamos nos encarando como loucos no meio da rua, meus olhos nos dele e acho que saem faíscas entre nós. – Passar bem. – dou as costas pra ele e vou caminhando de volta pra entrada de meu prédio.

É muito rápido, apenas sinto sua mão me puxar com uma força desmedida e então a boca dele está na minha e meu corpo contra o seu, ele segura meu pulso e prende minha cintura com força. Não consigo me mexer. Começo e me rebater, a mão dele que está em meu pulso desliza até minha nuca, está quente, muito quente. Ele está como um vulcão enfurecido lutando contra meus lábios, querendo invadir minha boca, pressiono seu peito tentando o afastar. Sinto uma parede em minhas costas, e isso me faz gemer. Então eu sinto sua língua contra a minha, ainda estou me debatendo e eu ouço um gemido rouco brotar de sua garganta. Isso sempre ma faz perder meu rumo, meu chão. Não sei se estou com raiva dele ou de mim, saudade, euforia... Quanto tempo eu desejei estar assim com ele de novo? Em meio a estes pensamentos meu corpo vai relaxando e seu beijo vai ficando mais doce, suave, menos desesperado, ele se afasta e eu encontro seus olhos, estão confusos, amedrontados, ele roça novamente os lábios contra os meus, de forma tão doce, sua respiração desigual. Como sentia falta disto.

Não! Não desta vez...

Eu me forço a empurrar ele.

-Não. – digo e sinto uma lágrima cair. – Você não pode fazer isso. Depois de tanto tempo, depois de tudo que... Some da minha vida Damon. – me empurro pra longe dele e praticamente corro até os elevadores. Sem olhar pra trás.

Não adianta, não importa o quanto eu queira mentir, tudo o que eu sinto por ele está intacto, mas desta vez eu me recuso a entregar de bandeja pra ele. Desta vez não.

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Fico ali assistindo ela voltar pra casa. O que diabos deu em mim? O gosto da boca dela na minha ainda está me deixando tonto, assim como o cheiro dela. Meu coração está disparado, liberando uma adrenalina que a anos eu não me permitia sentir, é como ressuscitar de uma morte em pesadelo. Só mesmo Elena é capaz de despertar tudo isto em mim, mas está errado, ela não me quer mais. É tarde pra nós e ela está com outro.

Deus! Faria tudo para poder subir com ela e fazê-la minha outra vez. Eu preciso aceitar o que ela já aceitou, o que eu quero aceitar desde aquele dia no hotel. Acabou!


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Notas finais do capítulo

Até logo! Vou tentar postar as outras amanhã. Hoje realmente não deu.