Ele III: Com Ele escrita por MayLiam


Capítulo 38
Por Ele: De volta a Paris - parte final.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de agradecer as recomendações de Lays, Leah e Serena. Muito obrigada meninas.

Gente eu sei que eu prometi a parte final de tudo a semanas, mas ocorreram uns pequenos imprevistos. Meu computador começou a dar erro de memória, e eu com medo de perder meus arquivos agendei com meu marido uma repaginada nele, no processo, todavia, acabei perdendo todos os scripts e rascunhos dos caps já encaminhados e quase me desesperei, por sorte eu tinha tudo salvo no pendrive, mas mesmo assim tive que reescrever algumas ideias, pois só estava nos pendrives os roteiros que deveria seguir.
Enfim, me perdoem mesmo,e para completar o drama acabei esquecendo meu celular na mochila de viagem de meu marido e com ele o meu chip onde acesso internet, então ate o fim de semana estarei atualizando as fics apenas pelo wifi da universidade. Hoje colocarei a continuação de Paris e amanhã volto com Vivo por ela e Rainha do egito e vou postar durante toda semana pra compensar vocês desta negligencia de história, eu realmente espero poder cumprir com tudo isto.
P.s. qualquer erro no cap, perdoem, estou postando sem revisá-lo para nao perder mais tempo.
Beijos e desculpem mais um vez.



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–Certo, agora você pode me falar o que houve? – Alaric exige quando estamos de volta no quarto.

–É uma história confusa demais.

–Tenho todo tempo do mundo. – ele diz servindo a mim e a ele com um drink e em seguida senta-se ao meu lado no sofá.

–Eu estava indo ao banheiro, e na entrada eu encontrei a Elena bastante alterada, ela estava agitada e chorava. Eu fiquei confuso, eu tentei ajudar, mas ela fugiu de mim, como diabo da cruz. Depois de uns segundos Rose saiu do banheiro e disse que não se sentia bem e me arrastou com ela até a sala oposta e lá enquanto ela dizia se estabelecer, eu tentava entender o que havia acontecido. Daí do nada ela me beija, e quando eu decido mostrar alguma reação, lá está Elena, me olhando pálida, ao lado de Elijah e o resto você viu. Ela saiu correndo antes que eu pudesse explicar.

–Hum... – é só o que ele diz e terminando o gole de sua bebida me encara. – Pra mim está muito claro.

–O que está claro? – pergunto me jogado nos travesseiros do sofá.

–Rose e Elijah, mais uma vez, juntos, tramando contra você e ela. Só que desta vez a vítima foi você.

–Não começa.

–Damon você sabe que ambos são capazes de algo assim.

–Só o que sei é que preciso me explicar pra ela. Foi um mal entendido.

–Não sei pra que. – ele diz em tom esnobe e eu o encaro com fúria. Ele dá de ombros. – Você não a ama, estão separados e cada um pode seguir sua vida, quem sabe você não fica com Rose e reata a relação.

–Você está ficando doido? Deixa de falar estupidez, eu jamais pensaria assim e você sabe.

–Bem meu amigo, tenho uma má notícia pra você. – ele me encara sério – É exatamente o que a Elena está pensando agora. E conhecendo você como conheço, você nunca deixou de amar aquela mulher, só que agora além do seu orgulho você terá outro desafio muito maior.

–Que seria?

–O orgulho dela. – fala finalizando sua sessão tortura e se levanta, me desejando um boa noite bem irônico e me deixando mergulhado na minha crise. A única coisa que sei é que tenho que falar com ela.

...

Eu passei o resto da semana tentando falar com Elena, mas era impossível, fora que no meio de todos os eventos, a agenda da Salvatore ficou diferente da das Industrias Stark. E ela certamente estaria me evitando, o que deixava a dedução de Alaric ainda mais fortificada.

Sofia sempre falava com ela, e eu tentava tirar alguma informação, mas minha filha parecia estar em uma espécie de solidariedade feminina, e incrivelmente contra uma possível relação entre a mãe dela e eu. Eu realmente achei que estes anos ao alado da mãe dariam a Sofia uma relação de maior cumplicidade com a mesma, mas estava equivocado. E eu não iria reclamar, seria ruim lidar com minha filha tentando bancar a cupido entre mim e sua mãe.

Na véspera do encerramento da semana ela decidiu voltar para assistir a defesa de tese do namorado e me deixou bastante aliviado por levar Rose com ela.

Minha última cartada era encontrar finalmente Elena na festa de encerramento, seria isso ou então nos perderíamos para sempre e sem uma conversa devida, eu acho que ela me deve ao menos isso, já que lhe fiz o mesmo favor. Ela precisa me deixar esclarecer o que houve .

–Eu não estava mais aguentado essas agendas. Realmente não nasci pra esta vida.

–Você é meu advogado e amigo a anos, já deveria saber que nada no meu mundo é fácil.

–Nem os relacionamentos.

–Muito menos eles Ric.

–Então vamos lá. Vou torcer pra que ela esteja de bom humor.

–Eu também.

O salão estava lotado de fotógrafos e eu não estava nem um pouco ligado a isso, meus pensamentos ficavam se repetindo: Encontrar Elena, Falar com Elena, Explicar a Elena, Elena, Elena, Elena... Isso já estava ficando sufocante quando finalmente eu a avistei. Linda como sempre acompanhando seu chefe. O sorriso estava lá, forçado como desde o tempo que trabalhava pra mim só que agora havia um peso maior naquele olhar.

–Não fique só olhando, vai logo puxar ela pra uma conversa. – Alaric me puxa pra realidade e eu assinto indo na direção de Johnny e sua assistente.

–Stark. – falo nervoso para meu amigo e Elena de imediatamente foge de meu olhar.

–Salvatore. – ele me cumprimenta.

–Foi uma semana muito instrutiva. – falo puxando um assunto qualquer e buscando uma brecha para me dirigir a ela.

–Verdade.

–Você não acha Elena? – pergunto e ela me olha, força um riso frio e responde um sim inaudível. – Podemos conversar? – falo diretamente e ela me encara com olhar mórbido.

–Estou trabalhando senhor Salvatore. – Acho que Johnny sente o clima.

–Pode ir Elena, acredito que Damon não tomará muito tempo. – ele pisca discretamente para mim e eu aceno agradecido.

–Não tomarei mais que alguns minutos. – digo e ela suspira. – Me acompanha? – ela assenti. – Com licença. – peço ao Stark que gentilmente acena e dirijo Elena até mais adiante, longe da agitação.

–Damon seja rápido, estou trabalhando. – ela diz impaciente.

–Será rápido, eu só queria esclarecer o que houve no outro dia, com Rose.

–Não acredito que isso seja de minha conta.

–Elena, eu te escutei quando você me pediu, por favor. –ela fecha os olhos e solta um logo suspiro e me olha esperando que eu continue. – Eu sei que não te devo nada, mas o que você viu, eu e Rose, foi um mal entendido. Como eu sempre te disse, nada mais existe entre nós e eu não fazia ideia do que estava havendo, eu estava preocupado com você, da forma que saiu daquele banheiro, eu ia atrás de você, mas daí Rose veio e disse estar mal, me fez levá-la para tomar um ar e... Você viu o resto. Eu não sei que peça do destino fez você aparecer ali, bem na hora que ela me agarrou, mas...

–Olha Damon, - ela me interrompe impaciente. – Sua vida pessoal não me importa. Quem te agarra ou deixa de agarrar não me diz respeito algum. O que tivemos ficou para trás. De uma forma muito triste e conturbada, de uma forma que não nos deixou nem ao menos manter a amizade. A questão é que só um de nós se entregou sem medo de arriscar na nossa relação. – ela para para respirar. – Não importa mais. Você e eu somos livres para seguir nossas vidas, com quem quisermos e como quisermos. Isso já foi estabelecido a três anos atrás, por você, naquele café, eu só demorei tempo demais pra perceber e aceitar isto.

–Elena...

–Não, Damon, não. Eu não quero mais ouvir. Você pode ficar aí e fingir não ver o que houve, mas está claro pra mim: foi uma armação, mas em todo caso, essa armação só foi possível por que você ainda confia nas boas intenções daquela mulher, ainda permite que ela fique ao seu lado, mesmo depois de tudo o que eu te disse. E está é uma decisão que eu resolvi respeitar.

–Olha, eu sei que você está brava, eu sei que você provavelmente não quer me ouvir agora e...

–Damon, eu estou te ouvindo, eu sei que você não beijou ela, você me disse e eu acredito, por que sei do que ela é capaz. Mas a questão não é essa. Você escolheu acreditar no que ela tramou com Elijah, você escolheu me deixar. Eu nunca vou entender bem isso, eu te dei tudo e muito além do necessário para você acreditar em mim, sem contar o fato que você poderia apenas ter acreditado de primeira. Não estou brava, só cansei. – ela para com voz embargada e eu não sei mais como continuar.- Você terminou?

–Acho que sim. – digo sem voz e ela respira fundo e deixa uma lágrima escapar de seus olhos. “Eu ainda amo você”, esta frase fica entalada na minha garganta. Diga Damon!

–Então se me der licença... – ela fala e começa a se afastar.

–Elena! – é quase um grito, ela para e se volta pra mim, seu olhar no meu. É mais uma intimação que um olhar. Diga! –Eu... – fecho os olhos, por que é tão difícil? – Me perdoe. – falo me martirizando, por que essa não era a frase certa. Ergo meu olhar até o seu, ela apenas assenti.

–Adeus Damon! – fala num sussurro de voz e se vai. É só isso? É assim que acaba?

Me sinto drenado e busco um lugar pra sentar.


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Eu mal podia acreditar no que havia ocorrido. Minha raiva e indignação estavam intactas e lutavam contra meu desespero e desolação. Estar de frente pra Damon sempre iria me abalar. Isso não iria mudar, mas agora eu estava decidida a fazer tudo aquilo ser diferente. Eu iria fazer.

Voltei para o evento, e por mais que tudo dentro de mim estivesse quebrado eu tinha que ser profissional, e cuidar de mim, minha imagem perante meu chefe que era um homem exigente apesar de toda gentileza.

A noite de encerramento foi maravilhosa apesar de tudo, uma bela festa. E quando eu finalmente estava subindo até meu quarto eu me vi presa ao meu pior pesadelo.

–Sabe que eu não poderia deixar de tentar uma dança com você. – Elijah diz sorrindo.

–Sabe que vai receber um não, então nos poupe. – falo revirando os olhos e indo adiante, ele me segura. – Me solta!

–Não tem por que está tão brava comigo Elena.

–Você é cínico e inacreditável. É claro que tenho. Você armou pra me separar do homem que amo.

–Oh! Seria aquele que você pegou beijando a ex-mulher?

–Não finja que não sabe o por que daquela cena ridícula. Damon jamais beijaria Rose.

–Não foi isso que vi.

–Não me importo com isso. – tento tirar meu braço e ele aperta mais.

–Ele não merece você.

–E você merece?

–Eu luto por você, sei que é uma mulher incrível. Não escondo o que sinto.

–O que você chama de luta eu chamo de trapaça. Não entende que não posso sequer olhar pra você sabendo de tudo o que fez?

–Eu quero você, não vou descansar até você ser minha Elena. – sua voz fica mais forte, ele aperta ainda mais meu braço, desta vez doi.

–Me solta! – começo a me sacudir, ele mantém o aperto.

–Elijah. – reconheço a voz. Alaric. – Solta ela! – Elijah sorri esnobe e me solta.

–Não acabei com você. – ele me fala e esfrego meu braço.

–Vai pro inferno. – rosno assim que ele dá as costas.

–Você está bem? – Ric pergunta.

–Sim, só quero acabar de vez com esse desastre de noite.

–Precisa de alguma coisa? Quer que te acompanhe até seu quarto?

–Não, obrigado! Estou bem Ric. Sério. Ele é um idiota.

–Certo. – sorri singelo e sorrio pra ele.

–Obrigado! Tenha uma ao noite. – dou as costas e ele me para.

–Elena, - olha pra ele – No próximo fim de semana é o aniversário da Meredith e estou planejando uma festa surpresa em minha casa, eu gostaria muito que você fosse, você sabe, vocês se tornaram amigas e tudo mais.

–Claro, você só precisa me mandar o horário.

–E Elena... – ele hesita – Ele ainda ama você. – sorrio fracamente, resignada.

–Eu gostaria de ter ouvido isto dele. – ele sorri fraco. – Boa noite Ric.

–Boa noite!

Só quero voltar pra minha rotina, mergulhar nela sem medo e me deixar levar. Quero cuidar de mim.


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–Estou impaciente. Quero pegar pesado desta vez. Você voltou atrás no seu plano de morte ao Damon?

–Você sabe que não.

–Bem, eu tenho uma adição ao nosso plano.

–Interessante. Quem seria?

–Eu poderia dizer Elena, mas quero acabar com a raça dos Salvatore.

–Stefan?

–Os dois Rose. Acho que todos nós ganhamos, Você e sua herança dobradas e eu livre desta córgia pra sempre.

–Adorei a ideia. Me dê um tempo, vou pensar em alguma coisa.

–Pense. Quero feito o quanto antes. Cansei de esperar.

–Agora eu reconheço o Elijah do colegial. Finalmente!

–Me avise quando pensar em algo.

–Pode deixar.


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–Você não tem muito pra me contar sobre esta viagem, certo? – Bonnie esta me olhando, enquanto saboreamos um chocolate quente no sofá de minha casa.

–Eu estava apreensiva sobre voltar lá, ver ele com mais frequência que antes, mas no final, nada mudou.

–Você voltou diferente.

–Voltei decidida Bonn. Vou cuidar de mim.

–Bem, então vamos começar pelo começo. Matt finalmente vai nos apresentar a namorada, Jeremy e eu já confirmamos nossa presença na noite e até mesmo a Sofia virá com Heitor, então o que acha de levar o Kol?

–Eu já liguei pra ele. – ela sorri.

–Humm, gostei de ver. Vai rolar aquela segunda chance?

–Talvez. Por hora eu quero respirar um pouco dessas coisas de relacionamento, mas vou manter ele por perto.

–Entendi. E sobre a viagem até a casa dos seus pais? Eu quero voltar com você lá desta vez. Ver as melhorias no lugar.

–Vou deixar para a outra semana. Tem o aniversário da Meredith este fim de semana.

–Mas não vai atrapalhar nossos planos ou vai?

–Não! Ele me mandou o horário. Sofia e eu iremos lá e depois chegamos aqui.

–Você vai levar o Kol com você?

–Se ele quiser ir... – dou de ombros.

–Sabe que o Damon vai estar lá.

–Sim e isso não importa. Acabou Bonn. É cada um pro seu lado agora. – ela torce o lábio e mudamos de assunto. Será uma semana cheia, e embora ainda esteja doendo, estou empolgada para enfrentar ela em cheio.



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Notas finais do capítulo

Já sabem não é meninas? Perdoem os erros, estou correndo antes de minha aula. Beijos! Até amanhã, se Deus quiser!!!!!