Nascidas para Matar ou Morrer escrita por Bárbara Martin


Capítulo 12
Afogadas em memórias


Notas iniciais do capítulo

Aehoooo! Voltei o/
Gente, desculpa. Mesmo. Me perdoem. Sei que não atualizo a fic faz um tempo, mas é que: Netflix & escola.
Sério, desculpa. MAAAAS to de volta e é isso que importa.
Amei esse capítulo e espero que vocês gostem também.

Pequena nota: Como faz tempo que não posto, talvez deva lembrar-lhes quem é quem.
Donna: P1, italiana.
Evie: P2, inglesa.
Sarah: P3, alemã.



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POV Sarah

Acordo sentando tomando um longo fôlego, como se alguém tivesse tentando me afogar até então. Meus pulmões parecem estar cheios de água, pesados, relutantes para respirar. Eles parecem ter medo.

Olho em volta apressadamente e tateio as coisas ao meu redor. Pra onde me levaram? Afogada. Afogada. Afogada. ...Espera. Relaxo os braços em cima da cama e sinto vontade de gritar o mais alto possível. Trouxeram-me para esse quarto estúpido novamente. Filhos de uma meretriz.

Levanto e vou em direção à porta, com passos pesados. Não ligo mais sobre ser prudente.

Eu sei que tem algum bastardo aí fora, então se você preza por sua vida abra a maldita porta.

Silêncio.

–Eu disse abra a porta! –Falo com um tom mais alto e chuto a porta de ferro, fazendo o estrondo emitido ecoar pelo cômodo.

Segundos depois escuto o barulho de chaves e os estalos do cadeado se abrindo. Ah, agora botaram cadeados. A porta abre e um guarda com um olhar totalmente entediado me encara. Não ligo mais sobre ser prudente. Desfiro um golpe direcionado para seu pomo de Adão. Apoio meu peso na perna direita e ponho toda minha força no punho.

Três centímetros. Ele para meu punho a três centímetros de seu rosto com o dobro da minha força. Ele mantém a mesma expressão entediada e tem o dobro da minha força. Eu não sou uma mulher fraca.

–O que...? –Digo estupefata.

Ele suspira. Burra. Esqueci-me da primeira regra: Nunca baixe a guarda. Obviamente eles teriam algum soldado à minha altura nesse lugar. Antes que eu possa ter qualquer reação o homem torce meu braço direito para trás, forçando meu corpo a ir junto. Tento me debater, chutá-lo. Mas é tarde demais. Havia abaixado a guarda.

Afogada. Afogada. Afogada.

–Não complique mais as coisas para si, P3. –A voz dele era grave e ressoava mais que o eco do estrondo. –Meus superiores finalmente admitiram que essa ladainha de bondade não funcionará com vocês. Não depois de ontem. –Sinto o gelado das algemas contra meus pulsos.

–FILHO DA... –Ele pressiona meu corpo contra o seu, me imobilizando, e põe a mão na minha boca.

–Poupe-se, Srta. Moritz. Você não precisa provar nada para mim. –Ele começa a me empurrar para fora do quarto- Eu sei tudo sobre você. Sei de onde veio, que foi treinada por um dos maiores assassinos da Alemanha. Sei como ele te achou e sei quem eram seus pais. –A última frase atinge-me em cheio e faz minha cabeça latejar.

Afogada. Afogada. Afogada. Afogada. Meu corpo trava, mas ele continua me arrastando pelo corredor.

–Oh, perdoe-me. Eu não deveria mencionar aqueles covardes, não é mesmo?! –Sinto nojo, ódio, fúria e desespero. Desespero para arrancar os órgãos dele com os dentes. –Ou você acha que jogar uma pobre criança no lago e depois dar tiros uns nos outros é nobre?

Há sangue escorrendo pelas paredes do corredor. Sangue vindo de baixo das portas. Sangue por onde eu ando. Sangue em minhas mãos. Levanto a cabeça e estou no meio do lago de Monique novamente.

O Dia Fatídico.

Não consigo respirar direito por causa da água nos meus pulmões. É inverno e o lago está congelando. Por sorte (ou azar), consigo me segurar na beira do barco -um pequeno conjunto de madeiras quase apodrecido-. E quando ergo meu corpo para dentro não compreendo e não acredito no que vejo. Meus pais, deitados de maneira estranha com olhares vagos e sangue escorrendo do buraco de suas testas.

Eu, com a minha ingenuidade de criança, tento sacudi-los e acordá-los, mas logo percebo a inevitável catástrofe. Acabara de virar órfã.

Há sangue no meu vestido molhado, há sangue em minhas mãos, sangue no rosto deles, sangue no chão do barco. Sangue sangue sangue. Meu corpo paralisa e meu cérebro não funciona direito. Gostaria de chorar ou fazer algo a respeito, mas não consigo. Algo tranca meus sentimentos. Fico paralisada.

O barulho do barco batendo em uma rocha me traz de volta. Agora a água entra pelo buraco recém criado, diluindo o sangue dos meus pais. O barco está afundando e eu fico desesperada. Meu coração dispara e olho para minha mãe, em busca do que fazer.

Ela não está em condições de me ajudar no momento.

Tento puxar o corpo dela para fora do barco, para água comigo.

–Vamos, mama. Por favor. –Suplico. Não posso os deixar afundar. Volto para dentro do barco e tento puxar ambos. Pego seus braços. Não posso deixar ninguém para trás. Puxo-os com força e nosso barco vira. Caio de costas na água e meus pais saem do meu alcance. O corpo deles está pesado. Eles estão afundando. Fico ainda mais desesperada e finalmente começo a chorar. Por favor por favor por favor.

Mergulho e tento puxá-los para cima. A água está congelando, meus dedos estão duros e meus membros começam a ficar dormentes. Por favor por favor por favor. O corpo deles é pesado demais e acaba carregando o meu junto para o fundo do lago. Já estou ficando sem energia. Se ficar muito tempo aqui irei morrer. Só me resta uma coisa a fazer. Deixá-los.

Solto as mãos dos meus pais e observo seus olhares vazios voltados para mim se afastando. Seus braços estão esticados como se ainda quisessem que eu os segurasse. Junto com eles, um pedaço do meu coração também se vai.

Nado rápido para fora do lago e rastejo até terra firma. Não sinto mais meus pés, estou sem ar e mal consigo chorar direito por estou ocupada demais tentando permanecer acordada. Noto que me cortei em alguma coisa quando me rastejava. Tento pressionar o braço cortado no meu vestido para que pare de sangrar. O sangue dos meus pais ainda parece –eu sinto- estar grudado em mim. Meus pais.

Me levanto e olho para meio do lago. –Mama?! –Grito, me afogando em minha dor. –Papa?!

Uma voz feminina me tira dos meus devaneios.

–Ei, estou falando com você! –Aperto meus olhos e quando os abro P2 está na minha frente estalando os dedos perto do meu rosto. Sua boca está cortada e a maça de seu rosto, no lado direito, está roxa.

–O quê? –Respondo amargamente. Estou tonta. Não sei o que é pior. Estar de volta à realidade ou lembrar aquele dia.

–Nossa. Não sei o que te disseram, mas não precisa descontar em mim. –Ela põe a mão na cintura e continua tagarelando com um sotaque pesado, mas meu ódio transborda meus ouvidos e faz com que a voz dela fique em segundo plano. Agora me arrependo de não ter conseguido me manter focada para arrancar as tripas daquele guarda com os dentes. Minhas mãos chegam a tremer, ansiosas por ossos para quebrar, por sangue. Ninguém fala dos meus pais.

–-

POV Donna

–Olha, você sabe o que está acontecendo aqui? Ontem eu tentei sair do quarto e, bom, -Olho para baixo e faço um gesto para meu rosto. -eu não lembro o que houve, mas acabou assim. –Volto a olhar para cima e a garota alemã nem está prestando atenção no que digo- Filha de uma meretriz! –Seus músculos estão retesados, seus punhos estão fechados e quase posso ver chamas em seus olhos, banhados em fúria.

Isso só reforça minha teoria que ela era uma assassina ou algo do tipo. Entretanto não tenho medo dela, por algum motivo. Acho que tudo nesse lugar me amedronta tanto que coisas banais como garotas com passados obscuros –assim como o meu- são só meras garotas.

Gostaria de saber o que fizeram comigo ontem à noite. Só lembro-me de estar andando, apavorada pelo fato de ter gostado de matar alguém e então algo atingiu meu rosto. Preciso de respostas. Preciso sair daqui. Decido chamar atenção da garota chegando mais perto dela, me inclinando para um beijo. Essa é a última coisa que eu quero e aposto que é reciproco.

–Wow! O que você acha que está fazendo? –Ela diz depois de sair de seu transe e me empurrar com um pouco de força demais.

–Agora tenho sua atenção.

Ela bufa. –Não escutei nada que você disse e nem sei se quero, garota. Espera, como sabe falar inglês? Seu sotaque é italiano.

O quê? –Como você sabe?

–Já tive clientes e alvos italianos. –Ela responde friamente. Creio que é algo comum em seu comportamento.

–Meu pai me ensinou. Ele era cientista e... Enfim, o fato é que...

–Ele morreu? –Ela me interrompe e aproveita para enfiar uma estaca no meu coração.

Ofego por um instante.

–Sim, ele morreu. Há alguns anos, de peste. Mas escute-me, garota! –Começo a ficar irritada.

–Não. Escute-me você.

–O que você disse? –Sinto um arrepio na coluna e parece que a mesma sensação de ontem está voltando. Sinto vontade de mata-la e isso me deixaria muito feliz.

Ela chega mais perto de mim, olhando para os lados. Noto que a inglesa e a outra garota estranha já chegaram também.

–Eu e a P2 encontramos uma sala com arquivos teoricamente importantes para esse lugar ontem à noite. –Ela sussurra.

–Ah é?! E como vocês sabem que eles eram importantes?

–Foi a P2 que descobriu. Eles trocam as caixas e a sala onde elas se encontram de tempos em tempos. Por que se dariam a esse trabalho se não fossem?

Um pouco complicado para minha cabeça. –Está bem, e o que isso tem a ver?

–A caixa que abrimos tinha jornais antigos dizendo que um meteoro caiu bem aqui.

–Ata. Acredito. –Pelo amor de Dio.

–É verdade, energúmena! –Pare de falar palavras difíceis.– E o pior de tudo é que o nome dos meus pais e a mãe da P2 constavam na lista de desaparecidos depois dessa catástrofe. Creio que o de seu pai também está.

–Olha aqui, garota. Estou achando essa sua atitude ridícula. Pare de tentar me aborrecer porque você só está se humilhando cada vez mais.

– Scheiße, sua burra! Estou falando a verdade. Nossos pais tinham algo a ver com o Kanzkar.

–Ela está falando a verdade. –P2 caminha até nós. –O nome do seu pai era Nicolaj Peretto?

Mais uma adaga no meu coração. Minhas pernas tremulam. –S-sim.

Olha, ainda não sei o que isso significa, mas vamos descobrir tudo bem?

–Tudo bem. E eu quero ser parte disso. Não aguento mais me sentir presa aqui sem saber de nada. –Meu coração está se despedaçando agora, mas não posso deixar que elas vejam. Que ninguém veja. –Se precisarem que eu distraia algum homem... –sorrio maliciosamente. Mais um pedaço do meu coração flutua até o chão. –Já estou sentindo falta de alguém deitando comigo.

P3 faz uma cara de nojo e P2 dá de ombros e começa a olhar para a esquisita, sentada em um canto. O que meu pai estava fazendo com esse homem? Será que ele morreu por causa disso? Mas eu o vi morrer. Ele tinha uma aparência horrível e uma...

Ai meu Deus! –Ponho a mão na boca.

–Bom dia, senhoritas. –Um homem vestindo um uniforme preto entra na sala. Agente 21, creio eu. Destinado a nos guiar por causa daquele jogo idiota.

–“Ai meu Deus” o quê? –P3 sussurra para mim, enquanto a inglesa fica encarando o homem. Percebo que ela faz muito isso. Observar as pessoas e ficar rodando centenas de engrenagens dentro da cabeça.

–Meu pai. Quando ele adoeceu, percebi que uma cicatriz começou a aparecer na mão dele. Ela não estava completa até ele morrer, mas tenho quase certeza que era igual à desses agentes. –Respondo sussurrando.

–Eu sou o agente 21 e vou guia-las pela companhia, como as senhoritas devem saber. Acompanhem-me, por favor. –O homem começa a caminhar e nós o seguimos.

–Nós temos que descobrir a relação dessas cicatrizes com Kanzkar. Ontem eu e a P2 vimos dois guardas carregando caixas e havia certo brilho azulado saindo de suas mãos, bem onde a cicatriz estava. Eles pareciam... Hipnotizados. –Ela sussurra.

–O que é isso? –Nossa conversa está em um tom que só nós duas podemos escutar. A garota inglesa estava andando mais a frente, perto do agente, e a esquisita estava mais para trás.

–É como se eles estivessem sendo comandados por alguém ou alguma coisa, meio mortos-vivos.

Um arrepio percorre minhas costas.

–-

POV Evie

–Devo enfatizar que não saiam de perto de mim. Várias salas e paredes novas foram construídas desde o projeto inicial desse lugar e vocês podem facilmente ficarem perdidas. -O agente disse.

Ele não pode ser igual aos outros. Ele me disse seu nome no trem. Eu estava quase dormindo, mas lembro. Daniel. Ele parecia se importar. Parecia não gostar de fazer parte da companhia. Ele é a única pessoa, a única face que eu reconheci aqui dentro. Espero muito –para o bem do meu estado psíquico- que ele seja confiável.

–Todas as portas que tiverem um círculo como estas duas -Ele aponta para duas portas opostas entre si no corredor onde estávamos. –são escritórios. Nossos cientistas guardam anotações e livros nelas. –Ele abre umas das portas que nos revela exatamente o que ele disse. Livros, papeis desorganizados e uma mesa de madeira. Nada de janelas. Olho para trás e percebo que as outras garotas também notaram isso.

Elizabeth continua olhando para baixo. Desde que cheguei hoje ela nunca levantou o olhar. Não sei se está muito amedrontada ou se está doente. Também não sei o que causou isso e essa cicatriz que começou a aparecer em sua mão.

Daniel fecha a porta e volta a andar. Seus passos são pesados e todos os seus movimentos são precisos. Ele parece estar acostumado com a vida militar que parecem lhe proporcionar.

–Daniel, certo?

Percebo que seus ombros ficam tensos, mas ele continua caminhando e fingindo que não me escutou.

–Elas não estão prestando atenção.

–Não pronuncie meu nome em voz alta. Você não deveria conhecê-lo.

–Mas conheço. Porque você é diferente dos outros, não é?! Eu já sei que eles não são o que estão fingindo ser.

–Meça suas palavras, senhorita. –Durante a conversa ele não se virou nenhuma vez para mim. Continua caminhando com os mesmos movimentos precisos, falando em um tom baixo. Ambos estamos falando baixo. –Depois do que fizeram ontem, eles dobraram a vigilância.

–Então vocês sabem do que fizemos ontem. –Afirmo.

–Sim e, por favor, tenham mais cuidado. A partir de agora eles irão trata-las mais rigidamente. Não se deixem abalar. –Ele diz a última frase pausadamente. Não entendo isso momentaneamente. Vou pensar sobre depois.

–O que você...

–Aqui fica o refeitório. –Ele finalmente vira e ergue o tom de voz, me dando um susto. Seu olhar passa por mim, me encara por dois segundos e então se volta para a enorme porta a nossa frente. Ele realmente está preocupado. Só parece receoso e discreto. –Vocês serão trazidas aqui três vezes por dia e somente três. Às seis da manhã, ao meio-dia e às seis da tarde. O refeitório ficará trancado entre esses horários, portanto vocês não poderão mais comer. Um conselho particular: Não percam as refeições!

Daniel volta a andar e escuto o baque de algo caindo no chão. Olho para trás e Elizabeth está de joelhos. P3 e P1 a encaram e depois olham para mim. Corro até ela e olho para Daniel. Ele parou de andar e está nos olhando.

Ajoelho-me ao lado dela e percebo que a cicatriz em sua mão começa a crescer. Como se a pele dela estivesse se rasgando de dentro para fora. Olho para cima e as outras garotas não estão olhando. Daniel está caminhando lentamente até nós. Aponto discretamente para a cicatriz e elas finalmente a veem. Daniel chega até nós.

Ele vira um pouco a cabeça e analisa a garota. Ajoelha-se ao meu lado e pega seu pulso. Quando ele levanta a cabeça dela, seus olhos estão focados do nada. Eles nem se mexem. A cena me dá calafrios.

Daniel olha para os lados e depois nos olha. –O parasita está consumindo-a. Prestem atenção no que estou a dizer: Não se deixem abalar. Por nada. –Ele fala baixo e rápido, como se tivesse medo de levar um tiro por estar dizendo aquilo. Seus olhos percorrem nossos rostos -O parasita se alimenta da fraqueza, do medo, da dor. Treinem juntas! A força de vocês três talvez seja capaz de combater um deles e... –Ele para de falar subitamente.

Escuto passos vindos de longe e olho para onde acho que eles estão vindo. Quando volto a olhar para Daniel, sua mão está emitindo um brilho azulado e seus olhos estão desfocados. Juro que posso ver seu corpo tremeluzir. Ir um centímetro para o lado e depois voltar em, no máximo, um segundo. Quê?

As outras garotas dão passos para trás, mas creio que é por causa do estado de transe dele e não do movimento. Eu só vi porque estava bem perto de seu corpo.

Daniel se levanta com Elizabeth no colo. –O passeio está terminado por hoje, senhoritas. Outros guardas irão acompanha-las até o refeitório para primeira refeição do dia. –Ele diz normalmente. Parece que a fala não é mecanizada como imaginava. Creio que ele ainda domina parte de seu cérebro.

–Ahn, o que diabos aconteceu aqui? –A italiana pergunta assim que ele sai levando a garota. –Até estava achando ele bonito, mas aí ficou louco e estragou minha visão.

–Não deveríamos estar falando sobre a menina caindo no chão ou tudo que o agente disse?! –P3 completa.

No momento em que vou falar algo, três guardas chegam ao nosso encontro, seguram nossos braços e começam a nos “guiar” de volta ao refeitório.


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Notas finais do capítulo

Conhecimento que pode ser útil: Scheiße é "merda" em alemão.

Aloha. O que acharam?? Revelei mais algumas coisinhas nesse capítulo. Estão gostando? O que acham desse estilo de escrita (por Pontos de Vista)? Preferem assim ou em terceira pessoa? Comenta aqui e me faça feliz