POV Julieta (n/a: Até que enfim!)

Depois de ter ficado um tempo lendo enquanto, algumas vezes, observava o que acontecia ao redor da piscina, decidi que queria usufruir de umas das melhores partes do hotel (bem, foi o que pensei quando ajudei a escolhê-lo logo que cada um deu algo a favor dessa escolha): as piscinas de água quente. Era uma área mais reservada, quase um ofurô, porém maior, apesar de ser realmente mais privado. Digo isso porque quando cheguei em uma, não havia ninguém lá.

A sensação da água quente, que quase parecia uma massagem em cada parte do meu corpo, era relaxante. Parecia que tirava ainda mais aquela coisa do jogo com Hori que eu estava passando. Hori. Suspirei, ainda sentindo a tensão deixar o meu corpo dando lugar á um relaxamento extremamente prazeroso. As imagens do nosso divertido almoço passaram em minha mente e abri um sorriso. Eu havia provado o meu ponto. E isso sempre era bom. Mas uma parte de mim avisara que eu gostara realmente de fazer aquilo e naquele momento eu não podia negar.

- Ele é tão divertido quando está fora do quarto – falei, e logo lembrei de Julia. Irmã bobinha, pensei, enquanto afundava ainda mais o corpo na piscina, fica correndo atrás de sexo com pessoas que posso estar interessada porque não consegue achar os seus próprios.

Vê-lo com ela fora uma situação estranha, que talvez até pudesse ter me chateado, mas eu sabia melhor do que me deixar por esses momentos. Afinal, Hori era daquele jeito comigo apenas pelo jogo, assim como eu fazia as coisas com ele pelo mesmo. Nem ao menos uma amizade nós tínhamos. Por isso não foi difícil entender porque ele fizera aquilo.

Levantei as mãos e massageei levemente meu próprio pescoço. Já passara a época de ficar pensando em como fazer um garoto correr atrás de mim. Isso era algo que eu fazia constantemente no colegial, mas que nem sempre dava certo (e esse nem sempre dava certo costumava se chamar Julia). Hori havia trazido aquele lado imaturo de volta e tudo por causa de um desafio e mesmo eu não gostando disso, não iria desistir. Parei minhas mãos e voltei a relaxar ali, tentando pensar em várias outras coisas, mas não conseguia realmente.

Você está pensando demais, apenas relaxe, uma voz dentro de mim disse, com um tom repreensivo.  E assim o fiz, fiquei ali, sentindo meu corpo agradecido pelo real descanso depois de algum tempo e lentamente, me senti fechando os olhos lentamente até finalmente fechá-los.

- Eu já disse que você fica magnífica com esse biquíni? – uma voz murmurou perto do meu ouvido e eu pensei realmente estar louca ou sonhando – adivinha quem veio fazer companhia? Não achei que eu fosse ficar longe de todas essas tentações, por isso decidi ficar perto da pior de todas elas. Espero que não se importe que eu me junte á você.

Abri os olhos, lentamente e ainda um pouco sonolenta ,me virei para Hori que me olhava com um sorriso - que eu realmente não consegui reconhecer se era totalmente de malicia ou se havia um pingo de outra coisa – e vi que ele estava tirando o seu short e pude me sentir um pouco mais alerta quando o vi apenas de sunga (n/a: sim, ele estava deliciosamente com a sunga por baixo, sou má). Realmente, uma visão extremamente boa...

- Isso é um sonho, não é?

- Você pode acreditar nisso, se quiser – se virou para mim e então caminhou para entrar até a piscina. Ele pareceu achar tão boa a água quanto eu havia achado, pois vi seus músculos relaxarem tão rapidamente quanto os meus haviam. Assim como meu corpo inteiro havia – entendo porque escolheu vir para cá. Até eu teria escolhido se tivesse lembrado.

- Eu costumo ter bom gosto em tudo que escolho – continuei-o encarando e em um momento quando ele olhou nos meus olhos, havia realmente algo que me impressionou ali. Determinação. Abri um sorriso e escorei minha cabeça na borda da piscina, enquanto ele se aproximava. Deve ser um sonho mesmo, é quase impossível que o Hori esteja tão determinado apenas pelo desafio, principalmente sendo que aqui fora não é válido.

- Uma pessoa contou uma coisa para mim, você sabe – olhei curiosa, esperando que ele continuasse, e eu já podia sentir sua respiração, tão próximo como estava e suas mãos foram para baixo da água e quando acharam minha cintura, ele me puxou delicadamente, fazendo nossa distancia passar de perto para quase colados. Suas mãos acariciavam ali e seu rosto se aproximou, até que ele beijou meu queixo e olhou nos meus olhos, achando, provavelmente, a curiosidade ainda presente, mas outro sentimento tomava seu espaço – me contaram, Julieta, que você tem uma fraqueza extremamente interessante por aqui.

Seus dedos foram até o meu rosto e ele desceu até o meu pescoço e ficou acariciando ali, como se marcando um alvo. Depois beijou ali e voltou á me olhar, como se pedindo autorização. Como se precisasse de uma, afinal, aquilo tinha que ser um sonho.

- Faça o que quiser comigo, eu vou acordar depois mesmo – abri um sorriso quase divertido, mas antes que pudesse pensar em qualquer coisa ele me beijou. Talvez pelo sonho mesmo, mas até o beijo parecia determinado, mas senti apenas isso no começo, pois algo mais aparecia nisso até que realmente tivemos que parar para respirar (até em sonhos isso era necessário?).

Ele começou fazer uma trilha de beijos, até o meu pescoço, onde ele havia feito o “alvo” e ali começou a dar algumas mordidas leves e eu realmente não pude ficar apenas parada deixando ele fazer o que quisesse, mesmo que fosse apenas um sonho. Comecei a explorar seu corpo com as mãos, até o rosto dele, sendo que para que eu pudesse continuar ele parou e me olhou, paciente. Tracei seu rosto com os dedos, seguindo o trajeto com alguns beijos e passei a mão em seus cabelos, tão perfeitos  para apenas um sonho(n/a: autora se realizando agora, entendam).

- Você está tornando as coisas difíceis de controlar, Julieta – ele murmurou, quando comecei a fazer o mesmo trajeto que ele havia feito e deixando alguns leves chupões (afinal, se eu não fizera naquele quarto, pelo menos em algum lugar realizaria).

- Eu não disse que eu precisava de algum controle, Hori – a água estava apenas até nossa cintura e um senso meu achava extremamente injusto que ele não estivesse totalmente molhado – eu quero que você fique na piscina, por favor.

- Não disse que você poderia pedir algo, oras, essa é minha vez – ele fingiu uma leve indignação, mas me puxou mais junto contra seu corpo e antes que eu pudesse pensar, fechei os olhos e senti ele se deitando completamente ali, fazendo com que eu fizesse o mesmo. Depois de alguns segundos , levou-nos de volta e deu um sorriso maroto – satisfeita?

- Bem, não totalmente. Você poderia mudar isso, não?

- Eu tenho certeza que posso – ele ainda estava me segurando, estava sentado de um jeito estranho e eu no seu colo, o que realmente me dava uma boa perspectiva de que algo estava já animado na sunga dele(n/a: de novo, esse fica animado fácil hein?). A ideia parecia interessante  – mas para isso você tem que prometer que vai tentar me deixar fazer as coisas do meu jeito, pelo menos dessa vez.

-Tudo bem – soltei, sem ao menos pensar. Um sonho que parecia tão real... Você acredita no que quiser acreditar, falei para mim mesma e olhei para os olhos dele mais uma vez. O que eu poderia dizer? Ficar discutindo com ele sendo que isso não levaria a nada.

Com um sorriso no rosto, que parecia duvidar daquilo (eu também um pouco) ele começou a fazer novamente uma trilha de beijos e mordida que se tornava ainda mais prazerosa, conforme seguia seu caminho. Suas mãos também exploravam cada parte do meu corpo e eu estava realmente necessitando boa parte do meu controle para me contentar apenas em ficar o acariciando até onde eu podia.  (n/a: Julieta não está sendo submissa, apesar de parecer, cof cof, kkk, apenas um sonho, lembra?)

Ele realmente sabia bem o que fazia, pois tive que morder o lábio para não soltar um gemido (n/a: rindo?) quando ele mordeu no meu ponto fraco e descer ainda mais, suas mãos indo diretamente para o nó do biquíni e ficou ali, enquanto ele parava para olhar no meu rosto.

- Você é incrivelmente difícil de se negar alguma coisa, já te falaram? – uma das mãos subiram até o meu rosto e fizeram uma leve caricia que naquele momento na parecia todo o toque eu necessitava, e então me deu um beijo na bochecha, me deixando mais confusa.

-Não, mas... – eu não pude completar minha sequencia pois ele me beijou de verdade dessa vez. Era um beijo estranho, mas incrivelmente melhor. Eu sentia um pequeno desejo de sempre recebê-los crescendo em mim, mas decidi expulsá-lo. Afinal, é tudo um sonho.

- Então – ele parou de me beijar e depois de alguns segundos, me pegou no colo, me surpreendendo. Levantou-se, eu ainda com ele e saiu da piscina, o que me fez ficar ainda mais confusa. Sai do seu colo, sem entender nada e encarei-o esperando terminar de falar. Ele abriu um sorriso que parecia um misto daquela determinação que eu havia visto antes com algo mais – se você quiser mais alguma coisa de mim... Você sabe onde pode me encontrar. Até.

Com outro beijo na bochecha, ele me deixou ali, apenas vendo-o ir. Meus pensamentos voaram até tentar entender o que havia acontecido e a lembrança do que acontecera no restaurante me veio rapidamente.  Será que ele fez aquilo apenas para se vingar?, pensei e a ideia daquilo ser um sonho parecia ainda mais ridícula do que já era em um canto da minha mente.  Suspirei, balançando a cabeça e um sorriso abrindo-se lentamente.

E que comecem os verdadeiros jogos! 

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Nota da Autora:

CAAAAAAAAAAARA, esse capitulo ficou terrível. E posso até explicar porque. A primeira parte, o começo, ficou até razoável, mas ai tive que sair e parei de escrever.

Quando voltei, estava com raiva de pessoas virtuais e não virtuais e ai a coisa não prestou. Eu imaginava o final dele COMPLETAMENTE diferente. Totalmente. Hori acabou ficando doce e era para ser apenas vingança, mas não sei, talvez fosse realmente o momento que os tivesse levado á isso.

Então... Próximo capitulo vai acontecer algo que vai definir, realmente, o final. Eles vão voltar pro quarto e é lá que, como diz a Julieta, os jogos realmente vão começar. Lembrando que os dois dias estão acabando então... Teremos logo um vencedor? 

Espero que tenham gostado (mesmo que eu tenha odiado ~ apenas sendo sincera, pra mim esse foi o pior capitulo da fic inteira)! Não esqueçam de falar suas opiniões ~ review, comigo, tanto faz.