A Filha Da Morte E O Príncipe Dos Mortos escrita por Ana Flávia Souza


Capítulo 23
Novas notícias


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! FÉRIAS!!! Agora eu vou ter tempo de escrever e vou voltar a postar direitinho toda semana ^^
Essa fanfic será atualizada toda sexta feira(se eu não postar na sexta até domingo eu posto)!



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POV. Giulia

– Temos más e boas notícias, qual você quer ouvir primeiro? - Disse Meggy.

– Prefiro a má primeiro, depois a boa para dar uma aliviada...

Eles se entreolharam e só então eu pude perceber o quão grave era a situação dos meus irmãos, eles estavam extremamente pálidos e magros, seus rostos estavam com vários arranhões e hematomas. E eles tinham uma expressão vazia e cansada no rosto, e isso foi o que mais me assustou, eles não pareciam os divertidos irmãos Stoll, que não mediam esforços para pregar uma peça em alguém.

– Bem, a má noticia é que agora só temos mais três dias para salvar o Nico e ele está muito longe, e a boa notícia...- Meggy disse com pesar na voz, logo em seguida Jayne a interrompeu.

– Agora sabemos onde o me...-Ela se interrompeu, levemente corada e depois continuou. - Onde o Nico está...

– Você ia dizer "seu Nico" ou "seu namorado"? - Provoquei. Por um segundo o brilho voltou para o olhar dos Stolls.

– N-não! Não i-ia n-não, e-eu ia f-falar que, argh, esquece! - Gaguejou uma Jayne muito vermelha.

– E eu tenho mais uma boa notícia, nem me peça explicações, mas... Estamos nos Estados unidos novamente. - Prosseguiu Meggy para livrar a amiga do momento de constrangimento e também para voltarmos ao foco da missão.

– Como assim?

– Eu acabei de falar para não pedir explicações, eu também não sei, talvez Hermes nos ajudou ou aconteceu o inverso de antes, eu não sei, só o que sei é que estamos em um Hotel da Flórida, o mesmo que estávamos antes.

– Certo, não ajuda muito! Então... Onde está o filhozinho perdido de Hades?- Perguntei

– em uma cidade no interior do país, perto de Moore, oklahoma.

– E isso fica muito longe? - Perguntei.

– Bem Giullia, digamos que fica no meio do país e nós estamos na ponta dele. Seu pai é o Deus das estradas será que ele não pode nos ajudar?

– Duvido muito, ele geralmente da um presente a cada ano para seus filhos, e ele me deu o Spike. - Apontei para o grifo que dormia no colo do Travis.

– Você não pode fazer aquilo com a sombra de novo Meggy? - Perguntou Jayne.

– Infelizmente não consigo fazer muitas viagens em pouco período de tempo.

– Podíamos pegar algum carro ou ônibus ou algo assim. Nosso pai pode nos ajudar para dar tudo certo durante a viajem - Sugeriu Connor.

– Primeiro, vocês vão para o acampamento se recuperar, não estão em condições de lutar e nem de andar por aí e segundo, não temos dinheiro. - Retrucou a estraga prazeres numero um dos filhos de Hermes.

– Giiullia, ela é sempre assim? - Indagou meu irmão mais velho. Assenti.

– Nossa, como você aguenta? - Disse o outro.

– Bem, de vez em quando eu não sei como consigo me controlar, talvez seja por...

– Eu estou aqui sabia? Eu posso ouvir vocês. - Disse Meggy trincado os dentes.

– E? - Dissemos, eu Travis e Connor em uníssono.

– Uma cria de Hermes pra mim é o limite, vocês vão para o acampamento ainda hoje, eu já falei com o Quíron, ele está esperando vocês.

– Estraga prazeres. - Bufei e me joguei na cama.


POV. Jayne

O clima parecia estranhamente... normal. Só tínhamos três dias para salvar o Nico, que não é o meu namorado... Ainda. Opa, de onde surgiu esse "ainda"? Enfim voltando, só tínhamos três dias para salvá-lo e estávamos tendo discussões bestas por causa de bobagem.

Não sei em que hora eu decidi sair do quarto e ir tomar um ar perto da piscina, na hora aquilo parecia uma boa ideia, mas para variar eu estava errada.

No começo eu não reparei nada de estranho ou anormal. Fui até a piscina andando, molhei o pé, a água estava morna assim como o dia. Não tinha quase nenhuma nuvem no céu e o ar estava úmido e abafado.

Mesmo sendo oito e meia ou nove horas já tinha bastante hospedes dentro d'água. Senti um arrepio e segurei meu anel para caso acontecesse algo ruim. Estava esperando ser atacada por algum monstro ou coisa parecida. Mas aparentemente eles estavam de folga ou algo do tipo, ou ouviram falar de nossa última vitória e decidiram nos dar um tempo.

Sentei em uma cadeira e acabei pegando no sono, eu sei que deveria tomar mais cuidado, afinal eu poderia ser atacada e tals. Mas o fato é que eu estava muito cansada mesmo. Eu não tinha conseguido dormir direito, primeiro pois eu demorei para pegar no sono e segundo por causa daquele maldito sonho. Acabei revendo o sonho que tive essa noite.

Eu estava no quarto em que mantinham Nico preso. Ele estava um pouco mais magro e seu rosto estava pálido, mas fora isso ele só estava com alguns poucos arranhões por causa das correntes e algemas.

Corri até ele. Nico estava deitado no centro no quarto. além dele, alguns escorpiões ocupavam as laterais. Era um número bem reduzido, em comparação com o que eu havia visto em uma outra visão que eu tive.

Cheguei perto dele e me ajoelhei ao seu lado. Nico levantou o rosto, seus olhos pareciam vidrados e ele quase não tinha brilho no olhar. Mas assim que ele me viu um sorriso dançou em seus lábios, senti vontade de beijá-lo, mas me segurei, afinal aquilo era um sonho e eu não o estaria beijando de verdade, apenas estaria me torturando. Mas o que é que eu estou pensando. Mandei a mim mesma que me focasse no que era importante.

– Nico! Você está bem? - Sussurrei em seu ouvido enquanto o abraçava, mesmo sendo um sonho pude sentir seu calor quando ele me abraçou de volta, mesmo que com uma força mínima devido ao seu estado.

– Estou, mas estamos ficando sem tempo. Ela quer que você venha pra cá Jayne, é uma armadilha. Você não deve vir. - ele parecia apavorado.

– e deixar você aqui? Nunca! vão matar você! - Respondi elevando a voz.

– É perigoso demais! Você pode acabar se ferindo, e eu não quero que você morra por minha causa. - Mesmo aquilo sendo fofo senti raiva, ele estava sendo egoísta. Não consegui me segurar e dei um tapa no braço dele. Eu queria dar no rosto mas não consegui.

– Idiota! eu nunca te deixaria aqui! - Abracei-o de novo.

– Desculpa, só... Tome cuidado. Promete? Promete que vai tomar cuidado? - Disse Nico serio, se separando do abraço.

– Prometo!

O sonho tremeluziu e eu acordei. Não contei nada do sonho para ninguém, nem para Meggy e com certeza eu nunca contaria para Giullia.

Abri os olhos e quase tive um ataque cardíaco. Na minha frente, olhando diretamente para mim havia alguém. Alguém que eu, nem me pergunte como, sabia que não era simplesmente mortal. Só restava descobrir de era um deus que estava do nosso lado, um deus que queria me matar ou algum monstro que queria me matar, considerando a minha sorte nos últimos dias eu diria que era a pior opção possível.

Era uma mulher. Muito bonita, ela tinha cabelos compridos e negros, parecidos com os meus, que desciam como uma cachoeira até quase a metade das costas dela.

Quando ela percebeu que eu havia acordado, sorriu. Me senti um pouco mais relaxada, mas não abaixei a guarda. Certa vez, durante nosso caminho até aqui Meggy me disse que os piores monstros parecem ser pessoas normais e muitas vezes parecem ser pessoas boas.

– Ei, não precisa ter medo de mim. Eu não sou nenhum monstro, e seu pai não iria gostar que eu a machucasse. - Disse carinhosamente, sua voz era suave e melodiosa.

– Quem é você? - perguntei ainda desconfiada de que ela apenas aguardava o momento certo para me matar.

– Meu nome é Macária, sou filha de Hades.

– Semideusa? - perguntei. Por um momento seus olhos brilharam com um aspecto cruel.

– Não querida. - Sua voz estava calma, e isso me assustou ainda mais. - Sou uma deusa, poucos me conhecem, mas eu sou a deusa da boa morte, das mortes naturais. Sou filha de Hades e Perséfone.

– Ah! Desculpa eu, nunca tinha ouvido falar de um filho ou filha de Hades imortal.

– Sim, sim. eu tenho muito mais irmãos mortais mesmo. Ou tinha, agora só tenho um, digo, dois. - Seu rosto voltou a ficar suave e inofensivo de novo e eu fiz um lembrete mental; Nunca mais falar alguma coisa sem pensar na frente de um Deus ou alguém que possivelmente seja um.

– Então, o que faz uma deusa como você vir até aqui? - Perguntei sentando direito na cadeira.

– Ah, sim! Já ia me esquecendo, meu pai me enviou para que eu te dissesse uma coisa. É sobre o inimigo que você terá de enfrentar. Ou melhor, a inimiga. Ela é uma deusa que detesta os filhos de Hades, principalmente Nico, pois ele causou a morte de um de seus filhos na guerra dos titãs.

– Não! o Nico jamais faria algo assim. - Gritei. Pessoas me olharam espantadas como se eu estivesse conversando sozinha e tivesse gritado do nada.

– E você por acaso o conhece direito? - Macária perguntou em tom de dúvida. - Admita, você mal o conhece, e se ele tivesse ma...

– NÃO! Ele não é assim! Eu sei. - Um novo brilho surgiu no olhar da deusa, mas esse eu não pude definir se era uma coisa boa ou significava que eu ganhara uma nova inimiga.

– Certo, se você está dizendo. Bem era só isso que eu tinha que te falar por parte de Hades. E seu pai me pediu para lhe dizer que ele está orgulhoso de você e blablabla... Agora eu tenho que ir. Tenha uma boa vida, veremos quem vai te levar dela, eu ou seu pai.

E com isso Macária desapareceu em uma névoa escura. Fiquei parada olhando para o nada por algum tempo, depois decidi ir até Meggy e os outros e contar o que aconteceu.

Cheguei lá e eles ainda estavam discutindo. Nem me notaram até que eu pigarreei para chamar a atenção deles.

– Fala Jayne! - Disse Meggy ignorando a súbita birra da Giullia por ter sido interrompida.

– Bem, eu tenho que contar uma coisa. - Contei sobre o encontro com Macária. Giullia Travis e Connor fizeram cara de "quem é essa?" e Meggy apenas pareceu surpresa.

– Então você encontrou minha irmã. E-ela só falou isso? Não mencionou alguma outra coisa, um segredo de família nada? - Ela parecia um pouco nervosa, nem sei por quê.

– Não, porque?

– Nada, esquece. Enfim, de acordo com o que ela disse nossa inimiga é alguma deusa que lutou ao lado de Cronos na guerra dos titãs. Mas poderia ser qualquer uma, foram tantas...

– Não está na cara? - Disse Travis.

– Deve ser Nêmesis. - Completou Connor.

– E por que vocês acham isso? - Indagou Meggy.

– Ué, ela quer vingança.

– Seu filho morreu na guerra por causa do Nico.

– Mas o Nico nunca matou um filho de Nêmesis. - Disse A filha de Hades.

– Não diretamente. - Responderam os dois em uníssono.

– Como assim? - Perguntei, eu já não estava entendendo nada. - Alguém pode me explicar o que é essa guerra dos titãs?

– O que foi, na verdade. Ela acabou faz quase um ano. - Explicou Giullia. - eu me lembro que estávamos em séria desvantagem até Nico chegar trazendo o próprio Hades para o campo de batalha, depois disso a nosso lado passou a ter a vantagem e assim vencemos a guerra contra Cronos e suas forças. E com isso, Ethan, um filho de Nêmesis, acabou morrendo.

Pensei um pouco no assunto. Se Nico realmente tivesse feito isso ele certamente era um herói. E se Nêmesis estava do lado perdedor, e ainda por cima contando com a morte de Ethan, faria sentido ela querer buscar vingança, afinal ela É a deusa da vingança.

– Faz sentido. - Eles me olharam confusos. - Digo, faz sentido que seja Nêmesis. Agora, como vamos derrotar uma deusa?

– Não faça perguntas difíceis Jayne... Primeiro temos que achar o Nico...


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Notas finais do capítulo

Deixem comentários e recomendações *-* Por favor!!!!
Até sexta que vem!! o/



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