Love VS Hate escrita por Alicenática
Três anos haviam se passado e nada de Raquel voltar. Lia já tinha oito anos e ainda tinha esperanças de que sua mãe iria voltar.
- Acorda Lia, acorda. – Falou Ju pulando em cima de Lia.
- Ah, não. – Falou Lia resmungando.
- Sabe que dia é hoje? – Perguntou Ju animadíssima.
- Um dia normal como qualquer outro. – Respondeu Lia.
- Nãaao sua boba. Hoje é o dia que a sua mãe volta. - Falou Ju.
- É. – Falou Lia sentando-se na cama.
-Não pera, você não tá feliz? Ela vai voltar e ficar com você. – Disse Ju sorrindo.
- Estou e não estou é que Ju, ela me abandonou. Sabe? Mas mesmo assim eu estou morrendo de saudade da minha mamãe. – Falou Lia.
- Para com isso Lia ela não te abandonou ela só foi tirar férias como disse seu pai. Mas agora chega de papo ok? Vamos para a pracinha. – Falou Ju.
Lia levantou-se da cama e vestiu um short com uma camiseta lilás amarrou um casaco na cintura colocou seu all star e foi para a pracinha com Ju. Chegando lá elas avistaram Álvaro Gabriel e Adriano brincando de carrinho na areia.
- Ih, olha quem está vindo ai, a revoltadinha. – Zombou Álvaro Gabriel mais conhecido como Orelha.
Adriano riu.
- Idiotas. – Falou Lia.
- Não liga pra eles amiga, vem cá você trouxe quantas bonecas? – Perguntou Ju.
- Duas. – Respondeu Lia.
- Duas, ah que pena nós também queríamos brincar de mamãe e filinho, ah esqueci você não tem mãe. – Falou Adriano rindo da cara de Lia.
- Não importa eu te dou a minha. – Respondeu Lia jogando sua boneca na cabeça de Adriano e fazendo-o chorar.
- Sua boba, tá doendo. – Falou Adriano jogando areia nos olhos de Lia.
Lia então fez birra e começou a chorar resmungando. Sentou-se no balanço e lá ficou fazendo birra.
- Marrentinha. – Falou Adriano zombando de Lia.
Em seguida um carro parou na frente da pracinha e uma mulher muito linda desceu do carro, cheia de malas.
- Lia a sua mãe. – Falou Ju correndo até Lia.
Lia correu até sua mãe e a abraçou. Em seguida Lia foi para sua casa com sua mãe e Ju chegando lá Paulina não ficou nenhum pouco contente, mas disfarçou sua raiva para não estragar a felicidade da sua neta.
O tempo passou Raquel e Lorenzo tiveram mais uma filha chamada Constância. Lia havia crescido e mudado muito não era mais aquela tolinha que brincava com bonecas. Constância tinha o cabelo castanho igual o da mãe, covinhas e um lindo sorriso ela se dava muito bem com a sua mãe.
- Eu preciso voltar o mundo precisa de mim! – Exclamou Raquel.
- Mas e as meninas? – Perguntou Lorenzo.
- Você cuida delas. – Respondeu Raquel.
- Mas Raquel... –Falou Lorenzo.
- Mas nada Lorenzo eu tenho que ir para o trabalho agora, tchau! – Falou Raquel saindo do Quarto.
Lia que estava atrás da porta escutando escondeu-se no banheiro e quando sua mãe ia sair gritou.
- MÃEEEEEEEEEEEEEEEEE – Gritou Lia.
- Que foi meu amor? – Perguntou Raquel.
- Você tem um minuto? – Perguntou Lia sentando-se no sofá.
- Na verdade não tenho, mas tudo bem. O que foi meu anjo? – Perguntou Raquel aproximando-se de Lia.
- Mãe, eu sei que você tem que cuidar do mundo. Mas e a gente? A gente não importa? – Falou Lia.
- Como assim? – Falou Raquel assustada.
- É isso mesmo. Da última vez você foi sem avisar e eu fiquei lá sentada esperando durante horas e você não voltou. Falaram que você tinha tirado férias, mas eu sei que não foi isso. Você foi cuidar do mundo e deixou suas filhas. Você promete que não vai mais partir? – Perguntou Lia tentando fazer Raquel se sentir culpada.
- Filha olha só... – Raquel tentou se implicar.
- Ah, já entendi o mundo é mais importante do que sua família. – Falou Lia pegando sua mochila de cima do sofá e saindo do apartamento sem se despedir.
Paulina, Lorenzo e Constância estavam na porta da sala e ficaram frustrados com a situação. Constância começou a chorar e Raquel foi até ela.
- Constância olha, se eu for eu prometo que algum dia eu volto. – Falou Raquel ajoelhando-se em frente à Constância.
- Não gosto que me chamem de Constância é nome de velho. Mas, você promete? – Perguntou Constância que era muito apegada a Raquel.
- Prometo meu anjo. – Falou Raquel dando um beijo na testa de Constância e indo trabalhar.
- Tatá vai se arrumar anjo vai se atrasar para ir para a escola. – Falou Paulina.
-Tá, vó. – Falou Tatá.
Enquanto isso Lia foi para a escola sem passar na casa de Ju chegando lá se sentou no chão.
- LIAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA MARTINS! – Gritou Juliana entrando na porta do colégio.
- Que houve Ju? – Perguntou Lia assustada.
- Eu que pergunto o que houve? – Perguntou Ju.
- Ah Raquel. – Respondeu Lia.
- O que tem a sua mãe? – Perguntou Ju.
- Ela vai embora de novo e era mentira ela não vai tirar férias ela vai cuidar do mundo enquanto suas filhas ficam aqui. – Falou Lia quase chorando.
- Calma amiga você já tem 13 anos com o tempo você vai se acostumar. E a sua mãe vai voltar, não vai? – Perguntou Ju.
- Eu não sei. Não sei mais de nada. – Respondeu Lia.
- Daqui a pouco o Adriano chega e você desconta a sua raiva dele, relaxa. – Falou Ju.
As duas riram e em seguida entraram na sala de aula.
Aula de Artes.
- Bom Dia queridos alunos hoje nós vamos fazer um cartão para nossas mães. Pois o dia das mães está chegando. – Falou a professora Gisele.
- Professora, se eu não quiser fazer eu não preciso? – Perguntou Lia.
- Mas porque, você não tem mãe? – Perguntou a professora largando o material em cima de uma mesa.
- Não eu tenho, mas, eu não quero fazer. – Respondeu Lia levantando-se da sua cadeira.
- Tá, tudo bem então ajude seus colegas. – Falou Gisele.
Todos estavam empolgados fazendo os cartões para suas mães.
- Lia, vem cá. – Falou Leonel.
- O que é? – Perguntou Lia se aproximando da mesa em que estava Leonel, Masafera, Álvaro Gabriel e Adriano.
- Faz uma flor pra mim? – Perguntou Leonel.
- Tá bom. – Respondeu Lia fazendo uma flor azul para Leonel.
- O cartão do Dinho é o mais feio. – Falou Lia rindo e debochando.
Todos riram.
- Pelo menos a minha mãe não me abandonou né, marrenta. – Falou Adriano.
Lia saiu de perto dos garotos e foi até a janela e lá ficou sentada. Quando o sinal tocou ela empurrou Adriano e foi para casa emburrada chegando lá Tatá, Paulina, Lorenzo e Raquel estavam lá em baixo com as malas de Raquel.
- Filha vem cá se despedir de sua mãe. – Falou Lorenzo.
Lia se aproximou olhou para Raquel e virou a cara.
- Bom dia Severino. – Falou Lia entrando na porta do apartamento.
- Bom dia Lia. – Falou Severino o porteiro.
Raquel puxou Lia pelo braço, mas Lia relutou e não aceitou o abraço. Lia subiu para o seu quarto deitado na cama e lá ficou.
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