Chegando ao misturama Lia sentou-se em uma cadeira de costas para a rua. Ju e Fera sentaram de frente para a garota e eles ficaram conversando a espera de seu almoço. Quando o almoço chegou almoçaram e foram cada um para a sua casa.

 Chegando em sua casa Lia sentou-se em sua cama e ficou tocando guitarra até alguém atrapalhar a garota.

- LIA, LIA ME LEVA NA PRACINHA? – Perguntou Tatá entrando no quarto. – Por favor. – Implorou sentando-se na frente de Lia.

- Ah não. Agora não. Me erra pirralha. – Respondeu largando a guitarra no seu lado.

- Estou com saudade da mamãe. – Falou apanhando a foto de Raquel que estava no lado de sua cama sobre um ‘’ bidê ‘’.

- Por que isso agora Tatá? – Ela perguntou agora se levantando. – Eu não sei. Você não sente falta dela? – Perguntou quase chorando.

- Não. – Foi curta e grossa.

- Tá bom, mas, me leva na pracinha? – Perguntou tentando afastar Raquel de seus pensamentos.

- Tá bom. Vamos. – Agora apanhando uma almofada que estava em cima da cama e jogando em Tatá que levantou-se depressa com um enorme sorriso no rosto.

Chegando na pracinha para a ‘’ surpresa ‘’ de Lia lá estava Dinho e Tico.

-TATÁ. – Gritou Tico ao avistar Tatá vindo em sua direção. – Oi Tico. – Ela sorriu indo até o garoto.

Lia sentou-se em um balanço. Dinho estava no outro lado da praça mas resolveu aproximar-se da garota.

- E então, tudo bem Lia? – Perguntou sentando-se em uma pedra e olhando fixamente para Lia que estava distraída olhando o grafite que Gil havia feito para ela há muito tempo atrás.

- Lia, alô terra chamando. – Falou agora tentando tirar a concentração da garota.

 - É lindo. – Sorriu. - O que? – Perguntou confuso.

- O grafite. – Ela apontou para a parede no outro lado da rua.

- Não acho. – Respondeu agora se mordendo de ciúme. – Afs, deixa de ser idiota olha que lindo. – Os olhos da garota brilhavam.

- E então Lia. – Tentou mudar de assunto quando Orelha chegou largando seu veneno.

- Ih, olha o casalzinho juntinho de novo. – Falou. – QUE FOFO. – Gargalhou.

- ‘’ Casalzinho ‘’ é a mãe. – Respondeu Lia grossa. – ui, não precisa ficar nervosa. – Ele riu. – Ai, me erra orelha. – Ela levantou-se e saiu de lá.

- Duvido. – Riu com uma cara demoníaca.

- Duvida do que? – Perguntou Dinho agora prestando atenção em Lia que estava sentada em uma pedra qualquer. – Que você pegue a marrentinha de novo. – Riu.

- Como se eu quisesse pegar aquela marrenta. – Desviou o olhar da garota. – Vou fazer uma social na sexta e você pega ela. – Aproximou-se de Dinho que novamente estava olhando para Lia.

- Eu não quero. – Falou. – Ah, ta bom. Eu acredito. – Riu.

- Qual é Orelha? – Olhou para o garoto que debochava de Dinho. – Eu não quero pegar ela. Entendeu? – Bufou.

- Tá bom. Não precisa. – Murmurou. – Mas pelo menos vá à social, ok? – Ergueu a sobrancelha. – Hã? – Perguntou chacoalhando a cabeça. Estava pensando em Lia. Típico.

- Ok, eu vou a ‘’ social ‘’. – Revirou os olhos.

 Em seguida os dois ficaram conversando ali por um grande tempo e horas depois cada um foi para sua casa, pois amanha tinha aula.

- Bom dia Tatá. Bom dia tio. – Falou entrando no apartamento de Lia.

- Bom dia Ju. – A menina sorriu e apontou para o quarto de Lia aonde a garota ainda dormia.

- Ah, não. – Ela correu até o quarto de Lia sentou-se no lado da cama da garota.

- Pode acordar bela adormecida. – Tirava as cobertas de cima de Lia. - Hoje tem social. – Agora abrindo a janela.

- E, isso quer dizer que eu tenho o direito de dormir mais. – Puxou suas cobertas tapando o rosto do sol que brilhava.

Depois de muitas tentativas Ju conseguiu tirar a garota da cama. Chegando á escola atirou-se em um canto qualquer quando alguém se aproximou da roqueira.

- Oi Lia. – Era Dinho com alguma bebida na mão. – Que cê quer? – Perguntou sem vontade nenhuma de conversar. – Conversar com você – Parou na frente da garota. – Dispenso. – Ela levantou-se e se bateu em Dinho que derrubou o refrigerante em cima da garota.

- Ai cara, que saco. – Bufou ao ver sua roupa tudo molhada.

- Ai, desculpa Lia. – Ele riu com uma cara irônica. ‘’ Bem feito. ‘’ na verdade era o que surgia pela cabeça do garoto.

- ‘’ Desculpa? ‘’ – Perguntou agora jogando o resto do refrigerante em cima do garoto.

- Meus amores, o que significa isso? – Perguntou Robson entrando no local e avistando Lia e Dinho definitivamente ‘’ molhados ‘.

- FOI ELE ROBSON. – Bufou. – Eu? – Perguntou com expressão de espanto e raiva.

- Não quero saber quem foi. - Deu um passo para frente. – Os dois agora para a enfermaria trocar essas roupas. – Bufou.

Lia e Dinho se encararam e foram para a enfermaria. Chegando lá eles entraram em uma salinha pequena em que tinha vários cabides de roupas e uma pequena ‘’ cama ‘’.

- Se vistam e depois voltem pra sala. – Falou fechando a porta e deixando os dois sozinhos.

Lia sentou-se na cama. Estava nervosa, ali sozinha com Adriano. O coração da garota batia a mil.

Já Dinho bom, o garoto encostou-se na parede e ficou olhando para a garota que morria de vergonha.

- Não vai se vestir? – Ele quebrou o silêncio. – Com você aqui? – Levantou-se. - Até parece. – Riu.

- Bom, eu já vi tudo mesmo. – Olhou para o chão e em seguida foi atingido por um tapa.

- Nossa. Muito engraçado. – Ela tentava puxar seu braço que Adriano havia segurado.

- Engraçado? O que? – Olhou nos olhos da garota. – A parte em que nós nos amamos e escondemos isso ou talvez, a parte em que você fica linda brava? – Perguntou agora puxando a garota para perto.

‘’ A parte em que nós nos amamos e escondemos isso ou talvez, a parte em que você fica linda brava? ‘’

Aquelas palavras se repetiam na cabeça de Lia.