Como Os Lírios escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 27
A decisão.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Desculpem o atraso! Não foi por querer!
Eu ia postar ontem, só que fiquei sem net, sem energia, e morrendo de tédio!
Mas enfim, espero que não decepcione vcs amores!
Alguma recomendação?
Se vc não comentarem eu não posto o epilogo! Muahahaha (risada maléfica e ameaçadora)
Obrigada a 0620NexaAlien pela lina recomendação do ultimo capitulo :) Love u ♥



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- Me desculpe. – Foi tudo o que ele conseguiu dizer antes de devolver a ela o pequeno bebê. – Eu sei que não vale de nada realmente o que essa palavra pode significar, mas não sei de que outra forma poderia amenizar todo o mal que lhe causei. Sei que tudo foi minha culpa e que não tenho o direito de lhe pedir perdão e nem sequer o mereço realmente. Eu sei que destruí a sua vida e sei que nada do que eu falar ou fizer vai mudar isso. Eu só queria que você soubesse que eu daria minha vida para não ver você sofrer uma vez mais se quer Janina.  Mas sei que isso também não seria o suficiente. Sei que minha alma não tem valor. Mas eu poderia implorar a você agora e pelo resto da minha vida para que me perdoe. Só por favor, não vá embora e leve consigo o ultimo vestígio de vida que me restou. Não leve consigo o aroma característico de flores que você carrega e nem mesmo o pequeno lírio que você segura agora. O lírio nascido em meio ao lixo que eu te forcei a conviver. A mais bela flor que brotou trazendo consigo tudo de melhor que poderia haver no meio de nós. Por favor, uma ultima vez ante s que você me diga qualquer coisa eu te imploro. Não vá...

Janina tinha os olhos perdidos entre Andrews e o pequeno bebê em seus braços. A mulher parecia radiante. Aquele de fato seria até o momento presente, o melhor dia de toda a sua vida. Janina sabia que não devia se sentir assim. Uma parte de seu coração havia parado de bater e essa ela sabia que jamais retornaria. Ela havia visto seu herói humano padecer diante de seus olhos, na tentativa única e simples de fazer tudo o que fizera por toda a sua vida. Protegê-la. Mas  a vida tinha resolvido lhe recompensar. Nos seus braços e bebezinho havia acabado de fechar os olhos e dormia como um anjo. Um anjo pelo qual ela tinha plena certeza de que daria sua própria vida. E naquele momento ela entendeu o seu pai. Ela valia para ele tanto ou mais do que aquele pequeno bebê valia para ela. Ela era sua vida. E quando não se existe vida, não se há mais motivos para querer respirar. Emanuel se sacrificou para dar a Janina a chance de viver, e por mais que doesse pensar dessa forma, era isso que ela se esforçaria afazer. E sua chance de recomeçar estava parada bem a sua frente. Esperando ansiosamente pela sua resposta. E essa, logo veio. Juntamente com a coragem para levantar os olhos e encarar Andrews uma vez mais.

- Palavras no mundo tornariam simplório tudo o que nos aconteceu. Eu conheci um monstro e convivi com a fúria dele. Vi males que pensei que fossem frutos de uma imaginação doentia, criada pela televisão. Vi de perto horrores inimagináveis. Eu ansiei pelo momento em que eu pudesse me ver livre de todo aquele tormento. Eu sofri a ponto de pensar que cada lagrima fosse uma parte da minha alma escorrendo para fora de mim. – Ela disse e viu um brilho de desespero passar pelos olhos de Andrews. – E eu vi também, o quanto os caminhos que seguimos às vezes nos forçam a nos acostumarmos com coisas terríveis. E vi ainda, como monstros podem amar. Vi o carinho devotado em segredo através de pequenos gestos. Vi sentimentos mal camuflados, e vi garotos, presos em fantasias de homens cruéis. Mas eu mais do que isso. Eu vi o quanto eles são capazes de lutar, quando tudo o que eles prezam está em risco.

- Janina, eu... – Andrews começou a falar, mas ela o interrompeu com um gesto firme.

- Não posso dizer que concordo com nada do que fizeram. O meu sofrimento foi um capricho seu. Mas a sua redenção, veio por uma escolha. O perdão pelo qual você implora não precisa vir de mim. Deus sabe o que faz Andrews, e se Ele nos deixou chegar até aqui, é óbvio que ele sempre teve e ainda tem algum propósito. E você traçou nosso caminho, no dia em que você olhou nas lentes daquela câmera e disse: “Sou Andrews Montanova, pai do seu neto.”

Andrews mal podia acreditar nas palavras de Janina. Ele já tinha perdido todas as esperanças, no inicio daquele discurso. Ela ainda não o havia perdoado, mas havia aceitado seguir com ele, e de fato essa já era sua recompensa. Sua segunda chance. E ele não a desperdiçaria. De forma alguma. Ele sorriu e tocou de leve no rosto daquela mulher. Aquele não era mais o toque de um algoz. Ou talvez fosse. Talvez, agora Andrews seria o responsável por manter aprisionado o coração de Janina, pois já era dela o direito de aprisionar o dele.

O amor é um sentimento estranho. Seu significado, por mais comentado ou possivelmente ilustrado que possa ser jamais poderá ser de fato compreendido. Ele não habita sozinho em um coração. É impossível. Para existir o amor, a esperança deve ser a primeira a reinar, trazendo consigo o respeito, a fidelidade, o carinho, o senso de justiça. Para enfim abrir espaço para o amor. Só assim o amor pode reinar supremo. Mas sem nunca se distanciar de seus tão valorosos aliados. O coração de Janina, se viu empurrado em meio ao lodo. Um pântano sujo e sem vida no qual foi obrigado a passara tanto tempo. Andrews desde sempre se habituou a ser o monstro. A bela e a fera nunca antes tinha tido significado tão real. E nos braços da bela, repousava uma menina. Nascida como os lírios. Que do lodo traz consigo apenas as mais valorosas características, tornando seu perfume inigualável.

Assim também era o amor que estava aos poucos florescendo no coração daqueles jovens. Empurrando para fora toda a sujeira e abrindo espaço para a perpetuação do aroma característico dos lírios. O perfume do amor.

- Como vai se chamar a criança Nina? – Andrews perguntou tocando também no rosto do bebê.

- Lilly*. – Ela disse sorrindo e fazendo o rapaz sorri também. Como uma família. A família que passariam a ser, e que talvez já estivessem sendo, desde que se encontraram naquela fatídica primeira vez.  Uma família. 


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Notas finais do capítulo

* O nome Lilly pode significar Lírio na idioma Inglês.
E então?
Mereço algum comentario que seja?!
Sugestões para o epilogo?
Bom, espero que tenham gostado!
Mil beijos e fiquem com Deus!
Love you :)