Como Os Lírios escrita por BiaSiqueira, ThansyS


Capítulo 2
Como tudo começou.


Notas iniciais do capítulo

Olá outra vez hoje!
O primeiro capitulo oficial esta aqui!
espero que gostem!
Ps: Obrigado as Liebes que comentaram e leram o primeiro capitulo!
Sejam super bem vindas amores!



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A garota sentada na confortável poltrona do avião tinha os olhos marejados.

Sua mente vagava onde tudo começou. Seu erro havia sido cometido no instante em que disse “sim” ao invés de um sonoro “não”.

Mas ele parecia tão confiável, e tinha nos olhos uma expressão tão simpática que ela não pode se conter e dizer não para ele.

Agora ela se recriminava ao ponto de pensar que se fosse possível, abriria agora mesmo a janela daquele avião e saltaria em queda livre. Talvez assim se sentisse livre.

Mas ao mesmo tempo ela sabia que isso não era o certo a se fazer. Ela errou e agora iria arcar com as conseqüências. Não sabia e nem se quer tinha forças para pensar em algo concreto mas em seu intimo sentia que tudo estava prestes a mudar e talvez ela ainda não estivesse pronta para tantas mudanças.


Flash Back on

–Garota nova na cidade ham?_Um belo rapaz de olhos incrivelmente verdes e sorriso incrivelmente encantador estendeu a mão em forma de um cumprimento exagerado._Ficaria honrado em lhe mostrar a cidade.

O coração de Janina pareceu querer saltar do peito.Aquele com toda certeza era o rapaz mais lindo que já havia se aproximado dela.

–Mas como quer que eu aceite o convite de um cavalheiro do qual nem ao menos sei o nome?_Ela respondeu entrado na brincadeira dele.

–Muito prazer... Eu sou Julio Salvares.

Flash Back off


Janina deixou uma nova lagrima solitária escorrer por sua face. Mais uma vez ela se recriminava por ter sido tão tola ao ponto de acreditar nas intenções dele. Como pode pensar que poderia passar de um “lance de verão”? Ainda assim cedeu corpo, alma e coração para ele. E agora estava ali. Inconsolável. Voltando para a casa do homem que em toda a sua vida só fez amá-la e agora ela daria esse “presente” a ele.

Mas era sua responsabilidade, e gostando ou não ela iria assumir isso. Sozinha. Mas não fugiria de nada.


Longe dali encontrava-se Andrews Montanova. O homem trajando roupas pretas e óculos escuros adentrava em seu luxuoso carro. Antes porém de entrar, deu a volta e abriu a porta do carona e logo em seguida deu espaço para uma mulher de meia idade adentrar ao veiculo. Esta por sua vez tinha os olhos fundos, e as faces avermelhadas. Se olhasse de perto perceberia grossas lagrimas secas nos cantos dos olhos.

Ela havia acabado de enterrar o próprio marido. O homem que mais odiou e mais amou em toda a sua vida. Viveu 27 longos anos com ele e foram anos esses controversos e estranhos, mas que deram frutos, e um deles estava bem ao seu lado. Seu filho, seu único filho na verdade. O bebê que ela deu a luz e segurou no colo e que agora ocuparia o lugar do próprio pai. Lugar esse do qual ela sonhava manter distancia, mas a vida ainda não havia sido tão boa com ela. Mas ela tinha fé e esperança que o seu filho teria salvação. Não era tão ruim quanto o pai visto que teve amor e muito carinho tanto dela quanto do próprio pai, que mesmo as vezes sendo um homem frio, ainda assim amava seu filho.

No caminho para casa passaram por uma viatura policial. O jovem inicialmente não se importou, mas trincou os dentes assim que percebeu quem dirigia o carro. Era Emanuel Cantini. O causador da maior parte dos problemas de seu pai.

O velho que dirigia a viatura nem notou os olhares vindos de dentro do luxuoso carro. Estava atrasado. Devia ter chegado ao aeroporto trinta minutos atrás para buscar sua filha.

Mal poderia imaginar que seu pior pesadelo passava literalmente frente aos seus olhos.

–Janina minha filha, mil perdões..._O velho disse apressado enquanto caminhava de encontro a filha. Essa nem ao menos disse nada. Apenas correu e se jogou nos braços do pai.

–Papai...Eu senti tanto a sua falta._Ela sorria e chorava ao mesmo tempo, causando estranhamento no homem.

_Está tudo bem querida?Por que está chorando?Papai nem se atrasou tanto assim..._Ele tentava se explicar e abraçar a filha no intuito de cessar o choro da menina.

–Não é isso papai.Esta tudo bem.É que senti sua falta._Ela disse tentado conter as lagrimas e sorrir diante da situação embaraçosa.

–Onde estão suas malas?_Ela apontou para um canto no saguão e o homem se colocou a caminho de lá._Vamos para casa. Temos muito o que conversar.


Ela estava feliz. Estava em casa novamente. O lugar de onde ela nunca deveria ter saído. Não que visitar sua tia fosse ruim. Mas aquela cidade era um lugar para onde ela pretendia não voltar nunca mais. Se pudesse esqueceria que um dia esteve por lá. Mas infelizmente não poderia. Jamais poderia apagar o que aconteceu por lá.

Andrews entrou em casa se sentindo furioso. Primeiro por que odiava ver sua mãe chorar. E segundo por que o encontro rápido com aquele homem o fez ter lembranças do pai, que ele gostaria de esquecer. Precisava pensar rápido. Tudo estava prestes a mudar e ele precisava conter tudo isso.Mas o som de soluços abafados vindos de sua inconsolável mãe já estavam o deixando a ponto de ter um ataque.


–Para de chorar mamãe._Ele disse aproximando-se da mulher._Sabe bem que papai iria querer que fosse forte.

–Eu estou bem meu filho. Nem estava mais chorando. _Ela disse forçando-se a conter as próprias lagrimas.

–Eu sei que não esta mamãe, mas, por favor, pare de chorar...._Ele disse puxando a mulher para si em uma tentativa vã de lhe acalmar.

–Olha mamãe...não sei o que fazer pra te acalmar._Ele disse começando a perder a calma que tentava manter.

A mulher sabia do temperamento explosivo do filho. Herdara do pai.

–Faça o seguinte meu bem...me deixe um pouco sozinha ok?_Ela disse retribuindo o abraço do rapaz por breves minutos._Vou subir para o quarto e logo vou tentar descansar um pouco.

–Tudo bem._ele tentou sorrir._Marcarei uma reunião para daqui a alguns minutos, então caso queira algo chame um dos empregados ok? Será feita aqui, já que não quero te deixar sozinha.


A mulher apenas aceitou. Sabia que de nada adiantaria contestar. Seria uma discussão perdida. Era preferível ter o filho em casa do que nos lugares onde o marido costuma ir para fazer tais reuniões.


Não demorou até que vários homens entrassem pela porta da imponente mansão. Muitos deles eram políticos e alguns policiais de elite também. Eles não eram apenas traficantes de drogas. Iam além disso. Tinham “negócios” de proporções inimagináveis. Desde prostibulos até cassinos ilegais. Além é claro do esquema de compra e venda de drogas e entorpecentes.


A reunião começou com a chegada do novo “chefe". Muitos demonstravam insatisfação, mas nada poderiam fazer, afinal, todo o império pertencia a ele. Eram apenas subordinados. Depois de horas a fio, nada de concreto havia sido resolvido.


–O que temos que considerar é o fato de que eles estão chegando perto._Um dos policiais corruptos disse._O Cantini esta a um passo de descobrir nomes. Depois disso será fácil chegar até nós. Isso comprometeria todo o esquema.

–Então teremos que fazer com que ele pare de se meter onde não é chamado._O jovem Montanova se pronunciou.

–E o que você sugere rapaz?_Um dos velhos amigos de seu pai desdenhou.

–Esse é justamente o trabalho de vocês.Se não me falha a memória._Ele tratou de responder a alfinetada.

–O velho é duro na queda. Não tem nada com o que possamos mexer. A única coisa que ele tem é uma casa comum e uma filha._Um dos homens se pronunciou.

–Pois então é nesse ponto que atacaremos._Andrews sorriu.

–Esta sugerindo um assassinato senhor?_Um dos mais jovens perguntou.

–Na verdade não._Ele disse pensativo._Quero uma moeda de troca...



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Me digam ok?
Beijocas e durmam com Deus!
Alguem descobriu o miste´rio?
O que será que aconteceu com a Janina nesses dois meses?
Boa noite!