Fuckin Perfect escrita por Sumell


Capítulo 10
Capítulo 9 - Mamãe, obrigada!


Notas iniciais do capítulo

Mell-chi aqui T.T
Por onde eu começo as desculpas? Ah sim... Desculpe o atraso e o capítulo curto e_e
Eu estava na praia, sem net e quando voltei eu esqueci o carregador do notebook e depois eu fiquei sem net em casa também, então aproveitei a internet enquanto ela quis pegar (sim, a internet que manda u.u) e vim postar o capítulo.
Espero que me perdoem!



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*Mell PoV’s*

Era impressão minha ou o Lysandre tinha os lábios pressionados contra os meus? Era impressão, ou melhor, só podia ser impressão. Eram frios e macios, em geral, eram confortantes.

Ele me pressionava contra a parede gélida e ele se separou de mim em instantes, o seu aroma era de hortelã ou menta, não sabia diferenciar. Seu rosto estava um pouco corado pelo que conseguia enxergar – muito pouco, até porque sou baixinha perto dele – logo senti sua boca roçar em minha orelha.

- O que aconteceu, Mell?

- B-Bem... – Suspirei devagar, não era justo ele usar aqueles tipos de truques para conseguir informações de mim, não que eu fosse dar a ele, é claro. – São problemas meus, prefiro que não fique neles.

- Olhe o seu estado... Quero saber, estou preocupado. Alguém lhe bateu?

- Não.

Se “alguém” fosse eu a resposta seria sim, mas por algum acaso senti que ele aceitou a mentira que dei. Ele se afastou de mim repentinamente, olhei para os lados e avistei um Pietro gritando irritado.

- Ei! Por que está tocando na minha Melody?

- Pietro... – Chamei puxando a sua camisa.

- O que foi? Esse canalha lhe fez algo?

- Não chame ele assim! – Gritei irritada e lhe dei um tapa em seu rosto – que ficou vermelho com facilidade, por conta de sua pele pálida – ele somente ficou quieto. – E-Eu... Desculpe, mas... Lysandre só estava preocupado comigo, não faça nada a ele.

- Você é minha namorada. – Murmurou baixinho.

- Eu não sou! Só porque quando éramos crianças prometemos namorar quando crescermos não quer dizer que vou! O meu coração não é seu... Por favor, acho que você entende...

- Claro. – A voz seca ressoou perto de mim. – Fique a vontade.

- Pietro... – Logo não era mais visto ele no corredor.

- Você está bem? – Lysandre que havia ficado quieto durante todo este tempo falou novamente, um pouco preocupado. – Quer ir para a casa? Acho que o Castiel deve ter um atestado médico falso para você...

- Não. Estou bem...

- Estava preocupado com você, mas você não se abre nunca.

- Desculpe, mas sou assim...

- Melody! – Sun gritou o meu nome.

- S-Sun?!

- Posso pegar ela por um segundo? – Falou sorrindo maliciosa por um segundo e em segundos ela não esperou ele cogitar a ideia e me tirou daquele corredor vazio.

- O que foi?

- Me encontrei com Alexy.

- E?

- Ele disse que falou com Bell, e que ela queria falar com você urgentemente, mas que seu celular estava desligado então...

Liguei o meu celular e disquei o número de Bell, em menos de dois toques já conseguia ouvir a voz dela.

- Alô?

- Bell! O que aconteceu?

- Melody, finalmente! Papai... ele descobriu. Quer ir para aí agora mesmo confirmar.

- Eu sabia... – Meus olhos ficaram marejados em segundos. – Alguma ideia?

- Só descobrir alguém mais velho para cuidar de você por uns dias. Contrate uma empregada ou algo do gênero... Você não tem alguém mais velho aí na turma, para morar com você por uns tempos?

- Mas não serve, ele vai ir para a justiça e falar que a mamãe não cuida de mim, afinal, ela que tem a minha guarda, ou seja, ela é a minha responsável e não outro alguém. E se ele pesquisar a fundo vai ver que ela já saiu faz um bom tempo.

- ... Vou tentar atrasar ele.

- Vou chamar a mamãe, vou ver se ela pode sair de lá pelo menos por um dia ou dois... – Ouvi vários resmungos no outro lado da linha e finalmente um suspiro frustrado.

- Difícil, mas não impossível.

- Certo. Eu vou desligar... Até depois.

- Até.

Sun me observava com atenção, e acho que estava preocupada, ao menos parecia estar. Logo ela me encheu com perguntas e expliquei o que havia conversado com Bell.

- Então liga logo para ela! – Resmungou. – Como você é lerda.

- Obrigada. – Revirei os olhos e peguei o celular na minha mochila.

- Alô?

- Mãe!

- Melody? Estou trabalhando agora querida, então...

- É rápido! Prometo!

- Certo. O que aconteceu?

- Basicamente, resumindo tudo que passei. – Falava ansiosa e com medo da resposta, será que a minha mãe poderia simplesmente não ligaria para o que estava acontecendo? – Papai descobriu que estou sozinha aqui e quer vir até aqui.

- Oh... – Ela ficou em silêncio. – Já sei o que fazer. Bem, você tem dezesseis anos e eu vou, simplesmente, anular a sua guarda e fazer você ter a mesma autoridade que alguém de dezoito. Na verdade, acho que você é responsável o bastante para se cuidar agora.

- Isso... – Quase perdi as palavras, mas não era tão inesperado assim. – Não vai demorar? Eu não tenho que estar do seu lado para assinar esses tipos de coisa?

- Desde que eu entre na justiça ainda hoje vai estar tudo bem, qualquer coisa fale para o seu pai que é para ele ligar para a advogada e que ela explicará tudo. Por favor, leve alguém para casa hoje, só para caso ele queira te levar, a pessoa não deixe.

- Entendi. Desculpe eu atrapalhar o seu trabalho, é que... Era importante.

- Não se preocupe querida, tudo dará certo, eu prometo. Até depois. Beijos.

Logo eu guardei celular no bolso externo da mochila e Sun me encarava com aquele olhar ameaçador, do tipo “Fala logo!”. Eu sorri e derramei lágrimas de felicidade.

Analisando a minha situação eu parecia tão fraca e superemotiva. Na verdade, a melhor palavra é ingênua. Ninguém fazia ideia de como eu me odiava por isso, de como eu queria ter outra personalidade.

- Pare de devanear e fala logo o que ela falou!

- Está tudo bem, eu não vou mais embora.

- Eu sabia! – Sun sorriu convencida. – De qualquer maneira, eu nunca te deixaria ir embora.

- Eu estou tão feliz! Eu não queria abandonar ninguém, não queria me mudar de novo. Com certeza não queria te abandonar, nem Lysandre, e a todos... Meu pai não vai mais me incomodar!

- Ótimo! – Ela sorriu enquanto colocava a mochila nos ombros. – Vamos voltar para a aula? Afinal, a certinha aqui é você, não eu. Temos algumas coisas para resolver com os meninos também.

- Temos?

- Quero dizer. Não tenho certeza. Acho que você já se resolveu, vi você e o Lysandre no amasso em pleno corredor. Não sabia que você era tão safada Mell. – Sun deu um sorriso malicioso e eu corei.

- V-V-Você vi-viu?

- Eu e mais umas dez pessoas que estavam matando aula. Por sinal, em poucos minutos todos saberão, até porque uma das dez pessoas era Rosalya e como você sabe, bem... – Sun sorriu. - É melhor assumirem o namoro agora.

- N-Namo-moro?

- Você é tão ingênua assim, Melody?

- Acho que ele me beijou porque queria ser legal comigo... – Corei e murmurei como resposta. – Ele pode ter perdido uma aposta também.

- Por que não aceita logo que o Lysandre gosta de você mesmo? – Gritou irritada comigo. - Você é bonita, é fofa e tudo mais!  Sua personalidade faz todo mundo gostar de você instantaneamente.

- Bem... – Permaneci em silêncio.

- Quer que eu vá lá falar com ele, para o Lysandre falar na frente do colégio todo que gosta de você? Quer que eu o chame para falar com você a sério? Porque essas coisas de “ele deve ter perdido uma aposta” é uma babaquice, Mell.

- Desculpe. Mas você sabe que não sou confiante.

- Comece a ser.

- E também, tudo está tão bem agora, parece impossível.

- Mas não é. – Sun me chacoalhou. – Se você ficar com essa incerteza você vai o perder. Então, não faça isso. Você tem sim concorrência, a Nina com certeza é uma. Se você perder ele, eu não vou te perdoar.

- Espera aí... – Pisquei enquanto processava. – Quem é você para me dar lição de moral?! Olha o Castiel e você! Dá para perceber que os dois se odeiam e se gostam ao mesmo tempo e você vai o deixar escapar de você por causa de uma ex dele? Que por sinal, é horrível e chata, além de ser mentirosa e falsa? Essa não é a Sun que eu conheço, porque a Sun que eu conheço teria falado umas verdades para ela e já teria falado algumas coisas para o Castiel!

- É diferente! Você não entende. – Resmungou brava.

- Não? E você entende o meu, por acaso? Porque mesmo que você não entende, você me aconselhou e me encorajou, agora quando eu faço o mesmo com você, fala isso? É injusto.

- Eu e o Castiel não damos certo, é isso.

- Não dão? Eu acho que sim. Sinceramente, é o mais aceitável “casal” desse colégio! E nem me venha com que não dão certo, como pode dar errado se as duas se gostam! Se elas verdadeiramente se gostam, com certeza vão correr em busca de uma resposta que possa fazer o destino mudar e os fazer ficarem juntos.

- A vida não é conto de fadas, Mell.

- Sei bem disso, e nem vai ser! Mas o que vai fazer agora, Sun? Nunca vai correr atrás dos seus sonhos? Vai desistir assim que encontrar um obstáculo? Se cair, você pode levantar e se você se machucar pode pedir ajuda a alguém. Essa pessoa de acompanha nesses obstáculos. E quando chegar ao final, você vai ter forças suficientes para alcançar seu objetivo sozinho!  A vida não é ruim conosco, mas temos que ir atrás. Temos que tentar, cair, e tentar de novo... É assim que as coisas são.

- Já estou cansada de tentar, Mell. – Sun começava a se irritar, e eu também.

- Nunca vi você pedir ajuda a ninguém. Nunca ouvi você falar de Castiel como uma adolescente normal. Ficar guardado tudo para si é ruim. Agora, eu quero que fale tudo que sente por ele para mim. E depois, mocinha. – Eu sorri. Eu dar um sermão é difícil, mas quando eu dou, eu ajudo. – Vai decidir o que fazer, vai levar em conta tudo o que disse, e fazer o que é certo. Ou seja, continuar com tudo que sente por ele ou então desistir.

- Eu... – Sun começou.

- E você se irrita com ele facilmente, né? – Suspirei. – Você sabe por que se irrita e você, Sun, tem que controlar isso. Como vão se entender só brigando? Dois minutos de paz ajudam em muita coisa. Dois minutos são suficientes para dizer “Eu gosto de você” e obter uma resposta. Agora, comece a falar.


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Notas finais do capítulo

C-Comentários? Por favor e_e Não ignorem a Mell-chi



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