Estilo E Liberdade escrita por Aline Paixão Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, gotaria que esta história agradace a todos, pois é uma história muito bonita e muito real, porque ela tem a essência da vida de muitos casais.
Por favor leiêm e acompanhem.
Deixem Rivews.
E se alguém fizer capa, trailer, por favor entrem em contato comigo.
Boa leitura.



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Já fazia um
tempo que eu não falava com Edward. Desde o encontro na balada, ele sumiu, como
se tivesse conseguido algo e depois ignorado. Jasper me disse que na van ele
não comentava nada mais, pelo ao contrário parecia que nem o tinha visto na
mesma balada e que eu era sua amiga. Isso me incomodou, porque ele estava
agindo como um moleque arrogante e mimado. Eu estava com raiva de mim mesma por
estar querendo tanto ele.



Muitas vezes
eu ficava olhando para a tela de meu celular esperando uma ligação sua, coisa
que nunca aconteceu. Ele nunca me ligou. Eu sempre que tinha iniciativa. Poxa
vida eu era mesmo tão sem importância para ele? Por mais que eu quisesse, não
poderia tentar sozinha, eu não sei o que eu estava sentindo. Eu apenas queria
que ele me quisesse da mesma forma.



Eu fiz uma
viagem curta para Washington, para ver alguns prédios para locação. Eu por ser
muito nova e adorar o ramo profissional que eu estava no meio, decidi
conversando muito com meus pais que eu me mudaria depois de me formar e construiria
algo próprio, um prédio onde teria um andar para artes criadas por mim, outro
de roupas desenvolvidas pela minha empresa, como também um de desenvolvimento
de produtos, como sacolas e caixas com minha logo marca e, por fim o
escritório. Meu pai tinha muitos contatos, ele estava me ajudando com isso, mas
ia ficar muito para eu pagar sozinha, mesmo eu comprando uma moradia lá, o
prédio comercial me deixaria sem grana alguma, eu colocaria todas as minhas
economias ali. E foi assim desenvolvendo o projeto e conversando bastante com os
advogados, contadores e meus pais que eu decidi ter um sócio e eu saberia quem
convidar, afinal ele queria a mesma coisa que eu, sair de Forks, rumo ao mundo.



Eu convidaria
Jasper. No começo Jasper não acreditou, ele achava que eu estava brincando, mas
quando sua ficha caiu, ele surtou, que nem uma bicha louca. Gritou, pulou, até
quebrou seu celular de tanta empolgação. Jass também tem um dinheiro guardado,
seus pais por serem separados e ele por ser filho único, tem uma poupança só
sua, onde desde pequeno sua mãe guarda um dinheiro. Isso foi muito bom, pois
dona Jane chorou, ele não estava acreditando, segundo ela era um misto de
felicidade por seu filho já ter um futuro pela frente e tristeza por ele ir
embora.



Com este projeto
em mente eu andava bem ocupada, Edward estava fora de meus pensamentos, pelo
menos por enquanto.



- Isa nós
deveríamos ir para Washington analisar o lugar e procurar moradia, você sabe
tem que ser próximo do local amiga!



- Está tudo
resolvido Jass, já temos um apartamento lá, já o providenciei, mas ir para
estudar o local é legal, pois podemos já ver cor de tintas, desenhar como vamos
querer o ambiente e, decidirmos o nome da nossa empresa.



E foi assim,
muito corrido, muito tenso, muitas discussões e muitos projetos. Dentro de um
ano eu iria me formar e iria embora de Forks, e para falar a verdade eu estava
contente.



- Amiga vamos
na Bondys hoje? – Quero muito ir lá, dar umas voltas, ver gente nova!



Jasper estava
certo, estávamos precisando nos distrair, a responsabilidade estava muito em
cima da gente por estes meses.



Bondys era um
local onde tinha muitos bares, choperias e até uma danceteria, era o ponto de
encontro dos descolados. E eu queria ir, queria me ocupar cada vez mais para
esquecer de vez aquele olho azul. Iria exterminá-lo de minha vida.



- Tudo bem,
quer ir hoje depois da faculdade? – Olha eu vou para a academia, tomo banho lá,
vou para a Universidade e de lá nos vamos esta bem? Disse a meu amigo.



Eu realmente
ocupei toda a minha agenda. Meu pai me liberou sair duas horas mais cedo, e eu
estava aproveitando isso, quatro vezes na semana eu ia malhar, dois dias eu
fazia meu curso de desenho e todos os dias Universidade, e tirava o domingo
para descansar e até ir na missa.



- Ok gata,
combinado, vou chamar a Anita e o John para ir também, aí a gente pega uma mesa
em qualquer choperia!



Eu adorei,
Anita e John era um casal que encontrou a pouco no curso, não eram namorados,
apenas amigos de longa data, eles se identificaram muito conosco e passamos a andar
juntos na Universidade.



Eu estava
feliz, contente, tudo estava dando muito certo e certeza que minha sexta feira
não iria ser diferente. Concluindo, ela estava sendo muito corrida, uma sexta
dos horrores, eu briguei com um fornecedor de barras de chocolate, pois já
fazia mais de uma semana que tinha feito os pedidos, pagado o boleto e nada da
mercadoria, mas foi com muito custo e ameaça de processo que o cara mandou
muito rápido.



Sério, só
tínhamos mais uma barra de vinte quilos e minha mãe tinha uma encomenda enorme
para fazer. Foi muito chato isso, convenci meu pai a mudarmos de fornecedor.
Foi o certo a fazer.



Saí da loja
umas quatro horas da tarde e fui direto para a academia. Meu personal era bem
bonito, muitas vezes flertávamos, era engraçado, ele moreno alto, forte e
tatuado, bom era bem gostoso, barriga tanquinho, um sonho, ele se chamava Sam
Uley. Eu acho que pegaria ele fácil viu.



Hoje tivemos
aulas de Jamp e musculação, eu estava sem fôlego, parei várias vezes para beber
água e esperar passar minhas dores de pulmão sei lá, doía, não sei como
descrever.



Próximo das
dezoito e trinta eu fui tomar uma ducha, ainda tinha que voar para pegar o
Jass, ele não iria de van hoje. Eu não sei como dizer mais eu estava pensando
muito em Edward este dia. Sabe quando sonhamos ações acordada, estava assim,
imaginando coisas.



Olha
realmente uma paranoica.



Deixei meu
shampoo de morangos inebriar minha mente e logo em seguida me ensaboei
desligando o chuveiro assim que terminei.



Hoje estava
mais quente, digno de estação. Coloquei um shorts jeans trabalhado com tarraxas
modelo punk, um camiseta do Elvis e um blazer brim preto que eu tinha, ele era
muito bonito, finalizei com uma sapatilha estilo bailarina preta de saltinho
que eu tinha há anos e fui embora.



Minha aula
hoje seria de Tipografia e Desenvolvimento de logo tipos, muito bom eu adorava
estas aulas.



Ao chegar
encontrei um Jasper tremendamente lindo, uma calça com lavagem escura, uma
camiseta polo azul marinho, um cabelo espetado e um tênis da coca-cola que ele
ficou todo contende quando comprou.



Estava bem
bonito, eu fiquei até sem graça com minha falta de elegância hoje.



- Isso é
golpe baixo, eu estou bem simplesinha e você aí, todo lindo! Disse irritada, e
jogando minha bolsa em uma carteira atrás de nós.



Ele sorriu
sapeca.



- Você é que
tá falando, eu amei sua combinação, punk, rock e menininha. – Está muito
bonita, bonita mesmo, até este rímel aí está lindo, deixou você com os olhos
grandões.



Meus olhos
grandões? Sério, até peguei o espelho para analisar.



- Até seu
cheiro, posso sentir a um metro de distancia morangos! – Agora para tudo, você
deveria me passar o nome da empresa que faz esta essência pra eu encomendar um
de baunilha para mim.



Nem fodendo
que eu passo! Perfume para mim é como se fosse um segredo de estado, não falo
nem sobre tortura e, se falar tenho que matar depois.



- Eu teria
que te matar! Falei em tom autoritário. Minha mãe conhece uma amiga que
trabalha com essências aromáticas e ela desenvolveu um perfume de morangos só
para mim. Então é exclusivo e muito cheiroso. Ela é uma senhora que mora nos
arredores do Canadá, então quando eu preciso sempre encomendo. Mas ela não é de
ficar vendendo para muitos, ela só faz para os íntimos e sobre encomenda
antecipada.



- Bandida, eu
fico com meu Polo mesmo. Meu amigo falou com uma mágoa.



Mas este era
o meu segredo, não podia contar.



Acomodei-me
na carteira e o professor que já se encontrava na sala deu sequencia na
matéria.



Fizemos uns
trabalhos em grupo que valeria nota. Fomos até que rápidos. Anita e John
fizeram a parte ilustrativa da logo marca, enquanto eu e Jass fizemos a parte
do produto. Assim que terminados, saímos da sala.



- Isa vamos
passar na cantina que eu quero comprar um chicletes de menta e aí a gente já
vai.



Assenti com
as palavras de Jess e segui com ele.



 Anita e John resolveram já ir para Bondys,
pegar um lugar legal e nos esperar.



- Acho que
eles são ficantes discretos! Disse ao pé do ouvido de Jasper.



- Eu acho ele
tão lindo, é um desperdício não ser gay.



Eu resolvi
ficar calada, pois John era mesmo bem bonito, mas eu tinha que ficar feliz dele
ser homem, porque eu gosto de homem. Afinal o que seria de nós mulheres se
todos resolvessem se tornarem gays?



Saindo da
Universidade, pegamos um pouquinho de trânsito para chegar na Bondys. A rua estava
muito lotada, de carros e de pessoas andando pelas ruas.



- Sério Jass,
acho bom a gente conseguir um estacionamento, porque eu não vou deixar meu
carro na rua!



- Calma, a
gente vai conseguir! Jasper estava no celular falando com Anita.



- Isa, eles
estão na  Anzhu. Vamos estacionar naquele
da esquina, é carinho mais fica até às quatro da manhã.



Desci do
carro, pois havia manobristas, um deles me entregou um ticket e eu segui junto
a Jass para a choperia.



- Sabe quando
estamos com um pressentimento, então... – Hoje eu estou assim.



- Tomara que
seja um bom pelo menos. Meu amigo disse logo em seguida.



Seguimos para
a mesa que Anita nos falou e já os encontramos com uma torre de chopp de vinho.



- Ei Bells,
até que enfim, aqui táh muito lotato, achei que não encontraria a gente. Anita
me disse, já puxando sua bolsa da cadeira.



- Tá mesmo. –
E chopp de vinho eihn? Ri para ela.



Nós
conversávamos bastante. John nos contou uma história de sua cidade natal, de
seus pais e realmente estava bem atrativo nossos papos.



- Ei sua
pilantra, sumiu, esqueceu dos amigos? Ouvi um grito em minha orelha e virei-me
rapidamente dando de cara com meu amigo do ensino médio.



- Oi Samuel
quanto tempo? Levantei bem surpresa. Para todos os casos ninguém precisava
saber que eu perdi minha virgindade com ele. Afinal foi em uma festa de fim de
ano que seus pais deram ao seus amigos, comemorando sua entrada na Yale.



- Nossa você
esta incrível, não quer ir embora comigo não? Sua malícia escorria de suas
presas eu ri com ele.



- Killer e
Mandy estão aqui, vim encontra-los!



- Não
acredito eles estão aqui? Killer e Mandy também era da escola, nós estudávamos na
mesma sala no colégio e quase sempre éramos expulsos por conversas paralelas na
sala.



Assim que
encontrei-os, vi como Mandy estava um mulherão, ruiva de cabelos cacheados nas
costas, uma tatuagem no ombro esquerdo e junto com ela, Killer, um loiro
alemão, ele estava bem fortão, devia estar tomando bomba e Samuel, meu casinho,
sempre foi digno de seus um e noventa de altura, repleto de músculos e olhos
verdes safados. Ele teria sido um ótimo namorado, mas a gente resolveu deixar
só nos pegas mesmo. Afinal sexo sem compromisso foi o que restou para nós.



Apresentei
eles aos meus outros amigos, e juro foi a minha melhor saída, pois rever o
passado com o presente, estava sendo bem divertido.



Jasper saiu
ao telefone algumas vezes. Eu acredito que era dona Jane, ela estava bem
preocupada nestes dias. Seu filho resolveu levar um amigo colorido para casa,
um tal de Victor, ele fazia Jornalismo. Jass estava de enrosco, fim.



- Isabella
você não acredita quem esta aqui e esta olhando agora na nossa direção. Um
Jasper desesperado apareceu quase correndo das sombras me deixando confusa.



- Quem ou
loucura? Junto com ele, Mandy e Anita pegaram a fita e também ficaram na
curiosidade.



- Edward esta
aqui, e não para de olhar pra cá! Aquilo foi como uma bomba de Hiroshima sendo
jogada em cima de mim. Meu coração disparou e eu senti a bebida se entalar nas
minhas entranhas.



- Quem é esse
Edward? Minhas amigas perguntaram juntas. E Eu agradeço por os caras não ter
reparado nisso, eu não queria eles me enchendo também.



- Edward é um
rolo todo confuso da Isa. Ele é aquele ali na mesa lá perto da porta, o de
cabelos escuros e camiseta branca, o único em pé olhando fixamente aqui. – Mas
disfarcem viu!



Eu continuei
bebendo e não quis transmitir nenhuma emoção ao saber que ele estava lá. Porque
sempre quando o meu sexto sentido apita, eu nunca erro.



Elas olharam
disfarçadamente, até Anita levantou e foi ao bar pegar sei lá o que, para olhar
melhor.



- Humm...
amiga, ele é uma graça!



- É eu sei,
deixa ele lá! Falei ríspida para cortar a empolgação de me levantar e ir
correndo vê-lo, sentir seu cheiro e seus braços em mim. Mas a realidade era
outra.



As meninas
tiveram que entender e eu não sei o porquê, mas quis demostrar que eu estava
feliz. Tanto que Samuel não parava de falar no pé do meu ouvido quando se
levantava e ficava atrás de minha cadeira. Já meu amigo gay, estava totalmente
analista, olhava descaradamente para a mesa de Edward.



- As
amiguinhas dele estão toda a toda, tem uma lá com cara de índia Tupi Guarani
que adora se enroscar no pescoço dele. Se eu fosse você parava de ser cabeça
dura e iria lá dar uma de migue e mostrar que você tá no páreo, antes que eles
fiquem, você veja e fique mal! Jass sempre me ajudava com suas palavras e já me
conhecia muito bem. – E ele sabe que você sabe que ele esta aqui, afinal somos
amigos e eu vou na van com ele, ele sabe que eu te falei, então levanta esta
bunda grande daí e vai lá!



Suas palavras
foram fortes que eu me levantei rapidamente, ajeitei meu blazer, joguei meus
cabelos para trás e por fim tranquei minha respiração.



- Certo! –
Gente eu já volto.



Todos estavam
perdidos com as conversas de filmes e seriados que só Jass me assentiu.



Eu fui, juro
que até a música do ACDC estava tocando em minha cabeça agora.



“Passos
largos à caminho da perdição”...era sempre este trecho que eu e Edward
cantávamos quando nos encontrávamos online na sala de bate papo.



Já a
distancia de nós ter cessado, eu estava com minha visão mais perfeita do local
que ele se encontrava. Tinha ele, mais dois caras e três garotas. Bom se aquilo
era para ser casalzinho, realmente me embrulhou o estômago.



- Oi Ed! Eu
disse próximo onde estava, já que ele sentou de costas para onde eu estava.



Ele olhou
para trás e levantou-se rapidamente. Mas eu não pude deixar de ver a índia Tupi
de mãos dadas com ele. Ele acredito ter percebido, soltou-as rapidamente.



- Oi Marie.
Sua voz embargada de tanto álcool que ele já deveria ter consumido, veio como
um vento quente para meu rosto.



- Tudo bem olho
azul? Seu sorriso de canto fez ele sair do seu mundinho e me encontrar. De
costas para seus amigos ele me abraçou. Um abraço quente e carinhoso, com seu
nariz em meu pescoço ele inalou meu cheiro, fazendo um caminho para meu ombro.



- Tão
cheirosa!



Eu apenas
sorri, tentando me desvincular de seus braços, que pareciam cobras em minha
volta.



- É..; eu não
sabia que estaria aqui. - Você anda bem?



Estávamos tão
próximos, mas de relance eu pude ver suas amigas de caras amarradas e seus
colegas apenas rindo de algo que ambos conversavam. Já a Tupi, estava
revoltada.



- Quando eu cheguei
aqui, acabei sentando nesta mesa que era a única vaga do local. – Depois eu vi
Jasper passando pela porta e eu acreditei que estava aqui, eu fiquei te
procurando! Ele voltou a me cheirar.



Primeiro ele
some, depois ele vem me dizer que me viu e ficou me procurando? Sério o álcool
afetou seu cérebro só pode.



- Adoro seu
cheiro Marie. Suas palavras estavam me deixando confusa, eu acabei ficando com
raiva dele. Eu saí do seu abraço tentando parecer normal, mas ele capitou o
recado e me soltou, colocando as mãos no bolso.



Eu pude ouvir
uma das meninas falando para Tupi, mas acho que ouvi errado, só podia ser.



- Loes não
fica assim, você sabe como ele é, e outra, ele fala dela direto, já era de se
esperar que um dia você encontraria ela, estaria nessa situação! – Meu... ela é
a garota dele!



Como? Eu a
garota de quem? Certo o vinho subiu.



- Gente, esta
aqui é a Isabella. Ele me apresentou a seus amigos e os caras riram pra mim, as
meninas assentiram com a cabeça.



- Marie, ele
me chamou em tom baixo para eu apenas ouvir. Depois falou normal.



- Estas são
minhas amigas Agnes à direita, Amélia no meio e Loes à esquerda, e os caras
são, Bill e Joseph.



Eu sorri para
todos e acenei.



- Quer sentar
conosco? Ele pegou minha mão e a beijou. Ele estava dando um de Dom Ruan?
Deveria estar pegando a tal índia e estava querendo que eu sentasse com ele.
Mas nem fodendo.



- Não Ed, eu
tô com meus amigos e como eu te vi achei melhor falar um oi para você.



Seus olhos
estavam confusos, ele mesmo estando alterado parecia querer entender algo. Depois
de azul, seus olhos ficaram cinza- escuros e eu pude sentir em seu tom de voz
repreensão e raiva.



- Ok gata,
vai lá então, a gente se vê!



Eu sorri
cinicamente. Gata? Ele deveria estar me tratando assim para demostrar a seus
amigos que era o pegador.



- Tcháu olho
azul!



E sem esperar
resposta eu saí de sua frente, o deixando parado e segui para minha mesa.



Jasper só me
observava, com uma cara estranha.



- As amigas
dele te detestaram e ele esta com uma cara estranha.



Sem falar
nada eu sentei e enchi meu copo de novo.



- Sério
amiga, se você quiser o cara tem que fazer mais que isso, pois aquela morena
esta quase sentando nele, e eu conheço homem ele vai acabar ficando com ela na
sua frente.



- Tudo bem
Jass, ele pode fazer o que quiser, que se dane! Magoada era a melhor opção para
hoje.



Primeiro ele
parece não querer me ver, depois a gente se encontra e fica muito bem, aí ele
some. Agora me vê e fica falando do meu cheiro, que ficou me olhando, que
cretino, isso é o que ele é.



- Depois não
diga que eu não avisei. Meu amigo falou raivoso, colocando suas mãos na mesa.



Minhas amigas
me abraçaram e tentaram me distrair. Samuel não parava de querer me beijar, e
aquilo deveria estar bem feio de se ver, até mesmo Edward deveria estar vendo
isso.



Jass se
descontraiu bastante com o pessoal e ficou de piadas pra cima de John, que
apenas ria.



Estava já
ficando tarde, resolvemos fechar a conta e ir embora. Mas na fila do caixa para
pagar a comanda, eu tive a minha pior visão da noite.



Edward
beijando a índia, sem ao menos se sensibilizar porque eu estava aqui.



FILHO DA PUTA.



Raiva, ódio e
eu senti meus olhos se enxerem de água.



- Não adianta
amiga, eu te disse. Jasper me abraçou por trás como se fossemos namorados.



- Eu sei, só
não imaginava que doía tanto.



Eu nem
percebi que uma das suas amigas estava atrás de nós também. Eu guardei o
comprovante da conta e peguei o ticket do estacionamento.



- Estou indo
na frente Isa, você bebeu demais eu dirijo! Meu amigo pegou tudo em minha mão e
já saiu me deixando com os outros.



Meus olhos
estavam cravados em Edward, que tinha a índia pendurada em seu pescoço e falava
algo com um dos rapazes.



- Cretino,
desgraçado. Falei para mim mesma, mas minha amiga Mandy ouviu e me aconselhou.



- Você
deveria ter apostado gata. Agora vamos, que não quero ninguém chorando o leite
derramado!



Sim eu não
dei alternativa, mas se ele queria ficar comigo teria tentado, mas não, as mãos
da indígena eram mais quentes.



 Moleque!



Já fazendo
uma fila única para sair fomos dirigindo-se para a saída. E foi mexendo em meus
cabelos que meus olhos se encontraram com os teus.



Eu transmiti
toda a mágoa que ele me fez passar, toda frieza, tudo que eu podia passar eu
fiz.



Ele por sua
vez, tirou as mãos da garota de cima dele, saiu do local onde estava e veio
para minha direção.



E foi mais
forte que eu. Me arrastando à passos rápidos para a porta pronta para o
estacionamento, pude ouvi-lo de longe.



- Marie, pare
agora!



Negando tudo
e até mesmo sua voz, eu continuei andando.



- Pare
Isabella, agora! Sua mão segurou meu braço e um puxão me fez ficar de frente
para ele.



- O que é Edward?



- Não precisa
disso Marie! Próximo, muito próximo.



- Me solta! –
Agora! Tentei parecer autoritária, mais eu estava chateada demais e quase
chorando.



- Você quis
assim, eu pedi para sentar comigo! O que? A culpa era minha agora?



- Você que
faz suas escolhas, e elas estão bem claras garoto, agora me solta!



- Não vou te
soltar! Ele gritou para todos ao redor ouvirem.



- Eu escolhi
você, mas seus amigos eram melhores que eu né? Como aquele moreno lá, que tava
louco para arrancar um beijo seu!



- É mais não
arrancou, ao contrário de você que estava aos beijos! Eu queria bater nele, eu
vou bater nele.



- Baby eu
escolhi você! Ele tentou me beijar e eu o empurrei com toda a minha força.



- É isso,
você quer ficar pegando várias, total, tava lá beijando outra e quer me beijar?
– Mais eu tenho amor próprio sabia! Gritei batendo minhas mãos em seu peito,
com muita força.



- Eu vou
embora Marie, no fim do ano, eu vou embora!



Como? Aquilo
me atingiu, eu queria chorar, cada molécula do meu corpo queria ele, queria ficar
com ele.



- Como assim
Edward? Perguntei deixando uma gota de lágrima cair.



- Eu passei
na Universidade, vou para Maple Valley cursar Arquitetura, eu vou embora Baby.



Suas palavras
queimaram como brasa em mim.



- Eu sinto
isso aqui. Apontou para nós dois.



- Eu também
quero, mais não é justo Marie, depois eu vou embora, vou deixar você!



Eu chorei,
sem soluçar, apenas lágrimas caiam. Eu pude ver Jasper buzinar feito um louco,
meus amigos de longe vendo a cena, quer dizer todos vendo a cena, e seus amigos
nos olhando.



- Eu não
quero ter nada sério por enquanto. Eu gosto muito de você e se eu aceitasse o
que tá rolando aqui, depois seria falso e imprudente, eu acabaria te traindo e
você não merece isso, eu não quero isso, não assim.



Ele era uma
incógnita. Sempre misterioso, sempre fugindo e eu deveria entender agora o
motivo.



Ele se
aproximou mais de mim, colocou seus dedos no meu rosto molhado e beijou meu
nariz.



- A gente
sempre esta se querendo, se desejando, se comendo com os olhos baby. – Não
pense que eu não quero você, porque eu quero e muito, mas eu prefiro ser justo,
antes que saíamos prejudicados.



Ele tentou me
beijar e eu deixei. Um beijo calmo junto com um abraço apertado.



- Se você concordar
podemos quando nos ver ficarmos juntos, mas no natural, sem marcar nada. – Se
sempre estamos nos esbarrando é porque tem que ser assim!



Eu assenti e
o abracei. Depois sai o deixando no mesmo lugar.



Eu não
conseguia acreditar que ele iria embora, eu estava infeliz demais.



Eu sei que é
o futuro dele e sei como vai ser daqui pra frente. Deixa-lo livre, seria a
melhor escolha. Ele vai encontrar outras pessoas e outros ares. A Universidade
é algo mágico, mesmo não querendo, a gente acaba mudando, conhecendo pessoas,
se envolvendo, ficando de cara com os limites, entrando em jornadas furadas,
onde o inferno é o passaporte para a perdição.



Mas estava
doendo acreditar em tudo isso.



Eu entrei no
carro, dando de cara com o abraço calorosa de Jass.



- Vamos minha
Lady, será complicado, mas ele foi sincero e homem! Eu o abracei bem forte,
aceitando suas palavras, afinal todos ali ouviram o barraco.



Daqui para
frente o destino que traçará nossos caminhos.



 O meu e de Edward!


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Notas finais do capítulo

Eu sinto uma pena da Isabella.
Mas ele foi muito sincero então, tá valendo, quem sabe no futuro dê certo não?
COMENTEMMMMMMMMM e façam esta autora feliz.