Aquele Lago. escrita por Yukimura


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Como já dito, a fanfic é dedicada a fofa Lidy-chan, e eu adorei escrevê-la, até porque é a primeira NaLi que publico. Mas qualquer um que adore esses dois é bem vindo, mais uma vez, tanjoubi omedetou Lidy-chan!



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Fairy Hills estava mais silenciosa que o normal.

Com certeza estava.

Mirajane e Lisanna acordaram um pouco mais tarde naquele dia, cada uma por sua razão.

O saguão estava vazio. Às dez horas da manhã. Nem mesmo Erza parecia encontrar-se no prédio.

Mirajane foi quem acordou primeiro das duas, dirigindo-se logo a grande cozinha para preparar o desjejum.

Lisanna seguiu seus instintos matutinos e perseguiu o aroma de panquecas até onde estava a irmã.

— Ohayo, Mira-nee.

— Ohayo Lis-chan. – respondeu a mais velha sem nem mesmo tirar os olhos da panela.

Olhando em volta, Lisanna notou finalmente o silêncio, silêncio demais para um fim de semana em Fairy Hills.

— Onde estão as outras meninas? – perguntou ela mexendo-se no assento próximo ao balcão.

— Erza deixou um bilhete, parece que foram todas a praia, está um dia lindo hoje!

— Mira-nee...

— O que foi Lis-chan? – perguntou a mais velha, fitando-a pela primeira vez desde que chegara.

— Você não acha cruel elas irem sem nós?

Mirajane riu.

— Não Lis-chan, acho bondoso da parte da Erza não nos acordar cedo no domingo, nós somos bem crescidas e sabemos onde fica a praia. – respondeu ela com seu típico sorriso meigo.

“Então a Erza também sabe o que acontece quando se acorda a Mira-nee cedo aos domingos.” – pensou Lisanna enquanto uma gota de suor escorria por detrás de seus fios platinados.

— Hai Hai. – respondeu simplesmente.

Após o café da manhã, Mirajane decidiu ir à praia com as meninas, mas não conseguiu convencer a irmã a fazer o mesmo.

— Por quê? – Perguntava Mirajane, fazendo uma expressão de cachorrinho faminto abandonado na chuva.

Lisanna era uma das únicas, sem contar a Erza, que conseguiam resistir a aquele olhar.

— Vou passear no parque.

— Tem certeza?

— Tenho. – estava mais do que convicta do que faria, nem mesmo Mira-nee a faria mudar de ideia.

Afinal, havia sonhado com um lago, um lago que ela conhecia, mas por que conhecia o tal lago?

— Você não vai mesmo? – perguntou a mais velha novamente.

— Não.

Lisanna não pode deixar de notar a irmã suspirar de alívio.

— Você vai mesmo a praia, Mira-nee ? – perguntou ela erguendo uma sobrancelha.

Mirajane corou.

— C-claro que sim! Po-Por que a pergunta? – respondeu ela gaguejante.

— Pra que tanto nervosismo Nee-sama? Eu só fiz uma pergunta. – Lisanna abriu um sorriso malicioso.

— Quem mais sabe disso? – Mirajane foi direta.

— Eu e a Kina-chan. Só.

— Tem certeza? – Naquele estado, faltava bem pouco para Mira ativar a Demon Soul.

Lisanna não se intimidou.

— Claro que tenho, não contamos a ninguém, afinal, todo mundo tem segredos.

Foi a vez de Mirajane ficar desconfiada.

— O que você quis dizer com isso Lisanna?

— Nada, nadinha. – respondeu sorrindo.

Lisanna levantou-se, pronta para o tal passeio no parque.

Mas antes de sair...

— Ah, – disse ela como se tivesse acabado de recordar-se de algo – cuidem-se.

Claro que desta vez ela correu.

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A irmã caçula dos Strauss andava sem rumo por ai... Pensativa.

“Onde será que fica o maldito lago... Eu deveria ter perguntado a Mira-nee.”

Alguns minutos de caminhada depois, ela parou para observar onde exatamente estava.

Uma Lagoa, incrível ela a ter achado mesmo sem saber onde estava. Ou será que ela inconscientemente sabia onde ficava? Não, foi só sorte.

Era uma lagoa muito bonita, com uma grama bem verde, bancos de madeira à beira do lago, uma enorme árvore no centro.

... Árvore...

Aquela árvore parecia familiar... Será que já havia mesmo ido até aquela lagoa antes?

Sentou-se embaixo da mesma, bem perto do lago.

A lagoa estava vazia.

Estava um dia realmente bonito, muito ensolarado, aquele lugar era tão... Nostálgico.

Mas por quê?

Se ela nunca havia ido até aquela lagoa, por que aquela árvore lhe era tão familiar?

A árvore atrás de si parecia ter aguentado muita coisa durante muito tempo.

Em um ato de distração passou a mão levemente na casca velha da árvore e teve certeza de que já havia a visto antes.

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— Aah, é um lago muito bonito, não é Natsu?

—É sim... — respondeu ele pensativo. Algo relativamente comum na época em questão.

Ano x778.

Hey, Natsu...

— Sim...?

— Você ainda está triste por que os outros não acreditam no Igneel?

— Do que você está falando? – respondeu ele com outra pergunta, a intenção era desviar o assunto.

Natsu estava sentado embaixo da grande árvore, os braços cruzados sobre o cachecol e os olhos fechados. Lisanna, que estava sentada ao seu lado se aproximou um pouco mais.

— Você não precisa se preocupar, eu não vou contar pra ninguém que você está triste. Você sabe que pode contar pra mim... Né?

— Eu sei. – murmurou ele.

— Eu acredito em você Natsu, e eu também ficaria triste se a Mira-nee e o Elf-nii-chan sumissem, sei que não é a mesma coisas porque eles não são Dragões nem nada,  mas nós somos nakamas não somos? Estamos aqui para apoiar uns aos outros... – disse ela o surpreendendo. – Eu quero te ajudar Natsu, Vamos achar o Igneel HOJE!

Natsu olhou para ela estupefato. Os olhos azuis brilhavam de ansiedade.

— S-Sério? – perguntou incrédulo.

— Sim! – levantou-se ela animada – e que tal se nós marcássemos essa árvore?

— Marcar a árvore?– Natsu ficava cada vez mais intrigado com ela.

— Sim! Os Caçadores de Dragões! – disse ela sem pensar muito, logo corou – Quero dizer...

— Então tudo bem.

— NÃO FOI IS– gritou ela sem prestar atenção – Espera, você disse “Tudo bem”?

— Sim, tudo bem, mas...

— Mas...?

— Por quê? – perguntou ele confuso

— Etto... É que uma vez eu ouvi a Mira-nee e o Laxus falarem que “as pessoas que se gostam fazem coisas idiotas assim para recordarem-se no futuro”. E eu pensei que se fizéssemos isso, no futuro, poderíamos vir aqui com Igneel e lembrar desse dia, – dizia ela corada, sem prestar atenção no que o  pequeno Dragon Slayer fazia – E como eu gosto de você e..

— Assim? – perguntou ele, mostrando a ela a marcação na árvore:

                                                       “Natsu & Lisanna

                                                    Caçadores de Dragões.

                                                             8/7/x778”.

Lisanna aproximou-se mais da marca feita a fogo na casca da árvore.

— S-sim.

— Então... Vamos começar agora?

— Começar o que?

— A procurar o Igneel! – gritou ele irritado.

— Ah, hai, hai! Afinal, somos os Caçadores de Dragões!

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Lisanna sentiu os olhos lacrimejarem.  “Caçadores de Dragões, huh?”

— Lis-chan? – ela o ouviu chamar.

Ele.

Porque no final, por mais que não quisesse admitir, tudo se resumia nele.

— Você está bem Lis-chan? – Happy perguntou.

Ela hesitou responder por um estante, talvez ele não gostasse de vê-la chorando.

— Sim... Estou. – respondeu enquanto erguia-se.

— Mas você está chorando Lis-chan... – ia dizendo o Exceed.

— Happy, você pode ir na frente e dizer ao pervertido congelado que vou demorar um pouco? – disse Natsu seriamente.

— Natsu... – ela murmurou.

— Aye! – respondeu o gato antes de partir.

— Por que você está chorando Lis-chan? – Natsu estava se aproximando mais dela. – Está ferida?

— Não, Não, estou bem, - respondeu, mas ele não parou de se aproximar – é sé-sério.

— Então por que está chorando? – ele já estava perto o suficiente para sentir o calor que ele emanava, e não é só porque ele é um dragon slayer de fogo.

— E-Eu... – ela virou-se para a árvore, não queria encará-lo. – Só estava lembrando do passado.

— “Lembrando do passado” ... ?

Por um segundo Lisanna esqueceu que Natsu era lerdo para compreender as coisas, não mudou nada afinal.

Ela riu, e ele não entendeu.

— De quando marcamos a árvore Natsu, – ela virou-se para ele novamente – de quando achamos o ovo do Happy, de quando eu me perdi, e você prometeu me encontrar...

— Lis-chan, - ele a interrompeu – eu me recordo dessas coisas.

Lisanna não pode deixar de notar a coloração do rosto dele, praticamente a mesma cor que o cabelo.

Fazia tempo que ela não o via corar.

— Eu pensei que recordaria. – disse sorrindo.

— Lis-chan, você ainda é minha esposa?

“Então era por isso que estava corado.”

— Não sei Natsu. – respondeu tristemente.

— Mas você disse que seria minha esposa, quando fossemos mais velhos. – Ele não quebrou o contato visual nenhuma vez desde que ela virou-se, mesmo corado, ele continuava com aquele olhar penetrante.

Tão forte, tão inocente, tão Natsu.

— Era brincadeira Natsu...

— Mas e se eu quisesse que você fosse minha esposa?

Ela não podia acreditar no que ouvia, as lágrimas voltaram a cair, mas desta vez eram de felicidade.

— Então eu seria.

Ele sorriu, aquele sorriso que fazia o coração dela se aquecer, aquele sorriso que só ele tinha.

— Então você será. – puxando-a para seus braços, beijou-lhe a testa. – E eu irei encontrar você onde quer que você vá.

— Eu amo você Natsu – disse entre lágrimas.

— Eu também amo você Lis-chan, eu também.


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Notas finais do capítulo

^^ Espero que esteja aceitável, adorei escrever ela! Parabéns Lidy-chan! :)