P.O.V Narradora.

– ACORDEM!- gritou Demetria. Todas as três equipes acordaram, assustadas. Todos saíram das barracas e se viram em um local totalmente diferente da onde haviam dormido antes de tudo.

– Finalmente, pensei que vocês não iriam acordar nunca!- disse Demie. Mas quem estava mexendo os lábios era uma imagem digital de Demetria que estava à frente de cada barraca – já que elas estavam separadas a vários metros.

Pelo jeito, usar roupas estranhas era mesmo a especialidade de Demie. Ela estava usando um vestido apertado na cintura e rodado, todo azul-água em um tom tão forte que não dava para saber o que era pior, se era a roupa, ou a luz. Os cabelos estavam em cachos perfeitos que emolduravam seu rosto pálido que estava destacada com o vermelho-alaranjado dos cabelos de Demie.

– Muito bem. Hoje começa a minúscula lição de vocês. – disse ela e deu um sorriso irônico. – Vocês foram colocados ai dentro da cúpula por um minúsculo motivo... Foi à antiga arena do primeiro jogo do campeonato! E por outro motivo que, infelizmente, não posso responder isso, por enquanto.

“Vocês se encontram, cada equipe em uma extremidade da cúpula. O objetivo é simples, não fique perto das plantas e tentem chegar ao meio do labirinto...”

– Que Labirinto, Demie? – perguntou Andrew para a imagem digital da mulher.

Demetria bateu palmas duas vezes e um labirinto cheio de plantas foi erguido, tão alto que quase chegava na altura da cúpula.

– Esse Labirinto. E, para você, me chamo Demetria, Kevin. – respondeu Demie, irritada.

– Meu nome é Andrew!

– E você acha que alguém se importa com um nome qualquer?

– Você se importa com o seu, ora.

– Me importo porque é meu nome, né meu bem? Agora cale a boca antes que eu te despedace.

Demie esperou que mais alguém comentasse alguma coisa, mas como viu que tinha criado juízo, continuou a dizer sobre a atividade.

– Muito bem, vocês devem chegar ao meio do labirinto, onde estará dois pequenos cilindros, um de ouro e outro de prata.

“Tem uma bendita Poesia sobre os dois cilindros, mas vou falar isso depois.

“Vocês podem, ou melhor, devem usar seus poderes para poder sobreviver e mais algumas ferramentas para vocês usarem, que logo encontraram a frente de vocês.”

Em cada grupo, apareceu uma sacola contendo quatros materiais.

– Como podem ver, em alguns contem uma mascara de oxigênio, uma mascara cirúrgica e uma bombinha de asma. Esses serão os materiais que mais irão precisar nessa prova.

“Deixem para abrir a sacola quando o apto tocar, enquanto isso faça o favor de me ouvirem. Muito obrigada.

“Ainda podem recorrer ao apelo de me chamar, caso necessário. Mas já vou avisando que só posso ser chamada uma vez para cada grupo! E, uma vez que me chame, eu ainda terei que decidir se irei ou não ajuda-los.

“Ultima coisa. NADA DE AGARRA AGARRA NO MEU LOCAL FAVORITO, HEIN?? E FIQUEM LONGE DAS PLANTAS!” E assim, a imagem de Demetria saiu do ar.

Grupo Espartanos.

Marry Jo e Viollet abriram a sacola e encontraram os quatro materiais: Um isqueiro, duas mascaras de gás, um punhal afiado e um negocio que só poderia ser alguma coisa a ver com hidratar a água.

– O que você acha que ela quis dizer com precisarmos das mascaras? – perguntou Marry Jo.

– Realmente, não faço ideia. – respondeu Viollet, dando de ombros.

A dupla se encontrava perto de uma arvore que poderia ser um carvalho, como também não poderia ser. Havia várias plantas estranhas enroladas na arvore que ficava se mexendo lentamente para perto das duas garotas, quase enroscando-as.

A imagem de Demie apareceu novamente para elas, deu um sorriso sarcástico e sumiu novamente.

– Essa mulher é meio estranha... – resmungou Viollet e Marry Jo concordou, com um sorriso.

Suiça.

Andrew, Sant’Anna e Katherine reviraram a sacola, vendo os materiais ali: Três frascos de vidro com a forma de um canino afiado, duas bombinhas minúsculas de asma e uma faca de cozinha. Eles se encontravam em um extremo onde podia-se ver um pequeno lago com uma água cristalina.

– Não estou gostando disso. – resmungou Andrew.

A imagem de Demie apareceu para eles também.

– SE VOCÊ PENSAR EM RECUSAR-SE A REALIZAR ESSA PROVA, CONSIDERE-SE DESCLASSIFICADO, KEVIN!- gritou a imagem.

– Eu não disse nada!

– MAS EU DISSE PARA VOCÊ NÃO PENSAR NISSO, CRIATURA.

E antes que ele pudesse dar uma resposta mal educada para ela, sua imagem sumiu novamente.

Resistência.

Ramirez olhou desconfiada para os materiais ali: uma câmera fotografica de 33mm, uma caixinha de cigarros e três mascaras de cirurgião. O grupo estava em um local onde só havia terra batida e as plantas do labirinto.

– Roiz está fazendo alguma coisa estranha... – resmungou Ramirez.

– O que quer dizer com isso? – perguntou Lyliam.

– Não sei, só sei que não faço ideia do que isso pode ajudar-nos.

Felicity se aproximou das outras garotas e olhou para os materiais.

– É um kit de sobrevivência. – murmurou ela.

A voz de Demie pode ser ouvida dentro da cúpula.

– Daqui 15 segundos, vocês irão sentir enjoo, tontura entre tantas coisas. Isso será causado pelo gás que as plantas soltam e bla bla bla.... Se protejam, ou irão morrer daqui...5 segundos!

Demie desligou o pequeno microfone e olhou para a imagem digital que estava a sua frente. Ela ainda se encontrava sentada no alto da arvore.

– Você está indo bem até agora, Demie. – disse a imagem.

– Mas isso não é graças a você, Roiz.- respondeu Demetria, friamente.

Roiz riu.

– Você tem motivos para estar aqui, Dem. – falou Roiz.

–Você quer dizer, seus motivos.

– Mais ou menos.

– Não sei porque ainda continua com esse jogo estupido.

– Um jogo estupido que você mesma esteve presente e foi a única campeã que vive até hoje.

– Roiz, estou de olho na menina Lily e a leitora de mentes não consegue ler a minha, como você já havia previsto. – Demie disse, mudando de assunto.

–Ah sim, sei disso. Devo agradecer sua mãe pela ultima parte. Mas... Você manipulou as partículas das plantas, como eu disse que deveria?

– Sim.

– Ótimo.

E assim a imagem de Roiz se foi. Demie se remexeu no alto da arvore, observando os participantes e se recordando.