Andrew não percebe de imediato, um espelho aparece do nada e expele um corpo em direção a ele - que já caminhava para dentro do espelho em que Ramirez havia aparecido.

– Espere, garoto!... ESPERE! - suplica Katherine, que agarra seu pé direito.

Ele tenta ajudá-la, mas o espelho puxava seu corpo como se estivesse o sugando.

– Me dê a mão! Eu a puxo! - responde.

Kath estende a mão, mas uma lâmina afiada e dolorosa é fincada em suas costas.

Andrew vai.

Kath fica.

– Oi, garotinha... - diz uma voz grossa.

O homem fica mais as espadas nas suas costas e corta até o lombar, o sangue manchou o branco divino da neve que repousava no solo congelado.

Por sorte Kath é salva pela alma de Sant'Anna, que atravessa Kirigaya e o empurra para longe. Mas mesmo assim seu final não é feliz, a alma de Sant'Anna explode com um movimento das mãos de Roiz.

Kath se vira, assustada, sangrando.

– Você... por que... aih!... - se não fosse uma sobre-humana morreria de hemorragia.

Kirigaya olha para ela, uma visão meio turva, ele não conseguia ver a garota direito.

Um segredo de Kath: manipulação mental. Assim que ele olhou para os olhos dela, Katherine pode o manipular. Buscou no mais profundo da mente dele a mulher que mais amava, e achou a tal Hilisan que esse individuo tanto amava. Assim que Kirigaya piscou, via Hilisan, não Katherine.

– Hilisan - sussurra, com as órbitas toda negra por causa na manipulação. - O que faz aqui?! - pergunta, assustado, olhando os lindos olhos verdes da moça que amava.

– Kirigaya, querido, me tire daqui. - pede a moça que veste um vestido branco, longo, épico.

Ele pondera.

– A verdadeira Hiilisan não me chama pelo meu nome - diz, segurando os ombros de Hilisian/Kath. - e muito menos é doce e gentil! - Kiri puxa a menina, frustrada pela manipulação que não deu certo e os dois caem no precipício.

Porém, antes de seus corpos se quebrarem nas pedras a baixo, uma capsula grande de titânio "engole" os dois e some.

O espectro de Sant'Anna está caído no chão, falhando, mas agradecendo a Deus por Roiz... Jasper não tê-la matado de imediato, mas era evidente que seu fim estava próximo. Ela precisava de ajuda... precisa de alguém que possa ajudá-la a encontrar o verdadeiro Roiz. Ele daria um fim nisso tudo, Jasper e o Porta-Voz precisão serem detidos.

No surgimento de uma ideia, Sant'Anna se teletransporta.

Num segundo se depara com um quarto fechado, todo de ferro, sem saída. Lá está Mary Jo, jorrando seus poderes contra as paredes e etc. As olheiras sob seus olhos indicava sua falha e erro em tentar fugir dali.

– Mary! - grita.

A menina loira, olhos cinzentos e feições infantis se vira para o espectro de Sant'Anna, surpresa.

– Isadora Sant'Anna? Você não estava morta?

– Em parte, sim. Graças ao verdadeiro Roiz eu estou aqui.

– O verdadeiro?

– Um tapado da diretoria que pode se transformar em outra pessoa, no caso Roiz, querse vingar de todo mundo aqui. Quem te machucou e torturou os outros não é o Roiz, é um tal de Jasper.

"Jasper, esse nome que o fantasma falou!" pensa Mary Jo.

– O verdadeiro Roiz está preso e eu preciso de ajuda para libertá-lo. Peço para você.

– E por quê eu te ajudaria? No final das contas nem somos do mesmo grupo!

– Grupo? Menina, isso não importa mais! Estamos prestes a morrer como indigentes!

– Aliás, seria contra as regras.

Sant'Anna suspira.

"Eu devia ter escolhido outro." pensa ela.

– O programa saiu do ar, Mary. Cancelaram, pelo menos por enquanto. O Porta-Voz e o Jasper não querem que as pessoas vejam o que estão fazendo conosco. O Programa De Proteção Para Os Sobre-Humanos matariam eles. Praticamente estamos livres para fazermos o que quisermos.

Os olhos de Mary Jo faiscam.

– Mas como vamos sair daqui?

– Eu desativei os anti-dons. Sei lá... derrete essa parede, corta no meio, qualquer coisa!

– Desculpe, mas não sou a Demie... isso! Ela, chama ela!

Sant'Anna suspira.

– Não. Seria arriscado demais, nem sei de que lado ela realmente está. De qualquer modo, o verdadeiro Roiz pediu para que eu a protegesse. tem que ser qualquer outra pessoa... eu posso trazer qualquer um via teletransportação, um novo poder meu, he he.

– Mas se pode trazer, por que não pode nós tirar daqui.

– Ôh, grande besta do oeste, eu tenho minhas limitações! É complicado!

Mary Jo pondera, mesmo sob efeito de raiva pós-insulto.

– Eu já sei.

Ramirez esperava alguma coisa... qualquer coisa... um suspiro de alguém bastaria!

"Eu acabei de ganhar outra prova e ninguém diz nem um "legal, hein!" " pensou.

– Quer saber, dane-se! Vou acabar com essa bohemia insana! - ela cortou seu dedo com a própria unha e despejou o sangue no formato de um símbolo no chão. - Vamos ver para onde vou parar...

De repente algo aparece na sua frente.

–... mas o que? - pergunta-se com o dedo cortado na boca.

– Oi, Ramirez. Quer dar um fim nisso tudo?

– Sant'Anna? Você não morreu?

Sant' Anna suspira.

– Você é a segunda pessoa que me perguta. - diz, e em seguida explica tudo para Ramirez.

Num "sim!", as duas somem.

O Anjo do Inverno está caído no chão, sangrando, nunca estivera tão... morto.

Está escondido num bueiro subterrânio, tampando o nariz para não sentir o cheio do esgoto - se recuperando.

Então uma luz brilha repentinamente e some, deixando no lugar um espectro, que explica o todo o caso para ele.

– Sant'Anna, não é?

– Uhum.

– Ok, eu aceito. Você não sabe como estou louco para dar um chute na bunda do cara que aprisionou meu irmão.

E somem.

Sant'Anna volta com Ramirez de um lado e Anjo do Inverno de outro - Mary suspira ao vê-lo.

– Pronto, pronto. Com licença, meninas. - diz o Anjo, chegando até uma parede.

Mary chega perto de Ramirez e Sant'Anna, que observava o Anjo congelar a parede.

– Esse cara é lindo... - diz Mary e as duas concordam. - Cara, isso devia ser proibido. Anjos assim deviam morar lá em casa.

– Em nossas casas, querida. - murmura Ramirez.

E então a parede de ferro explode, com o frio excessivo.

– Pronto, garotas. Venham - as meninas se aproximam, meio hipnotizada pelas asas branco cintilantes dele. - Eu conheço esse lugar minuciosamente, eu e meu irmão temos memória fotográfica.

Atravéz do buraco na parede podia-se ver um corredor, cheio de coisas eletronicas, botões bilhantes e computadores.

– Estamos na ala noroeste e se seguirmos esse corredor... - eles já estavam andando. - tem um teletransportador por aqui...

Uma hora depois eles chegam a um tipo de capsula grande.

– Damas.

As três entram, em seguida o Anjo.

– Esperem só um pouco, esses negócios demoram para sair do lugar...

– Éh, Anjo...

– Luca, menina Sant'Anna.

– Bem, Luca, eu devia te contar uma coisa... - diz, pensando na morte de Violet.

– Fala depois.... pronto, estamos indo.

Acontece algo parecido quando, no filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios, eles entram no elevador para ir até o Olimpo.

"Violet morreu." sussurra a Ramirez, pois Sant'Anna não consegue confiar em Mary Jo.

Ela arregala os olhos, mas logo fica sem expressão.

"Não diga nada." sussurra de volta, pensativa.

Andrew não sabia muito bem o que acabara de acontecer, mas de repente abriu os olhos e se viu novamente em um palco. Demie estava ali, vestindo um conjunto de roupas cor-de-rosa e com os cabelos presos e brancos, os lábios meio vermelhos. Tinha voltado a ser estranha como ele se lembrava. Ela sorria, mas era um sorriso triste.

– Como vai, André? - disse, com os olhos meio sombrios.

– É Andrew. - fala ele.

– Sabe que não me importo, então por que ainda insiste em tentar me corrigir?

Apesar do puro sarcasmo na voz de Demie, seus cabelos continuavam branco, o que era estranho.

– Muito bem, você chegou em uma etapa um tanto quanto dificil. - disse e bateu palmas duas vezes. No palco, apareceu caixões de vidro, cada um contendo aqueles que haviam 'morrido' na competição. - Você deve escolher quem vai salvar.

Ele viu ali Katherine e ... Ela. Quem realmente importava, quem para ele era tudo.

– Lyliam. - sussurrou para si mesmo, mas Demie sabia que aquela era a resposta dele.

– Garotas, já volto. - diz Luca.

– Onde você está indo? - perguntou Ramirez.

– Demie disse que precisa de ajuda.

– Espere, Luca! -chamou Sant'anna, precisava contar a verdade para ele.

– Eu preciso ver o que Demie quer. Não entende? Roiz pediu para que eu cuidasse dela. Ela é praticamente tudo pra ele. - disse e depois deu um sorriso, se lembrando de Violet.

– Agora. - disse Jasper/Roiz.

– Não! - gritou alguém. O Anjo apareceu ali, meio derrotado por ver Violet no caixão. Sem pensar duas vezes, quebrou a porcaria do vidro e salvou sua Violet.

Os olhos de Demie não compreendiam o que estava acontecendo.

– Ok, alguém me diz de onde esse ser saiu? Sério, até parece um demonio! - disse para si mesma.

– Ele é um anjo.

– Ah, cale a boca, Adão. Vá quebrar a porcaria do caixão de Lyliam.

P.O.V Ramirez.

Certo, não sei para que merda Sant'anna nos mandou em um lugar onde não tinha quase nada. Quer dizer, era uma sala toda branca e só podiam-se ver uma imagem na frente de um pequeno televisor, onde passava a competição.

– Roiz? - chamou Sant'anna, chegando proxima a ele.

Os olhos de Roiz pareciam cansados, ele parecia ter levado uma pela surra. Mas, apesar disso, ele sorria. Segurava um cordão estranho na mão.

– O que vocês fazem aqui? - perguntou ele.

– Viemos te salvar, Lexi. - falo para ele e seu sorriso cresce ainda mais.

P.O.V Demie

Eu tinha chamado Luca, mas quem disse que ele prestou pra me ajudar? Não, ele tinha que salvar a Roxinha e me deixar sozinha com a porcaria do André e da Teletubbies. Sem dizer que tinha vários seres ali um tanto quanto estranhos e eu tinha quase certeza que já havia os visto antes.

– Muito bem pessoal, como vamos nos salvar? - perguntou Andrew.

– Como você acha? Lutando, André? - perguntei sarcastica e meus cabelos ficaram vermelhos. Ah sim, antes eu não estava conseguindo me expressar, mas depois dessa coisa lerda dizer uma coisa mais lerda ainda, fui obrigada a sentir sentimentos de novo. - Deixe Lily ai, ela pode nos ajudar manipulando um pouco a matéria junto comigo. E eu e você, senhor Andrew, vamos lutar. - falei.

– Meu Deus, você sabe meu nome!

– Ah, me poupe Kevin.

Então foi mais ou menos assim: eu estava em duas partes da mini batalha: de um lado, eu ajudava Lily a destruir alguns bichos que tentavam se aproximar dela. Ela só conseguia fazer com que eles se contorcesse e eu a ajudava a despedaçar todos. Eu podia sentir que ela estava ficando cansada e quase morta, até porque ela não fora obrigada a aprender a fazer tudo em um Sanatório do qual meus proprios pais haviam me mandando durante cinco anos. E do outro lado, eu ajudava André a lutar contra os seres que cada vez mais nos perseguiam.

Foi quando vi Roiz, que estava tão estranho ultimamente, ali. Ele sorria.

– O que exatamente ele está fazendo? - perguntou Kevin, que desviava de um ser.

– Não sei e não me importo. - falei, irritada.

Senti quando alguma coisa mudou na atmosfera e então quatro pessoas apareceram ali. Mary Jo, Sant'anna - que deveria estar no caixão-, Ramirez que segurava a quarta figura. Eu conheceria aqueles olhos em qualquer lugar, mesmo que ele estivesse todo f...

– Roiz? - falei. Olhando de um lado para o outro. Do Roiz todo quebrado para o Roiz cheio de si. Ou eu estava vendo tudo em dobro ou...

Era só o que me faltava. Sem pensar duas vezes, enfiei minha mão dentro do espectro e o joguei para uma fila, que caiu ao chão. Uma furia tomou conta de mim. Me auto-desistegrei para depois aparecer proxima ao outro Roiz, o cheio de si.

– Demetria. - disse Jasper, sorrindo.

– Oi Jasper. - falei sorrindo também. - Adeus, Jasper.

E dei-lhe um soco no nariz.

Ao longe Kirigaya observa, vendo o reino imbecil de Jasper e de seus pai desmoronar.

"Eu preciso achar Hilisian logo, e fugir." pensa.