Não Tão Distante ... escrita por ro_dollores


Capítulo 1
Capítulo Único




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/280150/chapter/1

Ela estava de cabeça baixa olhando algumas evidências, extremamente concentrada.

Grissom parou atrás dela tentado em tocar sua cintura fina, mas havia pessoas ali, em todo o redor.

_Hei !

Ela o olhou de lado, discretamente, ainda estava chateada.

_Oi !

_O que está fazendo ?

_Trabalhando …

_Sara … eu …

Ela parou, levantando de leve a cabeça e olhando para um ponto além dos vidros que cercavam a sala, esperando que ele dissesse o que ela precisava ouvir.

Alguns segundos e o silêncio continuou.

Ela balançou a cabeça e continuou seu trabalho, desesperançosa, depois sentiu seus passos se aproximando, bem devagar e logo ele estava ao seu lado com aquela mudez típica.

_As fibras … elas são feitas de lã de carneiro, talvez uma jaqueta ou … um cobertor … que já esteve ali. Não encontramos nada parecido, quem as deixou, levou a peça consigo por algum motivo.

Ele continuou em silêncio.

Desta vez ela levantou a cabeça e o encarou.

_Sara ... eu ... preciso falar com você !

_Já está falando …

_Não aqui … podemos … nos encontrar … depois ?

_Para quê ?

_Por favor …

_Eu não sei se quero ouvir … Grissom !

Ele apertou os olhos. Quando ela o chamava daquela maneira, sozinhos, nunca era bom.

_Mas eu preciso falar.

_Está bem … assim que o turno terminar … estarei em meu apartamento.

_No seu ?

_É … exatamente.

Ele não estava em posição de discutir, nem tampouco exigir que fosse da maneira dele.

Sua intenção era ajudar Lady Heather, como amigo, mas as coisas fugiram um pouco de seu controle, e ele havia passado a noite com ela. Não haviam feito nada, porém, havia um clima estranho e ele não fez questão alguma de deixar de alimentar as fofocas.

Cath, Jim, Nick … todo o laboratório.

Ele apenas tinha uma intuição e foi atrás dela. E por fim, suas suspeitas foram confirmadas. Heather escondia algo. Por trás de toda aquela situação havia sua neta, e ele se sentiu na obrigação de interpelar.

….......

Ele tocou a campainha, e esperou.

A porta foi aberta e ela lhe deu passagem sem dizer uma palavra. Foram para o sofá.

_E então ?

_Está chateada comigo ?

_O que você acha ?

_Eu não tive e a intenção.

_De me magoar ou de passar a noite com ela ?

_Ela precisava de ajuda …

Sara apertou os lábios e olhou para as mãos.

_Estive pensando e … acho que não devemos continuar com isso …

_Eu não fiz nada … eu juro …

_Eu sei …

_Então por que ?

_Algumas pessoas não devem estar juntas …

_Como eu e você ?

_É …

Ele se aproximou mais dela, aquela conversa estava o sufocando, deixando um aperto em seu coração.

_Não precisa ser assim …

_Grissom … você jamais vai me pertencer … ela ainda está aí e eu não tenho armas para lutar contra isso !

_Não ... Sara ... não há mais ninguém em minha vida, além de você ! - Desta vez ele segurou com força suas mãos. _Me perdoa … eu devia ter lhe contado. Eu errei em agir por mim e esquecer que … isso poderia magoá – la.

Ela olhou para aquelas mãos bonitas que seguravam as suas, buscando forças para seguir em frente.

_O laboratório inteiro … está comentando. - Não que isso fizesse alguma diferença sobre sua opinião, mas doía demais ouvir a cada instante, algo novo, algo que a fazia repensar aquela relação, que talvez tivesse apenas um lado. Ela olhou além dele, com a dor estampada em seus olhos castanhos. _Sabia que há uma aposta … se você dormiu ou não dormiu com ela ?

_Claro que eu não dormi com ela … Sara ! E eu sinto muito por tudo isso, confesso que no momento não me importei se estava alimentando ou não a situação … por isso me perdoa … não me afaste de você dessa maneira.

_Foi você quem criou isso … não eu ! VOCÊ … nos afastou !

_O que preciso fazer para me perdoar ?

_Não há o que perdoar … eu só preciso saber exatamente o que sente por ela.

_Amizade.

Ela arqueou uma de suas sobrancelhas, muito confusa.

_Olha … sabe que ela não confiava em ninguém … e eu tinha que fazer alguma coisa !

Ela sabia como as coisas funcionavam com ele. Não havia peso em sua consciência, ele era íntegro e com toda certeza um “faça o que tem que fazer” dela, tenha sido seu próprio erro.

Confiava nele, mas as coisas fugiram de seu próprio propósito. O que era complicado para ela entender era por que passar a noite ?

Ela havia ligado e ele até havia atendido, dizendo que falaria com ela depois. E esse depois demorou o tempo suficiente para alimentar os monstros que agora estavam ao redor deles, os ameaçando.

_Preciso de um tempo … eu … não sei o que fazer … estou confusa !

_Posso fazer isso, mas por favor, não se afaste o bastante que eu não possa alcançá – la … eu não saberei o que fazer …

_É melhor você ir …

_Tudo bem.

Ele se levantou e bateu as mãos em suas coxas, completamente perdido.

Sara o acompanhou até a porta, olhando para aquelas costas firmes que suas mãos acariciaram tantas vezes.

Ele se virou com os olhos cansados, a dor da morte refletida neles.

_Eu quero que saiba … que é muito importante para mim … Sara !

O coração dela pareceu parar. Era uma declaração velada de alguém que possuía desespero !

Ele não queria perdê – la !

_A gente se vê !

Ela o viu apenas inclinar de leve a cabeça e resvalar os dedos nos seus, querendo não ir embora, e sim voltar para seus braços e esquecer o episódio de uma vez por todas !

….......

Eles trabalharam juntos, em um assassinato em um lixão.

Seus olhares se cruzavam toda vez que ele tinha a palavra, ou ela.

Seus pensamentos em relação às evidências estavam alinhados, os demais seguiam outra linha de raciocínio, e havia no ar um sentimento de suspense. E ele se lembrou da aposta que rolava ali, fazendo o coração dela se quebrar. Mesmo sabendo que ele não teria coragem, as palavras estavam ali, machucando, destruindo, esmagando os sentimentos. Ela não merecia.

Ele sim !

Tinha sido refém de suas próprias ações, mesmo não tendo a intenção.

Ele precisava entender que não estava mais sozinho, que agora tinha alguém a quem dividir seus atos e consequências.

Ela era íntegra, honesta, o amava acima de tudo. Não havia dúvidas.

E doía saber que ele havia quebrado isso. Quebrado a corrente que os unia, mesmo sendo frágil.

Sim, havia fragilidade da parte dele, porque ele tinha que aprender a pensar como dois.

Deixar de lado todas as suas manias e cacoetes de homem solitário.

E estava aprendendo da maneira mais dolorosa !

_Grissom ?

Ele se virou para Nick que o encarava estranhamente, seguido por Cath.

_Você está bem ?

_O que você disse ? - Ele rebateu a pergunta de Cath se voltando para seu subordinado.

_Acho que o namorado dela está fazendo parte disso. Ele é fichado … tentativa de assassinato e uma ordem de restrição de sua ex mulher.

_E onde ele está, agora ?

_Brass está em diligência … com um mandato.

_Bom … assim que ele chegar … quero vê – lo.

Os demais CSIs trocaram um olhar cúmplice e esperaram ele sair para fazer um comentário que soou bastante inconveniente para a morena de olhos tristes.

_Alguém ainda tem alguma dúvida ? Ele não só dormiu, como está dormindo com ela.

_Ele estar assim tão disperso não prova nada, ainda mantenho minha opinião !

Warrick era o único que não acreditava na possibilidade. E o único que estava certo.

….......

_Gil ?

Ele levantou a cabeça em direção à porta e olhou para Cath !

_Vamos ao Frank ! Nos encontramos lá ?

_Não Cath … eu vou para casa, obrigado.

Ela deu alguns passos cuidadosos em direção a ele, esfregando as mãos nervosas.

_Você não me parece bem …

Ele a olhou sem disfarçar seu desgosto.

_De que lado está ?

_Lado ?

_Eu dormi ou não dormi ?

Ela corou demasiadamente, pega de surpresa. Pelo que conhecia dele, sabia que jamais se importava com fofocas e opiniões. Aquilo foi entranho.

_Você dormiu ?

Ele arregalou os olhos com a petulância dela, e uma vontade enorme de dizer o que ela precisava ouvir quase escapou de sua garganta.

Com uma calma estudada ele prosseguiu.

_Sente – se !

Ela obedeceu como se ele fosse seu pai.

_Isso está passando dos limites, quero que dê um basta !

Ela ficou olhando para ele, completamente assustada. Se aquela situação estava acontecendo era porque ele mesmo criara.

_Não tenho controle sobre isso.

_Pois arranje .. controle … não quero mais ouvir uma palavra sobre isso, e inclui todas as gracinhas e apostas que estão rolando. Vou caracterizar como falta de respeito e posso tomar algumas providências.

Jogar a culpa em sua equipe não ia ajudar, mas pelo menos ele tinha que fazer alguma coisa, relevante ou não.

Cath pensou um pouco, olhou para ele com mais atenção e tentou entender o que ele queria exatamente com aquilo.

Se acontecesse com ela, pouco se importava com o disse-me-disse.

_O que há com você … de verdade ?

Havia algo por trás daquilo, e ela queria descobrir.

_Pessoas podem se magoar.

_Quem, Gil ?

Ele bateu os dedos na mesa, querendo gritar a plenos pulmões que era justamente a pessoa mais importante de sua vida.

_Não importa … minha vida diz respeito apenas a mim … e não gosto do que estão fazendo com ela.

_Você tem razão, é a sua vida. - Ela não podia rebater aquela verdade. Estavam agindo como adolescentes em processo de buylling. _Desculpe, Gil …

_Acho que estamos conversados.

Ela se levantou e saiu.

Grissom se encostou na cadeira e seu olhar foi para longe, em alguém que agora reconhecia, se importava muito mais do que pudesse imaginar.

….......

_Ele vem ?

_Não … vai para casa !

_Será que ele sabe ?

_Muito mais do que imaginamos, Nick ! Ele está chateado.

Todos eles emudeceram. Não esperavam por aquilo. Eram uma equipe e a brincadeira havia passado dos limites e fugira do controle. O laboratório inteiro estava participando daquele falatório de mal gosto.

Sara olhou para cada um deles, imaginando que talvez pudesse ser responsável por ter lhe contado. Mas foi justo. Ele tinha que saber.

_Isso foi divertido, mas agora não é mais. - Greg engoliu uma batata frita, quase sem mastigar.

_O que foi que ele disse exatamente ?

_Pouca coisa, Warrick. E ele tem razão, afinal de contas, estamos tripudiando sobre o que ele sente em relação a ela. Quer aceitemos ou não.

_Então ele disse algo à respeito ?

_Haham … que pessoas podem ser magoadas.

A morena ouviu aquelas palavras que descompassaram seu coração e em seu íntimo se surpreendeu.

_Isso pode se aplicar a ele também. - Greg parecia filosofar.

_Com toda certeza… mas ele não está dando importância demais à uma bobagem ?

_Bobagem ou não … é a vida dele, Nick !

Até aquele momento Sara não havia dito uma palavra sequer, e não passou despercebido.

_Você está fora disso, qual a sua visão, Sara ?

_Nenhuma, vou continuar não me envolvendo.

Mal sabia que eles, que ela era a principal interessada, mas não mudaria sua posição, continuaria como sempre fazia.

_Acha que devemos desculpas a ele ?

_Não é para tanto, talvez o melhor a fazer é parar de alimentar essa brincadeira.

Warrick, em sua sensatez costumeira ia fazer por si só, devia seu repeito a ele, como um filho ao pai.

Eles não tocaram mais no assunto.

Apenas falaram do caso e da comida que dividia opiniões.

Todos já haviam ido para casa quando Warrick viu seu supervisor entrar em seu carro e o seguiu.

_Grissom …

Ele se virou com um leve sorriso.

_O que há ?

_Eu queria que soubesse que sinto muito !

Não precisava maiores explicações, eles se entendiam. Ficar alongando aquela conversa era desnecessário, afinal eram adultos.

_Tudo bem … vá para casa … descansar !

Ele tocou seu ombro e partiu em direção contrária.

….......

Ele deixou as chaves sobre o aparador e se jogou no sofá, cruzando as pernas.

Sua cabeça começava a latejar e ele queria afastar de vez a tristeza daqueles olhos castanhos. Parecia persegui – lo feito um castigo.

Se ele pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente. Diria a ela sobre suas suspeitas e intenções, a colocaria a par de seu progresso, a convenceria de que ela precisava de um amigo. Não alimentaria ideias erradas a seu respeito, e o mais importante, entenderia que passar a noite na mansão de Heather a magoaria profundamente. Como tinha sido idiota. Como não enxergara aquelas verdades ?

Precisava dar um passo adiante, estavam indo bem, embora ainda sentisse algumas dificuldades, podia entender que havia uma evolução.

Sara o amava como nenhuma outra o fizera, sem questionamentos, sem cobranças, sem pressa. Apenas um dia após o outro. Discreta e sensata.

Agora corria o risco da perda.

Se imaginou convivendo com ela, sem poder tocá – la, sem esperanças de que depois de um caso, eles pudessem estar nos braços um do outro. Nem que fosse apenas para estarem juntos, fazendo companhia, dividindo suas vidas, seus espaços, ou para rir da proposta dela em fazer algo diferente como fugir para a colina e fazer amor ao nascer do sol. Ele sempre imaginava que um dia teria coragem.

Não haveria mais aquele sorriso cada vez que aprovasse um prato, mesmo que simples, feito apenas para agradá – la.

O café da manhã com sua xícara solitária, escrita em letras engraçadas “CHEFE”.

A dela era mais divertida, havia um desenho completamente torto, de uma garota de olhos grandes e cabelos envoltos em fumaça. “CIENTISTA MALUCA”.

Ele se lembrava quando apareceu com aquelas canecas coloridas, rindo feito uma criança adorável.

_Olha o que eu achei, Gris !

Logo mais à noite, as mesmas canecas estavam sendo testemunhas de uma noite de amor, descansando ao lado da mesa de cabeceira, assistindo seus corpos juntos, se explorando, se entregando com metade de suas bebidas, esfriando lentamente.

Ele apertou os olhos, não queria pensar, mas parecia inevitável.

….......

Aqueles dias parecerem intermináveis, eles pouco se falavam e o tempo parecia um senhor autoritário comandando seus destinos.

Ele queria algo mais que os flagrantes dela o encarando com palavras mudas e olhares perdidos.

Em seu mundo secreto, ele a via voltando para seus braços, e trazendo de volta o que ele havia ajudado a perder. Sua paz.

Um leve toque na porta e a surpresa de sua visita.

_Oi …

_Sara ! Entre …

_Como você está ?

_Esperando …

Essa era a única resposta que poderia dar. Simples e verdadeira.

_Eu queria dizer que … vou tirar a minha folga …

Ela empurrou o papel timbrado em direção a ele.

Com um suspiro dolorido ele abriu lentamente o papel, a assinatura dela já escrita, faltava a dele, ao lado do pequeno gráfico que expunha suas horas e a fórmula que transformava em dias.

Cinco, mais precisamente.

_Para onde vai ?

_Eu não sei …

_Você se lembra … do que pedi … Sara ?

Ela inclinou a cabeça, sabia o que ele estava querendo dizer … as palavras dela saíram juntas com as dele.

_ “Não se afaste o bastante que eu não possa alcançá – la ...”

Ela sorriu de lado.

_Pensei que talvez … fosse nos fazer bem …

_É o que você quer ?

_É o que eu preciso !

_E quanto a mim ?

_Você vai ficar bem …

_Como … pode saber ?

Ela viu uma tristeza muito maior escurecer seus olhos bonitos. Ela estava sofrendo com toda aquela solidão e dúvida, com toda aquela situação que concordou em viver.

O amava o bastante para lhe dar a liberdade. Ele precisava dela.

Precisava ficar sozinho para pesar o que realmente era importante para ele, o que realmente estava pronto para viver. Ganhar ou perder.

Por muitos momentos, imaginou que estava passando dos limites, dando importância demais a algo que parecia fadado a destruir suas vidas juntos. Era arriscado e perigoso, ele podia gostar de voltar a ser sozinho. Mas era uma via de mão dupla … o mesmo podia acontecer com ela.

Era uma relação complexa, não podia negar e os extremos podiam balançar as amarras e fazê – las se soltar, de ambos os lados.

Então, quando ele se levantou com os olhos segurando uma gota de lágrima, brigando para que não escapasse, ela se surpreendeu.

Aquele era seu supervisor, seu amante secreto, seu quase confidente, que a embalava em seus pesadelos, que era cúmplice de sua fragilidade e porque não de sua felicidade por coisas tão pequenas.

Como o barulho da chuva, o pôr do sol, crianças com seus gritinhos excitados enquanto sirenes passavam pelos subúrbios onde casos bizarros aconteciam. Ele sabia que ela achava incrível a discrepância da morte com a vida. Ele a conhecia como ninguém e a cada dia mais e mais.

De repente, todo o tempo em que ela o esperou, tudo com o que ela sempre sonhou foi jogado debaixo de um carro em alta velocidade e se despedaçado.

Será que valia a pena ?

Ele tinha errado, mas o preço que ela estava cobrando não estava alto demais ?

Aqueles olhos, as mãos trêmulas, a boca que parecia dizer algo que ela esperou uma vida inteira.

Ela saiu de seu transe para perceber o que realmente ele estava dizendo, pela primeira em suas vidas.

_Eu te amo Sara !

Ela quase não acreditou, e tinha sido incrível.

_Está me ouvindo ?

Ela olhou ao redor com os olhos embaçados, procurando investigar sobre possíveis testemunhas do que estava prestes a fazer.

_Não … eu não ouvi !

Agora as lágrimas desciam sem controle.

_Gris …

Ela o abraçou com tanta força que talvez seus próprios braços desconhecessem a intensidade.

_Eu te amo … não vá embora …

Mesmo que fossem apenas alguns dias, não parecia certo, ele entendia como abandono.

_Eu não vou … eu também te amo !

….......

Ele estacionou a suv no alto da colina, contornou e abriu a porta para ela, segurando em sua mão.

_O que está fazendo ?

No banco traseiro, uma manta limpa e uma cesta.

Ele arrumou com cuidado e a ajudou a se sentar, a acompanhando em seguida.

O sol estava nascendo, o tom delicioso que tingia o céu lhe trouxe uma sensação incrível.

Ele abriu a cesta e dispôs o café da manha, para o deleite dela. Que havia confessado estar morrendo de fome.

Ele havia parado em uma cafeteria e não a deixou descer, apenas pediu que esperasse por ele.

Grissom havia planejado com detalhes aquele encontro, ele sabia o quanto ela gostava daquele lugar.

_E então ?

Ela levou a mão à boca, sorrindo pela delicadeza de seu gesto.

_Isso é maravilhoso, Gris !

_Você gostou ?

_Muito !

Ela puxou seu rosto para perto e beijou seus lábios por um longo tempo.

_O café querida … vai esfriar.

Eles comeram devagar, assistindo o maravilhoso espetáculo da natureza.

_Por que me trouxe aqui ?

Ele apertou os lábios e tomou fôlego.

_Depois de tudo que passamos, eu queria … um lugar especial … para ... para ...

_Para quê ?

Ele encostou a boca em seu ouvido e confessou roucamente.

_Para fazermos amor !


FIM



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!