Quando Sakura acordou sentiu o aroma gostoso do café da manhã.

- Sakura não esqueça de me trazer algo disso ai para eu comer, tá com um cheiro ótimo. – ele flutuou no ar sonhador.

- esta bem Kero. – ela se trocou e prendeu seu cabelo com os seus prendedores favoritos, pegou sua mochila e desceu as escadas.

- Bom dia pequena Sakura, levantou cedo hoje. – disse Jujitaka.

- Sim papai. – Sakura olhou na sala, as cobertas que Shoran usou estavam dobradas. Ela entrou na cozinha e viu Shoran ajudando seu pai a preparar o café.

- Dormiu bem Sakura. – perguntou Shoran puxando uma cadeira para ela.

- Sim, você deve estar com as costas doendo por causa de dormir no sofá né? – ela pegou os hashi e começou a comer.

- Não. Dormir muito bem. – ele sentou de frente para ela.

- Papai o Touya já saiu?

- Faz alguns minutos .Obrigado Shoran por me ajudar a preparar o café.

- Não foi nada, era o mínimo que eu podia fazer. – quando ele terminou de comer colocou os pratos na pia.

- Pode deixar que eu lavo, vocês dois vão se atrasar para irem a escola.

- Vamos Shoran, tchau papai. – ela pegou a mochila e colocou nas costas e saiu.

- Calma, ainda temos tempo, vai colocar os patins?

- Vou andando mesmo hoje, temos tempo. – ela colocou os sapatos.

E assim que estavam prontos sairão , o clima estava bem diferente do dia anterior, agora o sol brilhava e o ar estava puro, a caminhada foi silenciosa, Sakura parou na ponte próximo do parque.

- Por aqui aconteceu tanta coisa não é? – ela olhou para a água.

- Sim, e espero que não aconteça com aquela intensidade de perigos.

Sakura ficou em silencio e olhou para seu relógio de pulso – Vamos nos atrasar. – ela segurou a mão dele e saiu apresada.

Shoran olhou suas mãos juntas e apenas segurou a mão dela mais firme na sua.Quando chegaram no pátio, suas amigas estavam lá.

- Oi Sakura, oi Shoran, é bom vê-los juntos – disse Tomoyo.

- Oi Li, que bom que voltou. – disse Rika que acabou olhando para a mãos dos dois juntos – é bom saber que a Chiharu e Yamazaki não serão os únicos casais da nossa turma.

Sakura e Shoran ficaram vermelhos e se afastaram.

- o que estão falando da gente? – Chiharu se aproximou acompanhada de Yamzaki.

- É que o Shoran voltou. – disse Rika.

- Bem vindo Shoran. – Disse Chiharu.

- Eu sabia que ele ia voltar. – comentou Yamazaki. – Pelo jeito Sakura deu a resposta certa.

- Fica quieto Yamazaki. – disse Chiharu  , ela o puxou para dentro da escola.

- Vou pegar algumas coisas na diretoria. – disse Shoran tentando sair de foco.

- Vou com você, nos vemos depois gente. – ela correu atrás dele – nossos amigos gostam de você Shoran.

- Sei disso, mas não precisa de tantos comentários não é?

- é só não ligar, uma hora eles param.

- Você acha engraçado essas brincadeiras? – ele a olha sorrindo.

- Bem... é que... – ela ficou vermelha sem saber o que dizer.

- Já volto. – ele entrou na sala da diretoria.

Sakura encostou na parede e colocou a mão no peito, ela sentia seu coração acelerado, ela podia jurar que qualquer um que passasse no corredor conseguiria escutar.Ela respirou fundo algumas vezes ate que sua própria respiração se acalmou.

Quando Shoran saiu da sala ,ambos foram para a sala de aula,o professor Terada chegou na sala e apresentou Shoran para os outros colegas que não o conheciam.

- Então Li veio passar mais um tempo aqui no Japão?

- Na verdade professor, resolvi ficar por aqui mesmo, por enquanto não tenho intenção de voltar para a China.

- vejo que a senhorita Kinomoto tem algo a ver com isso, vamos ver o que isso vai dar. Pode se sentar Li.

Tomoyo riu e Sakura ficou vermelha já que todos a observavam e se perguntavam baixo o motivo por trás daquelas palavras. Durante a  semana que se passou, o assunto principal era Sakura e Shoran, todos perceberam o clima que tinha entre eles, ate historias tinham sido criadas dos dois. Algo que eles ate pararam de dizer que era mentira, era mais fácil aceitar do que negar, ambos tinham percebido.

Quando Sakura e Shoran chegam a sala de aula na segunda feira veem que todos seus colegas estão reunidos na mesa do professor Terada.

- A Sakura que bom que vocês chegaram. – disse Naoko.

- O que foi ?

- Sabe Sakura, lembra que ganhei um concurso de peça de teatro?

- Lembro, foi uma das mais bonitas que já li. – ela concordou não entendendo onde sua amiga queria chegar.

- já que vamos ter uma peça de teatro decidimos faze-lá, e todos nos queremos que vocês dois façam o papel principal.

- Mas porque eu? – Ela negou o papel logo de inicio.

- Mas Sakura você e o Li fizeram tão bem aquela peça de teatro da Bela adormecida, e não a nenhum casal que se de tão bem como vocês dois.

- A mas tem a Chiharu e o Yamazaki.

- Se eu entrar numa peça com o Yamazaki vou acabar estrangulando ele. – diz Chiharu.

- Vamos Sakura eu vou fazer uma roupa linda de princesa para você e para o Shoran também.

- Nem pensar, não vou fazer aquela peça.

- Shoran por favor ajuda a gente vai. – pediu Tomoyo ao amigo.

Shoran suspirou, pegou a Mao de Sakura e a levou para o fundo da sala, os demais ficaram conversando sobre a peça.

- Porque não quer fazer a peça? – ele sentou na carteira mantendo sua mão na dela.

- É que a Naoko exagerou na escrita, e é uma peça de romance.

- Não quer fazer a peça comigo então? – ele a provocou.

- É claro que quero Shoran. – ela olhou para baixo ficando um pouco vermelha.

- Tudo bem então. Naoko topamos fazer a peça. – ele olhou para a colega que estava.

- Isso foi trapaça Shoran.

- Agora já foi.

- Você é o Maximo Li.Aqui esta o roteiro. – disse Naoko entregando dois roteiros .

- Podem ir praticar no pátio enquanto o resto da turma decide quem vai fazer os outros papeis. – disse Terada.

- Esta bem, já que alguém trapaceou . – ela saiu da sala.

- Acho que ela ficou com raiva de você Shoran. – comentou Chiharu.

- Logo passa. – ele saiu da sala e foi atrás de Sakura.

Sakura estava sentada na sombra de uma cerejeira lendo o roteiro com atenção, Shoran sentou ao seu lado em silencio.

- Ficou com raiva? – Shoran cortou o silencio.

- Não consigo ficar com raiva de você Shoran. Mas você conhece essa peça? – ela indicou o roteiro.

- Não mas acho que não vai ter nada complicado.

- Leia a ultima cena. -  ela ficou vermelha.

Shoran folheou o livro e começou a ler – Entendo, mas podemos dar um jeito, acha que consegue.

- Acho que sim. – ela olhou para baixo totalmente envergonhada.

Eles ficaram ensaiando durante uma hora a nova peça, ate que Tomoyo apareceu.

- Ei Sakura já passou a raiva?

- Não consigo ficar com raiva do Shoran. – ela suspirou. – Por mais que eu tente.

- Mas acha que vai conseguir fazer a princesa da peça?

- Acho que sim, não tem tanta coisa pra decorar, acho que vou sim conseguir fazer tudo ate perto do final.

- Esta preocupada com a ultima cena? – Tomoyo parece animada.

- É grande parte dela.

- A mas depois do que aconteceu no parque quando Shoran apareceu, essa cena não vai ser nada de mais,não é mesmo?

- Ai Tomoyo, naquela hora o Shoran me pegou desprevenida. –ela ficou com vergonha e olhou para Shoran que tinha subido em uma das arvores para ler o roteiro.

- É só ele fazer isso de novo, acho que ele não vai se importar não é?Vamos ver. – ela olhou para Shoran.

- Nem pensar. – ela segurou a amiga – Que papel você vai fazer?

- Vou narrar os acontecimentos, e vou fazer minha própria filmagem. – ela disse sonhadora – Principalmente naquela cena maravilhosa.

- Não to gostando disso. – Sakura reclamou.

Se passou uma semana com o ensaio da peça, todos eles já tinham decorado as falas, Sakura  e Shoran estavam provando as roupas da peça, Sakura um lindo vestido rosa rodado e cheio de babados e sapatilhas com fitas que eram enroladas nas pernas, já Shoran usava uma calça preta e um casaco vermelho com pingentes dourados parecendo botões.

- As roupas ficaram lindas. – disse Tomoyo rodeando os dois arrumando os últimos detalhes das roupas.

- Estão prontos para amanhã ? – perguntou Yamazaki.

- Estou sim, mas a Sakura esta preocupada. – disse Shoran a olhando.

- Ela vai ficar bem já que você vai estar no palco com ela. – disse Tomoyo baixo.

Depois dos últimos preparativos eles foram embora, Shoran estava em casa dando uma ultima olhada no roteiro, mas decide sair do apartamento.

- Onde vai jovem Shoran? – Wei estava na cozinha.

- Vou dar uma volta Wei, volto na hora do jantar.

- Tome cuidado então. – ele sorriu.

Shoran resolveu ir caminhando ate o parque pinguim, quando viu Sakura sentada em uma das balanças sozinha ainda usando o uniforme.Ele se aproximou com cuidado para não assusta-la.

- Pensei que já estaria em casa Sakura. – ele sentou na balança do lado.

- Oi Shoran, é que estou com a cabeça cheia só isso.

- Sobre a peça? – ele olha para baixo.

- Nem tanto, sobre aquela cena que estava pensando não ligo em fazer é verdade, mas como a historia retratada me faz pensar no que te responder de verdade.

- Já avisei que pode ficar tranquila, vamos continuar do jeito que estamos. – ele não dava muita importância pelo assunto.

- Sei disso Shoran, mas acho que te devo uma resposta, mas. – a carta do bolso de Sakura brilhou e começou a rodea-los. – volta aqui!

- Vamos fazer um acordo? – ele pega a carta e a olha para o coração alado enquanto fala – Vamos fingir que nada aconteceu entre a gente ainda, vamos esquecer o que aconteceu no parque se é melhor para você e quando você achar a resposta me diga esta bem? – ele levantou e entregou a carta.

- Vou tentar. – ela pegou a carta e a abraçou.

- Minha mãe me ligou , e falou se eu quiser ir visita-lá ela mandara a passagem. – ele falou pensativo.

- Vai voltar pra Hong-kong então? – ela olhou para baixo e a carta em suas mãos se apagou.

- Quantas vezes preciso te dizer Sakura que meu lugar é aqui perto de você? – ele a olhou, seus olhos mostravam confiança e sinceridade.

- Mas Shoran sua família inteira esta em Hong-kong, você nem devia estar aqui, já que as cartas se tornaram cartas Sakura.

- Acho que o que me manteve dois anos aqui em Tomoeda não foram a busca pelas cartas foi apenas você Sakura, eu lhe prometo que nunca mais vou me afastar de você a não ser que você não queira é claro. – ele levantou do balanço.

- Obrigada Shoran. – a carta voltou a brilhar em sua mão. – Já vou para casa, pode me acompanhar?

- Claro.

No dia seguinte o palco já estava preparado para a apresentação da peça de teatro, Tomoyo estava com Kero na sala de áudio.

- Estou ansioso para ver essa peça, Sakura ficava ate tarde decorando as falas. – disse Kero ansioso.

- já vamos começar veja. – Tomoyo ligou a câmera.

O palco se iluminou revela a pintura de dois reinos distintos

- Dois reinos viviam em eternos conflitos por terras e isso perturbavam a ordem e a paz entre os dois reinos causando a morte de vários inocentes.No reino sul esta comemorando o aniversario da Princesa do reino com um lindo baile de mascaras.

“O cenário volta a mudar para um salão com varias pessoas dançando com seus parceiros, Sakura esta sentada em um lindo trono ao lado de seus pais.”

- Princesa deve se divertir essa noite é um grande dia para vossa alteza. – uma das damas de companhia disse.

“Sakura se levanta da cadeira e vai ate o começo to palco e olha para frente com os olhos brilhantes “– Mas como posso apreciar minha festa se estamos em conflito com o reino vizinho. – “sua voz mostra a dor e sofrimento que ela sente em seu coração.”

- Alteza deve aproveitar, faça como todos no baile de mascaras , esqueça as lutas e vá se divertir. – a dama de companhia dela recua para as sombras.

- Mas dançar e se divertir com tudo isso que esta acontecendo?

- também me preocupo com isso senhorita. – um cavalheiro de calça preta e camisa vermelha se aproxima, seu olhos estão ocultos por uma mascara vermelha.

- Quem é você? – ela tenta reconhecê-lo através da mascara.

- Mas senhorita, estamos em um baile de mascaras e não devemos utilizar nossos verdadeiros nomes.

- A sim me desculpe cavalheiro. – “o rosto dela cora.”

- Aceitaria dançar comigo minha senhorita? – Shoran se curva e lhe oferece o braço.

- Mas não sou boa em dançar. – ela se desculpa.

- Deixe-me conduzi-la e nós dois aprenderemos juntos. – ele pega sua mão e a conduz para a pista de dança.

Todos na plateia estão em silencio quando os demais casais se afastam para ver a princesa dançar.

“- Quando o baile de mascaras a princesa ficou encantada com o cavalheiro, e como presente o mesmo lhe deu uma rosa vermelha e lhe disse que se por ventura eles vissem a se encontrar novamente seria pelo mesmo presente e vai embora.”

“O cenário volta a muda, e a princesa do castelo esta em seu quarto lembrando da dança com aquele cavalheiro e da promessa em vê-la novamente, quando algo bate a sua janela.A princesa abre sua janela e vê uma flecha presa em uma rosa e uma carta a princesa lê.”

- Venha me encontrar atrás da cocheira. – ela abraça a carta e sai de seu quarto.

Ela passa despercebida pelos cavaleiros e vai para trás das cocheiras.Um rapaz esta a espera com outra rosa na mão, e usa a mesma mascara e a roupa de antes.

- Ola minha princesa. – ele lhe entrega a rosa.

- Como sabia que eu era a princesa desse reino. – ela o questiona.

- Você era a mais bela de todas as moças do baile.E não pude deixar você ser apenas uma lembrança pra mim. – ele tira a mascara.

A princesa reconhece os traços do príncipe do outro reino e tenta se afastar , mas o príncipe a segura pelo pulso.

- Não princesa, não fuja de mim, esqueça do reino que eu sou, isso não importa, lembre-se dos seus sentimentos por mim durante o baile e o porque não quer acreditar que eu pudesse causar uma avalanche de sentimentos incorretos .

A princesa ficou em silencio e olhou nos olhos dele mas abaixou a cabeça.

- Desculpe mas não podemos nos encontrar mais, te peço que me esqueça, nosso relacionamento jamais poderá dar certo mesmo que eu te ame, não me procure mais.

“A princesa sai correndo deixando o príncipe sozinho a olhando partir.”

 O cenário se fecha.Touya e Yukito estão próximos de Fujitaka.

- A Sakura esta bem no papel da princesa não esta Touya? – pergunta Yukito.

- Sim ,mas porque aquele moleque esta com ela? – ele diz mau humorado.

- Parece que eles dois estão super concentrados nos papeis, essa historia me lembra Romeu e Julieta, onde um se apaixona pelo outro mas pertencem a famílias rivais e não podem ficar juntos. – diz Fujitaka.

- Parece que tem algo mais que apenas interpretação entre os dois garotos. – diz Sonomi da fileira de trás com suas seguranças filmando a peça.

Nos bastidores todos se reuniram, Chiharu entregou um lenço a Sakura que secou as lagrimas que se acumularam em seus olhos.

- Nunca vi um interpretação tão boa Sakura meus parabéns. – disse Naoko animada.

- Todos na plateia estão adorando a cena. – disse Riku – Ei Sakura acho que essa cena te faz lembrar de varias coisas não é?

Sakura ficou vermelha e apenas concordou indo tomar um copo de água.

- Esta pronto Shoran para o final da peça? – perguntou Terada lhe entregando um copo de água.

- Sim. – ele disse e olhou para Sakura preocupado e foi ate ela – algo errado Sakura?

- Estou bem Shoran, só muita coisa na cabeça com essa peça.

- Preocupada com a cena de guerra?

- Na verdade Shoran, é que estou vendo as semelhanças, mas sei que tudo vai dar certo não é?

- Sim, uma peça é uma peça e estamos interpretando dois personagens não é? – ele sorri.

- Sim, são apenas personagens. – ela concorda e se anima.

- Todos em seus lugares, Tomoyo já vai começara a narração. – diz Terada.

Todos os colegas pegaram suas espadas de cenário e se agruparam em dois grupos, Sakura e Shoran ficaram um de cada lado nos bastidores.

“- Um mês se passou, a princesa ficou muito triste depois de dizer que ao príncipe do reino vizinho não a procurasse mais, noite após noite ela pedia a estrelas para encontra-lo novamente, mas os dois reinos continuavam as brigas ate que chegou a grande guerra pelas terras.”

“As cortinas se abriram e mostrou um combate entre o reino sul e o norte,varias pessoas se machucavam com a batalha.A princesa surge entre os confrontos.”

- Por favor parem a luta isso é inútil e só causara mais dor a todos. – ela suplica a seus soltados.

Mesmo aos pedidos da princesa a guerra não para, um dos soldados inimigos ataca a princesa, mas o golpe da espada é amparado pela espada do príncipe.

- Como ousa levantar uma espada contra uma senhorita, não deve agredi-las nem com uma rosa.

- Mas vossa alteza, se matarmos essa princesa o reino dela será nosso. – O soldado levantou novamente sua espada para outro golpe.

- A princesa do reino sul esta certa, o que adianta essa guerra se só vai causar mais dor e sofrimento, quantas pessoas já morreram por motivos egoístas, se a princesa permitir quero uma trégua para discutirmos um assunto em particular. – ele a olha.

Os soldados do reino do sul se reuniram ao redor da princesa.

- Eu aceito, peço que retire seus soltados do campo e também pedirei que os meus soldados se retirem também.

Mesmo que ambos os lados se recusarem aceitaram as ordens de suas majestades, o príncipe andava de uma lado para o outro, e a princesa olhava para baixo sem saber o que dizer.

- Princesa nossos reinos estão em guerra a anos, e tudo isso é pelo simples motivo de um não aceitar o outro.

- Queria que tivesse um jeito de resolver tudo isso, pena que não podemos dar um jeito nisso tudo, seria ótimo se os dois reinos parassem de brigar  e se aceitassem como iguais como nós dois naquele baile de mascara. – disse a princesa tristemente, pensando no inevitável.

- Talvez não precisemos ter mais guerras entre os reinos. – disse o príncipe a olhando.

- Mas isso é impossível, os dois reinos não podem viver em harmonia devido um querer o que o outro tem, seu reino tem os melhores terras para plantio e o meu tem os melhores curandeiros.

- Mas minha princesa se não forem dois reinos e sim um? – ele se ajoelhou a seus pés – minha princesa aceitaria se casar comigo?

A princesa ficou surpresa, e não sabia o que falar, o príncipe se levantou e pegou as mãos da princesa a olhando nos olhos.

- Nossos reinos não vão permitir mesmo que eu o ame. – diz a princesa, seus olhos cheios de lagrimas, ela queria aceitar ,mas com a inimizade dos reinos como seria possível?

- Nosso amor será o suficiente para deter essa guerra, se nos casarmos os dois reinos se tornaram um minha princesa, não haverá mais batalhas entre nossos reinos.

- Você promete que não haverá mas lutas?

Antes que o príncipe pudesse responder uma fecha vem na direção da princesa, porem o príncipe a protege e leva a flecha em seu peito e cai no chão.

- Vossa alteza. – o arqueiro do reino sul que atirou a fecha corre ao seu amparo.

Os olhos da princesa se enchem de lagrimas, ela o puxa para seu colo – Se nossos reinos não tivessem essa guerra tola, não teria acontecido isso. – as lagrimas caem no rosto do príncipe.

- Não chore minha princesa, você fica mais bonita quando sorri. – ele desmaia.

- Minha majestade precisamos voltar para o castelo. – a dama de companhia se aproxima da princesa.

- Vamos reagrupar nossas forças agora que o Príncipe esta ferido é a nossa chance. – disse um dos guardas do reino sul disse parecendo vitorioso.

- Não. Tragam-me a melhor curandeiro do nosso reino. – diz a princesa decidida.

- Mas alteza. – o guerreiro questionou.

- Se o príncipe não tivesse se colocado na minha frente, eu teria levado a flecha e como o nosso reino tem os melhores curandeiros, eu exijo que o ajudem.

Riku se aproximou vestida de uma capa branca com capuz - deixe-me cuidar dele vossa alteza e farei o melhor que puder. – A curandeira com cuidado tirou a fecha e curou o ferimento com uma poção.

- Se tivéssemos esses curandeiros em nosso reino seria ótimo. – disse um dor guardas do reino norte cobiçando os privilégios do reino sul, segurou firme a espada.

- Não teremos mais isso. – O príncipe acorda e se levanta com dificuldade.

- Nenhum de nós vai ceder nossas terras. – o soldado do norte falou.

Todos os soldados tanto do lado sul como do norte começaram a discutir.

- Acalme-se por favor. – pede a princesa.

- De hoje em diante a divisão e a guerra termina, e nascera um reino único, com tanto poder de combate como curandeiros. – o príncipe coloca um anel no dedo da princesa e a puxa para um beijo.

“- Com o casamento da princesa e o príncipe, se formaram um lindo reino de graça e força e a paz reinou entre todos.”

As cortinas se fecham com a cena de todos jogando as armas no chão

- Não acredito que aquele moleque fez isso. – Touya parece furioso.

- Ficou muito bom a cena não acha Touya? – diz Yukito.

- A Sakura ficou linda em toda a cena. – diz Sonomi.

- Um bom jeito de terminar com uma guerra de dois reinos rivais pelas terras. – diz Fujitaka.

- Que lindo foi o final. – diz Riku.

Sakura estava mais vermelha que um pimentão.

- Só interpretamos um papel. – diz Shoran tentando tirar o foco da Sakura.

- Que nada, o beijo de vocês foi lindo e mostrou o amor de vocês dois . – diz Tomoyo.  – O bom que gravei todinho.

- Não acredito nisso. – Sakura cobre o rosto.

Eles foram ver seus parentes, Sakura estava feliz por todos os elogios, mas Touya ficou reclamando com ela o caminho todo sobre a cena.

- Pensei que você ia se recusar a fazer a ultima cena. – diz Tomoyo baixo.

- É que o Shoran me disse que era pra esquecer as demais coisas e me concentrar apenas no papel, apesar que os sentimentos da princesa pelo príncipe é o mesmo que o que tenho pelo Shoran.

- Então foi fácil fazer o papel da princesa do reino sul não é?

- Nem um pouco, só em pensar que Shoran tinha realmente se machucado por mim.

- o que as duas estão conversando ai baixinho em? – perguntou Touya.

- Só sobre a peça. – diz Tomoyo.

A duas famílias se despediram e foram para a casa. Sakura se trocou e deitou na cama.

- Você interpretou muito bem na peça hoje Sakura. – disse Kero .

- Obrigado Kero, pensei que eu não ia conseguir fazer a ultima cena. – ela levanta e pega o ursinho de pelúcia que Shoran lhe deu e volta para a cama.

- Mas você sempre foi boa nas peças de teatro.

- Eu sei, eu tenho vergonha de falar de sentimentos da frente dos outros.

- Ma não era apenas uma peça?

- Mas Kero o que a princesa do reino sentia pelo príncipe não era apenas nas peças. –ela olha para o ursinho em seus braços. – Acho que já sei a resposta.

- Acho que você vai ficar com aqueles seus aiaiai de novo. – Kero se queixa.

- Vou esperar pra ver no que dá. – ela deita debaixo das cobertas e abraça o ursinho.

Na escrivaninha um leve brilho dourado arde.