Cowboy Sedutor escrita por Lady Suprema


Capítulo 22
À Flor da pele


Notas iniciais do capítulo

Estamos quase no final da fic meninaaaas. Boa leitura ♥



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Bella não ficou surpresa com sua ausência no restante da noite. Então ele estava se escondendo no celeiro? Ótimo. Que fosse assim.

Foi para o quarto. Tinha uma sensação tão forte de pertencer àquela fazenda, àquela família, que até havia se permitido sonhar à luz do dia sobre um possível futuro com Edward. Por que era tão difícil para ele acreditar que se sentia feliz e realizada ali?

Bem, então era tímido. Mas ela também era. Havia ocasiões, entretanto, em que era preciso pegar o touro pelos chifres e... beijá-lo? O que Edward faria se voltasse do celeiro e a encontrasse na cama dele?

Estivera no quarto de Edward para levar roupas limpas ainda no dia anterior. Lembrava-se de cada detalhe, da decoração em tom verde, do modo como alguns pertences estavam ajeitados sobre a cômoda.

Lavara suas roupas íntimas, até. Na mesma carga de máquina em que estiveram as suas. E todas as peças sobreviveram.

Então o que Edward faria se a encontrasse na cama dele? Pediria para que saísse do quarto ou a acolheria de braços abertos?

Se fosse uma garota corajosa, descobriria.

Agarrou-se, entretanto, à segurança das paredes de seu próprio quarto e aplicou uma máscara facial de abacate. Somente então passou a reconsiderar suas opções.

Uma batida à porta tomou-a de surpresa. O espelho revelou um rosto verde por causa da camada de creme. Os dedos ainda estavam lambuzados.

— Quem é? — indagou.

Pergunta tola. Só estavam os dois na casa.

— Edward.

Sua voz soava tão insegura quanto a dela.

— Eu queria... não importa.

Ouviu o som de botas batendo no piso de madeira enquanto ele se dirigia para a parte principal da casa e para longe do quarto.

O que Edward estivera prestes a lhe dizer? Por que fora embora?

Talvez apenas quisesse que ela lhe preparasse uma refeição de fim de noite, embora o relógio marcasse apenas nove horas. Ou talvez planejasse torná-la seu petisco noturno.

De qualquer maneira, tinha de descobrir. Por isso, rapidamente lavou o rosto e tentou decidir o que vestir. No momento usava camisola e robe de seda creme. E ele já a vira assim antes. Diversas vezes.

Ajeitou a fita ao redor da cintura e fez uma pausa para colocar um pouco de perfume antes de partir para sua missão de descoberta.

Mas Edward não estava à vista. Pelo menos não no térreo.

Talvez houvesse voltado ao celeiro. Ou ido para a cama.

Ela prometera a Luke e Luce que cuidaria de seus bichinhos de estimação e os alimentaria naquela noite. O que significava que devia ir para o andar superior de qualquer maneira.

Poison, já enrolada e dormindo, não precisava jantar, mas Dallas, sim. Bella deu-lhe um pouco de alface picada, que o iguana comeu com apreciação.

Joe, o rato, não estava ali. A porta de sua gaiola estava levemente aberta, o que significava que tinha escapado.

Então Bella viu o rato na prateleira de livros sobre a cama de Luke. Rindo dela. Assim como Rudy, o cavalo, fizera no celeiro poucas semanas atrás.

Estava cansada de sofrer zombarias. Era a gota d'água.

Andando com firmeza, agarrou o rato com uma mão.

— Ouça, camarada, você já me deixou muito nervosa. Eu verificava debaixo de minha cama todas as noites para ter certeza de que não estava escondido ali. Tudo porque um idiota traumatizou-me com um rato quando eu era criança. Está bem, a verdade é que eu jamais aturarei ratos, mas recuso-me a deixar que me transforme em uma tola. Fui clara?

O rato contorceu-se e pareceu fazer um gesto de assentimento.

— Ótimo. Fico feliz por termos concordado. Agora volte para sua gaiola e comporte-se.

Dois segundos mais tarde o rato estava de volta ao lar, e Bella sentia-se no topo do mundo.

Vitória! Havia enfrentado um de seus piores temores. Vira-se face a face com um rato e o vencera. Se podia fazer isso, era capaz de qualquer coisa!

Até mesmo confrontar Edward. Sentindo-se encorajada e confiante, bateu à porta de seu quarto.

Começou a falar no instante em que ele a abriu.

— Você foi até meu quarto alguns minutos atrás. O que queria? — perguntou quase com impertinência.

— Você.

A declaração abrupta a desconcertou.

— Oh!

— Sim, oh!

Temendo ter entendido mal, falou com cautela:

— Queria que eu fizesse algo para você?

O sorriso foi positivamente demoníaco.

— Sim, senhorita, pode-se dizer que sim.

Ela estava ficando impaciente de novo.

— Então por que não fala?

— Quero você em minha cama.

— Eu quero a mesma coisa — admitiu. — Então o que está nos impedindo?

— Muitas coisas, mas nenhuma parece importar agora.

— O que nos leva para onde? — perguntou Bella em um fio de voz.

— Para...

Aproximou-se e a beijou com delicadeza, dando-lhe tempo para retroceder, deixando-a saber que a decisão final era dela. Ir embora ou ficar.

— Sim — Bella sussurrou contra a boca sedutora, correspondendo ao beijo.

Mais uma vez o calor foi instantâneo. Era como se os beijos anteriores não tivessem sofrido interrupção. Como se, retomados naquele momento íntimo, tivessem seu poder redobrado.

Edward rapidamente despiu o robe de Bella, revelando a camisola delicada. Passou a mão pelas curvas femininas cobertas pelo cetim com um misto de reverência e selvageria. Quando inclinou a cabeça para beijar a curva dos seios, ela mergulhou os dedos nos cabelos escuros.

Sentiu que Edward sorria. Seu próprio sorriso tornou-se sonhador enquanto ele praticava suas habilidades com a língua em seu corpo, saboreando-a, acompanhando o contorno de renda da camisola antes de libertar um seio por debaixo do tecido macio.

O frio ar noturno contrastava com o calor úmido daquela boca contra sua pele nua. Edward roçou o polegar contra o bico com um toque de veludo, pouco antes de cobri-lo com os lábios.

Arrepios dominavam o corpo de Bella conforme seu desejo crescia a cada segundo.

Quando Edward subitamente afastou-se e colocou a camisola no lugar, Bella sentiu intensamente a perda.

— Se mudar de ideia agora, vou matá-lo — avisou, os olhos cintilando de paixão.

— Não estou mudando de ideia — garantiu-lhe, seu olhar intenso. — Apenas não quero possuir você aqui contra o batente da porta. E é exatamente o que teria acontecido se não diminuíssemos o ritmo. Temos a noite toda.

— Temos?

Ele assentiu.

— Pensei que uma mulher do mundo da propaganda como você já houvesse percebido que foi por isto que meu pai nos deixou a sós.

— Então poderíamos...

— ...nos entender.

Ela sorriu.

— Pois você não teria muito trabalho em me vender esta boa idéia.

— É você a especialista em vendas.

— Talvez eu deva lhe ensinar uma coisinha ou duas sobre a dinâmica da venda. O primeiro passo é captar a atenção da clientela.

Seu sorriso era pura tentação ao desfazer o laço que mantinha a camisola no lugar. Então a entreabriu para proporcionar uma breve visão dos seios nus antes de voltar a cobri-los. Foi com tanta rapidez que Edward podia ter sonhado o episódio.

— O segundo passo é estimular o interesse.

Dessa vez retirou a camisola e deu-lhe oportunidade da apreciação com a qual tinha sonhado.

— O passo seguinte é estimular o desejo.

— Tem feito isto desde o instante em que apareceu à minha porta — confessou com voz rouca, tomando-a nos braços.

— Posso dizer o mesmo.

Ela passou a abrir os botões da camisa, cada movimento sendo um motivo para celebração na forma de um beijo na pele recém-exposta.

— Qual o próximo passo?

Bella sorriu contra o peito másculo antes de fitar Edward.

— Produção.

— Acho que posso cuidar disto muito bem.

— Acho que ambos podemos.

Não foram necessárias palavras durante o que aconteceu em seguida. Edward a beijou e assim foram se aproximando da cama. Os longos cabelos louros foram libertos da fita, e ele parecia fascinado ao passar os dedos pelas mechas macias.

Bella concentrou-se em despi-lo tão rapidamente quanto possível. Parecia justo, já que ele estava mais vestido. Removeu-lhe a camisa e a jogou por sobre o ombro, dando-lhe pequenos beijos no seu pescoço, enquanto sentia intensamente os seus olhos lhe fitando.

Edward já havia tirado o cinto de couro. Mordiscou-lhe uma orelha e sussurrou palavras de encorajamento ao perceber que Bella abria o botão da calça jeans. A visão dos dedos delicados contra o abdômen bronzeado era incrivelmente erótica. Ela sentiu o corpo de Edward estremecer.

As costas de seus dedos estavam contra a pele enquanto se moviam de um botão para outro, uma mão dentro da calça jeans e a outra do lado de fora. O que significava que seus dedos da mão esquerda apreciavam o calor emanado por Edward enquanto os da direita roçavam no jeans e metal.

Até chegarem mais embaixo. Então suas mãos estavam em contato com a evidência da excitação masculina.

Afastando as mãos delicadas, Edward abriu o último botão e tirou a calça jeans, juntamente com a cueca.

Ele era exatamente como Bella havia imaginado. Talvez melhor. Definitivamente melhor.

Fez uma pausa para admirá-lo, e Edward aproveitou para acabar de despi-la. Pronto. Estavam ambos nus.

Bella entrelaçou os dedos atrás do pescoço e beijou-o. Edward finalmente puxou-a consigo para a cama. O colchão era firme. Como ele.

Não, Edward não era apenas firme. Era uma rocha ardente, todo calor e desejo.

Bella passou a explorar o corpo másculo com admiração, seus dedos descobrindo todos os detalhes.

— Espere — Edward falou sem fôlego. — Proteção.

Tateou em busca da mesinha-de-cabeceira, os olhos fixos no corpo nu de Bella enquanto remexia numa gaveta, trazendo algo com triunfo.

— Bela goma de mascar — Bella falou divertidamente.

— O quê?

Ele então olhou e percebeu que segurava um pacote da goma de mascar predileta dos gêmeos em vez de um preservativo.

— O que exatamente eu tenho de fazer com isto? — Bella indagou com fingida inocência. — Devo adverti-lo de que eu era excelente na disputa para fazer bolas com gomas de mascar. Tudo é uma questão de língua, você sabe. Quer que eu lhe mostre?

Edward resmungou, seu corpo ardendo por ela.

Quando finalmente encontrou o preservativo e o colocou, certificou-se de não ser o único a estar tremendo de desejo.

Possuiu-a com uma urgência poderosa. A fricção de seus corpos criou um frenesi de prazer que ganhou proporções monumentais até Bella gritar o nome dele ao sentir seu mundo se expandir e contrair com a derradeira satisfação.

Somente mais tarde percebeu que tinha dito que o amava. Não apenas com o corpo mas também com palavras.

Bella acordou com o som de alguém batendo à porta frontal. Como seu corpo ainda estava enroscado no de Edward, sabia que não era ele quem batia.

— Quem é? — indagou, sonolenta.

Pouco dormira na noite anterior. Ela e Edward haviam feito amor mais duas vezes.

— Fique aqui. Vou dar uma olhada.

— Seu pai e os gêmeos ainda não voltaram, não é mesmo?

— Não bateriam antes de entrar — lembrou-a, ao colocar a calça comprida.

— Talvez sejam Mike e Jasper querendo tomar o café da manhã.

— Se forem eles, vou mandá-los embora — prometeu com um breve beijo.

Deixou a porta aberta ao apressar-se para o térreo.

— Vista-se — falou, enquanto as batidas impacientes prosseguiam. — Estou indo — gritou.

Como o quarto de Edward estava localizado bem no alto da escadaria, ela pôde escutar o que acontecia no andar inferior.

— Quem é você? — ouviu Edward perguntar.

Então ouviu uma voz de seu passado, uma voz que jamais pensara ouvir ali em Forks.

— Meu nome é Jacob. Jacob Black. Estou aqui em busca de minha noiva, Isabella Swan.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários no capítulo anterios ♥
Como eu disse meninas, estamos na reta finaaaaal, o que acharam? Como vocês acham que o Edward vai reagir? Comentem!