Bad Guy escrita por Srta Snow, Tahy S Snow


Capítulo 24
Caos


Notas iniciais do capítulo

Olá...eu sumi bastante da fic, mas voltei.. e irei terminá-la logo.. Ela não será muito comprido e devo dizer que já escrevi o inicio do final (e está muito bom para dizer a verdade kkkkk).. a fic terá no maximo 30 capitulos.. então..ansiosos pelo cap de hj e pelo final? vamos a ele?
beijos



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Nicole olhou para Alec, o qual estava parado em sua frente em meio a galeria dela. Eles apenas se encaravam. Nada diziam apenas se olhavam como se estivessem conversando em pensamento. Todo o ser de Nicole lhe implorava para desviar o olhar e seguir em frente,lhe dando as costas, e estranhamente se viu ainda mais fascinada sobre a sua presença ali ate perceber que ele desejava lhe persuadir para aceitar a proposta de Alexander. Com esse pensamento seguiu ate Alec parando em sua frente.

–O que veio fazer aqui?

–Isso é modo de se falar comigo? – Alec perguntou frio ao passar a mão pelos cabelos atraindo a atenção dela – O seu show na sala de seu irmão foi ótimo.

–Não mudarei de ideia – disse decidida ao cruzar os braços em frente ao seu corpo – Se veio aqui para isso perdeu seu tempo.

–Lembre-se que tenho o seu sobrinho em minhas mãos.

–E o nosso acordo anterior? Não sabia que era um homem tão baixo. Me admira um homem que preze a vingança enganar tão facilmente as pessoas.

–Não minha querida, eu não estou lhe enganando sobre nada – a corrigiu acariciando o rosto dela com deu indicador – Eu estou lembrando que tudo que preza esta em minhas mãos. Seu irmão e seu sobrinho, e isso não é suficiente para fazer tudo o que eu desejar?

Nicole olhava para o homem a sua frente sem ver um traço do homem por quem se apaixonou. Riu sem vontade ao virar o rosto, e falar com repugnância.

–Assinarei o que tanto quer. Seja os documentos para ter as minhas ações ou o documento de Alexander me fazendo dona da empresa. Ficará feliz com tudo isso? Ficará realmente feliz quando destruir todos?

–Sim, minha felicidade será tamanha que poderei morrer de transbordar felicidade.

–Não acho que será assim. Você é apenas um homem amargurado por ter sido colocado de lado pela mulher que amava. Apenas um bobo.

–Se atreve a me chamar de bobo? – perguntou sorrindo ao ver o quão obstinada ela era – Muito bem, posso ser um bobo como me chama, e acredito que o bobo será o vencedor de tudo no final. Assine todos os documentos e diga a Alexander que iremos nos casar.

–Não irei me casar com você – tornou decidida.

–Nem eu desejo isso – rebateu – isso irá fazer com que ele me torne presidente, tornando tudo ainda mais fácil.

–Qual é a sua vingança afinal? O que irá fazer com todos quando tudo acabar?

–Não é obvio? Deixarei todos sofrendo como eu sofri – deu de ombros ao ver o semblante estarrecido dela – Você é a única que ficará livre, não se preocupe.

–Livre? Não seja hipócrita. Serei a mais culpada de todas já que estou lhe ajudando com isso. Saiba que ao final de tudo o único feliz não será você ou eu. Não haverá felicidade no final de tudo isso, lembre-se disso. – antes que Alec pudesse falar algo lhe deu as costas e se pôs a andar apressada para a sua sala. Seus passos assemelhavam-se a de alguém que estava fugindo do demônio. Assim que se viu segura em sua sala, encostou-se na porta e suspirou fortemente – Eu deveria estar ajudando a minha família, mas como posso ficar ao lado de alguém quando todos são culpados? – perguntou-se angustiada.

***
Alexander não conseguia manter a expressão de felicidade em seu rosto ao ver Nicole passar pela porta de seu escritório. Ela mantinha uma expressão indecifrável, o que o deixou curioso já que sua irmã nunca se portou daquela forma.

–Está tudo bem? – ele perguntou preocupado ao vê-la entrar e sentar-se sem abraçá-lo como costumava fazer.

–Está – mentiu séria ao olhar para o seu irmão. Ela ainda não conseguia entender o que o levou a cometer tantas loucuras por uma mulher como Elena. – Diga-me, Alex, você ama tanto Elena ao ponto de não discernir o certo do errado?

–Por que a pergunta?

–Curiosidade.

–Minha querida, deveria entender melhor do que ninguém agora que está apaixonada. O amor nos faz cometer loucuras.

–Loucuras que podem nos arruinar?

–Sim, todo o tipo apenas para manter o amor ao seu lado.

–Entendo – murmurou esgotada. Por mais que tentasse vislumbrar arrependimento em seu irmão, não conseguia. – Vim para dizer que aceito ser a dona.

–Isso é verdade? – perguntou animado ao abraçá-la, estranhando o modo frio com que ela retribuía – Aconteceu algo? Você está..

–Diferente – completou sem sorrir - em algum momento todos mudam – levantou-se se afastando de seu irmão – E irei me casar com Alec, pode continuar com seus planos.

–Minha querida, estou tão feliz.

–Eu imagino a sua felicidade – tornou irônica ao ir em direção a porta – Alex, se tudo ao seu redor desmoronar saiba que pode contar comigo. Sempre estarei ao seu lado.

–Eu sei – assentiu ao vê-la sair deixando-o pensativo para trás. Alexander não permitiria que todo o seu trabalho duro fosse destruído por seu filho ou por Elena e via apenas Nicole como sua esperança. – Agora dará tudo certo – disse otimista ao sentar-se em sua cadeira.

***
Em outra época antes de tudo acontecer, a casa silenciosa dos Piatti faria Elena divertir-se. Ela odiava as aproximações e conversas tolas de Alexander e seu único passatempo naquela casa era seduzir Jacob, e antes que pudesse perceber estava sozinha. Seus passos ecoavam pelo quarto tornando tudo ainda mais sombrio. O telefone que ela desejava que tocasse mantinha-se em silencio. Suas mãos apertavam o celular de forma nervosa. Ela estava ansiosa para escutar a voz de Alec. Ela desejava tê-lo e fugir com ele. Fugir para um lugar onde poderiam esquecer tudo. Desesperada por ser atenção, optou por ligar para ele. Digitou os números e logo escutou a sua voz. A voz que ela sonhava escutar.

–Anthony, sou eu.. Estava com saudades – disse aliviada ao escutá-lo sorrir do outro lado da linha – Vejo que também estava ansioso para falar comigo. Porque não nos encontramos? Sei que podemos nos divertir.

Elena, vejo que seu marido ainda não chegou em casa. Deve estar realmente solitária para correr atrás de mim.

–Anthony, o que está falando? Esqueceu-se de nossa noite de amor?

Vejo que os anos a deixaram ainda mais ingênua – sorriu ao escutar o suspiro de frustração dela – provavelmente está pensando: porque ele está falando isso? O que há com ele? Não é isso? Não se esqueça que estou com Nicole, minha doce amada, Nick.

PARE DE FALAR ISSO – gritou nervosa – Anthony, o que há? Nós voltamos aos velhos tempos, não?

Tão tola – murmurou – Foi apenas uma noite, não pense muito sobre isso. Vou desligar e por favor, não ligue-me novamente e saiba que irei me casar com Nicole. – falou antes de desligar.

As mãos de Elena tremiam e seu coração batia descompassado. Sua raiva crescia lentamente em seu intimo ate gritar e jogar o celular contra a parede. Com raiva foi ate a cômoda jogando tudo no chão. Seus olhos inflamavam como se estivessem pegando fogo.

–Ele.. eu irei acabar com isso tudo. Eu irei destruir Nicole e ele ficará comigo – disse entregue ao desespero e a raiva – Ele nunca ficará longe de mim. Nunca.. – sorriu de forma débil ao passar a mão pelos cabelos, arrumando-os e se olhar no espelho a sua frente – Ele ainda me ama. Tudo isso, é apenas para me fazer ciúmes. Ele nunca ficará com Nicole – falava para o seu reflexo.

***
Alec desligou o aparelho celular, enquanto sorria para Peter em sua sala. Peter meneava a cabeça ainda devastado. Ele desejava que Alec desistisse de tudo e seguisse com a sua vida, mas a cada segundo o via ser tragado cada vez mais fundo pela sua própria vingança.

–Tudo está saindo como o planejado – Alec anunciou a Peter com felicidade – Conseguiu o restante das provas contra Alexander?

–Sim, eu fiz tudo como pediu – falou sério – Irá prosseguir com isso? Poderá ser perigoso.

–Não seja tolo, nada irá me atingir. E Jacob, já o tirou da prisão?

–Sim, ele está esperando pelo senhor no hotel. Como planejou.

–Isso é perfeito, vamos para mais uma etapa do plano – levantou-se de sua cadeira ao ir para a saída – Já sabe o que fazer quando eu sair, não é? – perguntou sério ao olhar para Peter.

–Sim senhor, eu farei Elena levá-lo para o hotel.

–Perfeito, conto com você.

–Tudo estará como deseja – falou antes que Alec saísse do escritório. Peter suspirou ao olhar a sua volta. Alec tinha tudo que qualquer pessoa desejaria e sua mente estava apenas concentrada no seu desejo mesquinho de vingança. Uma vingança que o destruiria ao final de tudo. Resignou-se ao seu papel a aquela trama ao pegar o celular de Alec, que havia sido deixado em cima da mesa, digitou a mensagem e voltou a desligá-lo – Tudo sairá como sempre quis – murmurou ao fechar os olhos. Sua intenção era não ver no que seu amigo estava se transformando.

***
Jacob encontrava-se sentado inquieto no sofá da suíte de um hotel. Ele havia sido solto da prisão e levado por homens ate aquele quarto. Ele não precisava pensar muito para descobrir que Alec estava por trás de tudo, somente lhe restava saber o motivo de ter sido levado ate ali. Passou horas ate escutar a porta sendo aberta. A porta que antes estava trancada. Encarou o homem que entrou e uma sensação de medo lhe atravessou o corpo.

–Vejo que não estava errado – Jacob falou ao olhar para Alec. – Porque me trouxe ate aqui?

–Ora, é assim que fala com um antigo amigo? – Alec perguntou demonstrando-se ofendido, sorrindo em seguida ao sentar-se em uma cadeira em frente a que estava – Nada educado. Vejo que a prisão não lhe fez tão bem.

–Como pode falar sobre isso quando foi o único a me colocar lá? Deve estar feliz por me ver com medo de você.

–Não, estou triste por isso. Sempre desejei que fossemos aliados, mas o único que quis me chantagear e me apunhalar pelas costas foi você – piscou ao apontar para ele – o que posso fazer se esta era a única forma de continuar com tudo? Você poderia ter continuado a sua vida de devassidão se tivesse ficado ao meu lado.

–Faria tudo novamente.

–Faria mesmo? – perguntou divertido – tenho sérias duvidas sobre isso, mas diga-me o que fará agora que está solto?

Jacob estudou atentamente o homem a sua frente, e percebeu as intenções em suas palavras. Se ele falasse que iria contra ele, seria preso novamente. A sua única chance seria ficar ao seu lado.

–Diga-me você. – rebateu arrisco.

–Muito bem – aplaudiu levemente – aprendeu. Vejo que a prisão lhe ensinou algumas coisinhas.

–Sim, me ensinou que devo ter cuidado com você.

–Exatamente – concordou – mas diga-me, o que fará sobre Elena?

–O que tem para fazer? Ela não é nada, apenas a seduzi para ter a sua confiança. Nunca iria me apaixonar por alguém como ela. Elena é tão fútil e vulgar que nenhum homem é capaz de amá-la.

–Entendo, ela deveria imaginar que a amava.

–Tenho certeza que ela sabe que apenas a usei. Elena não é o tipo de mulher que se apaixona – garantiu sombrio ao se lembrar dela – não imagina o nojo que sentia de mim ao tocá-la, ao beijá-la. Até hoje vejo o quanto fui forte ao me deitar com ela. Incrivelmente ela nunca desconfiou de mim.

Alec nada disse, apenas assentiu e se levantou da cadeira. Sorriu ao abrir a porta e trancá-la novamente. Em poucos segundos a porta que fazia conexão com a suíte em que Jacob estava se abriu, e dela saiu um homem com o semblante inexpressivo. Jacob olhou para o seu pai assustado. Levantou-se de onde estava e foi ate ele. Tentou abraçá-lo, mas apenas sentiu o tapa que ele lhe dera. Alexander havia sido chamado por Elena ate o quarto do hotel por mensagem e ao chegar escutou as ultimas palavras ditas por Jacob a Alec. Elena havia feito o que Peter havia digitado na mensagem. Ela acreditava cegamente que Alec iria a retribuir. Assim que Alexander chegou ao quarto, o celular de Alec vibrou em seu bolso avisando-o. Alexander apenas escutou tudo. Ele não viu Alec saindo do quarto ou escutou a sua voz. Tudo tinha saído como Alec planejou. Ele havia transformado a vida de Alexander em um caos. Um caos que o destruiria.


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