Forgetting. escrita por Zoë Nightshade


Capítulo 12
Capítulo 12 + epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Olá >< como estão? Bem, primeiramente gostaria de agradecer à KatherineD que recomendou esta fic. Este capítulo é para você, muito obrigada *-*
Segundo, gostaria de dizer que este é o último capítulo da fanfic, e o epílogo encontra-se aqui também. Ficou curtinho, mas espero que dê para entender. Conversamos mais lá embaixo - espero que gostem ♥



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Desperto, retornando à realidade e totalmente agitada. Eram exatamente duas da manhã, e eu lembrava-me de ter girado a chave do medalhão pouco depois das dez. Oh, meu Deus; definitivamente o tempo jamais faria sentido para mim.

Pensei em levantar para acordar Ren, mas me detive ao pensar no quão estranho isso seria. Mas... qual era o problema? Isso era de nosso interesse, e não apenas meu. Sim, eu o acordaria naquele instante – o que não foi necessário porque no segundo seguinte ouvi batidas na porta. Pulei involuntariamente na cama até ouvi a voz de Ren:

– Kells, algum problema? Ouvi alguns ruídos e imaginei que eles vinham daqui.

Ruídos?, pensei.

– Entre – convidei-o. A porta se afastou e pela fresta que fora aberta pude ver o rosto preocupado de Ren surgir. Ele caminhou até minha cama e sentou-se na beira.

– Não consegue dormir? – perguntou.

Neguei com a cabeça e estendi-lhe o medalhão. Ele franziu a testa.

– Vire a chave. Mas... tome cuidado – alertei.

– Kells...

– Por favor – pedi. Não sabia quanto tempo os efeitos das visões durariam com ele, mas eu estava disposta a esperar por tudo isso. Ele me olhou por um segundo e assentiu, girando a chave.

Foi melhor que o esperado. Ren simplesmente piscou uma vez e então sua visão pareceu perdida, e permaneceu assim durante meia hora até que ele pareceu despertar também. Ele olhou para a peça em suas mãos e franziu as sobrancelhas para ela, logo dirigindo o olhar para mim.

– O que você viu? – perguntei. Ele suspirou.

– A sensação de ver a mim mesmo sendo enforcado não é a melhor que existe. Além disso, ainda quero saber o porquê de havermos brigado em um celeiro.

Eu ri baixinho.

– Somos dois, então. Viu Durga? O que ela disse?

Ren assentiu.

– Sim, vi. Ela me contou sobre as barreiras do tempo e disse que eu havia compreendido algo...

– Sobre o destino – supus.

Ele balançou a cabeça em concordância.

– Exatamente.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, cada um perdido em seus próprios pensamentos.

– Kelsey? – ele chamou. – Algo estranho aconteceu. Pouco antes de retornar, o rosto dela pareceu se... metamorfosear em outra pessoa.

Meu corpo tornou-se rígido com a lembrança e eu senti vontade de chorar.

– Sabe – ele continuou -, eu nunca havia acreditado de verdade naquela história de seus pais haverem morrido em um acidente de carro.

Deixei as lágrimas rolarem, por fim. Ren estava certo; nunca se tratara de um acidente de carro, mas sim de outra peça do destino: ele matara meus pais para que os mesmos nos ajudassem a completar nosso destino – o de Ren e o meu.

E era exatamente isso o que eu queria: que ele se concretizasse. Não iríamos morrer dessa vez: Ren não seria enforcado e eu não seria morta – não deixaríamos isso acontecer, eu sabia, tal como sabia que Ren pensava a mesma coisa.

Removi as cobertas e joguei-me em seus braços, sentindo os mesmos me envolverem de maneira reconfortante enquanto eu o abraçava com força, como se ele de alguma forma pudesse mudar tudo. E, de certa forma, ele já o havia feito.

EPÍLOGO

Tudo, por fim, se resolvera.

Kishan e Yesubai se casaram há dois anos e tiveram uma filha, a pequena Mahi. Ela tem os traços da mãe e os olhos do pai, e é tão linda quanto os dois. Eles viajam o mundo e nunca permanecem em algum lugar por muito tempo – a estadia mais longa foi na França, onde ficaram por seis meses.

Nosso tigre chegou dos Estados Unidos e foi enviado a uma reserva de verdade, onde vive com outros tigres e recebe ótimos cuidados. O visitamos frequentemente.

Ren e eu nos casamos há alguns meses e estamos vivendo no Oregon, frequentemente viajando para a Índia; nunca nos cansamos de lá. Ele é maravilhoso e eu o amo até mesmo com maior força que durante meu sonho: a realidade pode ser a melhor quando quer... E o destino também.

Depois da experiência com o medalhão, fomos procurar Phet, mas ele havia desaparecido; não encontramos nem mesmo evidências de que sua velha cabana um dia estivera em meio àquela floresta. Tudo o que restara era uma clareira. A chave do pingente nunca mais funcionou também – na verdade ele desapareceu uma semana depois de termos visto tudo aquilo. Destino.

Nunca mais sonhei com Durga ou com meus pais. É como se eles tivessem desaparecido de mim para sempre, presentes apenas em minhas lembranças – mas seus rostos nunca somem, sempre com aquelas aparências perfeitamente entalhadas em minha mente, tal como meu sonho da maldição dos tigres. Tento evitar pensar nisso, contudo nem sempre é fácil. Nunca é.

Há algum tempo escrevi nossa história, começando do principio e contando apenas a parte da maldição. Instigar a magia é bom, e mesmo a realidade possui sua devida dose de mágica. Assim que terminei os manuscritos, diálogo por diálogo, detalhe por detalhe e descrição por descrição, pedi para que Ren escrevesse a sua versão. Quando ele acabou, comparamos e percebemos que é tudo muito similar, mais do que havíamos pensado. Ter acesso aos seus sentimentos, dúvidas e até mesmo diálogos mentais é algo pelo qual eu pagaria se precisasse.

Temos vários correspondentes por todo o mundo, principalmente pela parte das Indústrias Rajaram. Nos Estados Unidos, por exemplo, temos aproximadamente 340. Entre eles está uma mulher, a qual eu confio e contei nossa história, pulando o sonho e deixando-a reescrevê-la. Ela publicou-a e hoje percebo o quão grande é essa força do destino... e, mesmo tornando-se clichê, não posso negar que estou completamente fiel a essa teoria. Afinal, eu aprendi o destino é a maior arma na qual pode-se atacar alguém; é a maior força sem vida na qual pode-se crer; é a única que sabe tudo sobre nós e tudo o que irá acontecer.


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Notas finais do capítulo

Awee o/
Pessoal, tenho que, primeiramente, me desculpar pelas demasiadas falhas durante a escrita dessa fic. Lamento, por exemplo, por ter abandonado-a durante um tempo e feito descaso com ela. Segundo, devo agradecer a todos que acompanharam o desenvolvimento da história - todo e cada comentário teve extrema importância para mim, e eu não acho que poderia encontrar melhores leitores.
Terceiro... bem, sinto muito por não ter podido escrever algo mais extenso neste último capítulo; eu perdi a noção do tempo nas últimas semanas e não percebi o quão demorei a postá-lo. Mas se não ficou bem esclarecido, ou se deixei alguma ponta solta, me notifiquem pelos reviews que eu tratarei de explicar-lhes.
Muito obrigada mesmo - eu amo vocês ♥



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