BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 3
Tributos




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/278255/chapter/3

Assim que chegamos na Capital, fomos levados para uma sala onde deitamos em uma maca.

– O que vocês vão fazer? – Eu perguntei

– Nós vamos de deixar linda – Disse Luise, a mulher de amarelo

– Me deixar linda?

– Sim, vamos arrumar o seu cabelo, pintar as suas unhas, te lavar.

– Me lavar? Espera ai – Eu levantei assustada

– Fique calma, não é nada demais. Temos que te arrumar antes de te levar para o Célios.

– Célios?

– Seu estilista, bobinha – Ela riu

Fui levada para outra sala, lá encontrei Célios.

– Você está aqui para me deixar bonita? – Perguntei

– Estou aqui para te deixar maravilhosa. Fiz essa roupa especialmente para você e para Cato.

– Dourada? Isso é chamativo demais.

– Esse é o objetivo, chamar a atenção. Assim vocês conseguiram mais patrocinadores, o que garante a sua sobrevivência.

“Vou ficar ridícula” pensei.

– Oi – Disse Cato olhando para mim de cima a baixo.

– Eu estou ridícula eu sei disso.

– Não, até que está bonitinha.

– Obrigada, mas elogios não me fazem mudar de opinião.

– Tudo bem – Ele riu – Mas isso vai nos ajudar a ter mais patrocinadores

– Célios já me disse isso

– Eu é que estou ridículo com essa roupa coladinha – Ele riu

– Está sim – Eu ri

– Preparados para o desfile? Subam na carruagem que os levara para a passarela. Lembrem-se sorriam, acenem e chamem a atenção de todos – Disse Célios.

– Eu sou um pouco antipática, não sei se vou conseguir – Sussurrei

– Tudo bem, eu te ajudo – Disse Cato.

Nós subimos na carruagem e ela logo começou a ser puxada pelos cavalos. Os portões se abrem, cada fantasia representava cada Distrito. O nosso Distrito fornece armas á Capital. Tinha tanta gente nos palanques que eu não sabia o que fazer de tanta timidez. Mas com a ajuda de Cato me soltei rapidinho, até que não foi tão difícil.

– Mais de cem mil pessoas se espremem para ver os novos tributos – Disse Caesar o apresentador do reality show.

Assim como no dia em que chegamos na Capital, as pessoas vibravam, pulavam e gritavam. Tudo aquilo era para ver os Tributos de cada distrito, me incluindo é claro. Mas o mais estranho era que eles vibravam tanto por vinte e quatro adolescentes que iriam lutar até a morte e apenas sobrar um vencedor. Não é estranho? Vinte e três de nós irá morrer, eles não deveriam estar pulando e sim lamentando. Aquilo era muito estranho.

–Bem vindos tributos. Bons Jogos Vorazes e que a sorte esteja sempre a seu favor – Disse Presidente Snow.

Foram poucas as palavras do Presidente Snow, na minha opinião ele não gosta muito disso.


Nós não ficamos muito tempo no desfile, além do mais era apenas um desfile e nada mais. Servia só para apresentar os mortos.

Cato não parava de olhar a garota do Distrito 12, por isso logo me estressei. Acho que ele percebeu porque parou de olhar. Não entendi o significado daquilo, mas tenho certeza que não era coisa boa. Ele enfim parou de olhar a garota do 12, mas passou o olhar para outra garota, a do Distrito 1, agora o olhar dele estava diferente. Eles se entre olhavam toda hora, sempre sorrindo. Não gostei nem um pouco.

– Cada Distrito tem o seu próprio andar, estamos no dois – Disse KJ

Fiquei com os braços cruzados enquanto estávamos no elevador indo para o apartamento, não falei absolutamente nada, sem rir, sem expressar sentimento algum.

– Porque o bico? – Perguntou Cato.

Se eu estava fazendo bico era porque a coisa estava feia. Mas eu não respondi e continuei com os braços cruzados.

– Não vai responder? – Ele olhou para mim

Eu não olhava para ele, olhava para a porta do elevador. A porta do elevador se abriu e quando eu estava saindo ele puxou meu braço.

– Você está brava? – Ele perguntou

– Sim - Respondi

– Comigo?

–Talvez

– Talvez? O que eu fiz? – Ele riu - Já sei o que aconteceu.

– Não é o que você está pensando.

– É por causa da garota do Distrito 1, a Glimmer.

– Não, não é isso.

Eu sai em direção ao meu quarto e estava muito brava.

– Espera ai, vamos conversar – Ele gritou

Nunca fiquei desse jeito, mas ele estava me deixando assim. Será que eu estava sentindo ciúmes? Por uma pessoa que não é minha? Que raiva daquela garota, ficou toda engraçadinha pro lado do meu Cato, quero dizer do Cato. Não posso, tenho que esquecê-lo. Aprendi desde pequena que devemos deixar nossos sentimentos de lado enquanto estivermos na arena. Sentimentos não, não por ele.

Entrei no eu quarto e deitei na cama, senti lagrimas escorrerem em meu rosto. Lágrimas? E estou chorando porque mesmo? Nem eu sei. Gosto dele há tanto tempo, mas sempre preferi deixar de lado.

Ouço alguém bater na porta.

– Clove, eu posso entrar? – Disse Cato

– Não – Respondi

– Já entrei.

Ele viu meu travesseiro todo manchado de preto, era a minha maquiagem, chorei tanto que ela saiu inteira.

– Você está chorando?

– Não – Falei ironicamente

– Foi pelo o que eu disse? Da Glimmer? – Ele disse sentando na cama

– Mas é claro que não, não ligo para essa garota.

– Então é por quê?

– Cato cai fora, me deixa sozinha – Fui ignorante e deitei minha cabeça no travesseiro.

– Tudo bem, te espero lá embaixo para o jantar.

– Não vou jantar.

– Você precisa comer.

– Desde quando se preocupa comigo? – Gritei brava

– Se não quer descer para jantar, não desça.

Porque eu fui tão ignorante? Ele estava preocupado, isso significa que ele se importa comigo. Mesmo assim não desci, não fui jantar. Eu estava dormindo quando ouvi outra batida na porta.

– Não vou descer – Respondi antes que a pessoa entrasse

– Eu sei disso, por isso trouxe a sua comida. KJ me mandou trazer – Disse Cato

– Não precisava, não vou jantar.

– Para de besteira - Ele sentou do meu lado - Sabe que eu ainda não sei por que você está assim

– Nem eu sei, mas é melhor deixar quieto – Eu olhei para o chão.

– Você estar cansada baixinha, a gente se vê amanhã – Ele se levantou e foi até a porta.

– Até amanhã – Eu sorri.

Até apelido eu ganhei, achei tão lindo. Mas lembre-se Clove sem sentimentos. Droga! Esse garoto está me tirando do sério. Não sei mais se estou com raiva ou se estou feliz. É tanto coisa que passa pela minha cabeça que estou confusa. Até me esqueci de que estou aqui para vencer a 74° edição dos Jogos Vorazes. Pelo meu Distrito e pela minha família, só isso. Amanhã tem treino tenho que descansar.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

reviews amores :) beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "BORN TO KILL - versão Clove" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.