BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 28
Névoa Tóxica


Notas iniciais do capítulo

ÊÊÊ 70 COMENTÁRIOS, UAU ! Vlw minha leitoras preferidas.
Fazia um tempinho que já não tinha Clato na fanfic, e para alegria de vocês nesse cap. tem. Mas não vai se animando muito não que é só um pouquinho k.
Mudando de assunto: eu vou fazer outra fanfic assim que terminar essa. O nome é A Filha das Águas. É que eu comecei a ler Ladrão de Raios, e eu sou maluca por Mitologia Grega, Deuses e blá blá. Bom, quem quiser me ajudar a escrever a fic é só mandar uma mensagem e eu digo cada detalhe da fanfic, blz ?
Um beijo pra vocês e boa leitura.



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[Blown Away – Cover by Madilyn Bailey]

– Idiota, quase me matou de susto – digo, indelicadamente – Você estava morto! Seu coração parou! Sério! – legal, agora eu estou chorando por causa do Conquistador. Ponho a mão na boca porque estou começando a emitir aqueles horrorosos ruídos de quem está engasgando com o choro.

– Parece que agora está tudo bem – diz ele – Está tudo bem, Clove – balanço a cabeça em concordância, mas os sons que escapam da minha boca não param – Clove?


Não sei ao certo se fiz a coisa certa deixando Finnick salvar Peeta. E porque ele fez isso?

– O que?

– Nada – ele responde.

– Você consegue andar? - pergunto.

– Sim – ele diz, calmo -, eu consigo.

– Eu te ajudo – diz Cato. Ela está furioso. Pela minha “preocupação exagerada” com Peeta. Por nem ao menos ter falado com ele direito. Por não ter dito nem ao menos um eu estava com saudades ou ai meu Deus, eu quase morri sem você perto de mim, o que não é verdade. Andamos lentamente no ritmo em que Peeta se encontra. Nozes estão por todas as partes e com a ajuda delas consigo saber se há ou não campos de força, eu as jogo na frente á medida que vou andando.

Sempre que uma noz atinge o campo de força sobe uma fumacinha antes de ela aterrissar no chão aos meus pés, preta e com a casca quebrada. Continuo andando e jogando nozes. Todos parecem cansados. Finnick está com a respiração ofegante. Cato quer parar para respirar á cada cinco minutos. Mags está mancando. Peeta está todo suado. Mesmo precisando descansar eles querem continuar a caminhada em busca de água. Decidimos descer a encosta. Andamos por uma noite inteira e agora o sol bate sobre nossas cabeças, transformando o ar em vapor, pregando peças nos nossos olhos. Lá para o meio da tarde já está claro que Peeta e Mags não tem como continuar.

– Vamos dar uma parada – digo – Estou cansada.

Parece egoísta da minha parte pedir para que paremos porque estou cansada, mas não é. Cato, Finnick e Peeta são tão “machões” que não queriam parar de andar para pelo menos respirar.

Depois de fingir está disposta, Finnick e eu vamos á procura de água e comida. Mags comeu algumas nozes e esperamos a sua reação, mas nada acontece, e como estamos morrendo de fome pegamos varias nozes para comer. Nós estamos preparados para a noite. Com comida e água. Armas e uma tenda montada. Me deito entre Peeta e Cato. Finnick se oferece para montar guarda. Consegui dormir um pouco. É só um pouco porque desperto pelo que parece ser o badalar de um sino. Bong! Bong! Depois de alguns segundos as badaladas enfim param. Nem Cato, nem Peeta e muito menos Mags são acordados pelo sino, mas Finnick está tão atento quanto eu.

– Contei doze – diz ele.

Sim, doze. O que isso significa? Como são doze creio que cada uma seja para cada distrito, talvez. Mas por quê?

Esperemos alguma mensagem. Um convite para um banquete. Nada. Mas uma coisa nos chama a atenção. Um fio de eletricidade extremamente brilhante atinge uma árvore imensa e em seguida uma tempestade de raios surge no céu. Comemoramos porque irá chover, consequentemente teremos água para beber. Finnick cai para o lado e tenta se equilibrar, ele está morrendo de sono.

– Vá dormir, Finnick. É a minha vez de ficar de vigia – digo.

Finnick diz que pode continuar a ficar de vigia, mas ninguém pode ficar acordado para sempre. Ele se deita e em uma das suas mãos está o tridente. Aos poucos cai num sono inquieto.

Com facas em mão observo a selva fantasmagoricamente obscura e fria. Depois de mais ou menos uma hora, os raios param. Mas ouço a chuva chegando, batendo nas folhas. Fico esperando que ela nos alcance, mas isso nunca acontece.

A chuva para do nada. Momento depois de para vejo a névoa deslizando de onde o temporal tinha acabado de acontecer. Chuva fresca em solo quente, penso. Ela vem se aproximando cada vez mais. Ela vem como se estivesse puxando tudo atrás de si. Á medida que observo, sinto os pelos do meu pescoço se eriçando. O que há de errado com essa névoa? Um ardor nos olhos e a cada vez que respiro esse ar sinto meu corpo ferver. Em poucos segundos começo a sentir queimaduras. Onde quer que as gotículas de neblina toquem minha pele é uma pontada que arde bastante. O barulho do canhão me assusta e é aí que percebo que aquilo não era uma simples chuva.

Já sinto as consequências da névoa, e com dificuldade – praticamente me arrastando – me levanto e grito para os outros:

– Corram! Corram!

Finnick acorda instantaneamente, levantando-se pronto para enfrentar alguém. Mas quando vê a parede de névoa, joga uma ainda adormecida Mags nas costas e sai correndo. Peeta está de pé, mas não tão alerta. Cato ainda parece estar dormindo de olhos abertos. Junto a ele agarramos os braços de Peeta e saímos correndo atrás de Finnick. Peeta havia me dito que estava bem e não houve nenhum dano, agora sei o que o campo de força lhe causou. Ele está lento e a cada passo que damos é um tropeço. A vegetação e as trepadeiras não ajudam muito.

Por mais que, neste exato momento, olhar para a névoa não ajude, acabo me virando e vendo que ela já está próxima de nós. Mais rápida que nós. A perna de Peeta agarra um nó de plantas rasteiras e ele tomba antes que eu consiga segurá-lo.

– Preste a atenção nos meus passos. Tente pisar onde eu piso – diz Cato. Olho para ele como se quisesse agradecer e o ajudo a içar Peeta para continuar a andar. Não sou nada de Peeta e nem mesmo posso considerá-lo um amigo, mas me sinto no dever de salvá-lo. Talvez por ele ter salvado a minha vida.

Meus braços começam a formigar. Seja lá que produto químico esteja contido na névoa, causa mais danos do que queimaduras – ela atinge nossos nervos. Minha mão vai até o meu olho esquerdo a cada cinco segundos, pois ele arde muito. Minhas pernas estão bambas e desabo no chão. Sei que Cato está na mesma situação que eu, uma vontade de carregá-lo e jogá-lo para frente para que ele se salve é muito grande. Cato continua ajudando Peeta e acho que ele não me viu cair. O Conquistador faz Cato voltar. Com uma força indescritível nos braços, Peeta me levanta e me agarro a ele.

– Você consegue andar? – pergunta Cato a mim.

– Sim – digo.

Mentira. Não aguento dar mais um passo. Finnick voltou para nos ajudar e, junto a Cato, carrega Peeta.

– Clove, vá na frente e leve Mags – diz Finnick – Eu e seu namoradinho carregamos Peeta.

Balanço a cabeça em concordância. Estou tão lenta que eles me acompanham praticamente colados em mim. Finnick me empurra para frente e cambaleando consigo chegar até Mags. Não sei se é porque sou menor que eles, mas o efeito é pior em mim. Agacho e digo a ela:

– Mags agora eu vou te levar.

– Você não consegue. Olhe só para você. Tão sequinha e pequenininha – ela diz. É a primeira coisa que ela pronuncia que consigo entender.

– Vovó, eu consigo – digo, sorrindo. Ela abre um sorriso desdentado.

Mags se agarra no meu ombro. Lentamente, estico as pernas e uma força descomunal toma conta de mim. Realmente consigo levá-la.

A névoa vem vindo, silenciosa, constante e firmem. Embora meu instinto fale mais alto e eu tenha vontade de correr para longe da névoa, percebo que Finnick está se movendo numa diagonal montanha abaixo. Ele está tentando manter distância do gás enquanto nos faz contornar em direção á água que cerca a Cornucópia.

Caio novamente, mas não é por culpa de Mags. Ela está fazendo tudo o que pode para ser uma passageira fácil, mas é que o peso é excessivo demais para mim.

Finnick e Cato estão novamente ao meu lado e Peeta está agarrado neles.

– Não dá – digo – Conseguem levar os dois? Vão na frente, já os alcanço.

Posso ver os olhos verdes de Finnick no luar. Estão fixados nos meus. Brilhando tanto e estou refletida neles. Talvez estejam brilhando devido á lágrimas.

– Não – diz ele – Nós não conseguimos carregar os dois. Meus braços mal funcionam e seu namoradinho nem consegue andar direito. Mags, sinto muito, não vai dar.

Mags se levanta, dá um beijo na bochecha de Finnick e sai cambaleando em direção à névoa. Do nada seu corpo é tomado por contorções selvagens e ela cai no chão numa dança horrível.

O canhão estoura e sei que Mags está morta. Quero gritar, mas minha garganta pega fogo. Dizer á Finnick que não era minha intenção matar Mags, sim, eu a matei. Eu não tive forças para segurá-la. As dores agudas aumentam e ando praticamente me contorcendo. Sigo Finnick e Cato até eles desabarem no chão. Peeta cai em cima deles.

Corro até onde posso, mas caio antes mesmo de chegar até eles.

– Levantem! – grito – Vão!

Ouço alguém gemer. Quero aquela mesma força que consegui para pelo menos carregar um pouco Mags. Cato se arrasta até mim. Meu rosto está colado no chão. Pareço estar morrendo, e estou. Meus dedos se fecham e agarram as folhas jogadas no chão. Rostos próximos. Até que a morte nos separe.

– Vamos todos morrer – chio.

Seus lábios tocam os meus levemente.

– Não vamos - ele diz, calmo como sempre. Como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Ele me puxa para cima dos outros. Sou mais uma para a pilha.

– Oi – diz Peeta, sem forças.

Sorrio para ele. Sim, vamos sim. Todos nós vamos morrer aqui, neste momento e desta maneira, penso. Vejo a parede de névoa mudar para uma tonalidade perolada. Ela está se tornando mais espessa, como se estivesse sido pressionada contra uma janela de vidro e estivesse sendo forçada a se condensar. A névoa parou completamente de avançar. Ela atingiu o fim de seu território. Mas como isso é possível? Nunca vi isso em nenhuma das edições dos Jogos Vorazes. Ou isso, ou os Idealizadores dos Jogos decidiram não nos matar agora.

– Parou – tento dizer, mas a única coisa que sai da minha boca é um horrível som rouco. – Parou – digo novamente, e dessa vez acho que eles entenderam porque não só Cato como Finnick e Peeta se voltaram para a névoa já desaparecida pela metade. O resto dela começa a subir, como se lentamente estivesse sendo aspirada em direção ao céu.



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Notas finais do capítulo

Ah, quem quiser manda recomendação ( o que ajuda a divulgar a fanfic ) melhor ainda. Obrigada :)



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