BORN TO KILL - versão Clove escrita por Mrs Delacour


Capítulo 17
Maysilee Donner


Notas iniciais do capítulo

Oi povo lindo, tudo bem?
Ta beleza! Hum, continuo sem net e me esforço o máximo para postar os cap. mas tá difícil. Eu até invento que tenho trabalho pra fazer só pra vim no escritório do meu pai pra postar os cap. kkk to ficando maluca já.
Eu andei fuçando a internet e achei umas músicas legaizinhas e a cada cap. novo vai ter uma música pra acompanhar, legal né?
É isso ai, boa leitura!



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[Somebody that I used to know – Acoustic Jake Coco and Madilyn Bailey Cover]

Meus olhos lutam para se abrir. Assim que o faço perco o sono.

- Sem sono? – diz Cato

- Eu o perdi completamente – digo

- Eu também.

- O que há para fazer na madrugada? – digo

- Nada além de ver as fitas dos vitoriosos que Louise nos deu – ele responde

- Só isso? – digo

- Sim. É melhor vermos. Precisamos saber as habilidades e a capacidade que nossos oponentes têm – ele diz

- Então vamos ver – digo

Pegamos o cobertor que antes estávamos nos embrulhando e vamos até a cabine que contem um televisor enorme. Não exagero em dizer enorme! A Avox ruiva de olhos triste ainda está acordada. Pedi á ela chocolate quente e alguns biscoitos.

- Começamos por qual? – diz Cato

- Não sei. Escolhe qualquer uma – digo

- A de número 50 – ele diz – O segundo Massacre Quaternário.

- Pode ser – digo – É o único Massacre que temos para ver.

- O nome é... Haymitch Abernathy - ele diz

- Ele não era o mentor bêbado da garota quente e do conquistador? – digo

- Era sim – responde Cato – Vai ser interessante vê-lo.

- Vai sim – digo com um sorriso

Começamos a assistir á fita. A sequência mostrada é como qualquer outra edição dos Jogos. Primeiro o hino, depois toda aquela chatice do poderoso e maluco Presidente Snow passa na tela de TV e mesmo parecendo mais novo continua com o olhar frio e cruel.

Começa com a colheita. Uma mulher bem parecia com uma mistura de Octavia e Venia - elas ajudam Célios com as minhas transformações quando há uma festa importante e coisa e tal, elas estavam comigo desde o ano passado quando me maquiaram e me prepararam para o desfile dos tributos – pega um bilhete contendo o nome de uma garota.

Maysilee Donner.

Meus olhos saltam para fora. É por isso que minha mãe não quis mais falar sobre Maysilee. Ela morreu no quinquagésima edição dos Jogos Vorazes.

Procuro pelo pequeno pingente de madeira que coloquei numa corrente de ouro. Eu estou usando o colar com o tordo. Um tordo voando num círculo de madeira. Uma madeira lixada e desenhada possuindo um brilho radiante de verniz. Feito por Maysilee Donner.

- O que você está fazendo com o tordo de Katniss? – Cato me pergunta confuso

- Era da minha mãe – digo – Maysilee deu á minha mãe.

- Aquela Maysilee? – pergunta Cato apontando para a garota da televisão

- Aquela Maysilee! – confirmo – Ela fez para a minha mãe quando ela foi ao Distrito 12.

- Poxa – diz Cato

Meu olhar se direciona para o chão, chocado ao ver a Donner. Quando Cato me estende os braços, vou diretamente para ele. Ele tem se esforçado bastante para que eu me sinta bem. Abraço-o com força antes que ele fale alguma coisa. Ele me abraça mais ainda e enterra o rosto em meus cabelos. Sinto o calor irradiar do ponto onde seus lábios tocam o meu pescoço, e vai se espalhando pelo resto do meu corpo. Lentamente ele vai deixando beijos na minha bochecha. A sensação tão boa, mas tão boa, que sei que não serei a primeira a deixá-la escapar.

A chegada da Avox com o chocolate quente e com os biscoitos que nos separa. Ela coloca a bandeja com o bule fumegante e duas canecas em cima da mesa. Fungando sem parar e de olhos e nariz vermelhos.

- Qual é a dela? – pergunto

- Sei lá, acho que ela se sente mal por nossa causa – diz Cato

- Ah! – digo, servindo o chocolate quente e pegando um biscoito

- É sério! Eu não acredito que todas as pessoas na Capital vão ficar felizes vendo a gente voltar para a arena – diz Cato – Ou os outros vitoriosos. Eles criam laços com seus campeões.

- Sei... Só acho que eles vão esquecer essa história toda assim que o sangue começar a espirrar – curta e grossa, sem se esquecer de fria. Sinceramente não estou muito preocupada como o Massacre Quaternário vai afetar o humor da Capital. Dane-se.

Continuamos a assistir a fita. Entre várias goladas de chocolate quente e depois de comer mil biscoitinhos me entretenho com a quinquagésima edição dos Jogos Vorazes.

- Aquela mulher é a mãe da garota quente? Parece tanto com a mãe dela – ele diz

- Deve ser – digo

O nome do mentor bêbado é chamado por último. Jovem. Forte e surpreendentemente bonito. Tão impressionante que chega a ser estranho. Com seus olhos cinzentos e seu cabelo escuro e ondulado chama a atenção, o típico de um garoto do Distrito 12. Mesmo com olhar entristecido por ser escolhido já demonstra ser um perigo.

Desfile. Entrevista com o Caesar Flickerman – que continua o mesmo de sempre. O BANHO DE SANGUE.

O lugar escolhido para aquela edição é o mais impressionante de todos que já assisti.  A Cornucópia dourada está no meio de uma campina verde com flores muito lindas. O céu azul e cheio de nuvens. Pássaros lindos. Bem longe, em uma direção, há uma floresta e na outra uma montanha coberta de neve. Perfeito para distrair os outros tributos e a chance de matá-los. Toda aquela lindeza parece deixar os tributos fascinados e encantados.

Quando o gongo que avisa que os Jogos começaram soa, eles parecem estar acordando de um lindo sonho. Mas Haymitch está o mais acordado impossível. Ele já está na Cornucópia e pegando o máximo de armas possível e com uma mochila igual a que eu consegui pegar nos Jogos do ano passado. Ele corre em direção á floresta e some em ás árvores.

Dezoito mortes. Agora só restam trinta jogadores. Maysilee ainda está viva. O bêbado ainda está vivo. Será que foi ele que a matou logo depois?

Outros começam a morrer, já está mais que na cara que aquele lugarzinho bonitinho é mortalmente venenoso. Tudo tem algo para te matar. Só a água da chuva e a comida na Cornucópia podem ser consumidas. Há um grupo de dez tributos Carreiristas – os quais me identifico muito – estão procurando vítimas na área da montanha.

Maysilee continua viva e demonstra ser suficientemente capaz de sobreviver sozinha e com apenas uma mochila. Haymitch sabe se virar sozinho e continua persistindo em seu avanço, sempre mantendo a distância da montanha evitando o bando de Carreirista.

Em quatro dias, a linda montanha coberta de neve se transformou em um vulcão em erupção que mais da metade dos tributos e assim ficam apenas cinco carreiristas. Sem nenhuma possibilidade de esconder – porque não há onde se esconder – os tributos sobreviventes, inclusive Maysilee e Haymitch, tendem a se esconder na floresta.

Maysilee consegue salvar Haymitch de três Carreiristas e a partir daí uma aliança é formada. Eles agem como eu e Cato, juntos eles têm mais chances de ganhar. Mas Haymitch ainda quer continuar a seguir caminho. Quando consegue ultrapassar a cerca impossível usando um lança-chamas, eles se encontram em um penhasco e bem lá embaixo consegue enxergar grandes pedras pontudas.

- Ok, é só isso! Vamos voltar, Haymitch – diz Maysilee com uma voz doce, mas num tom de ordem.

- Não, eu vou ficar.

- Então fique. Eu vou sobreviver e neste exato momento partirei – diz ela

- Tchau – diz ele. Ela o olha de um jeito esquisito como quem quer dizer “Tchau? Só isso?” e então ela se afasta.

Haymitch parece procurar por algo e se inclina para visualizar direito o penhasco. Seu pé descola um pedrinha que cai penhasco abaixo. Ele se vira e em um minuto a pedra atinge sua cabeça.

- Ai!

Haymitch procura por algum possível ataque de outro tributo, mas nenhum é encontrado.

- Donner? – diz ele

Ele se inclina novamente e dessa vez joga uma pedra do tamanho de seu punho no penhasco e espera com as mãos abertas. Quando ela volta direto em suas mãos, ele ri.

Gritos lhe chama a atenção. Gritos de mulher. Haymitch corre em direção à voz. Ele chega apenas a tempo de vê-la com as mãos no pescoço, suas mãos cheias de sangue. Ela é quem eu esperava ser. Haymitch se ajoelha ao lado de Maysilee enquanto ela morre, e eu só consigo pensar em quando minha mãe a viu morrer pela televisão e não pode fazer nada para salvar sua amiga. Não aguento vê-la morrer, de algum jeito Maysilee é importante para mim. Ela está dentro do tordo, me protegendo.

Mais dois tributos morrem, agora só há Haymitch e uma garota do Distrito 1. Uma luta sangrenta e horrenda dura alguns minutos. Ferimentos expostos e feios são deixados tanto em um quanto no outro, até que ela o desarma. A garota é bem maior e bem mais veloz que ele – até me deixa assustada tanto no jeito como ela luta como no olhar frio e perverso – e com um machado na mão ela é imbatível. Haymitch corre para o penhasco e quando alcança a borda ela joga seu machado. Ele se joga no chão e o machado voa caindo penhasco abaixo. Um sorriso se forma discretamente no rosto dele, mas ela nem percebe. Quando a filmagem é dirigida até o rosto da garota, suas pálpebras se abrem e um terrível vazio está onde antes se encontravam um de seus olhos. Aquilo me faz soltar um grito e Cato faz uma cara de nojo engraçadíssima. Ela tenta estacar o sangue que escorre sem parar.

- Ai caramba! – grita Cato – Cadê o olho dela?

- NÃO – dou uma pausa – SEI

Quando ela anda em direção a Haymitch pensando que já havia ganhado, seu machado retorna e se crava em sua cabeça. Meu queixo cai, tamanha foi a minha surpresa e o meu susto.

- Credo – digo com a voz presa na garganta

Continuamos a ver aquela cena.  A pior que já vi em toda a minha vida inútil.

Nesse instante ouvimos o tiro do canhão. Óbvio que a garota morreu, dã! O que eu pensei? Que ela ia levantar e matar Haymitch? Sem um olho e com um machado cravado na cabeça? Nossa!

 - Eu nunca vi coisa pior – diz Cato interrompendo o silêncio que antes predominava entre nós dois.

Meu chocolate que antes era quente e saboroso agora está frio e sem gosto e ponto de despencar no chão. Os biscoitinhos que antes se encontravam em minhas mãos esperando para serem devorados já estavam no chão. Não tive força para segurá-los. Fico parada e tentando encontrar palavras para expressar minha descrença. Até que isso sai:

- Muito menos eu! 


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Notas finais do capítulo

Como eu sou uma pessoa muito legal, vou postar outro capítulo porque vcs merecem!



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