A Princesa E A Flor escrita por Maiumy hime


Capítulo 1
Your strength was what saved me


Notas iniciais do capítulo

Oneshot pra mostrar qual a relação que une a Maiumy e a Ino =3



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Desespero. Eu poderia definir o que sentia apenas com essa palavra. É certo que a guerra traz apenas sofrimento e que muitas pessoas haviam morrido ali, mas ela não podia estar caindo. Quando ouvi a voz firme e avelulada dando um grito lancinante virei-me às pressas, fazendo meus cabelos loiros chocarem-se com força contra minhas costas. Logo pude ver os cabelos verde escuros, tão admirados em todo o mundo shinobi, cobertos de vermelho como ela sempre gostou.  Meu corpo tremeu e algumas lágrimas se formaram no canto dos meus olhos e eu pensei que iria cair ali mesmo, mas algo me despertou.

-MAIUMY!!!

Nem eu nem ninguém além dela havia visto o Gaara-san num estado tão descontrolado. Ele gritou o nome de sua amada esposa como se pudesse aliviar todo aquele desespero com a força de sua voz e de suas lágrimas. Foi aí que eu me lembrei do único motivo pelo qual estava ali.

Pouco tempo atrás, depois da morte do Asuma-sensei, nem eu mesma me reconhecia. Tomada pela minha inutilidade naquela batalha, por não ter conseguido salvá-lo, eu entrei num estado de total apatia. Já não acreditava em mim, achava que minha vida era algo inútil e sem sentido. Foi então que a visita inesperada da minha antiga companheira de zoações trouxe uma nova esperança.

-Ino, tenho uma proposta pra te fazer. E com proposta eu quero dizer intimação.

-O que é?

-Se torne minha pupila.

Eu fiquei calada por algum tempo até que ela voltou a falar, com aquele jeito mandão e divertido de sempre.

-Pode parar com essa depressão, Ino! Não estou aqui te convidando por pena nem nada do tipo, aliás eu sempre te disse não é: você tem um grande potencial, só precisa de alguém que saiba explorá-lo.

-Grande potencial?

-Ah, finalmente se interessou! Só lembrando que eu não faço esse tipo de proposta pra qualquer um...então, você tem um chackra adequado para os meus métodos de cura, jutsus especiais, um taijutsu considerável e manipula o suiton.

-Mas esse não é o principal motivo de me chamar, não é?

-Claro que não. Você tem o que a Sakura, por exemplo, não tem: uma personalidade forte, leal e que me agrada, o que é o mais importante.

-Mas...como eu vou me tornar sua pupila?

-Aí só tem um jeito: vir pra Suna comigo. Não se preocupe com nada, você vai ficar na minha casa e não será incômodo algum.

-Mas e o Gaara-san e todo mundo?

-Todos já estão de acordo, afinal eu disse que era uma intimação.

Ela foi até mim e me abraçou. Me despedi do meu pai e da minha mãe e dali em diante minha vida tomou um novo rumo. Os treinos eram tão exaustivos que eu já não tinha tempo de pensar em coisas ruins (nem sei como arranjei tempo pra me envolver com o Kankuro) e isso era exatamente o que eu precisava. Em pouco tempo minhas habilidades haviam aumentado mais do que eu tinha sonhado durante toda a minha vida, agora eu podia curar pessoas em pouco tempo e sem a mínima dificuldade, além de ter conquistado um taijutsu que era capaz até mesmo de aguentar por alguns minutos uma luta com a Maiumy-senpai (eu passei a chamá-la assim) e de ter aumentado minhas habilidades com os jutsus do clã Yamanaka e do suiton. Quando ela foi chamada para a reunião dos kages por ser a herdeira da família real que comandava os shinobis antigamente eu tive a maior oportunidade da minha vida: ir como guarda-costas dela junto com o Neji. Essa era a prova final do grau que nossa amizade havia alcançado e foi um dos dias mais felizes da minha vida, independente do ataque do Sasuke (eu tirei o sufixo do nome dele assim que entrei num relacionamento com o Kankuro, apesar dele não ligar) à reunião.

Minhas lembranças, junto com a dor do Gaara-san e de todos, me deram força e eu resolvi tomar uma atitude: corri até onde a Maiumy-senpai estava caída, quebrando a barreira de cristal que ela havia feito para que ninguém interferisse em sua luta vingativa contra o Kabuto com a ajuda do Gaara-san, e entreguei todo o chackra que possuía para curá-la. Quando me faltou energia e meu corpo não me obedecia mais ela abriu os olhos, agora de um violeta ainda mais escuro, e segurou minha mão.

-Ino...desculpe pelo trabalho.

-Não se esforce senp...

-Urusai. Eu não vou sossegar enquanto não disser a você...obrigada por tudo. Eu me orgulho de ser sua mestra.

Não consegui mais segurar minhas lágrimas, apesar de saber que ela não gostava disso. Senti uma mão em meu obro e pude ver que Gaara-san estava mais calmo.

-Eu vou levar a Maiumy para a tenda médica. Você está bem, Ino?

-Sim, só um pouco cansada.

-Vá descansar e tranquilize o Kankuro, ele está preocupado com você.

-Gaara...-Maiumy-senpai chamou-o.

-O que foi?

-Eu ganhei a luta?

-Ganhou. Finalmente seus pesadelos vão acabar, Yummy*.

Ela corou levemente e acertou um tapa (forte pelo visto) no braço dele.

-Cacete Sabaku, quantas vezes eu já disse pra não me chamar assim na frente dos outros?

Me levantei e saí sem ser percebida, deixando os dois sozinhos. Depois de alguns passos meus movimentos falharam e eu quase caí, mas fui segurada por Kankuro.

-Francamente, exagerando desse jeito...você é mesmo uma bela cópia da Maiumy.

Eu sorri para ele. Se um dia eu for um terço do que é a Maiumy-senpai, já me dou por feliz. Por enquanto, só o fato de ela se orgulhar de mim é o suficiente para alegrar meu dia, mesmo numa guerra. Afinal, foi a força da Maiumy-hime que salvou essa flor de lótus que estava murcha.


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Notas finais do capítulo

* Yummy em inglês é gostoso(a)



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