Lua Cheia escrita por Ania lupin


Capítulo 9
Capítulo 9- Charlie


Notas iniciais do capítulo

Oi novamente, sem nada pra fazer resolvi posta.
Se alguem puder me indicar uma fic da saga, mesmo eles sendo humanos eu iria gostar muito bjsss
e aproveitem...



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BPOV

Acordei com algo quente em cima de mim. Era um calor tão gostoso, que me dava preguiça de abrir os olhos – só os abri quando senti o cheiro inconfundível de gengibre.

Edward estava sentado ao meu lado – a pele que entrava em contato com o sol brilhando como pequeninos diamantes – e em seu colo se sustentava uma enorme bandeja com meu suposto café da manhã. Era para eu comer tudo aquilo?

"Bom dia minha Bella Adormecida, pronta para acordar?" Mas ele não esperou uma resposta, e assim que me pus sentada, uma xícara cheia de um chá morno foi posta em minhas mãos. "Comece com isto, querida, um pouco de líquido quente no estômago ajuda no enjôo. Depois tem bolo e biscoitos de gengibre, e suco de laranja. Carlisle vai trazer algumas vitaminas para você hoje a noite, quando conseguir sair do hospital. Ácido fólico, e talvez seja bom tomar ferro por precaução, mas ainda não discuti isso com ele."

Sorri, e tomei um gole de chá, que tinha um gosto ótimo, como tudo que Edward fazia. Era incrível – e irritante – como até na cozinha ele conseguia ser melhor do que eu.

Só sorri mais ao me lembrar da noite passada. Ele estava de bom humor, então com certeza tudo correra bem – o que para Edward se traduzia como minha pele sem nenhum hematoma, arranhão, ou semelhantes em sua inspeção.

"Sem uma mancha roxa, meu amor." Ele disse orgulhoso, confirmando minhas suspeitas, aquele sorriso maravilhoso nos lábios. Também, mais cuidadoso do que ele havia sido comigo noite passada, impossível, não esperava um resultado diferente. "Coloquei uma camisa minha em você para no caso de alguém entrar." Só então que percebi que a parte de cima do meu corpo estava coberta por um pano branco. Tinha aquele cheiro doce dele, como qualquer peça de sua roupa.

"Edward, escute," Mordi um dos biscoitos, deliciosos. "Temos que conversar sobre o que vamos fazer." Mordi o resto, e continuei quando vi que ele permanecia em silêncio. "Sobre o que falar para as pessoas sobre nosso bebê." Ele pareceu me analisar bem antes de abrir a boca.

"Que tal dizermos, 'vamos ter um bebê'?" Meu olhar escandalizado pareceu o fazer entender de quem eu exatamente falava. "Ah, quando você diz pessoas, você diz seu pai. Bem, eu pensei em esperar um pouco até falar com Charlie, querida, essa barriguinha só vai realmente começar a aparecer depois do terceiro mês e-"

"Edward, eu preciso falar com Charlie. Hoje." E ele não mais me contrariou, apesar da expressão dele me dizer claramente que não queria falar com meu pai talvez nunca. "Por que você está aceitando tudo que eu falo?" Agora era um pedaço de bolo em minhas mãos.

"Por que eu não quero te irritar?" Ele colocava mais chá na minha xícara enquanto dizia. "Esse livro," Apontou para meu presente. "Fala muito sobre hormônios, e o que o pai não deve fazer ou dizer. É um pouco assustador."

"E você já o leu inteiro."

"A noite é sempre bem longa, querida, e você dormiu até depois das nove. Na verdade," Olhou rapidamente para o relógio. "Já são quase onze."

"E você não me acordou?" Me levantei, rápido demais, mas apenas a tontura me infernizou e me fez cambalear um pouco. Ele estava ao meu lado no segundo seguinte, uma expressão preocupada em seu rosto perfeito. "Sem náusea." Disse vitoriosa, abençoado seja todo aquele gengibre.

"Gosto da minha camisa em você." Ele sussurrou no meu ouvido de um jeito sensual, enquanto ainda me mantinha segura em seus braços. Não consegui suprir um arrepio, e como sempre, quando ele estava perto demais, senti meus joelhos cederem. "Por que essa cara de culpada?"

"Porque eu me sinto um pouco culpada. Talvez por ter seduzido meu," A palavra noivo quase escapou. "Namorado, a fazer o que eu queria mais uma vez na noite passada, quando eu tinha dito para mim mesma que esperaria até nos casarmos para haver uma próxima vez."

"Acho que você está distorcendo os fatos sobre quem seduziu quem. Talvez você até tenha me seduzido – um pouco –, mas não se esqueça de quem começou. Em ambas as vezes." Ele me virou para olhar nos meus olhos. "Ou por um acaso esse é o seu jeito de me contar que esqueceu a toalha de propósito?" Eu iria corar naquele momento se meu estômago não tivesse escolhido justo agora se fazer presente.

Então, ao invés de me envergonhar fui correndo para o banheiro, já não mais molhado como madrugada passada. Talvez o gengibre não fosse tão milagroso, afinal. Ficamos nós dois em silêncio por vários minutos, Edward esfregando minhas costas, e quando finalmente a náusea resolveu ir embora, me sentia mais exausta do que quando dormi. Poderia abaixar a tampa do vaso sanitário e dormir ali mesmo, e se não houvesse ao meu lado um vampiro preocupado eu provavelmente teria feito isto mesmo. Agradeci aos céus quando minha cabeça tocou uma superfície macia, e não demorou mais muitos segundos para voltar a dormir.

Quando voltei a acordar, fiquei surpresa ao não ver mais ninguém no quarto. Me levantei devagar, tentando não despertar a ira de meu estômago, e andei com passos lentos até o banheiro, onde minha toalha da noite passada e minha escova me esperavam. Tomei um banho rápido, me secando enquanto escovava meus dentes, e coloquei a roupa que usava ontem.

Precisava ir para casa, e urgentemente, e o principal motivo não era colocar roupas limpas. Precisava esperar Charlie chegar para tirar logo esse peso das minhas costas, era uma questão de dias para ele descobrir agora, tinha certeza disso. Renée sabia, e só eu sabia como minha mãe conseguia deixar coisas escaparem sem querer.

Então, como eu começaria? Pai, estou grávida. Ótimo, rápido, mas o faria enfartar, ou simplesmente lhe daria um ataque de riso por achar ser uma piada. Pai, eu e Edward temos algo para contar. Não, talvez colocar o nome de Edward na mesma frase que contenha alguma referência a um bebê não seja muito sábio, ainda teria o risco de um enfarte. Parabéns vovô! Parabéns papai pode ter funcionado, mas parabéns vovô era já muito diferente. Enfarte, e ele daria um tiro em Edward, e Edward não morreria, e nós estaríamos com um problema ainda maior então. Será que não havia algum capítulo sobre isso no livro?

Bem, Edward deveria estar lá em baixo, e não objetaria em me levar para casa e me ajudar a dar as notícias. Prendi o cabelo não muito apresentável num rabo de cavalo, e desci as escadas.

E aqui estava eu, Bella Swan, sentada na cadeira de minha cozinha tentando me distrair com palavras cruzadas. Será que nosso cérebro podia doer? Porque eu jurava que o meu estava latejando de tanto pensar em como dar as boas notícias para Charlie sem que ele tentasse matar meu namorado no processo. Não que fosse possível para Charlie conseguir sequer arranhar Edward, mas como ele não sabia desse detalhe, com certeza iria tentar após ouvir que futuramente seria avô.

Contar uma notícia assim para seus parentes deveria ser um momento mágico, cheio de abraços e beijos, e desejos de felicidade. Deveria ser um dia onde passaríamos todo o resto comendo biscoitos com chá, e vendo fotos antigas, de quando a filha em questão, no caso eu, era apenas um bebezinho. Deveria ser tão alegre como fora ontem nos Cullen. Bem, não iria fantasiar com uma noite assim aqui em casa, porque o temperamento de meu pai indicava que uma noite assim estava totalmente fora dos planos. Na verdade, eu esperava que houvesse apenas alguns gritos, poderia lidar com gritos.

"Odeio palavras cruzadas." Declarei, frustrada tanto com o papel em minha frente quanto com meus pensamentos. Era irritante como estava sendo tão difícil pensar em uma fruta tropical com seis letras. Os quadrados continuaram em branco quando fechei o jornal, o jogando longe da mesa. Edward, com sua eterna paciência de ferro, apenas me olhou para ver se tudo ainda permanecia sob controle. "Sim, eu desisti delas, além de estúpida eu sou uma covarde!"

"Meu amor, covarde é uma coisa que definitivamente você não é."

"Ah, mas estúpida eu sou?" Os hormônios, outra vez não. Ele me contrariou novamente – sábio vampiro – e tirou algo da geladeira. Edward havia sido extremamente insistente sobre passar no mercado e comprar algumas coisas que ele considerava saudável para o bebê. Sim, ele estava se mostrando o melhor pai do mundo, mas a substância – o líquido rosa – que ele colocava no meu copo não tinha aparência de ser lá muito apetitoso. "Eu não gosto de soja. E eu odeio suco de melancia." Olhei para o copo com vontade de arremessá-lo para a pia. Ouvi um longo suspiro.

"Bella, você gostava de suco de melancia ontem."

"Bem, eu não gosto agora, e sempre odiei soja."

"Querida, por favor, beba, é bom para o bebê, e é mais nutritivo do que os refrigerantes que você tomou no caminho."

Ok, um ponto para ele. Olhei para o suco, aquele sem soja do dia anterior parecendo infinitamente mais saboroso do que o parado na minha frente. Desisti de jogá-lo fora e suspirei, pegando o copo e engolindo todo seu conteúdo em menos de cinco segundos. O jeito que os olhos de Edward aumentaram com a velocidade que o líquido desapareceu foi cômico.

"Bella, assim você vai passar mal outra vez!" Ele me repreendeu, mas não dei ouvidos. Me sentia bem, ótima na verdade, e tomei mais um copo de suco em velocidade recorde. "Querida, eu sinceramente não te entendo. Você diz que não gosta do suco, e já está quase no seu terceiro copo."

"Estou com fome." Ele ainda se surpreendia como eu mudava rápido de um tópico para outro. Eu ainda me surpreendia.

"Fique aí sentada com seu suco, hoje eu vou caçar para você." E eu fiquei contente quando o vi quebrar três ovos dentro de uma bacia, mas não mais tão contente quando ele começou a descascar uma cenoura e mais alguns vegetais. "Agora que você está grávida querida, seu sistema imunológico não é mais tão efetivo como antes, por isso que se deve ter mais cuidado na hora de preparar a comida."

"Você está sugerindo que eu não sei preparar higienicamente minha própria refeição?" Edward pareceu sentir a mudança no meu ânimo no fim da frase, e resolveu que o melhor a fazer era me desorientar com um beijo. Sempre funcionava. Maldito seja ele.

Meu vampiro acabava de preparar minha omelete incrementada quando ouvimos o carro de Charlie.

"Bella, respire." O cheiro apetitoso me deixou um pouco menos nervosa, mas por um instante tive medo de colocar toda aquela comida no meu estômago e ter que fazer uma visita ao banheiro em poucos minutos. Engoli o primeiro pedaço, e continuei bem, logo estava no quarto, e Charlie entrava pela porta da frente. Ele não ia gostar nem um pouco de ver Edward sentado na cadeira ao meu lado.

"Bells?"

"Na cozinha, pai."

Como eu previa, a cara de Charlie se fechou ao ver meu namorado lendo o jornal, enquanto eu já quase terminava de devorar meu almoço. Porém, milagrosamente, ele se conteve em dar um 'boa noite' mal humorado e não fazer mais nenhum comentário, deixando logo depois um pequeno pote de plástico sobre a pia. Um pote transparente, com o que parecia ser uma sobremesa bem saudável – tirando todo o leite condensado que a cobria.

"O que é isso?" Apontei para o pote, engolindo um último pedaço de ovos com algo verde, que eu supunha ser um teco de brócolis.

"Salada de frutas."

"Sim, eu sei que é salada de frutas, pai." Continuava olhando o pote, tentando descobrir quais frutas havia ali. Hum, aquilo era um morango?

"Se você sabe, então por que pergunta?" Edward me olhou apreensivo por um segundo, mas ao ver que eu não desabaria as lágrimas pela frase um pouco seca de Charlie, relaxou e fingiu voltar a atenção para seu jornal.

"Você não gosta de salada de frutas."

"Sim, mas você gosta." Ele sorriu, colocando o pote aberto na minha frente, me alcançando uma colher logo depois. Minha fome não havia passado com aquela enorme omelete, percebi quando senti o cheiro maravilhoso das frutas. Comeria aquilo tudo, com certeza, e iria querer mais no final.

Coloquei a primeira colherada na boca e me senti derreter: perfeito. Foi então que uma coisa mole demais, um pouco sem gosto definido, fez contato com a minha língua. Abacate. Com certeza. Aquilo começou a fazer minha nausea voltar correndo.

Comecei a procurar freneticamente por todos os pedaços de abacate – eeewww, moles demais – na minha sobremesa, até sentir minha mão ser segurada com delicadeza por uma gelada.

"Meu amor, o que você está fazendo?"

"Tirando o abacate." Não era óbvio?

"Desde quando você não gosta de abacate?" Era meu pai se intrometendo na minha relação com minha salada de frutas agora.

"Desde que ele fez contato com a minha língua e eu pensei 'eeww, um abacate'." Edward ia abrir a boca para falar algo, provavelmente me dizer como o abacate tinha algum benefício para minha gravidez, ou coisa parecida, mas eu simplesmente não queria escutar nenhuma lição naquele momento. Minhas próximas palavras saíram de minha boca antes que eu pudesse pensar bem nelas. "Eu realmente não quero saber se essa é uma fruta que vai fazer bem para o meu bebê no momento."

Demorou um pouco para eu registrar o que tinha falado de errado para Edward me olhar espantado, e meu pai ficar tão vermelho a ponto de poder explodir a qualquer momento. Meu bebê. Com Charlie na cozinha.

"Isabella," Seria engraçado, se não fosse tão trágica a situação, o jeito que meu pai não conseguia pronunciar as palavras direito. "Grávida?"

"Epa."


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Notas finais do capítulo

Momento tenso esse nao?
A Bellinha disse demais,
e agora o que o Charlei vai achar disso tudo?
E NOSSO VAMPIRO GOSTOSO kkkkk desculpem, mas ele é mesmo.
Am tem mais gente!!!!



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