P.O.V Freddie

– VOCÊ O QUE?! – eu disse, a plenos pulmões.

Em seguida, o sinal da hora da saída bateu, mas nós já estávamos do lado de fora, então apenas ignoramos. A multidão começou a sair através da pequena porta.

– Eu... Olha, a culpa teoricamente não foi minha! O diretor disse que tudo que você “fizer de errado” no colégio, sua mãe pediu para avisá-la, ai ele ligou, e ela tava estressada, eu tava estressada e foi isso. Mas relaxa, Pateta. Eu vou dar um jeito de ir à festa do Gibby! – Sam disse. Do que ela estava falando?

– Que festa? – eu perguntei preocupado, passando a mão nos cabelos cacheados e loiros. Ah, cheiravam tão bem... O odor maravilhoso de gordura de bacon me deixava hipnotizado... Era tão... Ela.

– A Carly não te contou? Puxa. Quando ela almoçou com o Gibby, ele a chamou para uma festa que vai ter na casa dele, amanha, e disse que ela poderia levar alguns amigos. Mas, sabe, eu ando muito nervosa esses últimos dias... Talvez, seja porque eu me TORNEI OUTRA PESSOA! Então, eu preciso extravazar, de algum jeito. Eu COM CERTEZA VOU nessa festa. – ela falou, passando a mão no queixo, provavelmente pensando em bolar um plano.

– Então você admite que ser eu tem muita pressão? – eu perguntei, com um ar superior.

– CLARO QUE NÃO, SEU CYBER MANÉ! A mamãe joga para ganhar, não pra empatar, muito menos perder! – ela disse, botando uma mão no meu ombro.

– E quem disse que nós estamos “empatados”? – eu falei, cruzando os braços.

– OOi, gente! – Carly cumprimentou-nos, quase dando saltinhos. Ela olhou para mim e pareceu voltar para a realidade. – Sam, sinto muito! Esqueci totalmente de te contar! Eu fui convidada para a fest...

– O Freddie já me contou, Carls. – eu disse. Estava melhorando em ser a Sam. – eu vou, com certeza.

– Ótimo! O Chuck também me disse que vai. – ela falou.

– Que horas vai começar, você sabe? – Sam perguntou.

– Começará às 21h30min, mas ele disse que quem quiser, pode chegar mais cedo, ou se não der, mais tarde. Os pais dele estão viajando... E ele resolveu dar essa festa! – Carly falou, levantando as sobrancelhas e dando um sorriso malicioso. – Uuh, Bad Boy!

Dei um sorriso amarelo, afinal, eu não me importava muito. Depois, me despedi, antes mesmo de Chuck chegar, e sai. Estava louco para tomar um banho, não só para tentar relaxar, mas para “explorar mais” o corpo de Sam.

Depois de um tempinho caminhando, cheguei numa casa meio desleixada que reconheci porque antes de sair para o colégio, examinei fachada e tentei memorizar o Maximo possível para quando eu voltasse, não cometesse o deslize de entrar no lugar errado. Abri a porta com as chaves que eu mesmo tinha posto no bolso da frente da mochila e entrei.

– AAAAh, lembrou que tem mãe agora, é, Samantha? Onde diabos você se enfiou anteontem à noite? – uma mulher loira de cabelos curtos, antes mesmo de que eu pudesse entrar, veio berrando em minha direção.

– Eu estava fazendo uma entrevista! – eu disse. Seria aquela a mãe da Sam?

– E você nem me ligou! – ela disse. – você não se importa mais com a sua pobre mãe?

Olhei para as mãos da mulher e ela segurava uma garrafa de 51, e tinha mais uma caixa aos pés do sofá. Ela saiu andando e sentou nele, assistindo algum programa idiota, no qual ela nem prestava atenção. Também tinha um pacotinho de cigarros do lado.

– Eu não me importo? Por que você mesma não ligou? Digo, você ficou ai bebendo, e acha que tem o direito de reclamar?

Olhei para a geladeira e vi um bilhete que não havia reparado quando saí:

Fui me encontrar com o Steven, lembra, o Policial Saradão! Volto tarde,

– Pam

– Eu... Eu estava ocupada, Sam! Não vem querer me...

– Claro que você tava ocupada! Você tava se agarrando com o Steven, ou enchendo a cara com ele, e eu aposto que você se esqueceu da Sam! Quer dizer, de mim! Você realmente não está em posição de me dar lição de moral. – eu gritei. Isso era tão injusto! Aposto que Sam nem se importava, mas eu não iria ignorar algo como aquilo. A mãe dela havia se esquecido da própria filha e ainda se achava no direito de julgar, nossa, que mulher mais sem noção! Não perdi meu tempo quando vi que ela ficou sem palavras, disparei pelo corredor e subi as escadas correndo.

– Sam, volte aqui! Você não pode falar desse jeito com a sua mãe! Nós ainda não terminam... – e a partir daí, eu não a ouvi mais. Taquei a mochila no chão e comecei a me despir.

Desabotoei os três únicos botões da blusa e tirei-a rapidamente. Olhei novamente os seios dela, comprimidos pelo sutiã vermelho de renda, o que só os tornava maiores. Abri o fecho e arremessei-o no chão, revelando, de fato, os seios dela. Eram cheios de veias, e enormes, mas eram de fato bonitos. Não resisti e toquei em ambos com as duas mãos. Eram tão mornos devido ao volume... Fechei os olhos e fiquei sentindo-os por um tempo. Depois tirei a calça jeans. Também acompanhava uma calsinha da mesma cor que o sutiã. Eram, provavelmente, um conjunto. Ignorando esse fato, puxei-a para baixo, e ela caiu levemente sob meus tornozelos, me deixando arrepiado. Sei que seria uma baita invasão de propriedade, mas eu já havia colocado a mão nos peitos dela, o que poderia ser pior? Dei uma espiada na “parte de baixo”, e não tinha nada mais nada menos do que uma “linha” de pelos, ela deve ter se depilado recentemente. Entrei debaixo do chuveiro e comecei pelo xampu. Esfreguei-o na cabeça, bem devagar, e fechei os olhos, mentalizando que tudo ia ficar bem. Depois, peguei o sabonete e passei pelas curvas da loira (e que curvas!). Finalmente tinha chegado a parte de lavar a “amiguinha”. Como eu iria fazer isso? Esfreguei uma mão no sabonete e bem lentamente coloquei os dedos indicador e médio lá dentro e comecei a esfregar. Contive um suspiro involuntário, e depois a enxaguei, segurando mais um suspiro. Logo depois, parti para o condicionador, o que não demorou muito, pois os cabelos da loira não eram embaraçados. Em seguida, enxaguei os cabelos, sai do Box e me sequei. Botei uma roupa qualquer, estranhando ter de usar sutiã, mas acredite, fica mais desconfortável sem eles. O celular da Sam tocou, e eu fui em direção ao bolso da calça para pegá-lo.

– Alô? – eu disse.

– Oi, Sam! Você quer vir aqui em casa depois da aula amanha para me ajudar a escolher a roupa para a festa? – Carly pediu.

– Claro, sem problemas. – falei. – e ai, animada? – perguntei.

– Com certeza! Nem sei como eu vou dormir se eu mal consigo parar quieta!

– Calma, Carlota, tudo vai dar certo! – eu disse. Na verdade foi um conselho não para ela, foi para mim também. A gente se despediu e praticamente em seguida Sam me ligou.

– Oi, FredNerd. Como vai? – ela disse.

– Oooi. É, vou, bem... E você? – eu falei meio constrangido. Aja normalmente, Freddie!

– Bem, também. Escuta, já sei como eu vou escapar dessa sua prisão domiciliar. – e ela contou etapa por etapa do plano. Eu ia concordando, apesar de mal ouvir o que ela estava dizendo. Ao final, ela disse: - a Carly, pelo que eu conheço, já deve ter te chamado para ajudá-la a se produzir, certo? Então, ela fica bem de roxo ou lilás. Arrume alguma coisa do gênero. Outra coisa, saia do quarto quando ela estiver se trocando, seu grande Mané. – Sam avisou.

– Certo. – eu disse. – e você, que roupa vai vestir?

– Algo preto... Provavelmente um vestido. Qualquer coisa me pede ajuda, ou pede ajuda a Carlinha. E o que o Nerd vai vestir? – perguntou.

– Ah, sei lá, uma calça jeans, uma blusa simples, e uma jaqueta se você quiser... Sam, escuta, eu não estou muito feliz com a ideia de você escapar do castigo da minha mãe, porque isso não seria muito típico de...

– Eu não preciso da sua PERMISSÃO! Eu vou onde eu quiser, certo? - disse meio agressiva. Depois, mudou o tom, e o assunto: - Creio que, há essa hora, minha mãe já deve ter te estressado tanto que você deve ter ido “tomar uma banho para esfriar a cabeça”, certo? – ela falou. Será que ela estava me observando? Em seguida, sussurrou, quase inaudivelmente – aposto que isso não ajudou em nada com a parte de esfriar, aposto que só esquentou mais...

– O QUE? – berrei.

– Nada. E ai, gostou do que viu? – ela perguntou. Eu podia sentir o sorriso malicioso brotando em seus lábios través do telefone.

– C-C-C-C-C-COMO ASSIM?

– Esquece. Tchau, Sam! – ela disse, dando uma risada. Eu ri junto.

– Até, FredDoido! – falei.

– Essa é boa, vou anotar! – confessou. – Fui! – e desligou.

Depois de um tempo, fiquei pensando se ela tinha também “tomado um banho”, bom se tomou, ela deve ter se espantando com o tamanho... Bem, eu considero grande...

Logo em seguida, afastei esse pensamento. Ser a Sam também não é nada fácil com essa mãe bebum que tenta ensinar algo para a filha, isso é péssimo. Desci para fazer uma boquinha, e quando me dei conta já eram 20h30min! Tinha passado da minha hora de dormir! Bom, se a Sam iria agir do jeito dela com a minha mãe, eu iria agir do MEU JEITO com a mãe dela.