Geração X - Fic Interativa HIATUS escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 10
Capítulo 11 - “Fúrio”


Notas iniciais do capítulo

sei q to demorando, mas é fim de ano, ai complica um pouco...hoje tem simulado(tinha q ta estudando) e semana q vem é semana de prova, então..e eu ainda tenho q terminar um exercício de português......bom no capitulo de hoje, começa a apresentação dos personagens das fichas...eu tomei a liberdade de usar um pouco do q tinha nas fichas e de inventar um coisa aqui e ali....espero q gostem...



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POV Narradora

            “A noite chuvosa e escura assustava e preocupava o casal. A intensa tempestade, com fortes ventos e muitos raios, relâmpagos e trovões, parecia estar contra eles. Mesmo preocupados e querendo chegar rápido em casa, o homem era cauteloso e tentava ser o mais prudente possível. Mesmo com o limpador de pára-brisas ligado, a visibilidade era complicada e as únicas coisas que iluminavam a estrada era o farol do carro e a luz emitida pelos raios. A pista molhada dificultava o trajeto e as curvas sinuosas ajudavam a piorar. Foi numa dessas curvas que o carro derrapou e o homem ao volante, mesmo muito experiente, não conseguiu frear o carro... Um estrondo e uma explosão... Aquele casal havia acabando de sofrer um acidente. Ambos não conseguiram escapar vivos dele.”

            - NÃO! – o garoto moreno acorda de supetão, soado, assustado, com o coração completamente disparado. Seu grito ecoou pelo quarto. Ele sentia sua respiração descompassada e rápida. Ele ofegava como se tivesse corrido ou se exercitado muito.

            Era a terceira noite seguida que ele tinha o mesmo sonho. O dia do acidente dos pais. Ele tinha apenas 10 anos. Mesmo ele não ter estado lá, ele sonhava com o acidente, o vendo, em sonho, com ricos detalhes. Sentia até mesmo a dor, mesmo ela tendo sido rápida e quase não sentida pelos pais.

            Os pais, Pedro e Luciana, eram bons pais, mas mimavam muito o filho. Davam-lhe tudo o que ele queria. Isso o levou a ser egoísta, mal-criado, completamente arrogante e um tipo de pessoa que não liga para nada e nem para ninguém, só consigo mesmo, com o próprio umbigo. Nem a morte dos pais o fez mudar. Ao contrário, ficou pior.

            Como já tinha 18 anos, morava sozinho. Ele virou o rosto para a mesa de cabeceira e a olhar o relógio notou que já eram 06h20min. Descobriu-se do cobertor e vestiu uma calça jeans, já que dormia apenas de boxer. Foi rumo à cozinha beber um copo de água. Comeu alguma coisa apenas para distrair a fome e foi para a sala. Ligou a TV, mas nada o interessava naquele horário. Desligou a TV e deitou-se no sofá.

            Colocou o antebraço direito sobre a testa e ficou encarando o teto por um bom tempo, lembrando-se do sonho. Ele nem percebeu o tempo passando e despertou-se dos seus pensamentos com batidas na porta.

            Foi atender e se deparou com sua tia Amanda.

            - Oi. – ele disse apenas, dando as costas e voltando para o sofá, permitindo assim, que sua tia entrasse.

            - Hum... Que “oi” mais sem graça. Até parece que não fica feliz em me ver.

            - Não é isso, tia. É que não estou com muito animo hoje. Estou entediado.

            - Como sempre. – pausou, sentando-se no sofá. – Toda vez que eu venho aqui você sempre diz que está entediado. Você devia arranjar um trabalho para ocupar o tempo e não sentir-se mais tão entediado. Isso costuma dar certo. Não acha?

            - Hum. – fez uma careta debochada. – Trabalhar, tia? Eu sou rico. Eu tenho a herança dos meus pais. Não preciso trabalhar. Vivo melhor do que qualquer pobretão que tem por aí.

            - Marcelo, não devia falar isso. Achei que isso fosse mudar. Que você não fosse ser mais esse mesquinho, esse preconceituoso. Nem com a morte dos seus pais você amoleceu esse coração de pedra. Eles te mimaram demais, mas do que devia. Se você tivesse tido outra educação qu... – ele a interrompeu.

            - Não fala dos meus pais. – disse enfurecido e pausou por alguns segundos. Quando sua tia ia abrir a boca para falar, ele a interrompe novamente. – Não entendo como você pode falar assim deles. Você os adorava e a minha mãe era a sua irmã.

            - Adorava mesmo. Mas o jeito que eles te criaram, te dando todo o que você queria, deixando você fazer tudo o que sempre teve vontade... Deixou-te assim, te transformou no que você é. – sua tia disse do modo mais meigo que podia.

            Marcelo apenas deu de ombros. – Não me importo.

            Amando suspirou como que cansada. – Tudo bem. Não vou mais repetir essa mesma história. Não aguento mais falar sempre a mesma coisa ‘pra você. E como se eu insistisse em tentar ensinar uma vaca a andar de bicicleta. – finalizou sarcástica.

            - Eu não pedi para você me ensinar nem me dar conselhos de nada. – pausou e no mesmo instante se sentiu arrependido pela grosseria dita, mesmo não admitindo. – Mas, eu preciso lhe ser grato por ter me acolhido, por ter me ajudado tanto.

            - Nossa. – ela arregalou os olhos surpresa. – Você me agradecendo. – concluiu.

            Ela sabia que para o rapaz era difícil dizer palavras como “Por favor”, “Com licença”, “Obrigado”, “Desculpe”. Iria além do que o orgulho dele permitia. Ele dificilmente seria tão gentil e dócil, respeitando as outras pessoas. Seria uma mudança? A tia acreditava que talvez não. Marcelo sempre foi mais amável com os pais e com a tia. Então, Amanda não sabia se ele seria educado como era com ela, com outras pessoas.

            - Eu devo muito a você. Você mereceu o meu... – hesitou. – Agradecimento... Então... Muito obrigado. – finalizou sorrindo torto.

            Sua tia sorriu de volta. – De nada então. – olhou o pulso, olhando o relógio fixando nele. – Hum... Preciso ir. Outro dia eu volto para te visitar. Ok? Não garanto vir essa semana ou na outra, porque tenho que viajar e não sei quando volto. Você vai ficar bem?

            - Lógico. Se eu me dei bem todo esse tempo morando sozinho... Não vou ter problemas.

            Sua tia assentiu e Marcelo a acompanhou até a porta, lhe dando um beijo na bochecha. Depois que ela já tinha passado pela porta e pela pequena varanda, ele acompanhou os passos dela com os olhos, até que ela sumisse da sua linha de visão.

            Entrou em casa, fechando a porta lentamente e voltando a encarar a pequena casa que ele vivia. Não deixou de se sentir enojado. Ele sempre viveu no luxo, morava numa casa muito grande, bem maior que a que ele vivia atualmente. Ele suspirou e decidiu, lutando contra a própria vontade, arrumar um pouco a simples casa que ele morava.

            Começou pelo quarto. Levitou alguns moveis os mudando de lugar, ajeitou um pouco a bagunça. Depois foi para a cozinha, para a sala e um pequeno “quarto de bagunça”. Usou o mesmo método de arrumação que usou no quarto: levitando objetos. No banheiro, ele se limitou a apenas a jogar um desinfetante no vaso sanitário e a limpar mais ou menos com água e pano o chão do banheiro. Ele odiava ter que limpar banheiro e normalmente pagava alguém que o fizesse por ele. Ou melhor, que fizesse a faxina completa da casa. Para terminar, ele pegou uma lâmpada, voou até encostar-se ao teto e substituir a lâmpada. O banheiro já estava sem luz há semanas e ele ainda não tinha criado coragem para perder a preguiça e fazer isso ele mesmo.

            Após a arrumação, ele foi ao seu quarto, vestiu uma roupa bem bonita e saiu para a rua. Queria esfriar a cabeça, descansar ou até tentar distrair-se um pouco. Caminhou um pouco até chegar a uma pracinha, onde sentou em um banco e ficou observando o pouco movimento dali.

            Sem que ele reparasse um senhor careca de cadeira de rodas chegou até ele parando praticamente ao lado dele. Segundos se passaram até que ele se desse conta da atual companhia. Girou a cabeça e olhou o homem com estranheza e desconfiança. Pensou conhecê-lo, mas percebeu que não.

            - O que o senhor deseja? – ele perguntou estranhamente educado.

            - Foi difícil achar você, Marcelo. – o homem disse como se não tivesse ouvido a pergunta do rapaz.

            - Como sabe meu nome? – perguntou com a sobrancelha arqueada.

            - Pelo Cérebro. – Marcelo juntou as sobrancelhas em estranhamento e percebendo a confusão do rapaz, o careca continuou. – O Cérebro é um computador capaz de localizar mutantes... Como você. – disse por fim. – Se você desejar, pode se juntar a mim e a outros mutantes como você na minha Escola Para Jovens Superdotados. Vou ensinar a vocês tudo que sei.

            - Como é o seu nome mesmo? – continuou interessado.

            - Charles Xavier. Mas todos que me conhecem me chamam de Professor X. Pode me chamar assim também.

            - Tudo bem, Professor X. – pausou respirando fundo. – Minha vida ‘tá “fodida” mesmo. – sussurrou. – Eu vou. – respondeu por fim.

            Marcelo voltou em casa, pegou seus pertences e acompanhou o professor.


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Notas finais do capítulo

se gostaram e se não gostaram.......deixem reviews...........até a proxima.........



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