Fui para casa com todos esses questionamentos na cabeça o que me fez pensar mais ainda no Yuki, que sentimento era aquele que eu jamais sentira, talvez fosse apenas loucura minha, por isso rolei para o outro lado da cama e dormi.

Pela manhã, acordei mais cedo que o costume para ver se eu conseguia dar um jeito no irremediável que era o meu corpo, troquei de roupa, tentei penteados e acabei apelando até pra maquiagem, depois de muito tentar consegui colocar o uniforme de um jeito mais ousado, porém nada vulgar, soltei meus cabelos que estavam por algum milagre com algum movimento, fiz uma maquiagem básica, até porque não sou muito boa nisso.

Desci as escadas correndo, mas nada passa aos olhos do meu pai

-Vai aonde bonita assim?

-Pra escola pai...

-Pra escola desse jeito, não faz seu estilo se arrumar para ir à escola...

-Tá pai, eu não posso me “arrumar” para ir pra escola não?É algum crime?

-Não, calma, só achei estranho

-Tá, pai, tchau mãe, tchau pai

Da minha casa para a escola eu levo uns 8 minutos, enquanto caminhava ouvia meu grande companheiro, o iphone, multiuso: ignorar os chatos, passar o tempo e caminhar, por isso não demorei muito a chegar à escola, chegando lá logo avistei Yuki, retirei os fones do ouvido para falar com ele, porém o seu fã-clube o rodeava, então recoloquei os fones abaixei a cabeça e passei direto, quando estava quase passando pela multidão senti uma mão gelada me segurar, retirar meus fones e puxar-me para perto

-Ohayo mal educada, que não fala com as pessoas - falou Yuki sorridentemente

-Ohayo-falei devolvendo o sorriso

Yuki e eu fomos caminhando juntos para sala, e enquanto conversávamos ele dava infinitos ois a todas as suas fãs desvairadas, quando íamos chegando a sala a líder do fã-clube do Yuki, Motoko, uma aluna do segundo ano veio cumprimentá-lo enquanto fuzilava-me com os olhos.