Na Sombra Da Noite escrita por laracullen


Capítulo 16
Exército.




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Morar com Charlie está me proporcionando momentos que nunca imaginei viver, nunca pensei que ser feliz fosse tão fácil, sempre observei por anos os humanos sendo felizes, mas nunca pensei que talvez a felicidade esteja nas pequenas coisas.

Desci depois de tomar banho, encontrando todos conversando amigavelmente na sala, sentei no sofá ao lado do Jasper, e Edward sentou no braço do sofá, falavam sobre anos passados.

–e você Bella o que tem a nos dizer? – perguntou Esme com curiosidade.

–o que querem saber?

–sei lá, conte-nos como foi sua existência – sugeriu Emmett.

Tentei pensar em algo que fosse legal e divertido, mas nada de legal aconteceu comigo.

–normal...

–conte-nos o que fazia antes da sua transformação – pediu Edward curioso com o rumo da conversa.

–era uma garota normal, com uma vida normal... De casamento marcado...

–casamento marcado? – perguntaram todos confusos e surpresos.

–sim, faltavam dois dias pro meu casamento até que aconteceu tudo e me tornei vampira... Mas no dia seguinte quando fui procurá-lo, estava com outra, foi horrível a forma que ele ‘se matou’.

–como conseguiu se controlar e não matar a cidade inteira? É tão difícil no início da transformação – avisou Carlisle surpreso.

–ela é bem controlada a esse respeito, pode estar se alimentando e um humano passar perto que não sentirá vontade de matá-lo.

Lembrei-me do meu tempo humana onde tudo era tranquilo, como era feliz com meu casamento marcado e nossos passeios a tarde pela cidade.

–e você não tem nenhum amigo pelo mundo? – perguntou Emmett.

Neguei não lembrando de ninguém.

–não gosto de ficar muito tempo num lugar só, vivo mudando de cidade ou país... Acho que por isso não cultivei amizades... Já meus pais conhecem bastantes pessoas.

–vem Bella – chamou Edward parando na porta pra me esperar.

O segui enquanto íamos em direção ao quintal e depois corremos pela floresta sem nos importarmos com a chuva.

–conte-me como era o namoro de vocês.

–do jeito que era na sua época... Ou até mais conservador.

–não tive essas experiências na minha época, não tive tempo de procurar uma noiva.

Paramos frente a frente na margem do rio, colocou suas mãos na minha cintura me abraçando, fechei os olhos acariciando seu cabelo da nuca. Tirei meu escudo o deixando ler meus pensamentos, mostrando tudo na minha época e o quanto eu sou mais feliz agora com ele, que antes não sabia que era amor de verdade.

–eu também te amo.

Entramos no rio nos beijando e começando a nos amar.

–aonde vai Bella?

Terminei de abotoar minha calça nas margens rio.

–preciso caçar.

Corri feliz por tudo de bom que está me acontecendo em Forks, nunca imaginei que uma cidade tão pequena pudesse me trazer tanta felicidade.

Depois de me alimentar bem escalei uma montanha olhando a floresta escura, fechei os olhos ouvindo os animais, o rio passando longe daqui, um avião, as folhas balançando e algumas caindo no chão, o vento soprando... Tudo muito calmo e tranquilo como tem que ser.

Voltei ao amanhecer, quando cheguei perto de senti cheiro de vampiros desconhecido, entrei o cheiro está mais forte por toda a casa.

–pai?

Como ninguém respondeu saí correndo pra casa do Edward, devem ter levado meu pai! Por isso não respondeu quando chamei, e se tiverem levado ele? Quem levou? James? Por isso ele estava tão quieto.

–Edward? Edward me ajude! – gritei antes mesmo de chegar perto da casa.

–o que aconteceu Bella?

Ele foi o primeiro a vir ao meu encontro.

–o que está acontecendo? – perguntou Rose confusa chegando logo atrás.

–entraram lá em casa! Tem cheiro de vampiro por toda a parte. Meu pai! Eu acho q o levaram!

–acalme-se meu amor, seu pai está no hospital.

Afastei-me sabendo que James é o culpado, dei meia volta correndo apressada com eles atrás de mim.

Entrei em casa e tudo estava normal, fui pro meu quarto onde o cheiro é mais forte e este foi revirado, as roupas que usei e deixei jogada no sofá não estavam mais lá, todas as roupas que usei tinham sido levadas.

Ajoelhei segurando minhas roupas no chão com ódio, eu vou matar quem entrou aqui... Vou destruir.

–deixe-me sentir também – pediu Edward.

Eles começaram a farejar tudo rosnando de ódio, mas o ódio deles não é nada comparado ao meu.

–vou atrás deles.

–vou com você.

Respiramos fundo aquele cheiro pra não esquecer e saímos correndo atrás antes que o rastro desapareça. O cheiro nos levou na fronteira dos Quileutes e Sam não demorou a chegar.

–alguém passou por aqui?

–passou sim, tentamos pegá-lo, mas pulou no rio agora a pouco o pessoal ainda está lá.

–precisamos atravessar.

–não!

–precisamos ir atrás, levaram peças de roupa da Bella... É um sinal que existem mais dele querendo-a, isso não é bom sinal Sam, nem pra nós e nem pra vocês.

Discutiu com os outros que ainda estavam no penhasco que lembrou-lhe dos favores que fiz.

–vai e se tentar algo lhe matamos.

Os Cullen's e meus pais chegaram, olhei pra eles antes de atravessarmos a linha dos Quileutes.

–não esperem eu voltar...

–aonde vai Bella? – perguntou Charlie aflito enquanto corríamos com Sam.

–eu cuido dela Charlie, não se preocupem.

Corremos mais rápido parando na beirada do penhasco, Edward pulou na frente desaparecendo na imensidão de água.

–cuide de tudo até eu voltar, eu confio em vocês para proteger a cidade.

Peguei uma distância pulando na água e nadando rapidamente atrás do Edward.

–foi pro norte! – pensou Jacob a respeito do vampiro.

Nadamos não sei por quanto tempo e nada de encontrá-lo a margem dos rios... Como se tivesse desaparecido, não sabei quanto tempo ficamos fora caçando, não liguei pra casa e nem chegamos perto de Forks, cada vez mais nos distanciamos das nossas famílias, mas enquanto eles viverem, eles correrão perigo e não posso deixar.

POV Charlie

Toda tarde ia até o limite com os Quileutes saber se eles passaram por lá, enquanto isso Alice tentava vê-los, mas sem sucessos. Rose e Esme ficavam atentas nas notícias pra ver se descobriam algo sobre eles, e cada vez mais pessoas desapareciam na redondeza. Jasper criou uma parede da sala lá em casa só com fotos e reportagens de desaparecidos no estado, a polícia já se mantinha preocupada e em alerta.

Um mês se passou sem notícias deles, sumiram do mapa... Organizei várias busca com os Cullen's para ver se o encontrávamos, Renée começou a suspeitar que os Volturi estivessem no meio do desaparecimento deles, mas ao visitar Volterra percebeu tudo normal.

A família de Tânia veio toda pra cá e também ajudou a procurá-los, até mesmo Tânia se mobilizou para encontrá-los. Pedi pros lobos ficarem atentos a qualquer vampiro, então eu e Renée fomos atrás de notícias no Brasil.

–talvez seja hora de esperarmos Charlie, eles não querem ser encontrados.

–você não entende Renée, não vou desistir de procurá-los. Bella não desapareceria assim, mesmo que tenha feito isso à vida toda, agora é diferente... Agora ela tem motivo pra voltar, agora ela tem uma vida, um lar e pessoas que a amam.

Olhei pela janela do avião querendo respostas, notícias suas, encostei a cabeça na poltrona pensando nela como todos os dias.

POV Bella

Voltamos finalmente depois de tanto tempo, viemos pela terra dos Quileutes e logo vieram me rodear, menos Leah que não confia em mim.

–prestem atenção... Uma guerra está a caminho, uma guerra da quais vocês não tem nada a ver. Então não se intrometam, por favor.

–do que você está falando? – pensou Sam preocupado.

Os Cullen's chegaram junto com um pessoal desconhecido. Mais dons pra minha coleção, choques elétricos e dom de conseguir perceber se outro vampiro tem um dom e qual é, que ótimo, como se eu quisesse ter que aprender a lidar com um novo dom agora com uma guerra a caminho.

–são nossos amigos – informou Esme assim que rosnei.

Notei a falta dos meus pais.

–foram procurá-la na casa de uns amigos – tranquilizou Rose quando percebeu meu olhar alarmado.

Abracei todos desejando poder protegê-los do que está por vir, vi Edward abraçando sua família, e Esme soluçava baixinho.

–me desculpe Esme, deveria tê-lo trago de volta.

Ela sorriu vindo me abraçar.

–poderiam ter ligado, ficamos muito preocupados – avisou Carlisle.

–desculpem, aconteceu tanta coisa – avisou Edward.

–o que poderia ter acontecido pra vocês se esquecerem de ligar? Que cara são essas? – perguntou Alice preocupada.

Hesitei olhando pro Edward.

–precisam saber... Chega de esconder... Um exército está sendo formado...

Tentei ignorar os pensamentos de todos, principalmente dos lobos que ainda estavam aqui.

–como assim um exército? – perguntou Jass alarmado.

–iguais aos que você criou no passado, com uma diferença de quem está criando não tem a menor ideia do que está fazendo.

–onde? – perguntou Carlisle assustado.

–não sabemos.

–o que querem? – perguntou Alice preocupada com a resposta.

–quem você acha que eles querem? – perguntou Tânia de braços cruzados.

Olhando-a agora, não parece tão irritante.

–eles querem você! – exclamou Esme alarmada.

–mas isso não vai acontecer, não vou deixar.

Edward pegou na minha mão beijando-a rapidamente.

–quando eles vêm?

Virei pro Jacob pra respondê-lo, suspirei por não ter essa resposta.

–esse é o problema Jacob, não sabemos... A única coisa que disseram foi que eles estão se organizando para me destruir.

–quem disse? – perguntou Emmett temendo que as informações fossem falsas e não houvesse mais luta.

–dez vampiros.

–são de confiança? – perguntou Carlisle preocupado.

Lembrei-me das torturas que fiz com eles até que me dissesse o porquê de James estar tão quieto.

–creio que depois de serem torturados, não iriam mentir – avisou Edward suspirando cansado.

As torturas foram demais pro Edward, mas depois que um deles se soltou e partiu pra cima de mim, ele se transformou e começou ele mesmo a arrancar informações deles.

–e o que pretende fazer? – perguntou Rose ansiosa.

–voltei pra resolver algumas coisas, informar meus pais e depois irei embora pra levar a briga pra outro lugar... A propósito nós já vamos... Conversamos depois.

Puxei Edward correndo pra casa.

–aqui poderemos conversar melhor.

Sentei na cama e ele sentou do outro lado, de costas um pro outro.

–você está pensando em me abandonar, não está?

–sim.

–por quê?

–não te quero envolvido nisso...

–tarde demais.

–tarde o caramba, acha que eu não vou usar meu dom em você? Posso obrigá-lo a se afastar de mim. Saiba que ás vezes eu jogo sujo, muito sujo.

–depois o que irá fazer? Quando tudo isso acabar.

–quando tudo isso acabar... Continuarei seguindo minha vida com meus pais.

–mesmo que não queira, nós vamos lutar, quer você queira ou não.

–tudo bem, agora vá embora... Preciso ficar sozinha e...

Agarrou meus braços levantando-me, prensando-me na parede olhou-me rosnando furiosamente.

–fale olhando nos meus olhos, diga tudo olhando pra mim!

–vá embora!

Não satisfeito começou a beijar meu pescoço, mordiscar e chupar.

–pare... Eu não te quero... Vá embora.

Ignorando-me totalmente começou a descer sua mão enquanto mordiscava meu pescoço. Quis afastá-lo, mas só quis porque meu corpo criou vida própria, cada vez que pensei em afastá-lo mais meu corpo se grudava ao dele. Desceu minha calça junto com a calcinha começando a beijar e mordiscar minhas coxas, até chegar onde ambos queríamos, começou a brincar com a sua língua, fazendo um ótimo trabalho.

–eu te odeio... Você é bom... Odeio você... Pare.

Obedeceu-me voltando a ficar de pé e eu o olhei indignada.

–posso saber por que você parou?

–foi você quem mandou!

–e eu por acaso mando em alguma coisa? Vamos continue.

Empurrei seus ombros pra baixo, e finalmente continuou mais animado do que antes. Suspirei feliz e ele subiu beijando meu pescoço.

–não me peça pra deixar você ir, nem pra ficar com Tânia porque não vou... E se você usar seu dom obrigando-me a ficar com ela saiba que eu serei infeliz, e se você me fizer esquecer o nosso relacionamento, mesmo que eu não me lembre de nós sentirei um vazio... Então não faça isso comigo.

Beijei seu peito o abraçando pela cintura.

–não se preocupe, acabo de descobrir que sou egoísta demais para lhe deixar ir.

Beijou o topo da minha cabeça.

–o que faremos?

Sorri maliciosamente e em segundos estávamos transando na cama. Depois de horas de muito amor ficamos deitados abraçados.

–o que farei?

–converse com Jasper, ele entende dessas coisas.

Levantei pegando minha blusa pra me vestir.

–não vai, vamos aproveitar nosso momento.

Subi em cima da sua cintura.

–já aproveitamos demais – avisei roçando nossas intimidades.

Gemeu fechando os olhos, beijei seu pescoço enquanto deslizei seu membro para dentro de mim novamente.

–você é incrível – avisou segurando minha cintura.

Voltamos a nos amar loucamente, e depois de dois dias sem sairmos do quarto resolvi que era hora de conversar com Jasper.

Corremos pra sua casa e ele entrou primeiro chamando por Jasper.

–o que aconteceu? – perguntou Esme preocupada.

–nada, não se preocupe... Só quero conversar com Jass sobre o que farei em relação aos vampiros recém-criados.

–vamos dar um volta – chamou Jasper.

Saiu na frente e eu o segui depois de trocar um rápido olhar com Edward chamando-o com o olhar, mas preferiu ficar.

–o que resolveram?

–Jass, preciso da sua ajuda, você é experiente em relação aos exércitos de vampiros, preciso que me ensine tudo o que sabe.

–vou ajudá-la, não se preocupe.

–por onde começaremos?

–o melhor é treinarmos, conhecermos nossos pontos fracos e fortes, e no decorrer do treino vou dizendo o que precisam saber.

–vocês não precisam lutar.

–você faz parte da família e quando mexem com alguém da nossa família, mexeu com todos.

–obrigada.

Voltamos e assim que entrei Alice veio me abraçando.

–senti tanto sua falta!

–eu também.

–você não vai embora, vai?

–não, sou egoísta demais pra deixar Edward.

Ele sorriu abraçando minha cintura.

–te amo.

–eu também Edward.

Puxou-me para nos juntarmos aos demais Cullen's que conversavam, sentei no sofá e ele sentou no chão entre minhas pernas.

–que indelicadeza minha Bella, essa é a família de Tânia, Irina, Kate, Carmem e Eleazar – apresentou Esme sorridente.

–é um prazer finalmente conhecê-la – avisou Carmem sorrindo.

–olá.

Foi à única coisa que consegui dizer, os demais apenas acenaram com a cabeça.

–achei que finalmente estaria livre de você.

Retiro o que disse, Tânia é e sempre será irritante.

–não desta vez Tânia querida.

–é bom tê-la de volta... Eles são um saco sem você – avisou Tânia curvando a boca tão rapidamente que eu não tenho certeza se isso foi um sorriso.

Ou talvez haja esperança pra ela.

–é bom estar de volta. E ai Emmett, sentiu minha falta?

–claro. Essa casa não é a mesma sem você, não tem graça essa é a verdade.

–bom agora eu voltei, e não saio mais daqui.

Nem sinal dos meus pais, e se tiver acontecido algo com eles? Charlie sabe se defender sozinho e protegeria Renée se fosse necessário, mas não aguentaria por muito tempo.

–vocês têm noticias sobre meus pais? Estou preocupada.

–enquanto estava na sua casa eu liguei pra eles, pediram que se você aparecesse que entrássemos em contato – informou Rose.

Assenti ansiosa para quando voltassem.

–a propósito eles já devem estar chegando – avisou Carlisle.

Mordi os lábios ansiosa e preocupada, terei que contar toda a verdade pra eles quando chegarem, mas será que estarão preparados pro que está por vir?

–o que se passa? – perguntou Edward tombando a cabeça para trás pra me ver.

–nada, só estou preocupada como sempre.

–relaxe, vai dar tudo certo.

Assenti sabendo que não, meus problemas estão cada vez maiores e enquanto James ou eu vivermos ninguém terá tranquilidade. Para tranquilizar-me passou a mão no meu rosto e eu a segurei ali fechando os olhos.

O telefone tocou chamando nossa atenção, Esme atendeu e era Charlie avisando pra eu ir para casa que eles já estavam chegando. Edward se ofereceu pra ir, mas avisei que era melhor uma conversa entre família.

Corri e antes que eu chegasse perto de casa, Renée me agarrou num abraço apertado.

–se você quer nos deixar preocupado... Parabéns Bella, você conseguiu.

–desculpa mãe, juro que tem uma explicação.

–tudo bem, vamos... Seu pai está nos esperando.

–bravo?

–está preocupado.

Senti-me mal por esconder deles tudo o que vem acontecendo comigo.

–pai...

Corri jogando-me nos seus braços.

–amo você.

–Bella temos algo pra te contar...

–não pai, deixe-me falar primeiro antes que eu não tenha coragem.

Puxei os dois pelas mãos sentando-os no sofá, sentei na mesinha de centro aflita. Contei tudo desde o início sem esconder mais nada, quando acabei solucei alto, ajoelhei deitando a cabeça no colo da Renée.

–filha não fique assim... Não vou deixar ninguém te machucar – prometeu Charlie.

–não estou preocupada comigo.

–pois deveria – repreendeu Renée. – não sei o que seria capaz de fazer comigo mesma se algo acontecesse com você.

–sua mãe está certa... Estamos aqui para protegê-la.

–Edward já sabe?

–sim, Jass irá nos treinar.

–olha Bella, eu lhe proíbo de esconder as coisas de mim... A partir de hoje as coisas nessa casa vão mudar, você não sairá sem nos avisar aonde vai, nem nós faremos mais isso, se tivermos que sair da cidade iremos ligar de onde estivermos.

–tudo bem, pai.

Renée começou a acariciar meus cabelos tranquilizando-me. Ficamos assim por horas até que a minha garganta começou a arder.

–vou chamar o Edward para caçar – tranquilizei quando Charlie sugeriu ir junto.

Nem foi preciso entrar na sua casa, pois me aguardava no meio do caminho de braços abertos.

–preciso caçar.

–vou com você.

Depois de me satisfazer escalei a montanha e fiquei olhando a paisagem.

–achei você!

Sentou atrás de mim e ficamos em silêncio observando a floresta. Virei olhando-o fitar o horizonte pensativo, olhou-me e nossas bocas se encontraram num beijo apaixonado. Meu corpo foi se inclinando, até Edward estar deitado em cima de mim apoiando seu peso no seu braço.

–quer casar comigo?

–de novo essa historia? Já disse, caso só se você me der uma anel...

–serve esse?

Olhei pro seu dedo e um anel lindo estava no seu dedo mínimo, pisquei confusa e envergonhada.

–Edward, estava brincando e...

Colocou o dedo na minha boca e sorriu.

–aceita?

Assenti e ele introduziu o anel no meu dedo.

–foi da minha família, minha verdadeira família... E agora é seu.

Olhei atordoada pra minha mão, não posso acreditar, abracei seu pescoço puxando-o pra mim.

–eu... Era uma brincadeira, sobre o anel.

–eu sei, mas eu quis te pedir em casamento.

Apertei nosso abraço desejando poder fugir com ele.

–você é a melhor coisa que já me aconteceu, eu te amo Bella.

–não fale assim, parece até uma despedida... Não quero uma despedida, não quero nunca me separar de você.

Beijou o topo da minha cabeça, me abraçando forte.

–não é uma despedida.

Nos abraçamos mais forte.

–então por que eu sinto que estamos com medo? Porque eu estou, estou com muito medo.

–ter medo é bom. Significa que você tem algo a perder.

Escondi meu rosto no vão do seu pescoço.

–nunca senti medo, não esse medo que estou sentindo agora, sinto medo, mas não por mim, sinto por você, pela sua família, por meus pais, pelos lobos, mas não me importo comigo.

–não fale assim.

Abraçou-me fortemente.

–por favor, eu não posso imaginar minha vida sem você... Então não faça nenhuma besteira, por favor, Bella.

–não vou fazer, não sou idiota!

Ficamos abraçados por horas, ouvimos o uivo dos lobos e o celular do Edward vibrando ao mesmo tempo.

–Alice.

Ela ligou querendo saber onde estamos, e avisar que os lobos querem conversar comigo. Pedi para Edward ir pra sua casa e depois nos encontraríamos lá, corri apressada e parei quando os vi em forma humana sentados em troncos de árvores me esperando.

–Bella! – exclamou Seth animado ficando de pé.

Sorri acenando e ele correu na minha direção, mas parou na metade do caminho quando percebeu que antes de ser sua amiga, sou uma vampira, os meninos ficaram de pé desconfortáveis pela forma humana.

–podem ficar sentados.

Sentei num tronco o mais distante deles, deixando um enorme espaço entre nós para eles se sentirem mais a vontade.

–que história é essa de exército? – perguntou Sam confuso e preocupado.

Voltei a explicar tudo novamente, dessa vez com calma e paciência.

–simples assim? – perguntou Quil preocupado.

–isso é demais!

–menos Seth! – pedimos todos juntos. – desculpe – pedi envergonhada quando me olharam.

–o que pretende fazer? – perguntou Jacob ansioso.

–vou lutar, os Cullen's e pais também. Vou tentar descobrir mais a repeito, mas algo está bloqueando meus dons, não sei o que é.

–tem mais ou menos uma ideia de quantos vampiros? – perguntou Sam.

–não sei, é um exército, é só isso que eu sei. Jasper é especialista nisso, ele criou muitos exércitos e vai nos ensinar a matá-los.

–qual o jeito mais fácil de matar vocês? – perguntou Jared curioso.

–só a um jeito... Desmembrar e queimar os pedaços.

isso é fácil! – pensou Embry animado com a ideia de nos matar.

–não é tão fácil, não espere chegar em nós e arrancar os nossos membros e depois queimá-lo, não vamos deixar Embry, vocês não teriam a menor chance...

–você está duvidando da nossa capacidade? – perguntou Paul ficando bravo.

Revirei os olhos usando o dom do Jasper para acalmá-lo.

–se acalme. Tem uma coisa que vocês não sabem sobre nós, quando recém-criados nós possuímos uma força capaz de destruir o vampiro mais velho como se ele não fosse nada, se um deles pegar eu ou vocês e não conseguirmos escapar, eles acabam conosco sem pensarem.

–e como pretendem destruí-los? – perguntou Sam tentando não mostrar que está preocupado.

–quem está criando-os não tem a menor ideia do que está fazendo, eles têm força, mas não sabem como usar, eles são mais rápidos e velozes, mas não passam de crianças despreparadas. É ai que vamos tentar ganhar, Jasper é muito experiente e vai nos ensinar tudo o que sabe.

–Sam precisa autorizar nossa participação! – pensou quase todos animado, menos Leah.

Sam estava ponderam os pós e contras de se envolverem em uma luta como essas.

–eu tenho que ir...

–tudo bem, vá – avisou Sam querendo conversar com os meninos.

Voltei indo pra casa, tirei o tênis sujo de lama deixando-o na entrada, a casa estava silenciosa, apenas um zumbido vinha da TV. Todos estavam estáticos olhando a TV noticiando mais duas vítimas desaparecidas, congelei olhando a tela.

–é a quinta vítima em três dias, Seattle está em estado de alerta e recomendaram toque de recolher, mas essas duas vítimas desapareceram dentro da sua própria casa, o que levam os humanos a descartar a ideia de um serial killer que esconde os corpos das vítimas – informou Charlie desligando a TV e suspirando tristemente.

–precisamos acabar com isso, daqui a pouco os Volturi estarão a caminho pra resolverem pessoalmente – avisou Esme preocupada.

Tremi só de pensar neles aqui.

–eles não! – pediu Renée me olhando preocupada. – temos que resolver isso logo.

–eles não podem vir pra cá – avisou Charlie olhando-me em pânico.

Os Cullen's me olharam preocupados, e a família de Tânia nos olharam confusos.

–se os Volturi colocarem os olhos na Bella, eles vão querer que faça parte da guarda, eles amam vampiros poderosos e a Bella reúne tudo isso num corpo só – informou Alice preocupada.

–eles não sabem da sua existência? – perguntou Eleazar surpreso.

–eu acredito que... Não. Não sei.

–precisamos começar a treinar, mas e a escola? – perguntou Esme preocupada.

–nós já temos diplomas demais, um a mais, um a menos não fará falta – avisou Rose. – quando começamos Jasper?

–logo quando amanhecer.

–nós vamos participar – avisou Carmen.

–não precisam...

–vocês fazem parte da nossa família, nós vamos lutar – avisou Eleazar decidido.

–já decidimos, agradeçam depois – pediu Irina sorrindo.

–obrigada – agradeci educadamente.

–alguns conhecidos também vão vir nos ajudar – avisou Renée para mim.

Arregalei os olhos assustada.

–eu não acredito nisso, não posso acreditar! Quem está vindo?

–as amazonas e Garrett – sussurrou Charlie.

–eu não acredito que aquele idiota do Garrett, está vindo pra cá! Eu não acredito nisso! – exclamei tentando não ficar furiosa.

Saí em busca de ar quando tive uma visão do Garrett a caminho de Forks.

–que droga, ele está chegando!

Corri para encontrá-lo, se os lobos o encontrarem, idiota do jeito que Garrett é, será difícil de separar um possível briga.


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Notas finais do capítulo

Trecho do próximo capítulo.

[...]

—um vampiro que Bella odeia, e vice e versa, mas eles se gostam...

[...]

...Bella com um homem, mas sem mostrar o rosto, ora beijando, ora transando e ela dizendo que o ama...

[...]

—pare com isso, Tânia! Pare agora!

[...]

—isso é por ter me beijado da última vez que nós vimos.

[...]

—senti sua falta, senti muito a sua falta.

[...]

—-sogra, senti sua falta!

[...]

—não preciso de três anos, um minuto com você é suficiente

[...]

—sei que eu não posso te ajudar, mas vou tentar. Tenho muitos amigos, vou achar um jeito de te ajudar.

[...]

—você não muda, sempre me mandando embora quando tem uma chance.

[...]

—continua ridículo...

[...]

—nós não estamos pedindo permissão...

[...]



Smack!









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