Eu corri por um tempão pelos andares. Desci um montão de escadas e parei em um corredor que nunca tinha visto.

Eu estava mesmo louca! Só poderia ser isso!

Sentei-me na escada respirando forte, tentando me acalmar e colocar as minhas ideias no lugar. 

“Peeta estava aqui, tudo estava bem!”, disse a mim mesma. “Então por que eu continuava a agir assim?”

Não deveria haver nenhum problema Peeta passar essa noite no hospital, era para o bem dele, só que eu sentia que a cada minuto que eu passava longe dele mais instável e perturbada eu me tornava.

Tinha que ter o controle disso, exatamente como tomei o controle da minha vida quando o meu pai morreu; exatamente como eu me tornei uma pessoa capaz de sobreviver e saber o que fazer, mesmo quando a minha própria morte estava aos meus calcanhares.

Disse a mim mesma que eu não era uma “louca apaixonada!”. Me fiz ter certeza disso.  

Só tinha uma ligação com Peeta, por que eu devia isso a ele; por que ele salvou a minha vida; por que ele me amava e eu não poderia ignorar isso; por que ele era o meu amigo. Essas seriam as únicas razões de eu ter feito o que fiz.

Me proibi de agir do jeito que venho agindo até agora.

Tudo agora voltaria ao normal.

Isso era uma promessa.