Dinamite escrita por Charlie


Capítulo 9
Sei que você ama a estrada


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOI, bbs! Demorei, é, eu sei!
Mas eu amei esse cap, porque ficou todo meloso e fofo... Eu não sou a maior fã de melação, mas depois do fds que eu tive, depois desse heartache passageiro de mais uma das minhas paixões passageiras, quis fazer uma coisa fofa.
Compreendam esto: "Eu me apaixono. Eu não fico afim, ou curtindo um cara. Eu me apaixono. Eu me jogo. E aí saem meus contos, minhas fics, ou com sorriso ou com choro". É, that's me.
Leiam as notas finais e aproveitem!



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POV Roxanne

Ele estava tão lindo! Incrível como Sirius parece um príncipe com camisa social branca e terno. Demorei um tempo encarando-o, assim como ele, até que Régulus veio me cumprimentar. Eu lhe deixei me dar um beijo no rosto e fiz o mesmo. Ele era como uma réplica menor e com cabelo mais arrumado do Sirius, mas ainda tinha o mesmo ar de galanteio e sorriso de canto. Era mais comportado, entretanto.

-Boa noite, Malfoy – aquela voz falou perto de mim.

Olhei pra cima, afinal eu sou baixinha mesmo com salto alto, e ele é enorme! Meus pais e os Black estavam sentados de costas para nós, conversando, comendo petiscos e bebendo alguma coisa antes da ceia. Minha mão deslizou por sua cintura, pelo tecido fino do terno e eu me peguei prestando atenção dos botões de sua camisa e mordendo a língua.

-Boa... Boa noite, Black – falei finalmente e lhe de um beijo no rosto, o que demoramos mais do que devia.

-Comporte-se, Roxanne – sussurrou ao meu ouvido e eu suspirei – Ao menos agora, comporte-se.

Deu uma risadinha e foi sentar-se com o irmão no sofá á esquerda em que meus pais e os dele estavam. Sentei-me ao lado de Régulus também, de modo que ele ficou entre nós dois.

A noite discorria tranquilamente enquanto o relógio aproximava-se da meia-noite. Houve uma singela troca de presentes. As mulheres receberam pequenas joias, e os homens receberam relógios. Percebi que Reg ficou agradecido pelo seu, mas Sirius forçou um sorriso e colocou-o no bolso do paletó.

Porém, nada é perfeito. E Sirius se levantou e subiu as escadas quando todos estavam indo para a ceia. Ele estava lá há cinco minutos e eu queria conversar com ele, eu precisava tanto da sua voz!

-Com licença, preciso usar o toalete – falei e a Sra.Black, bondosamente, me indicou a primeira porta à direta ao subir das escadas.

Subi devagar, esperando que adentrassem na cozinha. Quando vi o último pé esquerdo deixar o batente da porta, andei rapidamente vendo as portas, até achar o nome dourado dele entalhado na madeira. Respirei fundo e abri lentamente a porta.

Sabe aquele sentimento de que você está em um filme? Pois bem. Era uma janela escancarada, uma cortina levemente rasgada em um quarto totalmente bagunçado e revirado. Terno jogado ao chão, gavetas abertas, armário entreaberto e o leve cheiro daquele perfume que eu tanto me vicio pairando ao ar.

Corri até a janela a tempo de vê-lo ligando aquela coisa.

-Sirius! – gritei sussurrando, se é que isso é possível!

-O que você tá fazendo aqui, sua louca? – ele me olhou com ódio. Parecia pequeno olhando do segundo andar. Aliás, como ele desceu?

-Como você chegou aí? E por que raios você está aí?

-Eu tô indo. Você vai comigo ou fica?

-Eu... Não posso, Sirius.

-Eu te escrevo assim que chegar à casa dos Potter... E você vai me visitar lá, podemos conversar.

Ele deu partida na moto e eu ouvi eles lá embaixo querendo sair à porta. Antes que ele pudesse ir, eu o chamei uma última vez.

-Sirius – ele me olhou e eu limpei a lágrima que saía do meu olho. Porque eu sabia que se ele fosse, eu nunca poderia ficar com ele sem contrariar a minha mãe e me queimar do mesmo jeito – Se cuida.

E ele partiu com a moto.

POV Sirius

Eu pisei fundo sabendo que minha “mãe” me amaldiçoava nas minhas costas e que Roxanne chorava por eu ter ido embora e ter colocado-a em uma sinuca de bico. Mas eu não podia ficar mais! Eu tinha combinado com James e era isso que eu faria! Além do mais, eu não posso comprometer a minha sanidade mental por uma garota que eu não tenho certeza de nada!

Acelerei mais ainda, aquelas duas palavras martelando a cada curva: “se cuida”. Eu podia ter saído sem essa. Porque, se alguma coisa acontecesse comigo, eu não seria mais o único atingido. Ela também. E isso complica tudo! Porque aí eu fico com medo de me arriscar, de fazer as coisas que eu faço, de me jogar sem medo de cair. Acho que, se eu cair, ela cai também. E ela e princesinha demais pra cair sem quebrar.

Argh, eu estou metafórico! E romântico! Droga, Roxie! Olha o que você fez comigo, sua louca!

Passaram-se alguns minutos e eu parei na frente da mansão afastada dos Potter. James estava  na calçada, garrafa de cerveja trouxa à mão, a luz da casa acesa na sala de estar. Na casa ao lado, de Dorcas, eu via a janela de seu quarto aberta, luz acesa, música alta e uma pessoa loira saltando de um lado para o outro, ao ritmo da música. Remus a ama mesmo sendo louca... E ela o ama mesmo que ele seja um lobo, ainda que não saiba que é isso que ele faz nas noites escuras, acho que ela esconde de nós que sabe.

-Boa noite, fugitivo! – ele me recebeu com um meio sorriso e me convidou a sentar na calçada, oferecendo outra garrafa pra mim.

-É um bom jeito de passar o Natal...

-Só que não – ele disse gargalhando e eu o acompanhei. Finalmente, no meu lugar.

-Ajuda com as coisas?

-Claro! Vamos levar suas tralhas pro nosso quarto e comer bolo de chocolate da Dona Sarah, né não?

-É! CADÊ MINHA MÃE? – eu gritei enquanto caminhávamos pra porta.

-Por Merlin, você chegou! – ela apareceu à porta e me abraçou, enquanto o pai ria atrás, o cachimbo pendendo no lado direito da boa.

-Eu disse a ela, Sirius, que você estava bem! Mas ela odeia a sua moto, você sabe!

-Deve ser mal de mulher, pai!

-Que nada! As mulheres amam um badboy...

-Como você sabe? – James perguntou com uma cara que me fez rir muito.

-Como acha que eu conquistei a sua mãe, seu idiota?

Nós rimos e entramos pra ceiar. Comemos e eu peguei pergaminho e pena. Se eu conheço garotas (e como eu conheço!), Roxie está morrendo de preocupação agora.

“Boa noite.

Vou te chamar de loira. Não quero que alguém pegue as cartas e descubra com quem você anda falando. Minha fama vai piorar, mon amour...

Então, você enderece cartas à ‘Padfoot’. É apelido entre eu e os moleques, mas melhor usarmos.

Eu estou bem. E eu realmente não queria ter te forçado escolher entre ficar e vir comigo. Você sabe porque fiz isso.

Por favor, preciso te ver logo. Temos que conversar, certo?

Tente escapar amanhã, venha por pó de flu. Podemos dar uma volta, sei que ama a estrada!

Cuidado.

Durma com os anjos.

Padfoot.”

Selei e entreguei à coruja. Era amanhã. Eu finalmente ia colocar todas as cartas na mesa e arrumar essa história entre Roxanne e eu. O problema maior é que eu decidi tarde, e se ela decidir que sim, já é tarde. A essa altura não quero mais nem saber chantagear a princesinha. Eu só quero, de um jeito bem estranho, poder ficar com ela de verdade.


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Notas finais do capítulo

Babys, eu fiz uma fic nova! Dedicada pra boba da Tahirê, sabe? É só de ones e vai ter TODAS as gerações... Podem dar uma passadinha lá?
Espero reviews aqui, ok? E leitores lá! ahahha
http://fanfiction.com.br/historia/295949/Entre_Quatro_Paredes/
BEIJO, BOA SEMANA, AMO VOCÊS!
x :)