Ligados Um Ao Outro escrita por HinaSama


Capítulo 1
One shot


Notas iniciais do capítulo

Oh, bem... Tomei coragem, finalmente! Eu sou uma fã incondicional e hard shipper de Jerza (ou Gerza, como preferirem), e como nunca é suficiente o que leio, vejo, ouço sobre eles, tive de escrever também. Não sei se o que escrevi faz justiça à beleza do casal e tal, por favor, não me apedrejem caso tenha ficado clichê, melodramático ou depressivo ._. Hm, então... acho que é isso. Nos vemos lá embaixo (caso vocês cheguem lá >.<)



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Depois que Jellal fora levado preso pelo Conselho Mágico, Erza ficou calada e distante, com os olhos mais tristes que Lucy já havia visto. A loira pensou em como a amiga devia estar sofrendo ao saber que o homem que ela amava ia ser executado sem julgamento. “Nem quero imaginar como Erza se sentiu quando disse para os homens do Conselho que eles podiam leva-lo”, pensou, suspirando profundamente.

A ruiva suspirou do outro lado a guilda, onde estava sentada sozinha, ora hesitando em lembrar, ora pensando no que acontecera. Balançou a cabeça lentamente, tentando ordenar os pensamentos. Por fim, resolveu caminhar... Apenas para não ficar parada sob os olhares cheios de piedade que Lucy adotava toda vez que a olhava. Quem diria que um dia alguém olharia daquela maneira para ela, logo ela, cujo nome fazia homens feitos tremerem.

“Erza Scarlet. Scarlet...” – sorriu quando repetiu mentalmente seu sobrenome, sentindo um misto de dor e calor tomar conta do seu peito. Caminhou por horas até estar longe da guilda, longe da cidade. Escorou-se em uma pedra e olhou para o céu. Tão azul. “Azul...” – repousou a testa nos joelhos, expirando devagar, como se junto com o ar um pouco da dor estivesse saindo de dentro dela.

Lembrou-se de como ficara dividida quando os homens do Conselho apareceram e anunciaram que levariam Jellal. Por um momento ela realmente cogitou a possibilidade de fazê-los reconsiderarem a decisão. Travou uma batalha intensa consigo mesma para enfim declarar que o levassem. Ele estava sempre escapando por entre os seus dedos, sempre...

Uma parte dela tentava levantar, espanar o pó da saia azul e dizer firmemente: “Deixe as memórias sozinhas... não tente mudar o nosso destino, Erza!”. Mas a parte que se recusava renitentemente a seguir o conselho da outra, pensava de maneira petulante que mesmo que a considerassem louca ou idiota, uma espécie de iludida que se agarra ao passado para poder resistir ao presente e caminhar em direção ao futuro, mesmo que a olhassem com os olhos transbordando piedade pelo seu sofrimento... Mesmo assim ela continuaria a pensar em Jellal. Enquanto sentisse seu coração aquecido quando lembrasse as palavras dele, continuaria as embalando, acariciando, acalentando as mesmas, sentindo o calor que provocavam se espalhando no peito. Não, não iria parar, não queria parar! Não queria deixar de sentir, mesmo que isso implicasse em sofrimento. Sorriu tristemente... “Sofrimento”. Não que não estivesse acostumada a carrega-lo e a suporta-lo. Passara anos convivendo com o sofrimento provocado pelas lembranças do seu passado, lacrado dentro de si. No fim das contas ela não era do tipo de pessoa que compartilha seus problemas com os outros.

Ela é do tipo de pessoa que ajuda os outros a resolverem seus problemas, a superar seus medos. Assim como ela tinha prometido a ele que o ajudaria quando suas memórias voltassem. Ela sinceramente acreditava que conseguiria o fazer seguir em frente, aceitando que o passado não podia ser mudado, mas que ele poderia construir uma nova vida ao lado dos novos companheiros. Ao lado dela... Flagrou-se corando ao pensar nisso.

A ruiva ergueu os olhos para o céu e percebeu que o mesmo se tornara vermelho com a chegada do entardecer. “Era a cor do seu cabelo”. A lembrança dessa frase a paralisa por um momento. Não consegue evitar e acaba sorrindo com ternura, fechando os olhos e desejando com todo o seu ser que tudo ficasse bem, independentemente do que tivesse de acontecer.

(ノ◕ヮ◕)ノ*♥:・゚✧

Longe dali, Jellal via um raio vermelho atravessar debilmente a janela de sua cela. Sentiu o coração estreitar-se e estremeceu ao pensar no que causara a ela. Não tinha coragem nem de pronunciar o seu nome. Na realidade não se considerava digno o suficiente para isso. Fechou os olhos, passando a mão pela testa e pelos cabelos. Ficara surpreso quando suas memórias voltaram e atribuía o fato à presença de Erza, ao modo como ela lhe tratara, dizendo que ficaria ao lado dele e o ajudaria a superar, entender e aceitar o que quer que ele lembrasse. Sim, ela fora a luz que o guiara para longe da escuridão do esquecimento.

Sendo o nome dela a única coisa de que lembrava quando acordou após Wendy o curar, Jellal atribuiu uma importância quase que mística ao mesmo. E agora a luminosidade escarlate do céu teimava em fazer com que ele se martirizasse ainda mais. Aquela cor... Aquele nome... Aquele rosto...

Ele agradeceu quando ela disse que podiam leva-lo. No fim das contas, agora que se lembrava de tudo, ele sabia que tinha de pagar pelo que fizera. E o seu castigo seria ao mesmo tempo a libertação da mulher que preenchia sua mente. Não, ela não mais teria de vê-lo, e por isso uma parte dele sentia-se aliviado com a iminente execução. Pagaria pelos seus pecados de uma vez por todas, libertaria Erza, cortando o fio vermelho que os unia desde sempre, preso aos seus dedos.

Porém, no íntimo da sua alma, Jellal ainda queria ter a oportunidade de toca-la só mais uma vez. Encher o peito com o cheiro dela, encher os olhos com a visão da imagem dela. Frustrou-se por estar pensando nisso, algo que contradizia totalmente o que ele vinha dizendo a si mesmo desde que havia sido preso. Não ele não merecia vê-la... Mas ele queria, e muito, não podia negar. Olhou para sua mão, visualizando o fio vermelho atado ao seu dedo, sorrindo tristemente ao pensar na outra extremidade do ‘akai ito’. E no silêncio daquela cela, após todas as reflexões, acabou por concluir: “Você é o meu passado, o meu futuro, Erza... Na vida, e até mesmo na morte, estamos ligados um ao outro”.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoas? Muito ruim? Muito chororô? Críticas serão bem recebidas, logicamente^^ É sempre bom saber no que podemos melhorar. Sou péssima monologando, sorry, fico aqui pensando no que posso escrever pra vocês .__. Hm, acho que não tenha nada a acrescentar, então me despeço por aqui. Beijos aos corajosos que chegaram até aqui, hehe ♥ Obrigada ;)
P.S.: AIUEAIUEIAEUAIEA Não me matem pelo (ノ◕ヮ◕)ノ*♥:・゚✧ fora de contexto, é que eu acho tão bonitinho que resolvi usar pra separar as duas partes >.