Deep in the Meadow escrita por Pennyweather


Capítulo 8
If I just lay here


Notas iniciais do capítulo

Vocês querem me matar, é isso. Não é possível. Mais 3 recomendações? Não sei como ainda não morri depois dessas recomendações perfeitas. Por isso, dedico esse capítulo às lindas divinas e perfeitas leitoras que fizeram essas recomendações lindjas:
- Annabeth Everdeen;
-Srta.Brucha;
-remembergirlonfire.
Amo vocês, gatas =3
Bom, sobre esse capítulo, juro que tentei caprichar. Esse capítulo tem música, então peço que já deixem carregando a música Chasing Cars da banda Snow Patrol. Querem o link?http://www.youtube.com/watch?v=E1W5lFW-vUY
Tentem acompanhar a música com os trechos que vou colocar na fic! Mas só coloquem a música para tocar quando eu pedir mais lá pra frente nesse capítulo,ok?
~le autora confusa~
Bom, vamos ao capítulo! Aproveitem, estou esperando vocês e suas reviews lá em baixo!



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POV. Madge

 Eu observava o fogo crepitar e mexia minhas mãos diante das chamas, tentando absorver o calor que emanava da fogueira.

A noite estava fria, extremamente fria. Lufadas de vento entravam pela janela de nosso abrigo e eu sentia meu corpo tremer.

Como a cerca estava eletrificada, Gale e eu decidimos que teríamos de procurar abrigo até que esta fosse desligada novamente. Entramos na pequena casa de cimento próxima ao lago da floresta e acendemos o fogo na lareira. A casa estava mais quente que fora, mas mesmo assim o frio estava insuportável. Encolho minhas pernas e as envolvo com meus braços. Viro-me e vejo que Gale está sentado, apoiado contra a parede, em uma posição completamente sossegada. Como é que ele suporta tamanho frio?

–Quer comer alguma coisa?-pergunta ele.

Dou de ombros. Na realidade, não sei se estou com fome, a única coisa com que me preocupo agora é o frio.

–Bom, vou assar um dos coelhos. Eu estou morrendo de fome.

Fico observando ele limpar a caça e colocá-la no fogo. Quando o coelho está pronto, ele corta um pedaço e entrega a mim.

Na verdade, eu nunca comi caça desse jeito, mas não custa nada provar. Até porque, finalmente, meu estômago está começando a se manifestar.

–Obrigada.

Ele dá um meio sorriso e começamos a comer em silêncio. Mantenho meu olhar fixo nas chamas da lareira, mas não consigo deixar de notar que Gale me observa.

Fico sem-graça e tento puxar assunto:

–Quando será que a cerca será desativada?

–Provavelmente amanhã de manhã.

O silêncio volta. Terminamos de comer e, então, Gale fala:

–Mad?

–Sim?

–Pode me contar por que veio à floresta colher morangos?

Dou um suspiro, sabia que cedo ou tarde ele perguntaria isso. E então conto tudo o que vem à minha mente, como minha mãe está doente, a conversa de hoje de manhã. Como eu sentia falta dela, como eu estava mal por saber que ela estava com uma doença grave, e que eu queria colher os morangos para tentar fazer o que eu e minha mãe fazíamos quando eu era criança: líamos comendo morangos, deitadas na grama.

Sinto meu lábio inferior tremer e as lágrimas começando a surgir. Continuo a olhar o fogo, as lágrimas agora rolando por minha face. Eu já não conseguia mais segurar. Era muita coisa ao mesmo tempo. Eu estava com frio, presa na floresta, com minha mãe adoecendo em casa, com minha amiga na arena. Era muita coisa pra processar. E como eu não dava conta de tudo isso, eu chorei.

(Já podem colocar a música, gatas. Não se esqueçam de ir acompanhando com os trechos que vou colocar!)

Gale me olha, desolado e, sem dizer nada, apenas estende os braços, me convidando a acolher-me em seus braços fortes e reconfortantes. E é isso o que eu faço.


We'll do it all

Everything

On our own


Apóio minha cabeça em seu ombro e ele afagava meus cabelos, beijando-os logo em seguida. Ele não precisa dizer nada para me consolar. Talvez apenas ele já seja o suficiente.

We don't need

Anything

Or anyone


Ele segura meu queixo e então, antes que eu possa fazer qualquer coisa, ele me beija.


If I lay here

If I just lay here

Would you lie with me and just forget the world?


Seus braços envolvem minha cintura com força e delicadeza ao mesmo tempo. E então, me permito fechar os olhos. Apóio minha mão direita em seu rosto e correspondo o beijo. Enlaço meu braço esquerdo em torno de seu pescoço, apenas tentando registrar o momento.

O beijo de Gale era urgente, como se ansiasse por isso há muito tempo, como eu. Suas mãos vão lentamente contornando meu corpo, e sua língua pede passagem em minha boca.

Apenas nos separamos para respirar, e depois nos juntamos novamente. Não é um beijo extremamente romântico, está mais para desesperado. Como se esperássemos por isso a tempo demais. Como se isso fosse manter nossa ligação, caso qualquer outra coisa acontecesse.

Those three words

Are said too much

They're not enough

Ele pára o beijo e segura meu rosto. Uma mecha de meus cabelos cai em frente de meu rosto e Gale a coloca atrás de minha orelha. Sorrio e apóio minha mão sobre a dele, que segura minha face. Fecho os olhos captando seu toque.

Eu já não sentia mais o frio; pelo contrário, eu sentia calor. Eu me sentia feliz. Já havia esquecido minhas tristezas, e a única coisa que eu sentia naquele momento era o que sinto por Gale. Eu estava bem.


Forget what we're told

Before we get too old

Show me a garden that's bursting into life


Os beijos já haviam parado, e Gale apenas me olhava. Não falava nada, mas não era preciso. Eu o entendia. Entendia perfeitamente. Não era preciso me dizer que aquilo era errado. Eu já sabia. Era errado, mas não conseguimos nos segurar. A vontade era grande e esperávamos por isso a tempo demais. Não tinha como evitar, realmente.


I need your grace

To remind me

To find my own

Fico um pouco sem graça e vejo que ele também. Não sei se ele achou que foi muito invasivo, mas então ele percebe que eu não me importo.


If I lay here

If I just lay here

Would you lie with me and just forget the world?


Ele sorri para mim e devolvo o sorriso, me aconchegando em seus braços fortes. O ar puro enche minhas narinas e me sinto leve. Como se depois desse beijo, eu estivesse verdadeiramente leve, como há tempos não estava.


All that I am

All that I ever was

Is here in your perfect eyes, they're all I can see


Deito minha cabeça sobre seu peito. Ele segura minha mão. Fecho os olhos, com sono. A sensação de tê-lo ao meu lado era incrível e eu não serei a primeira a deixar essa sensação ir embora.


If I lay here

If I just lay here

Would you lie with me and just forget the world?


E dormimos assim, de mãos dadas, ouvindo o pio das corujas.


POV. Gale

Acordo sentindo algo macio em minha face. Sinto um corpo colado a meu, e então percebo que o corpo é o de Madge e a coisa macia na verdade são seus cabelos. A sensação de ter seu corpo contra o meu era incrível, e meu braço estava por sobre sua cintura e segurava sua mão. Os raios de sol entravam pela janela, de modo que seus cabelos ficassem mais dourados que o normal. Ela estava linda. Como sempre, aliás.

Sorrio a me lembrar da noite passada; havia sido um dos melhores momentos de minha vida. Mesmo que tivesse durado pouco. Porque eu esperava há dias por ter Madge. Mesmo que jamais pudéssemos ter um real relacionamento, e eu não soubesse como as coisas ficariam entre nós agora, eu me sentia muito bem por ter feito o que fiz.

Não resisto e beijo seus cabelos, como forma de tentar acordá-la. Ela se vira para mim lentamente e, com os olhos entreabertos, fala:

–Não está meio cedo, caçador?-ela dá um meio sorriso.

–Está, mas temos que levantar. Vamos, ″moranguete″.

–Moranguete? Agora eu não levanto mesmo- ela diz rindo.

–Ah é? Está bem, moranguete. Faremos do meu jeito, então.

Começo a fazer cócegas nela e Madge começa a rir descontroladamente, tentando parar minhas mãos com as suas, mas sem sucesso.

–Gale! Pára!

–Vai se levantar?

–Gale!

Lágrimas de risada escorrem por sua face e seu rosto está vermelho de tanto rir.

–Eu te fiz uma pergunta! VAI LEVANTAR OU NÃO?- pergunto rindo, sem parar com as cócegas.

Ela ri mais um pouco e, quando recupera o fôlego, diz:

–Está bem, está bem-ela diz, se levantando- Já estou de pé. Satisfeito, Gay-le?

–Gay-le? Agora você não me escapa- digo fingindo estar nervoso.

Ela começa a correr, rindo, e eu a sigo correndo o mais rápido que posso. Por mais que seja infantil de nossa parte, na floresta eu posso ser quem eu quiser, principalmente na companhia de Madge.

Estou quase a alcançando quando ela agarra um tronco de árvore com uma das mãos e muda sua rota de modo habilidoso.

Ficamos como uns idiotas correndo, até que chegamos próximos ao lago e eu finalmente consigo segurá-la. Prendo-a fortemente contra meu corpo e falo em seus ouvidos:

–Muito bem... retire o que disse e pensarei em te dar uma punição menos severa.

Ela tenta se soltar, mas como não consegue apenas se vira para mim me encarando com seus olhos verdes de um jeito provocativo.

–Jamais.

–Irá se arrepender disso- digo de um jeito malicioso.

–Me obrigue- ela ergue a sobrancelha.

–Pois bem- digo, passando a mão por debaixo de suas pernas e então a carregando no colo em direção ao lago.

Ela subitamente parece entender, porque seus olhos se arregalam e ela fala:

–Você não teria coragem.

–É claro que teria- digo rindo.

–NÃO GALE! RETIRO! RETIRO!

Dou uma risada.

–Te dei duas chances. Agora não tem volta Mad. Conforme-se.

–Gale! Por favor!- ela acaba rindo também.

Olho para ela e, rindo, finalmente jogo-a na água do lago, pulando logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Uma palavra e um único sentimento: Review.kkkk fumei de novo, alguém me controle.
Espero que tengam gostado! Deixem suas reviews aqui, por favor! Eu amei as do capítulo passado. Obrigada gatas *-*
Beijos!
E um beijo especial para as fofas:
-Annabeth Everdeen;
-Srta.Brucha;
-remembergirlonfire.
Até próximo cap, leitores lindos!
PS>Sinto muito pela péssima formatação do texto, tentei arrumar mas está dando pau =(