Assim que chegaram na cidade os alunos atropelaram tudo para irem logo pra casa, Robson levou Maria de Fátima para a escola para prestar satisfações à Mathias. A menina foi contrariada para a diretoria e estava levando um sermão do diretor.

— Tem noção de tamanha irresponsabilidade? - Mathias falou, furioso.

— Mathias, por favor! Me perdoaaaaaaaa! - Fatinha implorou.

— Senhorita Maria de Fátima, vai ficar 3 dias suspensa. 

— O QUÊ? NÃO, POR FAVOR, MATHIAS, POR FAVOR! - Ela levantou, indignada.

— Se retire da escola e só volte daqui 3 dias, com a assinatura dos seus pais nesse papel. - Mathias entregou um papel a Fatinha que bufou e saiu trombando nos pés. 

Enquanto isso Ju tentava correr até Dinho, até que o alcançou, quando ele quase chegava à portaria de seu apartamento.

— Dinho! - A menina gritou, sorrindo esperançosa.

— O que você quer? - Ele disse ríspido, ela suspirou.

— Quero que você me desculpe..

— Ops, esse desejo não poderá ser realizado. - Ele respondeu irônico, ela respirou fundo.

— Eu sei que errei, mas entende que eu posso não ser a tal aventureira que você quer, mas eu te amo, e é de verdade. - Ela tentou explicar, mas as palavras mal entraram na cabeça de Dinho, ele só conseguia pensar no beijo que deu - um tanto involuntariamente - em Lia.

— A gente mal começou o namoro, Juliana, e você já vinha toda cheia de ciúmes.. depois eu descubro que você mentiu pra mim no começo, imagina o que pode esconder no meio do namoro? - As palavras atingiram Ju em cheio, e assim que ela sentiu as lágrimas começarem à rolar saiu correndo em direção ao seu prédio.

— Droga. - Dinho bufou. Lia tinha visto tudo e estava segurando sua mochila e a "mala" de Ju, a menina nem pegou a bagagem antes de ir correr atrás de Dinho.

 — Ei, quer ajuda pra levar isso lá pra cima? - Gil disse, simpático.

— Hum, eu quero! Eu não conseguiria levar essa geladeira lá pra cima sozinha. - Ele sorriu e pegou a mala, caminhando com a menina até o prédio.

 (...)

Ju já estava com roupa limpa e a mala já havia sido entregue por Gil para ela. Ela estava assistindo uma série americana qualquer na TV quando Bruno chegou.

— Maninha? Pensei que fosse voltar só em uma semana. - Ele disse confuso, beijando o topo da cabeça de Juliana.

— É, eu ia.. Mas a Fatinha armou uma pro Cézar e a gente foi procurar ela, dai a Lia e o Dinho se perderam e a gente teve que voltar. - Respondeu sem animação.

— Tá tudo bem? - Bruno desconfiou.

— Não, tá tudo péssimo. 

— O que aconteceu? - Ele sentou ao lado da irmã.

— O Dinho.. ele descobriu que eu não sou a tal aventureira que ele procura e veio jogar na minha cara que não quer namorar comigo porque não confia mais em mim.

— É melhor do que ficar fingindo ser quem você não é, Juliana! Esse moleque é maior otário, foi até bom. 

— Eu tô mal pra caramba, Bruno. É tudo tão difícil. - Ela disse, suspirando.

— Depois piora. 

Na casa de Lia, Tatá estava super triste, Raquel havia avisado que não poderia mais vir. 

— Ahhh, Tatá! Pelo menos ela não deixou você ficar se iludindo, ela se importa contigo! - Lia tentou consolar a irmã.

— É culpa sua! - Tatá esbravejou, chorando. - Se você não tivesse ido pra esse acampamento a mamãe iria ter vindo, porque ela queria ver nós duas, juntas! - A menina saiu correndo para o quarto. Lia bufou e se deitou no sofá.

— Impressionante. Eu acho que se existisse um prêmio de "pior pessoa do mundo" eu ganharia de todos, até do Bin Laden (N/A: O cara do nome gigante, ainda estou impressionada)!! - A menina disse, Paulina riu. 

— Eu fiz torta de chocolate com morango, sua preferida, você quer? - Paulina sorriu, sabia que a neta estava tendo de suportar uma barra, então queria fazer de tudo para animá-la. Lia levantou, animada indo para a cozinha logo atrás da avó. 

UMA SEMANA DEPOIS...

Lia estava indo para o colégio com a amiga que havia à perdoado. Lia nem sequer tinha dado sinais do que rolou na floresta com Dinho, Ju iria matá-la. A roqueira prometeu à Juliana tentar ajudá-la a reconquistar Dinho. Assim que as duas chegaram no colégio foram abordadas por Gil, ele estava muito próximo de Lia, e como Ju andava muito com dita-cuja os três estavam bastante próximos.

— Quero todos os alunos do Colégio Quadrante na quadra, agora. - Mathias ralhou, todos se assustaram mas foram em direção à quadra. Assim que estavam sentados nas arquibancadas, o diretor começou a falar.

— Estão vendo aquele desenho ali na parede? - Ele apontou para a parede onde tinha desenhado um pássaro enjaulado.

— Uau, que lindo.. - Exclamou Morgana, sorrindo.

— Não é nada lindo, é grafite, grafite é crime! - Mathias retrucou, bravo. Lia levantou a mão e Mathias fez sinal pra ela perguntar o que queria.

— Grafite é crime quando ofende alguém, não quando retrata um desenho tão criativo e bem feito. - Ela afirmou, Gil sorriu de leve e Morgana assentiu.

— Falou a defensora do mundo! - Dinho provocou.

— Bem legal isso que você falou Dinho, pena que ninguém te perguntou nada! - Revidou Lia.

— Adriano e Lia! - Mathias repreendeu. Os dois se calaram. - Bom, chamei todos vocês aqui para avisar que o grafiteiro que fez esse desenho se apresente, vai ser melhor pra todos, tem até uma semana. - O diretor completou e se retirou do local, deixando os alunos extremamente confusos. Só ficou na quadra o 2º ano com a professora Marcela.

— Um conselho: é melhor se entregar por escolha própria do que ser descoberto. - Marcela disse e suspirou. - Vamos lá, pra aliviar a tensão vamos fazer alguns exercícios leves! 

(...)

— Galera, quinta-feira (N/A: Vamos fingir que hoje é terça, okay? ok.) tem show da Banda Strike, tô afim de ir! Bora? - Fera falou para os colegas enquanto Leandro não chegava ana sala.

— Ah, eu adoro eles! Vai ser legal, eu topo! - Fatinha disse.

— Se você vai eu também vou, princesa. - Pilha disse, todos riram.

— Eu também topo. Vai ser bom pra esquecer certas coisas... e pessoas. - Dinho fuzilou Ju com o olhar.

— Eu topo, e a Ju também. - Lia disse, firme. Ju tentou negar mas a amiga não deixou. E assim todos da turma resolveram ir ao show.