Amour Sucré escrita por Kamiille


Capítulo 28
Capítulo 28 - De bem com as pessoas que se ama


Notas iniciais do capítulo

A coisas começam a se organizar e a dar certo. ^^



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–Castiel tinha me procurado antes de vim pra cá, logo eu fui ligando as coisas. Ele me deixou o endereço que o cara do telefone havia lhe dado. Logo, sem noticias de vocês eu chamei a policia. –Vovó Fátima explicava com um sorriso no rosto.

–Vó, a senhora já sabia que seu filho estava vivo? E que você tinha um neto? –Cast perguntou por mim.

–Eu fiquei sabendo de tudo o que meu filho fez sim, eu também sabia que ele estava vivo. Eu fui fraca, não tive coragem de denuncia-lo então resolvi fazer igual Alice, fingir que ele realmente estava morto. Sobre meu neto, eu nuca soube. –Ela olhou para Dake e os dois trocaram sorrisos.

Nesse momento Boris já estava na viatura da policia prestes a cumprir vários anos de pena junto de seus comparsas. Nós estávamos em uma van ao caminho do apartamento de titia.

Agora o clima de apreensão e medo havia sido extinto. Todos estavam felizes! Afinal Boris estava preso, nós estávamos vivos e saudáveis! Juntos.

Chegamos ao luxuoso apartamento de titia. O policial que dirigia a van, antes de ir embora, deixou claro que teríamos que depor contra Boris amanhã; hoje, depois do susto e de tudo o que passamos, nosso único dever era descansar e relaxar.

Como o apartamento era exageradamente grande, todos nós conseguimos ficar confortáveis.

–Estou com fomeeee! –Alexy disse com a mão na barriga e logo depois levou uma cotovelada de Violette.

–É... Acho que no fim também estou com fome... –Violette disse corando depois de seu estômago roncar.

Todos riram.

–Vou pedir uma pizza. –Tia Alice, falou enquanto pegava o telefone. –Na verdade vamos precisar de umas 10 pizzas! –Ela olhou para a quantidade de gente que enchia o apartamento.

No final, deu pra praticamente todo mundo escolher um sabor da pizza. Todo mundo comeu na sala (já que não tinha 11 lugares na mesa de jantar...) assistindo o noticiário.

“...hoje um criminoso que manteve 10 pessoas em cativeiro foi preso e condenado a prisão perpetua por outros diversos crimes, incluindo: assassinato, roubo de criança, trafico e sequestro. Boris Hugo tem 58 anos e foi pego em flagrante. As 10 pessoas foram salvas e passam bem. Fique agora com a previsão do tempo em todo o país...” –Essas foram as palavras da jornalista.

Todos nos olhamos. O se falaria? “Ah! Graças á Deus!” Não! Querendo ou não, independente das circunstâncias, naquela sala havia a mãe de Boris, o filho de Boris, e mesmo sem amor á parte, sua esposa por alguns anos. E por fim, eu, sua sobrinha.

Ninguém falou nada...

–YES! YES! YES! Ah! Isso era tudo o que eu queria ouvir! –Dake exclamou cruzando os braços na nuca e recostando no sofá.

Todos olharam pra ele.

–O que foi? Um surfista não pode ficar feliz ao ver que amanhã terá altas ondas?! –Ele perguntou com ingenuidade.

Mais risadas. Dake provavelmente nem havia se dado conta do clima que havia se formado depois da noticia da prisão de Boris. Igual uma criança que não entende os assuntos de “adulto”...

Pelo menos naquela noite, todos teriam que dormir no apartamento. Decidiu-se assim: No quarto de titia dormiria ela e Vó Fátima, na sala dormiria Leigh, Lys, Íris e Rosa, Violette, Alexy e Dake dormiriam no chão do meu quarto, tirando Cast que dormiria na minha cama, junto comigo.

Depois de muita bagunça para todo mundo tomar banho, trocar de roupa, arrumar os colchões e travesseiros no chão... Ás 03:15 da manhã, todo mundo conseguiu enfim se deitar para dormir.

“05:05”

Ah! Horas iguais, Castiel deveria estar sonhando comigo. Eu sorri. Estava com sede. Antes de descer a escada para cozinha olhei para o rosto de Cast ao lado do meu travesseiro. Ele estava sorrindo, até que começou a abrir a boca e mexer a língua, beijando o ar.

–Z...o...y...e... –Ele meio que resmungou.

Eu tive que morder o travesseiro para segurar o riso. Dei um beijo na sua testa e desci na cozinha para beber água. Lá, tive uma surpresa.

–Oh! Zoey! O que está fazendo acordada?

–Estou com sede. –Respondi secamente.

Alice estava com um roupão e bebia, em uma xicara, café.

–Ainda está brava comigo, não é mesmo? –Ela perguntou com um ar mais triste.

–Braveza não é o que estou sentindo. O nome do que me machuca é magoa. –Respondi um pouco menos fria.

–Será que um dia a minha sobrinha conseguirá me perdoar? Depois de tudo o que eu fiz? Se servir de alguma coisa, eu me sinto fatalmente culpada e arrependida... –Minha tia olhava para o café dentro da xicara enquanto falava. Dava a impressão que era com ele que ela conversava e não comigo.

–Desculpe água, não consigo guardar rancor o suficiente para ficar magoada pro resto da vida com uma pessoa que amo. –Disse olhando para dentro do copo cheio de água que segurava.

Titia me abraçou com lagrimas nos olhos.

–Eu tenho uma condição, vamos voltar para Amour Sucré, certo? –Questionei.

–Sem duvida! –Ela sorriu.

Depois disso eu e titia voltamos a dormir.

“10:47”

Acordei muito cedo para a hora que tinha ido dormir. No quarto, Cast e Alexy (no chão) roncavam profundamente, Violette resmungava algo (inteligível) de vez em quando, ainda adormecida. Olhei para o outro lado e me deparei com o colchão de Dake vazio. Resolvi me levantar parar ver onde ele estava e se tinha perdido o sono igual a mim.

–Zoey, acordada tão cedo? Não, isso não é normal. –Ele disse abrindo a geladeira á procura de comida.

Eu não havia conversado direito com Dake desde que ele admitiu que me amava. Ele não parecia estar abalado ou magoado comigo...

–Droga! Não tem nada pra tomar café... –Ele disse e fechou a geladeira com o pé.

–Vamos á padaria, compramos café e pão para todos e aproveitamos para conversar. Acho que precisamos... –Falei enquanto colocava um enorme casaco (batia no joelho) por cima do pijama. Estava frio.

–Ok. –Ele disse não expressando algo muito claro.

O caminho até a padaria foi silencioso. Nem um de nós disse nada e nem olhamos um para o outro.

–Sobre o que quer conversar? –Dake perguntou, parecendo impaciente com o meu silencio, quando começamos á avistar a grande padaria de esquina, só um pouco longe do prédio de titia.

–Você está bem? –Perguntei séria.

–P-por quê? Eu estou estranho... Ou doente? –Ele perguntou assustado.

Dake... Ele era o mesmo ingênuo de sempre. Eu gostava daquilo nele.

–Bobo. –Eu disse o empurrando de leve para o lado. –Estou falando de todos esses acontecimentos em tão pouco tempo... Se você está conseguindo “ingerir” isso bem...

–Ah! Tipo, de boa. –Ele sorriu. –Meu pai nunca foi um dos melhores... E afinal, é melhor sem pai do que com um mau pai não é? E agora eu tenho uma mãe! Quando eu era menor esse era o meu maio sonho! –Ele me pareceu maduro...

–E... Você está chateado comigo? –Perguntei pensando no que Castiel o dissera quando eles quase se bateram...

–Não, não estou. Não se pode mandar no coração não é mesmo? –Ele passou o braço pelo meu ombro. –Você é minha priminha afinal. –Dake sorriu e corou.

–Você que é meu priminho! Eu sou mais velha, ok? –Sorri para ele enquanto tentava bagunçar seu cabelo. Sem sucesso, ele era mais alto que eu.

–No dia que você pelo menos conseguir alcançar minha cabeça... A gente conversa. –Ele piscou.

Quando voltamos pra casa (depois de comprar quase todo o estoque de pão e derivados na padaria), todos estavam acordados.

–Ah! Ainda bem que vocês chegaram! Estava quase saindo para ir na padaria... –Titia tagarelava enquanto arrumava a mesa com a ajuda de Vó Fátima e das meninas. Os meninos estavam na sala assistindo uma partida de vôlei.

–Bom dia! –Eu disse sentando no colo de Castiel e lhe dando um selinho.

–Bom dia meu amor! –Ele sorriu e passou a mão na minha cintura.

–Tem pessoas que não ajudam á arrumar a mesa, sabe Íris? –Rosa disse olhando de canto para mim.

–Eu fui até a padaria comprar a comida. Vocês não podem falar nada. –Rebati dando um sorriso meio sarcástico.

–Tudo bem, mas a louça não te escapa! –Ela devolveu o sorriso.

–Haha, vá sonhando. –Eu ri e Rosa riu também.

–Não precisam brigar garotas, a mesa já está pronta. –Vó Fátima interrompeu nossa "briguinha" com um ar doce.

Com alguns banquinhos acrescentados, pode-se enfim todo mundo se sentar na mesa.

–Antes da mesa virar uma conversar só e vocês começarem a comer... Preciso perguntar uma coisa para o meu filho... –Titia disse antes de se sentar na cadeira na cabeceira.

–Algo errado mãe? –Dake estranhou.

–É que... Bem, depois do café eu vou até o aeroporto comprar as passagens de volta á Amour Sucré... Você virá também? –Ela perguntou parecendo um pouco aflita.

Dake deixou um silencio de suspense e uma cara inexpressiva de proposito antes de falar:

–Mas é obvio! –Ele sorriu.

Titia abriu um sorriso imenso. Também fiquei feliz, eu não conseguiria mais ficar sem Dake.

–Bom, quero deixar claro que a passagem de volta de todo mundo é por minha conta! –Me levantei da cadeira para anunciar.

–Não precisa disso Zoey... –Lys tentou dizer, mas eu o interrompi.

–Precisa sim. Vocês vieram até aqui por minha causa! E afinal, eu sou rica gente! –Brinquei.

No fim eu conseguir convencer todo mundo que eu tinha dinheiro e vontade o suficiente para pagar uma passagem para cada um. Embarcamos em direção á França no mesmo dia, depois de depor na delegacia contra Boris...



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Notas finais do capítulo

Fic acabando em 3... 2... 1... <.



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