* 5 dias depois *

O dia do noivado. Sofia estava ansiosa e receosa ao mesmo tempo. Ansiosa por poder mostrar a todos da cidade que a felicidade era possível para ela, e receosa de que algo, ou alguém, pudesse estragar esse momento tão especial.

Ela estava em seu quarto, aprontando-se para o baile. Sua mãe terminava de arrumar seus cabelos quando ouviram uma carruagem chegando, Ela abriu um largo sorriso, levantou-se num pulo e correu escada à baixo até a porta de entrada. A abriu ainda ofegante, a tempo de ver Niklaus descendo da carruagem. Sem nenhuma cerimônia, Sofia atirou-se nos braços dele, abraçando-o apertado.

- Olá para você também! – diz Klaus, sorrindo – O que eu fiz para merecer uma recepção tão calorosa?

- O que você não fez! – diz ela, afastando-se um pouco – Não teve tempo nem para vir me dizer “oi”?

- Tive bons motivos para isso, a final, Roma é um tanto distante daqui, não é?

- Você foi a Roma? E como voltou tão rápido?

- Tenho meus truques. – sussurra ele, em resposta – E então, está pronta? Já podemos ir?

- Claro que estou pronta. – diz ela, dando uma voltinha – Estou apresentável?

- Stai bellíssima! Mas acho que precisa de um toque especial.  –diz ele, varrendo o jardim com o olhar – Perfeito!

Klaus disparou pelo jardim, e em poucos segundos, voltava com uma delicada flor branca com detalhes em rosa escuro.

- Uma Rhododendron Simsii, mais conhecida como azaléia. – diz ele, colocando a flor no cabelo dela – Agora está perfeita.

- Obrigada. – diz ela, sorrindo.

- E agora, podemos ir?

- Claro, milorde.

Ele estendeu a mão e ajudou-a a embarcar na carruagem, embarcando logo em seguida. Fez sinal para o cocheiro e partiram em direção ao castelo.

******

Ao pararem em frente às escadarias do castelo, o cocheiro veio abrir a porta da carruagem, dando passagem a Klaus. Ele novamente estendeu a mão para Sofia, a fim de ajudá-la a desembarcar. A garota sorria tão lindamente que parecia iluminada.

Algumas pessoas os aguardavam já na escadaria. E lá no alto, em frente às portas de entrada, estava Elijah, elegantemente vestido e sorrindo para ela.

- Qual o motivo para que você insistisse em chegar comigo ao baile? – pergunta Sofia a Klaus, num sussurro, enquanto subiam as escadas.

- Está reclamando?

- Não! Claro que não. Apenas curiosidade.

- Sou bem mais bonito que seu pai. Formamos um par bem mais apresentável. Simples!

- Você não existe! – responde ela, aos risos.

Subiram os últimos degraus com cadência e elegância, tal qual um casal Real. Ao alcançarem Elijah, Klaus abriu um largo sorriso.

- Aqui está ela, irmão. Sua linda e adorável noiva. – diz Klaus, entregando Sofia a Elijah – Bem vinda à família, minha querida. – completa ele, dando-lhe um beijo na testa.

- Venha, meu bem. Os convidados estão a nossa espera. – diz Elijah.

Sofia sorriu em resposta, e juntos, cruzaram as portas de entrada e encaminharam-se ao grande salão. Cumprimentaram os convidados, família por família, recebendo felicitações pelo noivado.

- Poderia me dar licença por um instante, meu bem? Vou buscar uma taça de vinho. – diz Elijah – Aceita uma?

- Claro, por que não? – responde Sofia.

- Volto já. – diz ele, afastando-se.

Enquanto aguardava pelo retorno de Elijah, Sofia resolveu dar uma circulada pelo salão, mas, distraída como só ela, acabou por esbarrar em um belo rapaz.

- Me desculpe. Foi distração minha. – diz ela.

- Sem problemas, senhorita. Pode repetir a distração quando quiser. – responde ele, com um largo sorriso – Creio que não a conheço. Sou Kol. Kol Mikaelson. – diz ele, pegando a mão de Sofia e beijando-a demoradamente.

- Kol? Você é o Kol, irmão do Elijah? – pergunta ela.

- Conhece meu irmão?

- Claro que sim. Sou Sofia. Sofia Salvatore, a noiva de Elijah.

- Você é Sofia? Klaus me falou de sua beleza, mas achei que fosse exagero dele. – responde Kol – Me permita dizer, mas meu irmão é mesmo um homem de sorte.

- Obrigada, Lorde Kol.

- Por favor, não me chame de Lorde. Me deixa tão velho! Urgh. Apenas Kol, tudo bem?

- Claro, como quiser. – responde ela.

- Ai está você! – diz Elijah, parando ao lado de Sofia. – Creio que já conheceu meu irmão caçula.

- Esbarrei nele sem querer. – responde ela.

- E Rebekah, onde está? – Elijah pergunta para o irmão.

- Estou aqui! – responde Rebekah, surgindo ao lado de Kol, linda e exuberante.

- Olá irmãzinha. – diz Elijah, puxando-a para um abraço.

- Olá Elijah! – responde ela – Então esta é a famosa Sofia de quem Nik tanto falou?

- Olá Rebekah! Prazer em conhecê-la! – diz Sofia.

- O prazer é meu! – responde Bekah - Fico feliz em ver que ao menos um de meus irmãos tem bom gosto para mulheres. Finn era péssimo!Sage era uma criatura detestável.

- Isso foi algum tipo de elogio? – pergunta Sofia, confusa.

- Pode-se dizer que sim. Gostei de você. – responde Rebekah.

- Obrigada, eu acho.

- Rebekah e seu jeito meigo de ser. – provoca Kol – Vai acabar assustando a garota! - completa ele, aos risos.

- Calado!

- Doce Sofia, me daria a honra de uma dança? – pergunta Kol - Claro, se Elijah não se opuser.

- Por mim, tudo bem. – responde Elijah.

- Tudo bem, Kol. Mostre-me o que sabe fazer. – diz Sofia, sorrindo.

Kol conduziu Sofia até o centro do salão, e ao som dos primeiros acordes de uma nova música, envolveu a cintura dela, fazendo-os ficarem muito próximos um do outro. E então, pôs-se a deslizar com ela pelo salão graciosamente.

- Vejo que Niklaus não mentiu sobre sua aptidão para a dança. – diz Kol, sorrindo – Pensei que ele estivesse apenas sendo generoso com você.

- Obrigada pela parte que me toca! – responde ela – Você também dança muito bem, tal qual seus irmãos.

- Mas garanto-lhe que eu sou o melhor. – diz ele, piscando para ela.

- E também, o mais humilde. – diz ela, aos risos.

- Sabe... gosto do seu sorriso. É encantador. Luminoso. Apaixonante.

- Eu... bem... obrigada! – responde ela, corada.

- Disponha! E desculpe-me ser tão direto. Mas eu gostei mesmo de você.

- Tudo bem, sem problemas. – responde ela, ainda corada.

- Mesmo? – pergunta ele.

- Claro!

Kol sorriu em resposta, rodopiando com Sofia pelo salão. Alguns minutos depois, ele a conduziu de volta até Elijah.

- Muito obrigado por essa dança, Sofia. – diz Kol, beijando o rosto dela demoradamente. – E agora irmãzinha, acompanhe-me nesta dança. – diz ele, puxando Rebekah para o centro da pista.

- Ele está bem? – pergunta Elijah.

- Acho que sim. Por que não estaria? –diz Sofia.

- Não sei. Ele só pareceu... diferente. Bom, deve ter sido impressão minha. – diz ele, dando de ombros – Sua família acabou de chegar, minha querida. Estão nos esperando.

*******

- O que você está fazendo? – pergunta Rebekah, séria.

- Dançando com você, não está vendo? – responde Kol, sorrindo.

- Estou falando sério, Kol. Você não está fazendo o que eu acho que está fazendo, não é?

- O que? – pergunta ele, confuso.

- Apaixonar-se por ela. – diz Rebekah – Elijah a ama! Não ouse tirar isso dele.

- Rebekah, você deve estar vendo coisas. – diz Kol, indiferente.

- Eu sei o que eu vi. Só quero que se lembre de uma coisa, irmão: família acima de tudo! – diz ela, largando-o no meio da pista.