Second Chance escrita por Lady Salvatore


Capítulo 46
Capítulo 46 - Merecedores De Confiança?


Notas iniciais do capítulo

Hello galera! Como estão vocês?

Sei que já estamos quase em março (MARÇO) e essa é a primeira postagem da Second esse ano, e peço mil desculpas! A dona inspiração resolveu tirar férias e me deixou na mão, muito triste isso... E o resultado foi essa demora toda, porque cada vez que eu sentava pra escrever, as ideias simplesmente não fluíam.

O jeito foi apelar pra algumas ones aleatórias (Se bater curiosidade, cacem na listinha de fics, ok? hehehe) enquanto a dona inspiração pra essa fic tava de graça com a minha cara.

Agora vamos parar de enrolação e ir logo pro capítulo!



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Já era possível ver o brilho das estrelas no céu quando Damon retornou à mansão Salvatore. Após acordar, totalmente desorientado, em frente às ruínas daquela casa repleta de bruxas recalcadas, ele levara Bonnie e Abby até a casa da garota, com a promessa de que levaria a bruxa-mãe para sua própria casa logo cedo na manhã seguinte.

A mansão parecia ainda mais silenciosa do que o habitual, mas o vampiro nem deu muita atenção a isso. O irmão deveria estar por aí, correndo atrás de certa loira Original. Com um sorriso após esse pensamento, Damon largou-se sobre um dos confortáveis sofás da sala principal, apoiando as pernas sobre um dos braços do móvel.

Mal havia soltado um suspiro de satisfação por finalmente estar sozinho, quando um brilho repentino nas sombras o fez ficar de pé em um segundo.

– Olá Damon – diz a voz tão familiar na escuridão. – Estávamos esperando por você.

– Elena? O que faz aqui? – ele questiona, enquanto a garota se aproximava da luz vinda da lareira. – Pensei que houvesse deixado claro que não queria olhar nessa sua doce carinha por um bom tempo – completa, num resmungo.

– Oh, tão doce! – uma voz masculina que Damon não reconhecia, responde, parecendo sorrir. – Juro que me soa familiar – o rapaz continua, postando-se ao lado de Elena. – Aliás, você tem os olhos da minha irmãzinha.

– É bom que diga quem você é e bem rápido, caso não queira ter o pescoço quebrado antes que consiga contar até três. – o vampiro sussurra ameaçadoramente, alcançando o visitante em um piscar de olhos e segurando-o firmemente pelo pescoço.

– Acho que não, amiguinho! – o outro responde, livrando-se das mãos de Damon em seu pescoço sem muito esforço, torcendo o pulso do moreno. – Sou mais velho, mais forte e... Desculpe dizer, mas sou mais bonito também – continua, com um largo sorriso. – E a propósito, sou Alfredo Salvatore. Prazer em conhecê-lo.

– Salvatore? – Damon questiona perplexo, não dando atenção à dor em seu pulso. – O que é isso, convenção de família? Ou será que abriram os portões do inferno e deixaram todos os fantasmas Salvatore voltarem pra me atormentar?

– Não seja tão dramático, Damon. Somos apenas criaturas da noite, nada mais...

– Acontece que até pouco tempo, Stefan e eu éramos os últimos Salvatore na face da Terra. E agora, descobri uma superpopulação de pessoas que partilham o mesmo sangue e o mesmo sobrenome! Desculpe se não reagi como um bom menino, feliz por ver que não está só no mundo. Gosto de ser o “espírito solitário”...

– Desculpe dizer, mas isso é problema seu, não meu. Aliás, tem algo decente pra beber por aqui ou só... whisky? – Alfredo pergunta com uma careta, aproximando-se de um dos aparadores da sala e erguendo uma das preciosas garrafas de Bourbon.

– Têm os vinhos do Stefan na adega – Damon responde automaticamente. – Mas o que exatamente vocês estão fazendo aqui? É apenas um assalto às minhas bebidas, ou existe um motivo obscuro por trás dessa repentina visitinha? – completa ele, cruzando os braços.

– Ah, claro que existe – diz Alfredo, largando-se sobre um dos sofás. – Mas não vejo problema em você demonstrar um pouquinho de hospitalidade, sabe? Antigamente, as visitas eram muito bem recebidas.

– Ok “Sr. Múmia”, quer fazer o favor de ir direto ao assunto, antes que eu tente me afogar em uma banheira cheia de verbena?

– Sabe que isso seria divertido de assistir? – o loiro responde, com um sorriso. – Aposto que essa sua carinha fofinha não ficaria mais tão bonitinha depois disso!

Com a raiva aquecendo seu sangue e fazendo com que não fosse mais tão racional, Damon apanhou um atiçador de lareira num piscar de olhos e partiu pra cima de Alfredo, mas foi derrubado antes que pudesse oferece algum perigo real ao outro vampiro.

– Eu não tentaria isso outra vez, se fosse você. Além do mais, estamos do mesmo lado, oh sangue do meu sangue! – diz Alfredo, com um toque dramático ao final da frase.

– O que quer dizer com isso? – o moreno indaga, ainda no chão.

– Que também quero os Originais fora do meu caminho, o que mais seria? Além do mais, conquistar o coraçãozinho da doce Elena Gilbert não está nos meus planos!

– Alfredo quer se unir a nós, Damon – diz a garota. – E acho que quanto mais gente trabalhando pelo mesmo objetivo, maiores as chances de obtermos êxito, não?

– Disse a garota que foi tonta o bastante para perder um botão da blusa e nos entregar para o Klaus – Damon resmunga agora de pé, os olhos ainda brilhando de raiva. – E se ele for um espião do híbrido malvado, Elena? Quem lhe garante que esse... esse italiano de sotaque fajuto está mesmo do nosso lado?

– Klaus e os irmãos mataram a minha criadora, o mais próximo que cheguei de uma família em muito tempo. Acho que tenho um bom motivo para querer me vingar.

– Vou me convencer, por enquanto. Mas vou manter os dois olhos colados em você, garotinho! E desculpe dizer, mas você tem a cara de bebê do meu irmãozinho Stefan...

– Vocês podem parar de trocar farpas, por favor? Comportem-se como adultos, ou então como os velhos que são! – Elena resmunga, com um olhar sério e as mãos na cintura. Vendo que ambos tinham se calado, mesmo que contrariados, a garota continuou. – Ótimo! Agora... diga-nos Damon, conseguiram encontrar a mãe da Bonnie? Abriram o bendito caixão?

Em meio àquela discussão, Damon tinha momentaneamente esquecido do tal caixão que haviam roubado da mansão dos Mikaelson. Com um suspiro, ele fez sinal para que os “convidados” se sentassem e começou a narrar o que acontecera, desde a chegada à casa de Abby até o momento em que a luz branca o havia deixado desacordado. No fim das contas, as bruxas Bennett haviam conseguido abrir o caixão, mas não faziam ideia do que haviam libertado.

– Será que temos um novo Mikael à solta? – Elena indaga, apreensiva.

– Espero sinceramente que não – murmura Damon, levando uma das mãos ao abdômen. – Ainda lembro bem da dor que aquele maldito nos causou...

**********

Como Alaric prometera, Jeremy havia se livrado mais uma vez da morte. O anel Gilbert cumprira seu papel, e não tardou para que o garoto acordasse no sofá, sentindo-se meio desorientado e dolorido.

Agora, várias horas depois da visitinha de Klaus, Jer se encontrava largado no sofá da sala jogando “Assassin’s Creed”, um de seus jogos favoritos - onde o jogador assume o papel do personagem Altair, membro de um clã de assassinos na idade medieval que faz parte dos templários -, acompanhado por uma grande tigela de salgadinhos. Acabara de alcançar um novo nível quando o som da campainha se espalhou pela casa.

– Um segundo! – o garoto grita, enquanto pausava o jogo e largava o console sobre o sofá.

Com a boca cheia de salgadinhos, Jeremy correu até a porta e a abriu, dando de cara com Bonnie, que parecia preocupada.

– Hey... – diz ela, entrelaçando as próprias mãos. – Fiquei preocupada. Como você está? – questiona, encarando-o.

– Novo em folha – o garoto responde com um largo sorriso, convidando-a a entrar. – Aposto que minha irmã ligou pra você e pintou a coisa toda bem pior do que foi na verdade, não?

– Elena se preocupa com você, Jer. Não seja assim tão ingrato – Bonnie murmura.

– Não estou sendo ingrato, só...

– Se acha invencível, como todo garoto da sua idade! Bom... você está bem, isso é o que importa, então já vou indo. Minha mãe está lá em casa e não sei se é seguro o bastante deixar ela e meu pai a sós...

– Espere... sua mãe? Achei que ela estivesse...

– Morta? – a bruxinha o interrompe, séria. – É mais ou menos como eu lidava com o abandono dela, na verdade. Mas Abby se tornou necessária e Damon me ajudou a encontrá-la.

– Damon? Não sabia que vocês dois eram amiguinhos agora!

– Não somos amiguinhos, Jeremy. Mas estamos trabalhando juntos e deixando de lado as implicâncias, ao menos por hora. Além do mais, não vejo problema algum em Damon e eu sermos amigos. Ele não é assim tão idiota quanto tenta parecer, sabe?

– Claro, e eu sou a Rainha da Inglaterra! – diz o garoto, exasperado. – Por favor Bonnie, ele é um dissimulado, que faz o joguinho que for preciso pra ter o que quer!

– Não, essa é a Elena! Agora, se me dá licença... – diz a garota, zangada, dando-lhe as costas e batendo a porta ao sair.

– Garotas... – Jeremy murmura irritado, voltando sua atenção ao joguinho novamente.

************

Se perguntada, Sophie não saberia explicar o motivo da sensação ruim que sentiu ao ver a mulher que deixara o escritório de Klaus e se referira a ele e aos irmãos como filhos. Ela parecia levemente familiar, como se fosse saída de algum tipo de pesadelo, e para a garota, não parecia ser nada confiável.

Por uma fração de segundos os olhares de ambas se cruzaram, e a garota pode notar ali um misto de surpresa e rancor. Talvez fosse apenas paranóia na cabecinha cansada da menina Salvatore, mas o arrepio que se seguiu àquela troca de olhares não lhe pareceu um bom sinal, e talvez fosse mais aconselhável seguir sua intuição, ao menos por hora.

Outro que não parecia nada contente com aquela visita surpresa era Klaus, que encarava a mulher com um olhar vidrado. E se reparassem bem, os demais presentes na sala poderiam perceber um leve tremor passando pelo corpo dele, coisa que não durou mais do que alguns segundos, claro.

Enquanto o híbrido parecia perturbado com a cena, seus irmãos encaravam a mulher com caras de espanto, as bocas abertas num “o” silencioso. Rebekah até arriscou dar um passo à frente, mas parou, parecendo incerta sobre se aquilo era realmente o certo a se fazer. Kol e Elijah permaneceram onde estavam, sem mover um músculo sequer, ambos tentando entender como a mãe deles poderia estar ali, de pé diante deles depois de tantos séculos. Afinal, ela deveria estar morta, não?

Ao mesmo tempo em que o olhar daquela mulher se demorava em cada um cada um dos filhos, Stefan e Caroline trocaram olhares cúmplices. Pareciam divididos entre correr o mais rápido possível para bem longe dali, ou permanecer ao lado dos Mikaelson e tentar prestar alguma ajuda, caso ela se fizesse necessária.

– Parece que o gato comeu as línguas de vocês... Não vão nem ao menos me dizer um olá? – a visitante misteriosa questiona com um sorriso, dando mais um passo à frente. – Rebekah... olhe só pra você. Está linda, minha querida! – continua, aproximando-se da garota ainda paralisada e afagando seu rosto. – Elijah, Kol... nem parecem mais os mesmos menininhos que eu vi crescer. Tão crescidos, homens feitos... Tão bonitos – diz ela, agora se aproximando dos garotos e dando um beijo no rosto de cada um. – Klaus...

– Você voltou para me matar, não é? – o híbrido pergunta, tentando manter o controle de si mesmo. – Vingança por eu ter me revoltado quando lançou aquele maldito feitiço sobre mim...

– Não meu querido, não é nada disso. Tive mil anos para perdoá-lo Niklaus, e para perceber o quanto errei com você, o quanto errei com todos vocês – ela responde, olhando mais uma vez para cada um deles. - Tudo que quero é reunir nossa família e recomeçar.

– Tem certeza disso Esther? – questiona Elijah.

– Está desconfiando de sua própria mãe? Isso muito me entristece.

– Com nossas experiências passadas, a senhora não deveria se espantar com a desconfiança dos filhos – ele responde, sem se abalar. – Você e Mikael nos mataram e nos transformaram no que somos hoje.

– Me arrependo disso querido – diz Esther, com uma expressão triste. – E é por isso que quero todos vocês comigo, para que possamos resgatar os laços que se partiram entre nós. Aliás, o que houve com Finn?

– Teve um comportamento inapropriado, e recebeu uma punição por isso.

– E quem lhes deu o direito de punir seu irmão, Elijah? – a matriarca indaga, agora parecendo bem mais séria.

– Somos uma família, mamãe. Cuidamos uns dos outros através desses séculos, mesmo que as formas para isso não sejam lá muito peculiares...

Esther continuou encarando o filho mais velho com seriedade, e estava pronta para responder quando Stefan a interrompeu, parecendo levemente embaraçado.

– Elijah... Vocês devem ter muito sobre o que conversar ainda, então acho melhor levar Sophie e Caroline pra casa. A baixinha deve estar precisando de uma boa noite de sono pra se recuperar – diz ele, olhando com carinho para as garotas em seguida.

– Claro, você tem toda razão. Desculpe não podermos ajudá-los agora – Elijah responde, apoiando uma das mãos no ombro do garoto Salvatore. – Mas nos mantenha informados, por favor. E passarei na mansão para vê-la assim que possível, se não se importar.

– Tudo bem... Até mais, e boa noite a todos.

Stefan fez sinal para a amiga acompanhá-lo, e em seguida, num meio abraço, conduziu a prima para a porta, a fim de levá-la para casa. Sophie permanecia calada, o olhar vazio e sem nenhuma emoção. Mas quando alcançaram os últimos degraus da escada da frente, a postura da garota mudou perceptivelmente, deixando-o em alerta.

– Soph? Você está bem? – ele questiona, preocupado.

– Vocês ouviram isso? – a garota se limita a responder, correndo o olhar pelo jardim da propriedade. – Estão ouvindo?

************

Respirar parecia extremamente doloroso naquele momento, como se as paredes de seus pulmões estivessem grudadas, impedindo a entrada de oxigênio. Além disso, uma dor incômoda no pescoço se fazia presente. Será que ele pegara no sono e acabara dormindo de mau jeito?

Não, não podia ser. Lembrava de ter entregado o bilhete ao cobrador, de ter desembarcado do trem e seguido até o Mystic Grill. E ele a vira, com aquele sorriso luminoso do qual ele sentia tanta falta. E também a ouvira gritar, antes da escuridão engoli-lo.

Escuridão... Era isso que o envolvia nesse instante. Não enxergava um palmo sequer além de seu rosto, sem contar que o ar ali parecia parado, sem vida. Seu corpo estava rígido, como se houvesse passado muito tempo sem se mover e... o que era aquilo? Onde ele estava?

Ao tatear no escuro, o rapaz percebeu que as paredes estavam muito próximas dele, como um casulo. O pânico começou a tomá-lo, juntamente com a falta de ar. Com os punhos, começou a esmurrar as paredes, fazendo um som metálico ecoar na escuridão.

– Alguém aí? – ele grita desesperado. – Soph? Soph!


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Notas finais do capítulo

Tomara que a espera tenha valido minimamente à pena! hehehehe

Até mais...

xoxo



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